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quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Como será uma civilização extraterrestre



Como será uma civilização extraterrestre
(Na foto, corpo de extraterrestre atribuído aos arquivos de Roswell)

Já vimos bastantes filmes de extraterrestres que teriam chegado por aqui, ou que teríamos encontrado lá longe, no meio das estrelas longínquas. Particularmente sou dos que acreditam que a vida, tal como a conhecemos, existe também em outros planetas onde seja possível e garantido que possa surgir, reproduzir-se, alimentar-se, viver e morrer. Como os planetas têm dimensões limitadas, é necessário que a vida morra e não prolifere muito, sob pena de não ter com que se alimentar. Algo que nos chama a atenção é o fato de os filmes os mostrarem, sem muito detalhe, sem jamais nos deixarem ver o que imaginam que possa ser a sua vida em seus planetas. Mas veremos que não é tão difícil imaginar...

Para construírem uma civilização, precisam descobrir a agricultura (afinal eles comem, não?) fixar-se em cidades. Podemos duvidar disto, mas até as formigas e os cupins sabem disto quando constroem seus lares onde armazenam alimentos e procriam. Pássaros têm um lar a que chamamos ninho, elefantes vivem em manadas porque ainda não descobriram a agricultura e isso lhes pode custar a existência. Além do mais suas patas não são nada aptas a manejar qualquer coisa, por mais simpáticos e inteligentes que possam ser. Mas se temos duvidas sobre isto, o que é certo, absolutamente certo, é que a primeira coisa que aprenderão nas escolas, em matemática, é que um mais um é igual a dois. Isto é fundamental, básico e uma verdade universal no sentido de que pertence a todo o universo. Lugar onde um mais um não seja considerado igual a dois, não tem civilização porque não poderão construir sequer uma casa, medir, calcular. E para ir á escola, precisarão de estradas e veículos para que possam ser transportados. A língua deles poderá ser semelhante a alguma das nossas conhecidas, ou já mortas, como o latim, e a forma de escrever também, mas falarão e escreverão para se comunicarem e colocarem avisos onde necessitem.   Em suma, farão tudo o que costumamos fazer, com um aspecto diferente, língua diferente, mas terão olhos para ver, caso contrário não saberão onde estão, o que os cerca, e não verão estrelas para que possam um dia se perguntar o que são e como chegar nelas.

Na geometria, os triângulos deles serão calculados da mesma forma que os nossos, e não haverá triângulos diferentes, exceto os que se desenham sobre superfícies curvas, mas estes já conhecemos: quando desenhados pela superfície externa de um globo, de vidro, por exemplo, a soma de seus ângulos internos é maior que 180 graus. Desenhados pela parte interna, têm menos de 180 graus. Aprenderão a extrair a raiz quadrada e como se locomovem, porque sem locomoção não se pode pensar numa civilização, têm membros e um corpo, não importa quantos dedos tenham nas suas extremidades, mas terão que ter a capacidade preênsil, para poder manejar instrumentos com que construirão suas casas, suas estradas, seus prédios, seus navios se tiverem um mar, seus aviões se tiverem uma atmosfera, não importa que química contenha essa atmosfera, esses mares.

E procriarão entre si, porque sem procriação não há crescimento populacional, e certamente, eu aposto nisso, uns mandarão e outros serão mandados, porque sempre haverá entre eles os que vão para a esquerda quando lhes dizemos que vão para a direita ou não trabalhem quando deveriam fazê-lo. E haverá machos e fêmeas entre eles.  Umas serão mais agradáveis ao tato, á vista, ou aos ouvidos, ou até a todos os sentidos e serão mais disputadas. Quem sabe, serão as fêmeas que disputarão os machos, mas que a disputa existirá, disso não tenho dúvidas. E haverá prisões para afastar os mais violentos.

Disseram alguns teóricos da extraterrenidade, que no caso de existirem outras civilizações extraterrestres, seriam muito mais ou muito menos desenvolvidas do que nós, jamais com o mesmo nível de evolução. Disto eu discordo. Eles têm as suas razões, eu tenho a minha: O universo tem a mesma idade, cerca de 14,5 bilhões de anos, e é razoavelmente uniforme e simétrico constituído de galáxias como a nossa via-láctea, contadas aos bilhões, e a probabilidade de uma similaridade de evolução não pode ser descartada assim tão facilmente.

Não temos como saber se terão religiosidade, mas ao olhar o mundo em que vivem é altamente possível que o sejam, na crença de que haja um criador para tamanha obra, mas certamente não crerão em Buda, em Jesus Cristo, em Maomé, porque estes três não passaram por lá, e se passaram, Buda não seria necessariamente gordo, Jesus cristo não seria necessariamente crucificado e Maomé não teria fugido de Meca, porque Meca fica aqui no nosso planetinho. No entanto, a haver um criador, Esse não desampararia nossos amigos extraterrestres, assim como não desprotege a quem não acredita em Buda, Jesus Cristo ou Maomé. A não ser que o Criador não fosse um sujeito bom, mas para imaginar um deus ruim, melhor seria não o imaginarem porque já terão muitos problemas para resolver. No entanto, é possível que algum dos sacerdotes mais desmiolados de lá tenham mandado alguns “infiéis” para serem queimados em fogueiras, ou perseguidos religiosamente, ou ainda detonados por bombas que carregam presas ao corpo, dizendo que no paraíso há sete virgens que os esperam... E se as virgens não gostarem de sexo ou forem lésbicas? E se pelo contrário, forem as mulheres que detenham o poder? Neste caso encontrariam elas sete virgens mancebos esperando-as no paraíso? Isso não o sabemos. Teríamos que encontrá-los para termos uma conversinha sobre o assunto, mas já vou adiantando que para o surgimento de uma civilização é necessário um longo caminho de aprendizagem, passando o conhecimento de geração em geração. Para termos uma idéia do que isso representa, apesar de o universo ter 14,5 bilhões de anos, somente há cerca de 4,5 milhões de anos apareceram os primeiros hominídeos, e só há doze mil anos apareceu a primeira civilização no Egito, na Turquia ou na suméria (algo que os cientistas ainda  não ousaram afirmar).

O que isto quer dizer?

Quer dizer que ou somos muito burros ou muito inteligentes em relação à média da inteligência do universo.  Tudo depende do grau de inteligência que conseguirmos detectar nos extraterrestres, mas por mais desenvolvidos que eles sejam, e mesmo com naves que possam viajar em velocidade de dobra, não teriam tempo de chegar aqui, nem nós de chegarmos “lá” onde quer que o “lá” se situe, porque o tempo da viagem, além dos inconvenientes do tempo em executá-la, são de fazer desanimar o mais santo dos seres vivos e inteligentes. Planetas com possibilidade de vida tal como a conhecemos, estão, os que ficam mais perto, a mais de 4 milhões de anos luz, ou seja... Se nossa civilização já tivesse um grau de desenvolvimento há 4 milhões de anos atrás (quando apareceram os primeiros hominídeos), e viajando á velocidade da luz, o que é impossível, talvez já tivéssemos chegado lá, mas outro tempo igual decorreria para que pudéssemos  voltar. Certamente que a nave teria que ser imensa, porque ninguém vive esse tempo todo e seriam necessárias gerações e gerações para completarem a viagem (sem essa de criogenia, que arrebenta com todas as nossas células que estouram como aquelas bolinhas de plástico para acomodar peças frágeis).

E sem essa de viajar no tempo. Já sabemos que teríamos de controlar “buracos de verme” ou “túneis de minhoca” e construir uma máquina do tempo, mas na volta, sofreríamos uma descarga elétrica fatal, mesmo que protegidos com trajes á prova de choque elétrico, ou dentro de uma gaiola de Faraday.

Com medo de extraterrestres? Relaxe... Talvez eles estejam com mais medo ainda de nós e nem nos próximos “trocentos” milhões de anos chegarão aqui. Nem nós lá...

Por enquanto estamos sós no nosso espaço, tentando resolver os nossos problemas para não nos extinguirmos em guerras estúpidas que grassam pelo mundo, chefiados que somos por uns sujeitos e sujeitas que só pensam naquilo: na grana com que desfilam pelas ruas deste planeta, e não nos pedem opinião para nada. Serão nossos governantes os extraterrestres que tanto tememos?

Rui Rodrigues

Universo Total: Um “organismo” Vivo?




Universo Total: Um “organismo” Vivo?

Limitados a curto conhecimento, somos levados a pensar que vida, ou ser vivo, tem que ser algo parecido conosco, ou com algum dos representantes vivos dos reinos da natureza que conhecemos.

Na verdade não existe uma definição completa para definir a vida, e certamente não conhecemos ainda todos os tipos de vida que existem no universo. Mas, mesmo incompleta, e comum a todos os seres vivos, podemos dizer que vida é a capacidade de um “objeto” nascer, efetuar atividades e reproduzir-se. Acrescentaria que deve ter pelo menos um byte de inteligência, mas, se efetua atividades, já está implícito que tem pelo menos esse byte de inteligência para desenvolvê-las, ainda que essa inteligência resida numa espécie de cérebro ou apenas no seu ADN. Há um fator em particular que merece uma atenção maior. O ser vivo deve morrer por uma razão muito simples: como se reproduz, se não morrer ocupará o espaço disponível de forma muito rápida inviabilizando a continuação da vida, e isto porque no Universo e em todos eles, os espaços são limitados, como é o caso dos planetas.

Aqui mesmo na Terra, temos seres vivos que não se locomovem, outros que não respiram, outros não têm visão, e alguns vegetais que julgamos ser apenas uma planta, estão ligados pelas raízes a outras idênticas ocupando grandes áreas, o que leva a supor que o ser “inteiro” não é aquela planta especifica e unitária, mas o conjunto dessas plantas idênticas.

A teoria mais aceita em relação ao nosso universo é o do Universo inflacionário proposto pela primeira vez por Alan H. Guth, a partir do que se pensava ser uma “teoria de brinquedo”, um artifício matemático, e se revelou existir de fato: os campos de Higgs, “inventados” pelo próprio Higgs, um físico inglês que recentemente ganhou o prêmio Nobel de Física por essa descoberta confirmada.

Os campos de Higgs são aplicados ao “falso vácuo”, uma particularidade deste que pode gerar energia, o mesmo que matéria porque uma se transforma na outra e vice-versa. A forma como o Universo se processou a partir dos campos de Higgs atuando no falso vácuo levam a crer que não se formou um Universo apenas, este em que vivemos, mas uma infinidade deles, cada um aparecendo logo após como bolhas de vapor em água em ebulição, porém com uma característica muito particular: As bolhas são cada uma um universo (deixaram de ser falso vácuo pela interação dos campos de Higgs) que tanto pode se expandir indefinidamente, como colapsar pela força da gravidade, como até estacionar a partir de certo momento, tudo dependendo, também, da densidade critica de cada bolha. Porém o espaço de falso vácuo, entre cada bolha (entenda-se agora cada bolha como um universo), se expande inflacionaria e indefinidamente, surgindo novos universos a cada instante que se imagine. E isso já vem de um tempo infinito no passado e continuará indefinidamente no futuro do tempo.

Para nós, em nossa bolha, isto é, em nosso universo, o tempo começou há cerca de 14,5 bilhões de anos, quando ela apareceu surgida do falso vácuo, mas para o conjunto infinito de universos surgiu há um tempo tão grande que o podemos julgar como infinito no passado, perdendo completamente o sentido tentarmos saber o que existia antes dele.

Não será então o Universo uma forma de vida que se auto-reproduz indefinidamente?

Tal como acontece com a vida que conhecemos, onde alguns descendentes nascem com defeitos ou nem nascem, também o falso vácuo produz universos com defeito. O “código genético” do Universo Total, a soma de todos os universos gerados, são as leis da Física e da matemática, que os reproduz e mantém segundo essas mesmas leis.

Que forma teria esse ser, o Universo Total?

Não podemos saber, jamais saberemos, mas as leis da física e em particular a quântica, permitem-nos ter uma idéia: Deve ser ligeira e imperfeitamente esférico visto no detalhe, mas se alguém o pudesse ver do “lado de fora”, a uma distância bem grande, lhe pareceria um enorme buraco branco[1], perfeitamente esférico. Visto de perto, seria absolutamente plano.

Temos que inventar uma matemática que nos permita fazer cálculos com as várias graduações de infinito, porque existem infinitos que são mais infinitos do que outros.

Para melhor entendimento, favor consultar Alan G. Guth, “O Universo Inflacionário”.


Rui Rodrigues

Obs. – Este texto com todos os seus defeitos é meu, e o Alan G. Guth não tem a mínima culpa do que escrevi.




[1] Buracos negros são singularidades dos quais nada pode sair, embora os buracos negros evaporem, como demonstrou Stephen Hawking. Buracos brancos são o oposto. Nada pode impedir que continuem jorrando matéria no espaço. Um buraco branco é o filme passado do fim para o começo de um buraco negro. 

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Tudo bem, senhores do governo[1], roubem à vontade! Mas...


Tudo bem, senhores do governo[1], roubem à vontade! Mas...

Políticos eleitos, em grande parte, senão maioria ou totalidade – como saber? -  tiram vantagens dos cargos que ocupam. Isso não é justo, porque nós[2] não temos como vos roubar, há visto que as forças armadas e de segurança estão sujeitas às vossas ordens, não às nossas. Ah.“Nós”, somos os 200.000.000 de cidadãos deste Brasil varonil, cansados de tanto edil[3].

Mas em compensação - porque tudo tem que ter compensação - dêem-nos educação decente e não impeçam nenhum de nós de estudar por falta de dinheiro, porque afinal vocês nos roubam.

E, sobretudo, não nos deixem viver em meio a esgotos a céu aberto transmitindo doenças, matando as nossas crianças. Não nos deixe, sem água potável, disponível com fartura neste país, e que mesmo assim temos que a comprar em galões caros com água ainda mais cara, e quem de nós não tem dinheiro para comprá-la, bebe água suja.

Sabemos que pelos corredores de Brasília vos pedem que construam estradas rodoviárias porque querem vender gasolina, cobrar pedágios, vender caminhões e automóveis, mas precisamos mesmo é de estradas de ferro para os alimentos ficarem mais baratos, de educação, segurança, saúde pública decente e eficiente. Estais gastando mal o nosso dinheiro dos impostos e depois direis que a culpa foi do governo anterior.

Não nos deixeis cair mortos pelos corredores dos hospitais porque os médicos têm suas clínicas particulares e só batem o ponto nos hospitais públicos para faturar uma grana extra, nem deixeis faltar remédios, equipamentos hospitalares. Há crianças brasileiras, índias, negras, brancas, orientais, de todas as raças, morrendo por falta de atendimento. Não acreditamos que  não vejam isso. Acreditamos mais que não vos interessais em resolver estes problemas devido a vossos afazeres diários, mas saibam que com vos elegemos, a intenção era de que nos representásseis. Se não podeis com o cargo, declinai do convite e caí fora da política, que assim pode parecer tratar-se de um negócio.

Iluminai as ruas públicas. Os ladrões, como sabeis, gostam muito de ruas escuras e sem policiamento. Sabemos já, de antemão, que depois da Copa do Mundo e das Olimpíadas que se realizarão de 2014 em diante, tudo voltará à normalidade, isto é, salve-se quem puder, porque a bandidagem voltará para o morro do alemão – e achamos até que nunca saiu de lá – e de onde foi tirada de outros lugares. Até nos arcos da Lapa do Rio de Janeiro se vende droga nas barbas da polícia que diz ser muita gente para fiscalizar. Ficamos na dúvida até, se já existem traficantes eleitos como vereadores, deputados ou senadores, ministros ou de cargos de confiança, e se não, por representantes deles, o que nos parece, porque a nação parece a casa da “mãe Joana” ou a antiga zona do canal do Mangue.

Baixem os juros bancários, as taxas de serviços, os impostos, porque pagamos muito por serviços que não temos. Há tanto dinheiro que serve para financiar as empresas que vos pagam as eleições, mas nós, que vos damos os votos, não somos financiados, e pelo contrário, somos explorados. Não é justo isso, e vos elegemos porque pensamos que éreis justos.

As ruas estão esburacadas, e mães com carrinhos de criança não podem transitar por lá. Cadeirantes nem pensar em sair à rua, porque estas atentam contra a sua saúde e seu direito de ir e vir. Há imenso número de ruas sem pavimentação, os correios só entregam correspondência onde lhes dá lucro – porque foram terceirizados – e os vereadores não dão um passo para dar um CEP a quem precisa, embora as prefeituras aceitem os projetos, os aprovem, cobrem impostos e dêem o habite-se.

E se não acabam com as drogas porque lhes parece impossível, que as legalizem para que se lhe cobre impostos que podem reverter para o tratamento, ou teremos alguns falsos representantes no governo que estejam interessados em manter o tráfico porque assim cobram mais caro?

Roubem, senhores do governo, roubem. Não me incomodo com isso, mas roubem menos, um pouquinho menos,  porque já está dando muito nas vistas e nos dêem a contrapartida de nossos impostos. E sobretudo, sobretudo, acabem com essa vergonha de aumentar os próprios salários.. Isso é demais para a nossa boa vontade e a nossa inteligência. Somos cidadãos pobres, mas não somos burros.  

Rui Rodrigues




[1] Governo é o conjunto dos que governam, não importa de que partido político.
[2] Nós, somos os 200.000.000 de brasileiros que se viram como podem nesta linda e amada nação.

[3]  Significado de Edil - s.m. Título concedido aos membros de uma junta de magistrados eleitos anualmente na antiga Roma. A junta era responsável pela manutenção da ordem pública. Além disso, supervisionava o comércio, o mercado e as provisões de água e alimentos, ocupando-se também de vários encargos públicos. Até 367 a.C., a junta era formada por dois plebeus. Depois, a ela foram acrescentados dois patrícios. Vereador municipal.


Visões modernas do socialismo no Brasil.




Visões modernas do socialismo no Brasil.


Comunismo e socialismo são duas filosofias políticas completamente diferentes, mas um fator as une: ambas eram políticas de “esquerda” pelo menos até o final do século XX, tornadas populares por sua defesa dos interesses dos cidadãos mais fracos ou desprotegidos da “sorte”.  

Luis Carlos Prestes fez uma marcha pelo Brasil sem levar a nada. Impressionou bastante a sociedade, mas sempre ficou a dúvida: Porque razão fez a marcha pelo Brasil? Estaria fugindo das forças armadas legais, ou tentando abrir caminho para a “grande marcha” de Mão Tse Tung?  E o hino “internacional socialista” cantado por comunistas? Não podemos negar que há e sempre houve uma certa ‘identidade “entre comunistas e socialistas porque simplesmente representavam a oposição aos governos de direita e de extrema direita, além, é claro, da oposição ao demente Adolf Hitler, nazista, e Salazar e Francisco Franco, fascistas. Muitos ”heróis “apareceram na história do século XIX e XX, cercados de quadros bucólicos, músicas e bandeiras de exaltação ao comunismo e ao socialismo. O mundo inteiro chegou a acreditar que talvez a melhor opção para um mundo mais justo fosse ou o comunismo ou o socialismo. Eu era um desses.

Devo provocar risos se disser que um dos melhores socialistas que o Brasil já conheceu foi Getúlio Vargas, um ditador, mas Stalin foi muito mais ditador, e não podemos deixar de considerar os benefícios que este homem levou aos lares menos beneficiados do povo brasileiro, ao instituir as regras para o trabalho e a implantação da “carteira de trabalho”, além de outros benefícios como o estabelecimento do salário mínimo. Na verdade, há sempre uma vertente social na política por pior que seja um “governante”.

No inicio dos anos 60, a esquerda brasileira era eminentemente comunista, embora alguns se dissessem socialistas. A grande verdade é que queriam fazer uma revolução generalizada que acabasse de uma vez por todas com a inércia de manter no topo da pirâmide econômica e do poder, as mesmas famílias tradicionais, e sempre as mesmas dos políticos, a mesma forma colonial de governar o povo. Lembro que o que se discutia era como politizar o povo que não tinha instrução. Ora, na revolução de 1917 na Rússia o povo não era mais instruído do que em 1960 no Brasil. Nem na china quando se fez a revolução comunista. De meus tempos de Lisboa, ficou-me a constatação de alguns “comunistas” que eram loucos por dinheiro, tinham quintas e propriedades. Pensei que essa era a tendência: Ascender ao poder usando a filosofia política em moda, num rasgo de oportunismo. O mundo receoso pelas notícias de privação das liberdades não queria mudar, mas deliciava-se com as bandeiras, os hinos, as notícias do “ballet de bolshoi” e da cultura da URSS e da China... De repente, a China e a URSS tinham resolvido todos os seus problemas e agora eram cultos, todos tinham acesso à cultura e à instrução. Eu não podia acreditar nesse milagre. Havia decorrido muito pouco tempo para todo esse milagre, que muitos dizem ter-se repetido em Cuba.

Uma das mais fortes convicções socialistas e comunistas - há no Brasil uma ligeira confusão popular entre estes dois sistemas políticos que os unem num só – é a de que os fins justificam os meios, o que explicaria toda a prepotência de Stalin e de Mão tse Tung, o julgamento sumário por fantoches do governo que mandavam inocentes para o “paredão” tal como a igreja católica já os tinha mandando par a fogueira. Na verdade, apenas delírios do poder de quem manda. Uma embriaguês solitária, cavernosa e vampírica.

Sabe-se hoje que os grupos revolucionários no Brasil foram financiados pela China e pela Rússia, com pequena participação de dinheiro cubano porque Cuba era por sua vez ajudada pela URSS. Essas duas grandes nações sabiam perfeitamente que a revolução se faz junto às populações, com políticas de convencimento para engrossar as colunas dos insatisfeitos de forma a incluí-los na causa. Mas não se pode fazer isso com um povo satisfeito ou ignorante a ponto de não perceber as diferenças.

As notícias correm mais rapidamente entre grandes populações do que em populações isoladas campesinas, do interior do Brasil. A “operação Araguaia” era um centro de treinamento de guerrilha. Nas grandes cidades, guerrilheiros  faziam assaltos a Bancos e raptavam pessoas “importantes” do cenário nacional e internacional. A impressão que se tinha na época, mesmo entre os simpatizantes do comunismo e do socialismo, era que os envolvidos eram “sonhadores”, com cabeça de vento, coisa da juventude e de “estudantes”. As barricadas de Paris eram ainda recentes e os franceses tinham mudado algumas coisas no ensino da França, o mais relevante deles o acesso a ambos os sexos às mesmas escolas e universidades. Até essa época até em Portugal havia escolas para meninos separadas das escolas para meninas. Era realmente um absurdo, coisas da falsa moral que queria preservar o hímen das mocinhas longe dos pretendentes ocasionais e “não qualificados” na assembléia familiar... Época em que os pais se julgavam “donos” dos filhos. O resultado disso foi exatamente o contrário. Um hímen hoje não vale nada no mercado nacional nem no mercado internacional, nem no mercado da prostituição.

Então, num trabalho de longos anos, Lula assumiu o poder no Brasil. Até alguns anos antes de sua posse, havia cerca de 50 nações assumidamente comunistas no mundo, mas criou-se um vácuo político depois da queda do muro de Berlim e da virada da URSS para a nova Rússia. Esta virada russa deu-se por falta de capital para financiar os seus “programs”. Um país comunista que deixa de o ser por falta de capital parece piada.   O enorme vácuo do fim do comunismo na URSS e na China, e nesses 50 países, foi preenchido por Lula no Brasil: Por falta de um comunismo e de um socialismo que representasse o interesse dos trabalhadores, lá estava o papai Lula para defendê-los. Mas Lula não os defendia, porque negociava com o poder a tal ponto que os sindicatos perderam a força. A ascensão de Lula ao poder não é um mérito de Lula: É uma conseqüência do vácuo deixado pelos países comunistas que se foram voltando para o capitalismo. O mundo concluíra que era melhor sofrer falando num país capitalista onde haveria sempre oportunidades para mudar de vida e melhorar o salário, do que viver calado, preso na Sibéria ou fuzilado em paredes esburacadas por balas, trocando eternamente os seus cupons de racionamento para alimentação.

Mas então, ao ver as atitudes de Lula ao fim de quatro anos de governo, e as de sua sucessora Dilma, por ele indicada, comecei a lembrar-me daqueles comunistas que eu tinha conhecido em Portugal e que tinham quintas e propriedades. Lula hoje está rico, aliou-se ao Maluf, que já esteve preso por corrupção, e as CPIs transformam-se em mesas de pizzarias.

Realmente Lula chegou lá, como gritavam nas ruas os seus simpatizantes (Lula Lá) – eu era um deles e ajudava a abrir portas de lojas em Cubatão, à noite, com a aquiescência dos comerciantes, para que Lula efetuasse seus mini-comícios voltados para a sua eleição, em 1980 – Mas transformou-se no meu vilão.

Lula é um ser humano como outro qualquer, que não tem instrução, mas se cercou de antigos guerrilheiros, advogados, cientistas políticos, professores universitários, e que, com o seu dom de líder sindical, sabia falar ao “coração” dos seus ouvintes. Falar, chegando ao cérebro de seus ouvintes, foi impossível. Quem tem um mínimo de conhecimento sabe perfeitamente que Lula não trouxe nada de novo. O Brasil continua com os mesmos problemas ligeiramente aliviados com bolsas família doadas pelo governo.

Os governos de Lula e Dilma dão peixe, mas não ensinam a pescar. Eles são agora donos das frotas de”pesca”. O socialismo é hoje uma balela, e o capitalismo está mais selvagem do que nunca, duas enormes desgraças para esta linda nação.


Rui Rodrigues

domingo, 26 de agosto de 2012

África - Passado e futuro



África – Passado e futuro


Amo a África. Não é um sentimento piegas, ou qualquer coisa do gênero. Minha admiração deve estar relacionada com os meus genes que habitam meu corpo branco, mas cuja origem dos primeiros genes vieram da fossa de Olduvai, onde surgiram os primeiros hominídeos que dariam origem ao Homo Sapiens do qual fazemos parte todos os seres humanos deste planeta.

Mas minha admiração por África, meu amor por África, ainda tem outra componente que reforça a primeira. A origem das primeiras civilizações humanas, que surgiram no Médio Oriente e no Norte de África. Refiro-me em particular ao Egito dos Faraós, onde entre 780.000 e 120.000 anos atrás se fixaram as primeiras aglomerações humanas, no final da era do paleolítico mais precisamente no Pleistoceno Médio.  Sua concentração ao longo do Nilo, deveu-se ao aumento da temperatura na região que secou pastagens e derrubou florestas para sempre, dando origem ao deserto do Saara. Entre 8.800 AC e 6.800 AC, dizem-nos os paleontólogos, já se domesticavam animais na base do pastoreio, coletando-lhes leite e sangue, mas sem evidências de aproveitamento da carne. Por volta de 5.500 AC, há evidências de comércio em Faium e a certeza de que dominavam a agricultura. Começa aqui, no norte de África, a Civilização africana. Há divergências quanto à civilização mais antiga do planeta, mas isso não importa realmente para os fins deste artigo. A antiguidade da civilização egípcia já é suficiente para explicar meu respeito e admiração por África.

Mas ainda há mais!

Quando a Europa já estava desmatada, sem florestas expressivas, e já se plantava em qualquer lugar disponível, como beiras de estradas, e já não havia animais selvagens, África guardava campos imensos, florestas, manadas de animais selvagens que fizeram a minha delícia de infância e apreciar a natureza. Mas, embora fosse normal – se assim podemos dizer - que desde a antiguidade de milhares de anos atrás, se fizessem escravos, o preço que África pagou por este costume foi muito alto e deveu-se ao seu amor pela natureza. África resolveu, com a ajuda de seus líderes, que poderiam entender o progresso como fator não tão importante como a preservação da natureza e o seu convívio. Por essa oportunidade, os egípcios já faziam escravos entre os núbios, que depois ascenderam ao poder como faraós, como se fosse uma compensação histórica tardia. Com o desenvolvimento da navegação em busca de riqueza e comodismo, seguiram-se os árabes a fazer dos negros escravos, e as potências ocidentais.

As primeiras formas de governo conhecidas foram as teocráticas, isto é, baseadas na descendência direta dos reis do deus em que acreditavam, e mais tarde,  com o desenvolvimento do conhecimento por parte do povo, baseado na sua “representatividade”. Desta forma, os reis já não eram filhos desses deuses, mas os “escolhidos” por eles para que promovessem a “ordem”, combatessem o “caos”. Eram escolhidos através de um sacerdote ou profeta que “interpretava” as vontades divinas. Sempre aparece na história quem ache que fala com deus. Naquela época davam-lhes ouvidos porque os sacerdotes mandavam no mundo. Hoje quem disser uma coisa dessas é sério candidato a uma clínica de repouso.  Somos levados a pensar que nos (a nós povo) nos enganaram por muito tempo e ainda continuam enganando de outras formas.

Por aquela época os deuses eram eminentemente guerreiros. Cada civilização achava que seus deuses eram os mais poderosos, como hoje cremos em times de futebol. Na França, o último rei absolutista foi Luis XIV, o rei sol, e décadas depois surgiu a revolução francesa com a tão sonhada liberdade, igualdade, fraternidade que nunca se viu em lugar nenhum, nem hoje. O poder está completamente dissociado da vontade popular, e com o governo estão as forças policiais e as demais e ainda mais poderosas forças armadas. Jogam-nos gás de pimenta, balas de borracha, soltam cacetadas e gás lacrimogêneo se falamos um pouco mais alto pelas ruas, proíbem passeatas, as greves agora podem ser legais ou ilegais, os sindicatos não têm a força do passado, e quem nos defendem na justiça, aos que não têm dinheiro para pagar bons advogados, são funcionários do Estado. Visto assim, não difere muito dos governos da cortina de ferro stalinista que mataram russos aos milhões e os encarceraram em gulags. Democracias mesmo, verdadeiras, participativas, nem atrás nem na frente da cortina de ferro. Os governos, através dos partidos que impõem as linhas dos políticos fazem tudo “em nosso” nome e nem nos perguntam o que queremos, o que coloca a democracia, tal como a conhecemos, a representativa, num picadeiro de circo.

É sob este aspecto que, devido à diferença de índices de alfabetização entre o ocidente europeu e África, os governos são mais prepotentes em África, porque não encontram oposição e os partidos, normalmente, governam em “conjunto”, quando não se trata de ditadores que vitalícios ou não, se perpetuam no poder através de figuras políticas que cuidam de seus interesses – e não dos interesses do povo.

Para saber como funciona uma Democracia participativa, verdadeira, real, o site a seguir indicado contém uma minuta de uma nova constituição que pode ser adaptada para qualquer país, e um resumo com cinco (5) itens com as características principais que diferenciam a falsa democracia (representativa) da verdadeira (participativa). A tecnologia moderna garante a sua aplicação.

África não pode ficar eternamente no passado. Algum dia tem que retomar o que deixou passar: o futuro e o progresso. Por mais que o futuro pareça longe e distante, podemos acreditar que não: Está logo ali, alguns passos à frente do primeiro passo.

A Princesa Maya no Reino dos Bongos




Os Bongos são um povo muito alegre que vive para lá das dunas de areia, junto ao mar, e se diverte muito. São muito alegres, trabalham, vão à escola, têm tempo para fazer tudo. Usam roupas de todas as cores, verdes, amarelas, azuis, brancas, vermelhas. Moram em casas como se fossem casas de bonecas, todas cercadas de muitas árvores, plantas e flores. Têm cavalinhos pôneis, tiram o leite das vaquinhas para fazer bolos e leite de chocolate. Mas tem um monstro que os anda sempre incomodando e que não os deixa dormir. É o monstro dos sonhos e chamam-lhe de Bigudo. O Bigudo é muito feio, cara de cabeça, e só faz malandrices. Puxa os dedos dos pés de quem está dormindo, esconde as bonecas das meninas, e todos os brinquedos. Quando os meninos ou as meninas estão fazendo um desenho, costuma empurrar-lhes o braço e os desenhos saem todos rabiscados. Quando acordam as crianças  nunca encontram os tênis. O Bigudo amarra os cadarços e jogam-nos pela janela. Na escola e nas creches, roubam o lanche de todo mundo.

Ninguém gosta do Bigudo, mas ele fica invisível e ninguém o vê.

Um dia os Bongos leram uma história da princesa Maya e em sonhos chamaram por ela, para que viesse ajudá-los a livrar-se do Bigudo. Só ela poderia salvá-los. Tinham que expulsar o Bigudo porque ele incomodava muito. Uma noite, entraram nos sonhos da princesa Maya e chamaram-na.

- Princesa Maya... Precisamos muito de sua ajuda. Por favor, venha nos ajudar. O Bigudo está impossível. Ontem ele pintou todas as bonecas de branco. Ficaram horríveis porque todas as bonecas só são bonitas quando são coloridas. Pegou todos os ovos das galinhas e pintou de preto. Ficaram horríveis.

- Vocês estão brincando. É verdade mesmo?- Perguntou a princesa Maya.

- È verdade, disseram as meninas Bongas.  

- Mas eu estou de pijama – Disse a princesa Maya – Ainda não escovei os dentes, nem me vesti, nem tomei banho.

- Não precisa, disseram as meninas. Use a sua varinha mágica e fica logo pronta!

A princesa Maya usou a sua varinha de condão, mágica, que por vezes até falhava, mas dessa vez funcionou. Num piscar de olhos, a princesa Maya estava pronta e voou com as meninas Bongas até o reino dos Bongos. O povo estava todo na praça, e recebeu a princesa com festas. Contaram a última coisa feia que o Bigudo tinha feito: Tinha colocado pimenta branca no açúcar de todas as casas e estavam todos bebendo muita água porque estavam com a boca ardendo. A princesa Maya ficou indignada com isto. Coisas dessas não se faziam. Era uma maldade.

Então, reuniu o povo e falando bem baixinho, disse:

- O Bigudo é invisível, não é? (Todo o povo disse que sim). E a princesa continuou: - Então tragam toda a farinha que tiverem, e comecem a jogar a farinha do alto das casas para as ruas. O Bigudo vai ficar cheio de farinha e podemos vê-lo. Então vamos ter uma boa conversa com ele.

O povo trouxe toda a farinha que estava disponível e começou a jogá-la pelos ares. Usaram ventiladores para melhor espalhar a farinha. Logo viram o Bigudo. Era enorme, e estava rindo de todos, encostado num poste da rua. Ele não percebera que estava cheio de farinha e que todos agora o podiam ver. Então o povo todo se dirigiu para ele com a princesa Maya á frente com sua varinha de condão e o Bigudo ficou muito assustado. Agora percebera que estava todo visível e que não tinha escapatória... O povo unido era muito forte. E pior ainda, tinha à frente a princesa Maya que tinha fama de resolver todas as coisas de uma forma muito inteligente, sempre conversando.

A princesa Maya falou em nome de todos, dirigindo-se ao Bigudo.

- Bigudo!... Sabes o que é isto? – e mostrou-lhe a varinha mágica vermelha que ela tinha. – Isto é uma varinha mágica que pode transformar você num sapo coxo, num jacaré sem dentes, ou num mosquito sem asas. Ouviste?

-Bigudo estava assustado. Sabia que as mágicas da princesa, quando funcionavam, era batata! Tinham um efeito irreversível que só a princesa Maya podia consertar. Então ele disse:

- Vai me transformar em quê, princesa Maya?

- Se consertar tudo o que estragou, e passar a ajudar o povo dos Bongos, não vou transformar você. Mas se não fizer, transformo você num grãozinho de pó vermelho.  

Bigudo começou logo a arrumar tudo o que tinha estragado. O povo dos Bongos  fez uma grande festa para a princesa Maya e as meninas levaram-na de volta para a sua cama, em sua casa, onde vivia com a mamãe Maibi e a avó Maíra.

Quando acordou, a primeira coisa que fez foi contar a sua história para o vovô Rui por telefone...

Rui Rodrigues

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

SOBRE ESTE MUNDO




SOBRE ESTE MUNDO

Este mundo reconstrói-se todos os dias, sempre que a juventude ocupa um posição no ranking da vida dos mais idosos. É a renovação. De ano para ano não se nota, mas depois de algumas décadas, achamos que o mundo já não é o mesmo. É o mesmo e sempre será. Nós somos quem estamos deixando de ser.


SOBRE A VIOLÊNCIA E A POLÍTICA

A violência já não serve a causa alguma. É servida em prato frio à indignação humana. Quem grita "paredón", pretende usar a força como imposição da moral...

SOBRE O FMI E O BRASIL

Agora é o FMI que mama na chupeta das verbas públicas.. Alguém por aí tem o levantamento dos juros já recebidos por nossa nação através dos empréstimos como participação no FMI? Estão nos pagando? Estão nos devendo? Ou não pagaram nada? Onde podemos ver isso? Bancos mamam também nas tetas das verbas públicas... Povo não mama nessas tetas. Povo pasta para produzir dinheiro que sai por essas tetas.

REFLEXÕES PESSOAIS DE CADA UM DE NÓS.

Precisamos ter coragem de enfrentar uma conversa muito séria e franca com nós mesmos. Num retiro, em casa, numa época, ou todos os dias a qualquer instante... Em algumas ocasiões dessas "conversas", nos sentiremos muito felizes, noutras, muito tristes, mas iremos adquirindo um estado de consciência que nos dará um perfil forte, digno, consciente de nossa posição no universo, no mundo, na sociedade.
Então nos julgaremos com mérito e razão, verdadeiros seres humanos. Muitas coisas jogaremos fora sem medo de perdê-las, porque concluiremos que o mal estava exatamente em possuí-las.
Mas não vale mentirmos para nós mesmos.. . Já não teríamos moral para nos enfrentarmos a nós próprios.

SOBRE A NECESSIDADE DE UMA DEMOCRACIA PARTICIPATIVA.

Porque precisamos de outra democracia? Porque esta que temos está com Alzheimer. Não sabem onde botar o boné da moral, a farda da decência, as botas da lei, e a espada da cidadania está sem fio e cega... Todo o aspecto externo desta democracia é a de truculento general que usurpou o poder com shows, propaganda e palavras enganadoras... Candidatos prometem e não cumprem, corruptos roubam e não devolvem o dinheiro.

SOBRE NOSSA HUMANIDADE ANIMALESCA

As reflexões sobre o animal e o humano que se digladiam diariamente em cada um de nós dariam uma meia dúzia de enciclopédias!...
Aparecemos num mundo, vindos não sabemos de onde, e nos deparamos com a necessidade de matar para comer (se não matamos, alguém mata para nós), num certo tipo de hierarquia predatória. Dizemos que somos inteligentes e humanos. Inteligentes, sim, mas discutimos o humano, no sentido da irracionalidade animal. Nesta, constituída de "humanos", não matamos de forma direta, mas indireta, quando sistemas políticos deficientes permitem que o alimento não chegue a todos os “humanos”.
A causa maior das mortes por falta de alimento é algo 'imponderável' a que chamamos política. Somos ainda mais animais do que humanos. Continuamos lutando contra esse aspecto - tão natural - porque sabemos (ou pressentimos) que a humanidade não sobreviverá sem que a animalidade se anule em favor da humanidade. No momento não somos uma humanidade, mas uma “animalidade” mais inteligente.

SOBRE O SER E AS CIDADES

De Jacinto de Tormes a Napoleão, de Spinoza a Abraão, contos de Ali-babá e os 40 ladrões, à mistura com Van Gogh e pinceladas de chocolate sobre frutos, em paleta multicolor que formam um quadro de kathelby como musica de fundo para um mercado persa...
Em algum momento me perdi e depois me encontrei... Se a humanidade não fosse assim, teria que ser reinventada.

Vem isto a propósito que no meu quintal tenho graviola, bananas, mangas, mamoeiros, maracujás, uma macieira (como o clima mudou que posso ter macieira em Cabo Frio...) um amigo cachorro e uma amiga gata de quatro patas... à mistura com pés de pimenta dedo de moça, erva cidreira, e uns condimentos para temperar peixe e carnes. O sal substituo por água do mar que é limpa e mais saudável... Ovos, as minhas galinhas põem sem reclamar. Os nasceres e os pores do Sol dão as cores róseas que me fazem supor estar o céu cheio de cores de paleta de pintura...
Cidades para quê? Já lhes dei tudo o que podia dar, e já me retribuíram tudo o que podiam... Agora só me tiravam o que me tinham dado.

SOBRE OS GOVERNOS: SÃO EMPRESAS TRAIDORAS?

Queremos educação, mas os governos - um atrás do outro - dizem que "herdaram" a deficiência dos anteriores...
Queremos saúde pública, mas os governos - um atrás do outro - dizem que "herdaram" a deficiência dos anteriores...
Queremos infra estruturas, saneamento básico, mas os governos - um atrás do outro - dizem que "herdaram" a deficiência dos anteriores...
Queremos moral e ética, mas os governos - um atrás do outro - dizem que "herdaram" a deficiência dos anteriores...
Seria mais fácil governar se não quiséssemos nada? Ora, isso só se consegue se formos ignorantes - Nós povo - e eles espertos - os que dizem que nos governam...
Serão os governos empresas multipartidárias, com altíssima taxa de lucros partidários e pessoais?
Enquanto no Brasil nos preocupamos ainda e tardiamente com estas coisas, em países mais evoluídos os cidadãos se preocupam com outras.

Postagens de Rui Rodrigues no facebook

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

My thanks to Mountain View people



My thanks to Mountain View people

Thank you, people at Mountain View – CA for visiting this blog.   

I’ve already been at CA at LA, San Francisco, and Seventeen Mile Road, Sausalito and so on… but Mountain View unfortunately. I’d like to.

Lovely people, nice Country.

Thanks forever. See you.

I’m Rui Rodrigues

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Carta de Pero Vaz Marcius Marcianus a seu Rei de Marte




Carta de Pero Vaz Marcius Marcianus a seu Rei de Marte

A vida em Marte acabou há cerca de 500 anos atrás, justamente quando Pero Vaz Marcius Marcianus, um escrivão do Rei de Marte lhe mandara carta fazendo-o saber da descoberta do planeta Terra e de sua civilização.  Essa carta escrita no mais puro idioma marciano foi recentemente descoberta pelo robô “Curiosity” enviado pela NASA.
Eis o teor resumido desse documento histórico.


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Posto que o Capitão-mor desta vossa frota, e assim os outros capitães escrevam a Vossa Alteza a nova do encontramento desta vossa Terra, que ora nesta navegação se encontrou, não deixarei também de dar disso minha conta a Vossa Alteza, assim como eu melhor puder, ainda que -- para o bem contar e falar -- o saiba pior que todos fazer.
Tome Vossa Alteza, porém, minha ignorância por boa vontade, e creia bem por certo que, para aformosear nem afear, não porei aqui mais do que aquilo que vi e me pareceu.
Da navegagem e rumaduras do caminho não darei aqui conta a Vossa Alteza, porque o não saberei fazer, e os pilotos devem ter esse cuidado. Portanto, Senhor, do que hei de falar começo e digo:


Depois que saímos de Marte e após navegarmos por dois dias, nossos pilotos nos levaram a uma praia como as nossas, mas com belas mulheres, todas nuas de lindos e generosos corpos, sem pudor, tal a ausência de maldade, que deles faziam uso entre elas e com os homens, ali mesmo entre os arbustos e seria por isso que entre eles não havia discussões nem guerras inúteis, porque quando ficavam com fúrias, ali mesmo se acalmavam entre as areias. Como somos invisíveis aos olhos dos terráqueos, não nos perceberam, mas vimos algumas naus de madeira, com largas velas e cruzes vermelhas entre eles, explorando-os com contas de vidro, machados para derrubarem as florestas, sem saberem o mal que faziam nem dele se aperceberem, cegos pelos lucros que buscavam, que como bem sabe Vossa Alteza, é o ouro que em Marte há muito e nem lhe damos valor algum. O ouro, para esse povo desinibido da região que os das naus exploravam, vale tanto quanto para nós, já as contas de vidro, por brilharem, acharam eles que eram diamantes redondos, pedaços caídos de estrelas que brilhavam nos céus pela noite. Os das naus não eram gente ruim, mas tinham seus valores e até uma grande virtude, porque se deitaram com as mulheres e uma meia dúzia com os homens, escondidos por vergonha no meio do mato.

Entre os das naus havia um escrivão, como eu, chamado Pero Vaz de Caminha, que escrevia a seu Rei sobre o achamento daquelas terras que acharam depois de navegarem por quase três meses. Nós os encontramos sujos, fedorentos, porque não tomavam banho, causa de muitas mortes entre eles. Não precisavam de inimigos, porque assim se matavam a eles mesmos.
Trouxeram, os das naus, duas parelhas de cavalos, uns animais muito inteligentes, enormes, de quatro patas, que por não poderem usar na mata cerrada, os deixaram por lá, pastando. Deixaram também por lá, quando se foram, dois dissidentes políticos, que, diferentemente dos cavalos, gostaram muito de ficar entre os índios e as índias, começando logo a procriar ali mesmo. Estes dois não puderam ensinar nada aos índios da região, porque seu nível cultural era ainda inferior, por não terem freqüentado escolas. A sociedade dos achadores descriminava os que tinham ouro dos que não tinham, e as escolas eram pagas. Depois que os achadores saíram, os índios não se transformaram em achadores. Foram os achadores que se transformaram em índios, passando a viver como eles e a tomar banho diariamente, ou não haveria fornicação entre eles e elas. As sementes que deixaram com estes, antes de partirem, foram plantadas e germinaram muito bem. Em se plantando naquela terra, ninguém passaria fome por milênios, mas nossos navegantes do futuro já nos contaram que por volta de 2012 já havia muitos passando fome, aos milhões, apesar dos imensos milharais, porque em vez de produzirem alimentos, produzem álcool para se moverem.

Entre os achadores havia uns vestidos de branco com capas pretas, carregando cruzes, que falavam de ensinar aos índios que havia um deus que ressuscitara e que, apesar de depois voltar a morrer, porque nunca mais se viu, desejar que todos seguissem a sua religião. Porém vimos que esse deus deles, que calçava sandálias e vestia uma túnica de pobre, que não tinha bens, era muito diferente desses de preto e branco, porque estes faziam tudo diferente dele e ajudavam a escravizar, visto que nunca lhes ouvi uma contestação ou movimento contra a escravização de índios e negros, mais se aceitando que os achadores e estes pregadores agiam em conjunto como bando, tudo pelo ouro.

Então, que me permita Vossa Alteza, e para já lhe rogo, encarecidamente seu perdão, resolvemos materializar-nos entre os achadores, pela noite, deixando nossa nave flutuar ao lado da nau capitânia, lado a lado, ao mesmo nível do convés. Ficaram os achadores muito desconfortáveis, mas como não tínhamos armas, olharam uns para os outros e cada um viu que estavam vendo as mesmas coisas, e se acalmaram sem saberem o que estava acontecendo. Descemos e começamos a mostrar-lhes o nosso ouro e seus olhos brilharam. Não nos atacaram porque esperavam que lhes disséssemos onde encontrar tanto ouro. Depois lhes mostramos um computador de mão, destes de usos corrente, e eles não se interessaram. Parece que não sabiam nada de matemática. Quando lhes mostramos os nossos comunicadores eletrônicos que um dia chamarão de celulares, deram urros de admiração e um até nos pôs nos ouvidos uma daquelas conchas enormes, mas só conseguimos ouvir o barulho do mar. Então falamos uns com os outros pelo celular e eles escutaram as nossas vozes saindo dos aparelhos. Emprestamos-lhes os aparelhos para que os usassem também entre si, e então começaram a falar bobagens e rindo muito antes de nos devolverem os celulares. Abanaram a cabeça dando a entender que não teria uso entre eles.

Usavam tochas de madeira embebidas em azeite para iluminar as embarcações. Com aquela quantidade de luz, ficariam cegos ou míopes se tivessem o hábito de escrever à noite, e quando lhes mostramos nossas luzes de lanternas, pularam e deram um passo para trás, completamente hipnotizados pelo medo.  
Não gostaram das nossas mulheres que lhes mostramos porque eram verdes, assim o disseram, e fique Vossa Alteza certa que aqueles homens fazem qualquer coisa por ouro e mulheres, a cor é que lhes foi desinteressante.
Ainda conto a Vossa Alteza sereníssima que ficamos nesta terra que encontramos, por anos, e acompanhamos os achadores em sua viagem de volta a sua terra, mas muitos morreram na viagem de volta por tormentas marinhas. Os que sobraram contaram ao rei deles tudo o que viram, mas quando começaram a falar de nós e de nossa tecnologia, disseram que tinham ficado de miolo mole, os dispensaram e os trataram como dementes, gente e sem importância.
Permita-me ainda Vossa Alteza contar-lhe o que nossos navegantes do futuro me contaram, depois de uma viagem de 500 anos. Trouxeram notícias de 2012, aterradoras, que conto a Vossa Alteza sereníssima:
Aquelas matas já não existem, nem aquelas nem as outras do continente, restando uma pequena área que chamam de Amazônia e que encolhe dia a dia. Ainda hoje perseguem índios e os prendem em reservas. Reclamam dos achadores mas agem como eles ou pior ainda, porque aqueles não tinham consciência do que faziam ou tinham pouca, mas estes de hoje não. Sabem de tudo. Alguns daqueles índios se misturaram entre a população, mas jamais um deles chegou a um posto de governar o que quer que fosse, e muito menos foi eleito presidente da república.

Pior ainda, Alteza, eles fazem eleições e colocam para governá-los eleitos indicados por grupos a que chamam de partidos políticos. Ora, Excelência, estes obedecem a esses partidos e não ao povo que deveriam representar. Por isso é grande a roubalheira e todo o ouro que exploram vai para o exterior, esvaziando a riqueza do país. Só ganham os que exploram o ouro. O povo não ganha nada, e, além disso, ainda pagam impostos que se contam pelo dobro do que pagavam quando os achadores os acharam e passaram a governá-los, sendo já grande a mistura entre índios, negros e brancos, no que vai nessa mistura grande mérito dos achadores.  É grande a fome que encobrem com propagandas e shows de artistas pagos a peso de ouro, a educação é um chorrilho de asneiras de tão ruim que é, matam-se uns aos outros pelas ruas e não há ordem que se imponha, e os do governo roubam descaradamente sem ter quem lhes ponha a mão neles e no dinheiro que roubam.
Mas se pensa Vossa Alteza que é apenas no reino que os achadores acharam, fique certa, Excelência que não. Vê-se disto por todos os lados deste Planeta Terra que encontramos para Vossa Alteza.

E nesta maneira, Senhor, dou aqui a Vossa Alteza do que nesta vossa terra vi. E, se algum pouco me alonguei, Ela me perdoe, que o desejo que tinha, de Vos tudo dizer, mo fez assim pôr pelo miúdo.

E pois que, Senhor, e o tenho como certo , assim neste cargo que levo, como em outra qualquer coisa que de vosso serviço for, Vossa Alteza há de ser de mim muito bem servida, a Ela peço que, por me fazer singular mercê, deixe ficar na ilha de Sou Marciano a Jorge de Osório, meu genro – o que d'Ela receberei em muita mercê. È que nada peço a Vossa Alteza para não criar hábitos de tirar vantagens de postos ou considerações.
Beijo as mãos de Vossa Alteza.
Deste Planeta Terra, da Vossa Ilha de Vera Cruz, que não é ilha, e do Rio de Janeiro, que também não é rio, hoje, sexta-feira, primeiro dia de maio de 1500.
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Rui Rodrigues

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Está lá o corpo estendido no chão



Está lá o corpo estendido no chão


Dia de jogo de futebol. Emoções à flor da pele, esperando o momento de gritar “gol” e exorcizar todos os demônios que infernizaram a vida de cada torcedor durante a semana. Alguns escutaram gozações por que seu time está mal no campeonato, outros que o time está bem mas nunca chega “lá” no topo da tabela. Outros ainda querem “vingança” do patrão ou do chefe, que é do time contrário. A adrenalina foi aumentando no sangue desde segunda feira e sábado seria o grande dia de explodi-la em vários gritos de “gol”,quantos mais melhor para que depois o espírito se acalme.

Na sexta-feira combinou-se o local de encontro das torcidas, quem iria e quem não iria. Economizaram-se chamadas telefônicas, até importantes, para que pudesse haver saldo suficiente para combinar os detalhes da ida ao estádio, item por item. Não esqueceram lenços com pedras dentro para girar e arremessar contra os “inimigos” do time adversário. Como todos os anos matam torcedores mais afoitos e “irritantes” pensam que devem estar sempre preparados para a revanche. O povo esquece, mas as torcidas “organizadas” não. Outros mais fracos levaram facas e revólveres. Antes de sair de casa, um banho, perfume, camisa do time, umas cervejas para não gastar no estádio, e alguns provavelmente cheiraram, fumaram até ficarem no “ponto”. Do estudo sobre o comportamento humano sabemos que o indivíduo pensa “diferente” quando está em grupo. Costuma haver “comunhão” de sentimentos para não ser diferenciado, descriminado, afastado do grupo. Assim, quando começa uma discussão, uns alimentam o ódio dos outros, e quem o não tinha, passou a tê-lo e odeiam sem se preocuparem se é ou não necessário ou correto odiar.

Em futebol não interessa justiça. Todos viram que foi pênalti contra o seu time, mas encontram sempre uma desculpa para negar e quando nem desculpa encontram, dizem que é assim mesmo, o futebol. Gostam quando o seu time é beneficiado e odeiam o árbitro, o sistema, o trabalho, a família, os amigos de outros times e até do seu, quando discordam e mostram a verdade. Futebol é paixão e os órgãos que superintendem esse esporte não fazem nada para que as arbitragens sejam mais justas, mesmo com tantos aparatos disponíveis da tecnologia moderna. Deve ser herança da romanização européia, quando para governar se usava a máxima do “pão e circo”, sendo o circo romano o lugar onde se matavam animais de montão, e onde os gladiadores se matavam uns aos outros. Quando as apostas eram muito altas em função da força e astúcia de um gladiador, quem estava a par das “injustiças” apostava no mais fraco. Pela noite davam ao mais fraco uma beberagem que o deixava fraco. Os apostadores desonestos ganhavam seu farto dinheiro, o gladiador morria no circo mas havia muitos mais esperando a sua vez. No futebol é assim mesmo. Clubes não fazem os exames necessários, e os casos de morte súbita estão nos jornais. Nem todos são publicados.  

Num recente enfrentamento de torcidas em S. Paulo, um policial afirmou que viu as duas torcidas se enfrentando mas que não pode fazer nada porque as torcidas eram muito grandes e a força policial pequena. O governo não tem estratégias para deslocar as forças necessárias em dias de jogos, ou não tem os efetivos necessários, ou também não se importa.  A FIFA pretende que se libere a venda de cervejas nos estádios durante o mundial de 2014, mesmo sabendo o que o álcool misturado com paixões pode provocar. O negócio da FIFA é dinheiro na base do pão e circo. Se houvesse lei permissiva, talvez até baixasse o dedo no final das partidas para matar o goleiro que errou e promover a cônsul o artilheiro que fez mais de três gols no time adversário. Não se pode esquecer o mal súbito do Ronaldo, fenômeno, numa final de copa do mundo.

E as torcidas do Vasco e do Flamengo se encontraram. Foram preparadas para o confronto. O Flamengo em ascensão, o Vasco a ponto de garantir o primeiro lugar na tabela.

Ficou lá o corpo no chão, estrebuchando, baleado e esfaqueado. Morreu.

A FIFA poderá alegar que não tem nada com isso, o governo do Estado e da nação idem, as forças policiais também, e fica por isso mesmo, sabendo nós que a triste história voltará a ocorrer muitas e muitas vezes. Normalmente as discussões têm por base as “injustiças” cometidas em campo durante o jogo e devidas também normalmente, pela arbitragem.

Acabar com o futebol? Não! Jamais!

Mas precisamos mudar as suas regras usando mecanismos que o tornem justo, educar melhor as nossas crianças desde pequenas em casa e nas instituições de ensino, usar as verbas públicas onde são mais necessárias e sobretudo na educação, na saúde e na segurança e fazer com que as CPIS nos dêem a garantia de que criminosos vão para a cadeia e não tiram vantagem dos mais fracos. Os mais fracos são 200 milhões de brasileiros que não podem nem votar onde as verbas arrecadadas com os impostos devem ser aplicadas.

Está lá o corpo estendido no chão, agora com sete palmos de terra por cima, uma vida perdida. Na foto um torcedor do CRB.


Rui Rodrigues