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segunda-feira, 29 de abril de 2013

O semeador de painço de olhar perdido nas estrelas


O semeador de painço de olhar perdido nas estrelas




plantação de milho paínço 

Nas planícies do Oriente Médio, há cerca de sete mil anos atrás se cultivava o painço[1] , uma espécie de milho, a única conhecida. O pão dos egípcios e desse povo todo que constituía a humanidade, era feito de farinha de painço. Havia planícies cultivadas com este cereal por toda a China, Oriente Médio até o mar de Aral, e também no Egito e na Mesopotâmia. A humanidade não conhecia outro tipo de milho. Por entre os cultivos crescia a papoula, uma planta daninha que reduzia a produção de painço. Era preciso separar este joio[2] do painço. Depois veio o trigo e também do trigo era necessário separar o joio. Muito do joio era de papoulas que invadiam os campos.

Zarath nasceu perto do mar de Aral, numa vila com casas de adobe por volta do ano 1.700 AC. Seu pai deu-lhe um camelo (Ushtra) quando ele tinha ainda sete anos de idade. Era precoce, um menino diferente dos outros. Fraco, magro, tinha o olhar perdido nos astros pela noite, e durante o dia seu olhar continuava perdido no céu como se os pudesse ver mesmo com toda aquela luz ofuscante do Sol. Logo começaram a associar Zarath ao camelo que sempre o acompanhava[3]. Incompreendido em sua aldeia e em sua família, sem servir para nada de útil, logo percebeu que seu lugar tinha que ser longe da sociedade, das pessoas que viviam no lugar onde nascera. Aos vinte anos passou a viver numa caverna. Ali perto não havia propriedades cultivadas. Com a ajuda de seu camelo passou a plantar seu painço numa das margens do rio. Nunca comeu carne.
                          Criação de papoulas no Afeganistão 
Zarath tinha que separar o joio - as papoulas - do painço em sua cultura, e o fazia no começo da primavera quando as plantas já têm estatura suficiente para que se possam diferenciar umas das outras. Já ouvira falar dos poderes da papoula, mas não a experimentara. Sabia dos sacerdotes e de seus pais que poderia ver os deuses que os sacerdotes também viam se os usasse, mas teria que estar preparado, porque somente o poderia fazer uma única vez em toda a sua vida. Se isso se tornasse um hábito seria tomado pelos demônios que jamais o largariam. Eram conselhos de sacerdotes egípcios, iranianos, judeus. Todos sabiam que o poder da papoula dominava a vontade dos mortais e os reduzia a um lixo que se deteriorava pelas esquinas das ruas, pelos campos, rejeitados por toda a sociedade.

Havia mais de dez anos que saíra de casa de seus pais para se confinar à caverna. Ficaria lá até que sua mãe o viesse buscar. Mas nunca voltou. Chegar aos trinta e cinco anos era difícil naqueles tempos. Zarath sabia disso. Ou se morria por armas de exércitos ou de bandidos, por febres, feridas que se transformavam em pústulas, por acidentes fatais. Era muito difícil chegar aos trinta e cinco anos, e embora alguns vivessem muito mais do que isso ficavam velhos, de cabelos brancos aos trinta. As águas de nascente pertenciam aos grandes senhores aquemênidas, e a água que se consumia era de poços que muitas vezes eram poluídos pelas fossas das casas, e trabalhava-se desde o nascer do dia até o chegar da noite. Os dias de verão eram os mais difíceis pelo calor do sol e pela duração dos dias, bem mais longos do que as noites, quando mais se trabalhava.  Sobretudo, o que incomodava Zarath era a forma como o descriminavam por estar sempre com o pensamento longe da realidade. A sociedade e principalmente sua família não o aceitavam dessa forma. Queriam um Zarath concentrado na realidade, nas coisas da vida.
                Ahura Mazda
Em sua trigésima primavera resolveu comunicar-se com os deuses, como o faziam os sacerdotes.  Buscava as razões da vida, algo que explicasse o mundo em que vivia, a justiça. Numa tarde, depois da hora do almoço, quando o Sol estava a pino, recolheu a seiva dos bulbos das papoulas nos quais fizera incisões dois dias atrás. Era uma seiva branca que logo ficara marrom. Depois enchera uma pequena taça de argila e levou um pedaço recolhido com o dedo à sua boca. Era um gosto amargo. Ficou olhando a sua seara verde, ainda palmilhada de papoulas, para lá das margens do rio onde se encontrava, perto da caverna. Esperava os deuses. Sentiu uma onda de felicidade, muito maior do que a que o vinho lhe costumava dar. E então o viu e ele lhe falou. Disse chamar-se Ahura Mazda. Era brilhante, como uma névoa branca em meio a brancos raios de luz. Mas não era nenhum dos deuses conhecidos. Este era diferente: Sorridente, paternal, transmitia confiança, tinha o límpido e firme olhar dos justos fortes. Só um deus poderoso poderia ser calmo, tranqüilo, sem se arrepender de sua obra. Viu-se então transportado para um lugar muito belo onde o esperavam sete seres magníficos. E lhe disse que tudo o que precisava saber estava dentro dele mesmo. Bastava olhar o mundo à sua volta, e perceber seus movimentos e suas razões. Então lhe indagou da razão de ter sido escolhido para essa conversa, e ouviu como resposta dos sete seres em coro que era porque Zarath tinha boas ações, bons pensamentos e boas palavras. Nos sete dias seguintes limpou todo o joio do painço. Jamais deixaria de plantar[4]. Então Zarath pegou em suas coisas, saiu da caverna e voltou para casa, para a aldeia. Vinte e dois [5]o seguiram, convencidos de suas palavras. Os outros queriam matá-lo por ter um novo deus e acharem que os seus se podiam melindrar. Nem repararam que Zarath usava como base os mesmos deuses que então faziam parte do panteão aquemênida, herdados dos indo-arianos, conforme o Rig Veda: os ahuras, do bem, e os daivas, do mal.

Perdeu dois anos tentando convencer Vishtaspas, rei da Báctria, no atual Afeganistão, a seguir a nova religião com o deus único que descobrira, Ahura Mazda, e nos anos seguintes toda a região a adotava. Por essa época já o chamavam de Zaratustra[6], o menino do camelo. Os gregos o chamavam de Zoroastro, o homem que observava os astros. Um livro sagrado foi escrito: O Avesta, do qual fazem parte 16 versos, os Gathas, a parte mais importante do livro.  Como era comum a todos os sacerdotes, também Zoroastro precisava comunicar-se com Ahura Mazda. Aproveitava para fazê-lo na primavera, quando o joio das papoulas invadia as suas plantações de painço. E foi assim que começou a alargar o seu panteão, segundo o qual Ahura Mazda passou a ter deuses menores, exércitos de anjos no céu. Já não era único, porque não se bastava a si mesmo. Precisava de pequenos deuses, exércitos de anjos. Zoroastro acabara por admitir que havia algo neste mundo que dificultava a “vida” do deus único: Era o mal, Arimã, representado por uma entidade na forma de serpente que descobriu através de seus transes com a seiva da papoula, o joio do painço. Anjos guerreiros, depois de mais algumas mascadas de seiva de papoula se transformaram em pequenos deuses, os Amesha Spentas.
                      fumando tabaco
Se alguém quiser seguir os passos dos sacerdotes antigos, dos quais nem os pacíficos egípcios escaparam, basta ir num campo de trigo, milho, ou painço, pela primavera, extrair a seiva dos bulbos de papoulas, mascar e passar uma semana nisso. Verá coisas horripilantes mas também paraísos com sete virgens que esperam heróis, virgens gays que esperam heroínas, mancebos que esperam heróis e mancebos que esperam heroínas. Verá de tudo. Sacerdotes que fumavam tabaco descobriram Manitu; os que tomavam o Peyote, que dá ondas terríveis, macabras, descobriram que era o Sol o deus a adorar, ávido por corações humanos pulsantes depois de extraídos do peito dos fiéis. Quem fumava maconha descobriu os deuses dos Vedas.

A Torah judaica seria compilada e estabelecida quase mil anos depois do Avesta pela época do profeta Josias, e certamente deve ter sofrido influência, porque até então o povo judeu não tinha uma noção assente, solidificada, sobre o monoteísmo. O cristianismo, baseado na Torah e no monoteísmo, também evoluiu tal como o Zoroastrismo, para um panteão de santos e imagens. Enquanto viveu Zoroastro foi lançando sementes de seu painço. Somente vingaram as que foram lançadas no Irã, mas por pouco tempo. Outras religiões chegaram à região. Hoje persiste ainda em reduzidas comunidades da Turquia (zerviches) que ainda vêm Ahura Mazda quando dançam com sua roupa branca, rodopiando a cabeça e o saiote até ficarem em transe.

Rui Rodrigues.



   






[1] Sobre as características do painço, ver em http://vidaequilibrio.com.br/painco-conheca-os-beneficios-desse-cereal
[2] Nos tempos de Jesus também de separava o joio do trigo.Mas então se cultivava mais o trigo do que o painço.
[3] Zarath passou a ser conhecido como o “Zarath do camelo” ou Zaratustra. Quando os gregos souberam de sua existência o chamaram de Zoroastro, o menino que observava os astros.
[4] Os seguidores de Jesus, os apóstolos, largaram o trabalho que tinham. Zarath achava que se podia evangelizar e também cultivar o sustento. Uma atividade não prejudicava a outra.
[5] Jesus tinha 12 apóstolos. Boa parte era de familiares.
[6] Zaratustra foi casado duas vezes e teve vários filhos. Faleceu aos setenta e sete anos assassinado por um sacerdote.

quinta-feira, 25 de abril de 2013

A ilha de Páscoa, um exemplo da sustentabilidade na Terra.




A ilha de Páscoa, um exemplo da sustentabilidade na Terra.

 Ilha de Páscoa
Uma ilha é uma porção de terra cercada de mar por todos os lados. A ilha de Páscoa é isso mesmo: Uma pequena ilha cercada de mar imenso, nada à vista no horizonte. Quem tivesse nascido lá há milhares de anos não veria nada mais a não ser o mar até os confins do horizonte. Seus habitantes, os Rapanui, julgavam-se sós no mundo. Sós, não. Sabiam por tradição oral de seus ancestrais que havia terras para lá, bem longe, da ilha. Mas era-lhes impossível navegar. As pirogas que possuíam só serviam para a pesca. Seus ancestrais tinham vindo para a ilha, de forma determinada, carregando mudas de bananas, cães, porcos, galinhas, entre 300 DC e 400 DC.

Em algum momento descobriram a religiosidade e perceberam que alguém deveria ter “feito” a ilha. Chamaram-lhe de Hotu Matu’a, e o entenderam como um deus. Olhavam o horizonte e desejaram voar como os pássaros da ilha, e rezavam a um outro deus, a quem chamaram de Tangata Manu para que lhes dessem asas, mas este deus nunca os ouviu, e os rapanui nunca tiveram asas. Então descobriram que deveria haver uma “entidade” superior, misteriosa, a quem deveriam rezar para que os outros dois deuses os ouvissem, não fossem ficar mal vistos perante uma entidade que não conheciam. Chamaram-lhe de Make-Make.

A ilha, quando a descobriram os Rapanui, era coberta de florestas. Sua população aumentou. Passaram a temer que fossem invadidos antes que pudessem atravessar o mar oceano, a que chamamos Pacífico, ou antes que Tangata manu lhes desse asas. Então, como lhes sobrava tempo, construíram enormes estátuas de pedra para afugentar os possíveis inimigos que, tal como eles, poderiam chegar navegando pelo mar. Mas para construir essas estátuas, os Moais, e transportá-las para lugares estratégicos da ilha era necessário cortar as árvores. Sabiam que existiam correntes marítimas, porque elas haviam trazido seus ancestrais até a ilha mas não de seus efeitos sobre o clima, e quando no domingo de páscoa do ano de 1722 o navegador holandês Jacob Roggeveen chegou na ilha, viu os gigantes de pedra, uma população decadente e em vias de extinção, subnutrida, que vivia essencialmente da pesca.  Já não havia bananeiras, nem porcos, nem cães, nem galinhas, nem árvores.
       os Moais da Ilha de Páscoa 
Em grutas da ilha viram ossadas humanas com evidência de canibalismo. Talvez por adoração a seus deuses, ou por necessidade de se alimentarem. Nos cento e cinqüenta anos seguintes 53 expedições foram mandadas á ilha. A cada uma cada vez mais havia estátuas destruídas pelos rapanui, tombadas sobre a grama da ilha. Os rapanui abandonavam os seus deuses nos quais haviam confiado tanto e com tanta devoção. Foi um curto percurso, na escala do tempo, desde que haviam deixado suas origens na ilha de Mangareva, usando as de Pitcaim e Henderson como trampolim usando suas pirogas de navegação à vela: Uma viagem de apenas 17 dias.

Em 1888 o governo chileno concedeu a exploração a uma empresa escocesa que introduziu gado ovino na ilha. Os rapanui passaram então à condição de escravos que trabalhavam em troca de bens e víveres que recolhiam no barracão da empresa, em vez de dinheiro. Em 1914 revoltaram-se. Somente em 1966 foram reconhecidos como cidadãos chilenos.  A ilha é formada pela junção de três vulcões adormecidos. Reza-se para que não eclodam, mas as preces já não são dirigidas a Hotu Matu’a, nem a Tangata Manu, e muito menos a Make-Make.
                Estamos sós no espaço
Nosso planeta é uma ilha na imensidão do cosmos. Temos nossos deuses, mas já nos restam poucas florestas. Poluímos as águas, infestamos os ares, conspurcamos a terra com radioatividade. Olhamos para o Cosmos e não vemos outras ilhas de onde possam vir a tempo de salvar-nos. Muitos deuses já foram abandonados e jazem no esquecimento. Somos os Rapanui do Cosmos, divididos em partidos políticos e religiões, cada um arrecadando o máximo que pode de dinheiro no barracão dos cofres públicos: O canibalismo humano moderno.

Rui Rodrigues

Coletânea 3 – PT, humanidade, Gordon Ramsey, e outros


Coletânea 3 – PT, humanidade, Gordon Ramsey, e outros

Não é inteligente ser PT

Há países como os EUA, os da União Européia, a Rússia e a China que não se podem contestar sob pena de passarmos por burros, idiotas ou analfabetos... Em nenhum deles existe o comunismo (em alguns já houve mas foi abandonado), e o Socialismo dessas nações é capitalista...

Não há que recriminar. Há que copiá-los e podemos até ser melhor do que eles. Basta esquecermos o PT, O PcdoB e outros partidos que só existem para dar boa-vida a políticos de carteirinha...



Humanidade que não reclama



O silêncio atual da humanidade é mortal... Uma humanidade em estado catatônico observa em estado de choque como uma humanidade, posta a nu pela liberdade que a nova tecnologia proporciona, pode ser tão perversa que se mostre agora contestando a "'antiga ordem" e o liberalismo atordoante tome conta do dia a dia. Mas não se iludam... A humanidade costuma acordar de seus "catatonismos " periódicos, e levantar-se, enraivecida, contra aquilo que acaba por escolher como imprestável. Só não sabemos o que a humanidade escolherá num futuro que se desenha bem próximo. Parece ser a Democracia Participativa. 



Gordon Ramsey e Lula



Acabei de ler o livro de Gordon Ramsey – Chocolate Amargo.

Não costumo ler livros destes – autobiografias. A ultima que li,semelhante, foi há décadas, sobre um crápula do jornalismo: Assis Chateaubriand. Este crápula, dono dos “Diários Associados”  pedia donativos para ambulâncias que não entregava (e isto me lembra o Criança Esperança), e tinha laivos de demência,como quando apertou a mão da Rainha da Inglaterra depois de a ter passado na urina que vazava para uma garrafa de refrigerante sob o sobretudo (sofria da próstata).

O que me levou a ler este livro foi o fato de conhecer Gordon como grande chef da cozinha internacional e constatar que tivera uma infância pobre e problemática, de um pai que batia na mãe, e mesmo assim tivera sucesso na vida, tornando-se num guru da cozinha de “gente fina”, de classe, da nata do primeiro mundo. Fala várias línguas e um palavrão a cada palavrinha.

Então me lembrei do Lula. Ele também veio de uma classe pobre. Seus pais tinham problemas de convivência, mas enquanto Gordon venceu na vida com o seu trabalho, Lula nunca trabalhou. Só fez discursos que outros lhe preparavam. Sabia decorar os textos.

E finalmente tive que me lembrar, a contragosto, de um ex-familiar que montou uma série de bares com sócios ávidos pelo sucesso. Aos poucos ia pentelhando a vida deles de tal forma, que eles se viam obrigados a sair da sociedade.Comprava barato a parte deles que revendia para novos sócios. Hoje tem uma fortuna imensa que começou com uma sociedade com meu pai que nunca lhe viu o dinheiro investido.

Dos três, Gordon é o único que vale a pena ler. Os outros dois nem sabem escrever.


Onde que eu estou?

há uma fase em nossas vidas muito interessante: É quando percebemos que não temos mais nada a perder quando "botamos a boca no trombone", e mesmo que tenhamos isso já não tem a mínima importância, porque "valor mais alto se alevanta"...

Então eu rio...Rio às gargalhadas... 

Como é possível que o New York Times convide Lula (ou este está pagando?) para uma coluna mensal. Ora... Todos sabemos que Lula não escreve nada e toma decisões esdrúxulas que só têm eco numa comunidade mais pobre de instrução e cultura do que propriamente de recursos ( o bolsa família e outros benefícios, cuidam para que não haja pobreza).... Mas porque rio eu ?

Porque o New York Times esqueceu o Fernando Henrique Cardoso... Onde kotô ?



Cravos secos e idiossincrasia no 25 de abril. 



Nós, portugueses, não somos um povo verdadeiramente unido. São raras as vezes em que unimos nossas vozes em uníssono para mudar um “status quo”. A última, importante, foi em 1974, exatamente num dia 25 do mês de abril, quando o dragão da ditadura já estava morto. Enquanto vivo, o mundo português estava dividido entre os que viviam ao sol e os que viviam à sua sombra. Foi a revolução dos cravos.  Os cravos secaram há muito tempo !

Esqueceram o velho ditador e permitiu-se que outros ditadores, os partidos políticos, ditassem suas regras nos corredores do poder. Nossa constituição revista em 1976, foi redigida e aprovada por políticos que viram nessa oportunidade uma porta aberta para a “sua vez” de governar. Já vai pela 6ª Revisão. Nada se perguntou aos cidadãos: Empurraram-lhes uma linda constituição, goela abaixo, mas que permitia o governo – sem contestações- por parte de uma elite a que se chama vulgarmente de “política”. Ser político é ter uma profissão, não uma obrigação de servir a pátria, os portugueses. A constituição lhes permite que governem “em nosso nome”. 

Essa constituição está tão seca como os cravos de 25 de abril de 1974. 

Precisamos de nova constituição, de nova revolução para impedir o abuso de políticos: A revolução da Democracia Participativa da vontade cidadã. Sem armas, sem tiros, mas com muita vontade.

http://conscienciademocrata.no.comunidades.net/index.php?pagina=1290597993  

Rui Rodrigues.

domingo, 21 de abril de 2013

A tragédia portuguesa – A verdade



A tragédia portuguesa – A verdade
 Futuro com divida a 30 anos?
A revolução dos cravos pretendia-se ser uma revolução socialista. Punha fim a uma ditadura de extrema direita. Era compreensível. Porém, em 1975 as economias da URSS e da china já davam mostras de fraqueza. O comunismo em geral já não era tão forte como antes da “guerra dos mísseis” envolvendo Cuba, URSS e EUA. Fidel Castro sofreu um bloqueio do qual não se livrou até hoje. O bloqueio não é contra o povo cubano. È contra Fidel Castro. Mas há um agravante que contribuiu imensamente para o declínio do espírito socialista da revolução dos cravos: A corrupção dos governantes portugueses, tradicional, endêmica. Não se aprova nada na junta sem uma “propina”, não se tem bom tratamento hospitalar se não se der uma propina para a enfermeira chefe, não se consegue um bom trabalho sem um “padrinho”.  Obtém-se passaporte falso pelas esquinas, o contrabando vindo de Espanha ainda não acabou, governos sucessivos fazem contratos com empresas estrangeiras  pela simples troca por empregos, as contas de telefone vêm com valores de chamadas que nunca foram dadas e com duração de chamadas que em muito ultrapassam a realidade. O governo não vê nada, não escuta ninguém, não se manifesta em nada. O presidente da República é um pequeno rei que desfila nu cheio de sorrisos de artista de cinema e quando fala, não diz nada de interessante. Podia passar os dias na casa de banho que ninguém notaria sua falta.
 A polícia faz parte, tanto dos cidadãos quanto do Estado
O mal de tudo? A Constituição e as leis decorrentes herdadas da ditadura de Salazar, a falta de educação cidadã do povo, que, por mais instruído que seja não tem educação suficiente para reclamar: Fazer-se de “não afetado pela situação” dá status, coloca os indivíduos numa situação de nata sobre o leite azedo. Mas como alterar a Constituição se os políticos, confortavelmente instalados no governo nem por hipótese consideram essa possibilidade? Indo para as ruas e pedindo uma para ser aprovada pelos cidadãos a exemplo do que fizeram alguns países do norte da Europa (o que pode facilmente ser encontrado na net em detalhes). Neste link pode ser encontrado um modelo baseado na constituição suíça - http://conscienciademocrata.no.comunidades.net/index.php?pagina=1290597993

Mas a que propósito vem tudo isto se o povo está calmo, tranqüilo, vendendo tudo o que economizou para poder sobreviver e manter as aparências – outra característica idiossincrática mórbida de nossa tradição secular?

Porque nada se modifica neste mundo, nem em nenhuma sociedade, sem atuação explícita que demonstre a insatisfação, e porque não é possível que os cidadãos portugueses estejam satisfeitos ou minimamente confortáveis devendo a bagatela de 346,8% do PIB[1]. Provavelmente não têm noção de quantos anos serão necessários para pagar esta dívida que mede grosseiramente o desperdício da administração pública de todos os governos desde a revolução de abril. Não têm noção de como “sair dessa crise”. Há túnel, sombrio, sem a mínima luz ao seu final. Nem de mera e simples vela. Somos um povo obediente, orgulhoso, inteligente, instruído, exemplo da classe trabalhadora e empreendedora em todo mundo, infelizmente carentes de determinação para contestar. Somos capazes de morrer secos e tísicos se precisarmos “pedir” algo a alguém, e levamos 48 anos para nos livrarmos da ditadura de Salazar. Somos muito lentos. Não acredita? Então lembremo-nos da Inquisição que durou “apenas” 285 anos: Desde 1536 quando o rei D.Manuel a pediu nas Cortes, até terminar em 1821 em sessão das Cortes Gerais. Somos lentos e tempo é dinheiro. Perdemos dinheiro que é do que todos precisamos.
O momento não é para desanimar. É para lutar 
Nossa tragédia é moral, financeira, política, industrial, comercial, institucional. Poderíamos pagar a dívida contraída por nossos governantes e instituições em uns dez anos, mas temos que levar em conta a situação econômica internacional, e com um mundo entre a recessão e o insipiente crescimento, não o poderemos fazer em menos de vinte. Nossos filhos herdarão a dívida e já se prevê o decréscimo da população portuguesa para a casa dos sete milhões e meio para os próximos anos. Nunca se vendeu tanto ouro como nos últimos três anos. Ouro particular, das economias pessoais. O sinal foi dado quando uma ministra, para encobrir o sol com uma peneira e manter os privilégios dos políticos vendeu da noite para o dia, no mercado internacional toneladas de ouro. No tempo do “bochechas”. Não foi a única[2]. Nem nas pesquisas podemos acreditar: Somente trinta e seis por cento dos portugueses disseram ter preocupações com a situação econômica, mas 51 por cento disseram que temem a falta de emprego. Ora como se pode ter preocupação com o emprego e não com a situação econômica se esta depende do emprego? O povo português volta a emigrar em massa. Importamos quase tudo. Somos auto-insuficientes. Os preços das mercadorias não dependem da nossa produção. Atravessam-se as fronteiras para nos abasteceremos em Espanha onde os impostos são menores: Ajudamos a melhorar as condições econômicas de Espanha e prejudicamos as nossas porque o governo é estupidamente insistente em manter altos impostos em relação aos nossos vizinhos. O governo quer dinheiro não importa como, mas sem se importar com o “como”, arrecada cada vez menos.

Como mudar esta tragédia, em que carecemos de saúde pública, empregos, desenvolvimento, auto-suficiência?
 Este é o maior motivo para mudar
Os que estão no governo não permitirão mudar nada. Mudarão o que desejarem porque lhes demos permissão para tal. Dizem eles que nos representam.  A solução estará, sempre, nos cidadãos agindo em uníssono, sem a presença de Partidos políticos: São estes que orientam, treinam os políticos que temos para que se elejam e depois lhes cobrem as atitudes. Veja como em

Governo que não cuida dos cidadãos não serve para nada!

Rui Rodrigues

Coletânea 2 . - Maduro, West Fertilizer, comunismo e socialismo



Coletânea 2  .  - Maduro, West Fertilizer, comunismo e socialismo


Maduro
A eleição de Maduro me fez refletir... Há fortes indícios de que as eleições venezuelanas foram manipuladas, com venezuelanos fora da Venezuela impedidos de votar nas embaixadas, e pelo que tudo leva a crer, por manipulação dos votos.

A Venezuela merece este desastre, a Argentina, Cuba, Brasil, e todos os que aderem a uma falsa idéia de que os lideres desses países desejam realmente um socialismo ou um comunismo, apelando para as vestes vermelhas e frases de efeito. A corrupção reina por lá e por aqui... 

E porque merecemos?

Por que nos acomodamos. Não reclamamos nas ruas, aceitamos a corrupção, crendo em milagres ou na impossibilidade dos falsos se instalarem no poder. 

Tirar gente honesta do poder é fácil. O problema é tirar do poder um corrupto. Ele falsifica tudo. Compra a moral, a ética e enterra as verdades.
- Fidel Castro ainda não bateu as botas (continua meio calado, meio em delírio, meio sorumbático, mas o esqueleto dele continua andando)

- Tudo calmo ainda na Coréia do Sul. A do Norte ainda muito agitada mas indecisa: Nem defeca nem solta pum... Quem sabe um supositório de cavalo não resolveria esse problema intestinal do Kim III ?

- O Afeganistão continua sendo um campo de papoulas. Agora na primavera do hemisfério norte os campos estão cheios e logo fabricarão ópio e heroína. Até parece que as forças da Otan garantem a produção e a exportação. Os talibans continuam ativos.

- O Maduro assumiu mesmo com a contagem de votos em questão. Aquele mecanismo de votar eletronicamente e depositar voto de papel na urna em simultâneo para conferir, serviria apenas no caso do maduro não conseguir ganhar as eleições. 

- As obras do PAC continuam engolindo grana e estão atrasadas... Com esta inflação que temos, quarenta milhões de brasileiros voltaram a ter fome. Anda todo mundo esfomeado, principalmente de tomates. (parece que a falta de tomates se deve a uma reserva estratégica para atirar na Dilma e no Lula nas próximas campanhas)

- Neste momento, em alguns lugares deste Brasil, "alguéns" não estão trabalhando e se dedicam a roubar verbas públicas. Se souber de algum caso denuncie à Policia Federal. Não adianta reclamar com os chefes deles (Eles também fazem parte do esquema).

- Portugal, Espanha, Grécia, Chipre... Bom.. Para simplificar (eles são 27).. Só a a Alemanha não está pedindo penico financeiro. O resto está na lona, no desespero... A Europa bota panos quentes sobre a "lona" em que está... Todo mundo duro mas valente. Trocar o sistema político nem pensar, ainda. Faz parte da tradição, e tradição há que manter "custe o que custar"... 

Comunismo

Ainda temos muita gente neste Brasil afora vivendo na idade da pedra. Não sabem, por exemplo, que:

1. A guerra fria nunca esquentou
2. O muro de Berlim virou pedrisco e foi vendido como lembrança
3. As estátuas de Lênin e de Stalin foram derrubadas fundidas e delas se fizeram isqueiros com o nome de Perestroika gravado.
4. O livro de Mao foi rasgado folha por folha e usado como papel higiênico
5. China e Rússia competem com os EUA como duas potências capitalistas
6. E nem entendem que estrela é aquela do PT, nem porque Dilma e Lula se vestem de vermelho. Por ideologia não é mesmo... 

O Brasil parou de tentar entender?


A Explosão da West Fertilizer no Texas

A Explosão da West Fertilizer no Texas, a Monsanto, a cidade de S. José dos Campos e a Imprensa Nacional (Brasil)

1- A explosão se deu numa fábrica que estocava produtos da Monsanto. Há um relacionamento estrito entre a West Fertilizer e a Monsanto, e os proprietários em principio são desconhecidos por algum tipo de lei que os protege no Texas. A empresa é representada por advogados. 

2- A Monsanto tem uma fábrica altamente perigosa na cidade de S. José dos Campos. Uma fábrica da Monsanto já foi pelos ares causando grandes danos há muitos anos nos EUA.

3- Há um plano de evacuação da cidade de S. José dos Campos para o caso de vazamento de gases, mas todos sabemos que nem sempre será possível acionar o sistema em tempo útil de salvar vidas. Há um projeto para mudar de lugar a Fábrica, mas não se sabe quando nem se vai ser implementado.

4- Há qualquer coisa de podre na nossa Imprensa, que não divulga os fatos em pormenor e não vai atrás da origem dos fatos nem dos envolvidos.. 

http://blogs.wsj.com/corporate-intelligence/2013/04/18/before-the-blast-west-fertilizers-monsanto-lawsuit/


Limites do Socialismo

(Considerando que ser socialista a 99% não é ser socialista. Tem que ser a 100%) 

Vamos ao método do absurdo e cheguemos à conclusão de que tudo pode ser dividido: os bens materiais, os salários, os veículos disponíveis e que tudo fique igualmente dividido sem faltar grão, folha, laje ou pneu... E que ninguém seja preguiçoso, contando apenas com o trabalho dos outros para ser dividido. 

E o conhecimento, as invenções, a bondade, o amor, a abnegação, coisas que estão “lá dentro”, em nosso cérebro, em nosso sentimento, em recônditos que ninguém pode acessar? Estas “imponderabilidades” não podem ser divididas. Então vem a inveja. Todos teriam “direito” á divisão de um diploma conquistado, de um Quociente de Inteligência (QI), mas também deveriam estar dispostos para dividir uma doença, uma tara, uma indecência... 

Poderá o socialismo exacerbado, como o comunismo e as formas mais “qualquer coisa” do chavismo, do Cristanismo, do Mujiquismo e do Fidelismo, que nada têm a haver com socialismo ou comunismo, nos imporem a atrofia cerebral ou nos relegar a um equalismo do qual não nos sobre a mínima vontade de progredir seja no que for? 

A vontade de dividir e a abnegação já deram mostras de não serem motores de desenvolvimento da humanidade nos regimes comunistas que se apagaram na história. A vontade de chavistas, cristinistas, mujiquistas e fidelistas não pode prevalecer sobre a mente humana impondo-nos suas idéias que apenas levam ao conforto que têm no poder enquanto seus povos sofrem no anonimato de desalojados e parias da sociedade, vivendo em cada maior número pelos vãos de portas, debaixo de viadutos... Estes países não crescem. Encolhem. 

E nós, Brasil, para onde vamos?

Rui Rodrigues

sábado, 20 de abril de 2013

Como acabar com o terrorismo – Um processo difícil.




Como acabar com o terrorismo – Um processo difícil.
 No Terceiro Reich a caminho do Holocausto

Sobre o terrorismo.
Quando nossos pais nos diziam para comermos a sopa senão o “bicho papão” vinha nos pegar ou comer a nossa comida, faziam um certo tipo benigno de terrorismo psicológico conosco. Assustavam-nos para que fizéssemos algo que julgavam útil e bom para nós: Alimentarmo-nos!
O terrorismo que conhecemos através dos jornais, ou do qual fomos vítimas, tem a mesma base perceptiva: Alguém acha que o terrorismo é bom para alguma coisa, mas enquanto comer realmente nos faz bem – não temos a mínima dúvida disso – o terrorismo exercido por terceiros em nossas vidas se destina a impor alguma forma de pensamento, governo ou situação que, não necessariamente, "seria" boa para nós. Podemos afirmar que qualquer ato terrorista não visa o bem comum, coletivo, mas apenas e somente o “bem” de alguma pessoa, de algum grupo, de alguma nação. Se fosse bom para nós ou para a coletividade, o terrorista perguntava e obteria uma aprovação esmagadora. Como não é, não perguntam. Querem impor à força pelo medo, ou simplesmente se vingar sem propósito. Há mesmo uma certa confusão, ainda, sobre o alcance do que realmente é o terrorismo.

11 de setembro
De uma forma abrangente podemos definir o terrorismo como uma forma de intimidação psicológica ou física destinada a, em curto médio ou longo prazo tentar reverter ou impor pelo medo uma posição a uma pessoa, a um grupo ou a uma ou a demais nações, ou apenas para se vingar de algo intangível. É por esta definição que se pode e se deve julgar a tortura como um ato de terrorismo, e vice-versa.
O terrorismo, sob qualquer aspecto, é um método completamente injusto de manifestação. Podemos manifestar-nos, expor nossas razões, fazer passeatas, trabalhar duro para disseminar idéias e ideais, mas sempre de forma justa sem prejudicar pessoas alheias à causa, pelo menos considerando como justo qualquer coisa que não seja uma imposição ou manifestação pelo terror, pelo sofrimento físico ou moral. Acabar com o terrorismo significaria acabar com o mal no mundo. Nem as religiões conseguiram esse feito, no que pesassem as “boas” intenções. E muito menos à força, através de perseguições religiosas.
Terrorista arrependida ou mudou os métodos?
Façamos um exercício: Coloquemos o terrorismo num extremo de um eixo que determina o máximo e mínimo de intensidade de uma manifestação. O terrorismo ocupa a posição máxima do inaceitável, na parte negativa do eixo a partir do zero. No outro extremo, o positivo, a paz absoluta. Não há como colocar a paz e o terrorismo do mesmo lado em relação ao zero. São opostos. Podemos então nos perguntar se algum terrorista pode realmente crer que pelo terrorismo alcançará a paz. Claro que não. O terrorista pensa de forma diferente. É uma deformação de comportamento, perfeitamente explicável pelos conhecimentos da psicologia. Podem ser estabelecidos perfis psicológicos para prováveis terroristas. O Bullyng é uma forma de terrorismo. A pressão de um cônjuge sobre o outro para obrigar à imposição da vontade é também uma forma de terrorismo, assim como um Estado exerce pressões injustas sobre a população para a dominar, ou o dono de uma empresa sobre seus empregados: Física, moral financeiramente.

O terrorismo na História[1].
O império babilônico invadiu Israel por duas vezes e na segunda expulsou os judeus do reino de Judá para a babilônia e os separou do Reino de Israel ao norte, levando-os como escravos. Nunca se havia tomado na história um elemento tão persuasivo de domínio como esse na história até então. De certa forma foi um ato de terrorismo, dos primeiros de que temos notícia. Nem por isso Israel usou do mesmo argumento quando contava com seus exércitos. Logo em seguida na história, os romanos fizeram a mesma coisa, expulsando o povo judeu até 1948 quando a política de Ben Gurion logrou a volta do povo judeu a suas terras de origem.
A Ordem dos Templários foi fundada no século XII em Jerusalém. Cresceu tanto que provocou ciúmes e medo no seio da Igreja Católica e nos reinos sob sua influência. Numa sexta feira 13, do mês de setembro do ano de 1307, Felipe - o Belo, rei da França envia cartas a comandantes da ordem para que fossem “a palácio” e sem que ninguém esperasse resolveu ser o “braço direito” das vontades da Igreja: A partir desse e nesse dia os mandou para a fogueira como hereges depois de perseguidos, torturados, excomungados. Em 1312 o Papa determinou o fim da ordem e acusou seus membros de hereges, traidores a Jesus e homossexuais.
Templários na fogueira
A perseuguição religiosa católica mandou para a fogueira como hereges pessoas de bem, trabalhadoras, empreendedoras, apenas porque não professavam a mesma fé. Dividiu os bens extorquidos entre seus correligionários. 
Nos Estados Unidos perseguiram-se os negros através de uma organização chamada Ku-Klux-Klan. Agiam de forma característica, à socapa, queimando casas, queimando, enforcando gente negra. Esta organização foi e é reconhecida como de ação terrorista.
A primeira guerra mundial teve inicio após Gravilo Princip, o mão negra, ter assassinado o Arquiduque Carlos da Áustria em Sarajevo.  
Antes do inicio da Segunda Guerra Mundial, a juventude hitlerista começou a tomar ações reconhecidamente terroristas de perseguição a judeus e outros povos não arianos, incluindo o povo cigano, depredando residências e lojas como na “noite dos cristais”, e culminando no holocausto, mandando indiscriminadamente para as câmaras de gás gente mal alimentada, explorada com trabalhos forçados. A maioria de judeus.
As notícias atuais nos mostram que muçulmanos são atualmente os mais comuns militantes na imposição de filosofias e métodos que usam o terrorismo como arma. Talvez isso esteja ligado a pelo menos dois fatores do Corão: O célebre e vingativo mecanismo de compensação baseado no “olho por olho e dente por dente” , e na forma como Maomé iniciou o seu processo religioso que daria origem ao Islã: A Hégira – fuga para Medina – e as batalhas conseqüentes. Pela época de sua morte já tinha dominado os seus adversários e unificado vasto território. O islamismo teve seu auge financeiro e tecnológico em plena idade média e depois veio a decadência das nações que o adotam com exceção de países onde o islamismo coabita com outras religiões, como na Rússia, na Índia e na Turquia. Fundamentalistas jogam a culpa de seu atraso nos países mais desenvolvidos, como os da União Européia, os EUA e Israel.
Estragos de homem bomba no Paquistão
A Igreja Católica tem sua parte de culpa neste tipo de revanchismo, por ter criado e incentivado as “cruzadas” para libertar a “terra santa” do islamismo que via crescer no mundo. Apesar de haver tantas divergências no mundo, sobre tantas coisas, o terrorismo apenas tem sido usado, no mundo moderno,  por organizações ligadas a independência de nações, como o ETA e independentistas da Chechênia, a movimentos políticos como as FARC da Colômbia, a organizações mistas de independência e religiosas como a Al-Qaeda e o Hamas, a desajustados sociais que invadem escolas e assassinam crianças e professores, ou atiram em pessoas inocentes em praça pública como costuma acontecer nos EUA e vem acontecendo no Brasil. Em parte as diferenças sociais e a dificuldade de competir e subir na vida deve ter contribuído para este tipo de “doença” ou desajuste mental. Acabar com todos os tipos de terrorismo é praticamente impossível, e infelizmente teremos de conviver com esta praga, embora se possam minimizar os efeitos. As causas não, porque certos atos de terrorismo não têm causas imediatas nem são identificáveis.

Como combater o terrorismo

É impossível prever quem se tornará um terrorista, por exemplo, dos que invadem escolas e atiram sobre crianças e professores, ou vão para uma praça ou rua e disparam indiscriminadamente sobre a população. Muitos são filhos de excelentes famílias, bons alunos ou trabalhadores normais em suas empresas. Estes tipos de distúrbio somente seriam passíveis de identificação se cada ser humano passasse por um tipo confiável de exames psicológicos durante períodos de sua vida e usasse um chip embutido no cérebro, coisa que a tecnologia do futuro poderá proporcionar e hoje nos parece impensável. Quanto ás demais formas, é possível prever em apreciável grau de certeza qual a probabilidade de um ataque terrorista mediante algumas atitudes a serem tomadas pelos governos:
  • Infiltração de elementos da inteligência entre facções reconhecidamente como apologistas do terrorismo;
  • Acompanhamento psicológico de soldados nas forças armadas. Se bem que certas “qualidades” de um soldado sejam apreciáveis num combate com forças inimigas, ao sair dos quartéis e assumir a vida civil alguns podem eventualmente apresentar indícios de desajuste social.  
  • Acompanhamento de prédicas de sacerdotes que incitem à violência e seguidores que os admirem.
  • Diminuição dos índices de corrupção no governo e melhor distribuição social dos benefícios do Estado, promovendo a educação com fortes bases de moral, ética e cooperação social.
  • Incentivar a democracia nos Estados islâmicos teocráticos ou de tradição monárquica em que famílias se perpetuam no poder sem consulta popular, bem como a libertação da mulher.
  • Impor aos templos o pagamento de impostos da mesma forma como qualquer cidadão ou empresa os paga. Os templos não usam as esmolas e dízimos nem a imensa maior parte delas para fazer caridade.
  • Cooperação internacional dos departamentos de inteligência policiais . 
As populações têm confiança em governos que delas cuidam. Governo que não cuida não serve para nada.
Rui Rodrigues
  
  Tabela[2] com alguns atentados terroristas – a partir de 1979
1979 - 80 iranianos invadiram a embaixada americana do Teerã e fizeram 52 reféns, durante 444 dias;
1980 - 6 terroristas islâmicos tomaram a embaixada do Irã em Londres e mataram 2 pessoas;
1981 - Membros da Al Jihad assassinaram o presidente do Egito;
1983 - Integrantes do Hesbollah com o apoio da Líbia e Irã explodiram com bombas suicidas a embaixada americana de Beirute, matando 63 pessoas;
1983 - Novamente o Hesbollah jogou um caminhão com explosivos na embaixada americana, agora do Kwait. Ataques adicionais foram feitos a embaixada francesa, a apartamentos de empregados da Raytheon, com 5 mortos e 80 feridos;
1984 - Ataque com bombas na embaixada americana no Líbano, matando 24 pessoas;
1985 - Terroristas trabalhando para o governo da Líbia bombardearam o aeroporto de Viena e Roma, matando 20 pessoas;
1988 - Uma bomba explodiu no vôo da Pan Am matando 270 pessoas na Escócia;
1992 - O Hesbollah bombardeia a embaixada israelense em Buenos Aires;
1993 - Um carro-bomba explodiu no World Trade Center, matando 7 e ferindo centenas. Bin Laden estava por trás;
1993 - 18 membros das tropas americanas em missão humanitária foram mortos na Somália, com envolvimento de Bin Laden;
1994 - Hesbollah atacou um centro cultural israelense em Buenos Aires;
1995 - Caminhão-bomba explodiu na Arábia Saudita matando 7 americanos da Guarda Nacional em treinamento;
1996 - Novo atentado na Arábia Saudita mata 19 militares americanos;
1996 - O Talibã concluiu a conquista do Afeganistão, tomando sua capital Cabul, e criou centros de treinamento terrorista enquanto o mundo ocidental nada fez;
1997 - Bin Laden declarou, em entrevista a CNN, a jihad, guerra islâmica, contra os Estados Unidos;1998 - Bin Laden publica declaração com objetivo claro de que é dever de cada muçulmano matar americanos civis ou militares, assim como seus aliados;
1998 - Um carro-bomba explodiu na embaixada americana da Quênia, e poucas horas depois outra explosão na embaixada da Tanzânia. O total de mortos foi de 224 civis, e mais de cinco mil feridos;
1998 - A ONU (finalmente) reconheceu o massacre no Afeganistão cometido pelo Talibã, por razões étnicas, totalizando cerca de seis mil mortos;
1998 - Bin Laden diz em entrevista que guerra contra América será muito maior que guerra contra URSS, e que o futuro dos Estados Unidos é negro;
1999 - Separatistas islâmicos da Chechênia bombardearam prédios em Moscou, matando 212 pessoas;
2000 - Ataque suicida no navio americano USS Cole, no Yemen, matando 17 tripulantes e deixando 37 feridos;
2001 - Explosão em uma discoteca de Tel Aviv matando 21 adolescentes e deixando 70 feridos. A autoria foi do Jihad Islâmico, o mesmo grupo terrorista que iria pouco tempo depois matar mais 16 israelenses num restaurante de Jerusalém;
2001 - Ataque ao World Trade Center e Pentágano, com estimativa de um total superior a três mil mortos;
2001 – O Hamas realizou três ataques em Jerusalém e Haifa, deixando 30 mortos e 150 feridos;
2002 - Atentado terrorista em Bali, com mais de 180 mortos e 300 feridos;
2002 – O Fatah e o Hamas praticam vários atentados terroristas em Israel, deixando centenas de mortos no total;
2003 – Mais de cem pessoas morrem em Israel vítimas de atentados terroristas assumidos pelo Fatah, Hamas e Jihad Islâmica;
2004 - Explosão em trem mata mais de 200 e fere mais de dois mil em Madri;
2004 – Atentado terrorista numa escola em Beslan, na Ossétia do Norte, matando 339 pessoas, na maioria crianças. A autoria foi dos chechenos islâmicos;
2005 – Londres foi vítima de uma série de explosões de bombas que atingiram o sistema de transporte público, deixando mais de 50 mortos e 700 feridos;
2005 – Novo atentado terrorista gera pânico em Bali, na Indonésia, levando à morte pelo menos 32 pessoas e ferindo outras 100;
2006 – Atentado terrorista matou mais de 180 pessoas e deixou outras 400 feridas em Mumbai, na Índia;
2007 – Dois atentados a bomba em Argel, capital da Argélia, deixaram 67 mortos, sendo 11 delas inspetores da ONU, e quase 180 feridos;
2007 – Foram detidos na Alemanha três terroristas islâmicos acusados de planejar atentados contra instituições americanas no país. Com eles foram apreendidos explosivos equivalentes a 550 quilos de TNT. Eles eram integrantes da Jihad Islâmica;
2008 – Alguns ataques terroristas matam quase 30 pessoas no Paquistão e deixam outras 100 feridas;
2008 – Quase 80 pessoas foram mortas em Mumbai numa série de ataques conduzidos por terroristas islâmicos principalmente contra os grandes hotéis da cidade;



[1] Ver tabela no final deste artigo.

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Sobre os povos indígenas[1]



Sobre os povos indígenas[1]



Já tinha mais de dez anos quando saiu a público uma coleção de cromos sob o título de “raças humanas”, que deveríamos colar uma a uma num álbum. O mundo se abriu para mim. Jamais havia imaginado que houvessem tantas raças, tanta diversidade em tantos lugares deste planeta. Todos semelhantes a mim, com cabeça, tronco e membros, olhos, ouvidos, boca, nariz, certamente sangue similar, tudo realmente igual, tão igual, que geravam temor ao redor do mundo: O mundo temia que alguma delas prevalecesse sobre as demais, e temia-se, em particular, a grande invasão da raça amarela.

Um mundo de pavor herdado de velhos temores de invasão da “personalidade”, da idiossincrasia, dos hábitos e costumes, da tradição. Quando anos depois li o livro de Dee Brown “Enterrem meu coração na curva do rio [2]” tudo o que vira no cinema sobre índios sendo abatidos por tropas federais dos EUA – gáudio de platéias desnorteadas, loucas por sangue fácil, entorpecidas como gambás – caiu por terra. O orgulho americano da ocupação das terras índias, propalado pelas telas de cinema, eram uma diversão tola e infantil, inconseqüente, uma vitória fácil e torpe.


Porém, culpar apenas americanos e a humanidade daqueles tempos seria uma injustiça. Ao ler a história universal, e ao ler os jornais de hoje em dia, vemos que nos protegemos da fera com um pedaço de cartolina que nos tapa a visão. Iludimo-nos, os povos índios continuam sendo perseguidos e eliminados sob nossos olhos, tapados por promessas falsas, reservas tranqüilas, leis de proteção aos índios. Continuamos tolos e infantis, inconseqüentes, buscando sempre vitórias fáceis e torpes para alimentarem o nosso ego pueril. Somos falsos e pensamos que nossa falsidade não é percebida.


  1. Origem dos povos indígenas.
Os primeiros hominídeos tiveram origem na Fossa de Olduvai na atual Tanzânia há cerca de 1.700.000 anos atrás. Foram ocupando a África a norte e a sul, o oriente médio, a Europa, a Ásia. Os grupos evoluíam em função de sua adaptação ao clima, ao local em que se encontravam e não raro alguns grupos mais evoluídos se encontravam com grupos já diferenciados. Um dos grupos africanos evoluiu para o Homo Sapiens que dominou este planeta, e povoaram a terra. Há cerca de 12.000 anos, o Estreito de Bering estava coberto de gelo e foi atravessado por alguns grupos que deram origem às tribos índias. Depois que a glaciação terminou a passagem ficou impedida por um mar enorme, o mar de Bering, intransponível. Desde então essas tribos ocuparam toda a América do Norte, Central e Sul, adaptando-se ao meio e evoluindo com a natureza que partilhavam. Eram um povo extremamente saudável, limpo, bem alimentado. O conforto não os obrigou a maiores necessidades. Não construíram castelos, não usavam armaduras, não fabricaram armas de fogo. A vida na natureza era fácil sem maiores necessidades. Um dia viram velas no horizonte a Norte, ao centro e ao Sul.  Parecia uma cominação da natureza, do acaso, de Manitu.  O povo índio estava sob pressão com a chegada das naus, das caravelas, dos galeões, do homem branco.

  1. O paraíso desconhecido.
Para Cristóvão Colombo (1492), João e Sebastião Caboto (1497), Pedro Álvares Cabral (1500), as terras descobertas eram o próprio paraíso.  Cristóvão Colombo estava a serviço de Espanha, Sebastião Caboto da Inglaterra, e Pedro Álvares de Portugal. As riquezas estavam disponíveis, à mercê. O povo índio não progredira no desenvolvimento de armas, eram indefesos. Os espanhóis logo mandaram imediatamente tropas a cavalo, infantaria e canhões para roubar as riquezas da civilização Inca e Azteca; os ingleses só muito tarde, em 1606, mandaram famílias para colonizar o que chamaram de “novo mundo”, famílias que fugiam da perseguição religiosa; os portugueses mandaram também famílias que fugiam da perseguição religiosa, apelidados de degradados, e padres para evangelizar os índios e colonizá-los com a intenção de os escravizar. No processo de colonização, porém, estas nações ocuparam as terras índias, mataram, assassinaram, roubaram, construíram impérios, desflorestaram. Pode alegar-se que era o “espírito da época”, mas se o nosso espírito já não é esse, devemos corrigir os erros.

  1. A idiossincrasia indígena.
Continentes imensos, cheios de caça, frutos, cereais, rica flora e costas piscosas, com uma população relativamente reduzida foram a fonte de sociedades tranqüilas – embora houvesse guerras entre algumas tribos. Sabiam que perder uma batalha os expulsaria dali, mas que havia mais terra disponível para propiciarem a suas crianças uma vida tal como a de seus avós. Mudava o lugar, mas não o tipo de vida. Evoluir suas tecnologias não era necessário. Viviam no paraíso e só tinham que temer a si mesmos, mas com a certeza de que nada nem ninguém os varreriam da face da terra. As aldeias indígenas não tinham paliçadas. Eram um convite à visita, à sociedade entre os povos, fumavam o cachimbo da paz como evento social. Da mesma forma, na América do Sul as aldeias também não tinham paliçadas, e as tabas eram construídas com madeira, não com lona como na América do Norte, porque conheciam uma agricultura incipiente, a da mandioca, que lhes permitia uma fixação no solo.

Contrariamente aos europeus, tomavam banho amiúde, e sua religião não lhes vedava o sexo. Não havia pecado nem acima nem abaixo da linha do Equador nas Américas. Maias, Astecas, Incas, faziam a guerra para exploração. Tinham uma religião cujo deus era o sol, e praticavam sacrifícios humanos. Suas cidades eram fortificadas. Expandiram-se desde o sul da América do Norte até o sul da América do Sul. Em algumas tribos deste continente pratica-se a eutanásia. São idiossincrasias. Em alguns países do mundo ainda se pratica a pena de morte, que não deixa de ser uma forma de eutanásia, e há pais que abandonam ou matam os filhos recém nascidos. Há filhos que matam os pais, mas não como idiossincrasia, mas como desvios de conduta.

O confronto com civilizações poderosas vindas da Europa colocou as populações indígenas num dilema: Ou se deixavam assimilar ou lutavam pela posse do seu território, pela própria vida.


  1. A exploração
Apoiadas pela igreja católica, as sociedades de imigrantes da Europa na América do Sul tentaram escravizar as populações indígenas que previamente tentavam converter ao cristianismo. Não foram bem sucedidas porque os povos índios “eram preguiçosos”. Por ignorância ou propositalmente, não entenderam que a preguiça se devia a uma tradição cultural que não tinha os mesmos princípios dos povos europeus: O povo índio levava a vida de forma natural, sem pressas, cultivava a sua mandioca, pescava, caçava, colhia frutos em floretas ricas. Não podia entender a pressa, a produtividade exigida pelo capital. Para os europeus, os indivíduos tinham que produzir muito mais do que recebiam de seus patrões para lhes darem lucro. O problema não estava exata e simplesmente apenas na diferença entre o que um índio recebia e o que trabalhava, mas no que recebia: Colares de contas, machados, facas e roupas eram muito pouco, ainda mais quando lhes reviravam do avesso a sua religião, os seus costumes e os enchiam de leis que eram obrigados a cumprir e que não lhes fazia o mínimo sentido. Há culpa da igreja nesse aspecto. Ela cooperava com o poder de estado e com o poder econômico. O povo índio agora tinha que trabalhar para ganhar algo que pudesse trocar por comida quando antes não tinha que obedecer a nada disso e a comida nada lhe custava além do seu trabalho em plantar, caçar, pescar, colher.



Eram dois mundos em choque. Um desarmado e o outro, em muito menor número, armado até os dentes. Essa desigualdade deixa marcas porque tem um ingrediente adicional à perda: a injustiça, e não foi muito diferente a sucessão de fatos que levaram quase à extinção as populações indígenas na América do Norte e na do Sul. Já na América Central, os espanhóis encontraram uma civilização brilhante, rica, evoluída, porém sem armas, e ainda, por triste coincidência, crentes que os europeus eram comandados por um deus menor de seu panteão. E os acolheram de braços abertos abrindo-lhes as portas para a entrada de seus cavalos, sua infantaria e canhões. Para lhes limitar os movimentos e os confinar de forma mais ou menos aceitável, os europeus delimitaram-lhes reservas mais ou menos auto-suficientes.

  1. A evolução do processo de colonização
Na América do Norte não houve templos a demolir. A cavalaria aniquilou aldeias inteiras, o governo rasgou contratos, as áreas de reserva ou eram insuficientes para as tribos, ou se localizavam distantes do local onde costumavam viver, muitas vezes sendo deslocadas para locais mais frios ou áridos. Em situações como estas o que se esperava era a revolta dos povos indígenas, dando assim “razão” aos governos. A cultura indígena vê-se ainda nas roupas e nos adornos, mesmo de assimilados, nos hábitos e nas expressões de arte.

Na América central A igreja católica construiu templos sobre as pirâmides incas, astecas, maias, mas não conseguiram uma “limpeza étnica” como aconteceu nos EUA: A maioria da população mexicana é mestiça.

Na América do Sul a violência não teve a relevância que se verificou nas duas outras Américas, mas nem por isso as populações indígenas se beneficiam das leis que os deveriam proteger, muitas delas devidas aos irmãos Vilas Boas: A fiscalização das reservas é incipiente, as leis muitas vezes desconsideradas, suas terras continuam a ser invadidas e alagadas por barragens, ora pelo próprio governo, ora por colonos. A usina de Belomonte é típica de alagamento e invasão de terras índigenas

  1. O futuro.

A população mundial cresce de forma assustadora. Por volta do ano 2.500 a população total de nosso planeta, colocada lado a lado, ombro a ombro, cobrirá toda a superfície. Para que todos caibamos neste planeta, Será necessário que, dentre outras medidas, se desenvolvam espécies de recursos alimentares com maior concentração de nutrientes; que mais áreas do planeta sejam ocupadas para a pecuária, criação de gado, animais de corte e plantações; que a piscicultura se desenvolva muito mais; que as populações se concentrem cada vez mais em cidades e em edifícios cada vez mais altos e auto-sustentáveis; que os oceanos sejam ocupados com habitações.

Esta pressão certamente incidirá sobre as populações indígenas. Cabe aos homens e mulheres de boa vontade minimizar este impacto. 

Se desejar participar para mudar o estado letárgico em que nos encontramos com relação a este importante assunto, fale, escreva, divulgue, faça parte de grupos e organizações que lutam pelos direitos dos índios. Mobilize-se sem pensar em quanto ou no que vai ganhar com isso!


Rui Rodrigues




[1] Este artigo baseia-se em dados  e estatísticas que podem ser obtidas na NET, e em fatos que são de domínio público.