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sábado, 31 de março de 2012

A Psicologia do galinheiro e Mahmud Ahmadinejad


A Psicologia do galinheiro e Mahmud Ahmadinejad

Existe uma antipatia generalizada contra Mahmud Ahmadinejad, 6º presidente do Irã, em terras a ocidente e a oriente do Oriente Médio.

Essa antipatia mais recente e popular no mundo ocidental vem de algumas atitudes que lhe foram atribuídas pela mídia: negando o holocausto, beneficiando urânio que eventualmente poderá ser usado em armas nucleares, desejo de varrer Israel da face da Terra, Mahmud tornou-se antipático por seu espírito “violento”. Como não acredito que um presidente possa ser tão louco, ou desvairado, ou incongruente como algumas fontes dizem, resolvi pesquisar por conta própria, já que a política internacional é construída de forma tal que seus ecos, verdadeiros ou falsos, são transportados pela mídia e nos atacam os ouvidos, normalmente para nos confundir.

Encontrei coisas interessantes, e aparentemente, Mahmud ou não bate bem da bola, ou está querendo agradar a alguém, talvez o povo ou o Ayatolá, como discurso político para chamar a atenção sobre si mesmo e o regime que representa como qualquer ditador costuma fazer!

Há dias li sobre Solano Lopez o presidente paraguaio que em 1864 deu inicio às operações de guerra contra nada menos que a Argentina, o Uruguai e o Brasil. Claro, evidente, absolutamente previsível, que perderia a guerra, como perdeu. Só ele e seu estado maior pareciam não saber, e o povo foi na onda ainda não sabemos bem porque razão, mas mais provavelmente por medo, já que Solano Lopez era filho de um ditador também vitalício: Carlos António Lopez. Anos seguidos de ditadura ensinam o povo a obedecer por medo e a ficar calado sem reclamar. Muito pior, a aclamar as decisões do governo, tal como acontece na Coréia do Norte e em Cuba. Será Mahmud um tresloucado como Solano Lopez, Kim Jong ou Fidel, que perdem a noção das metas de governo e embarcam na cegueira da revolta contra o “status quo” internacional?

Constatei que Mahmud já foi simpático a nada menos que George W. Bush quando era presidente dos EUA[1], que o apoiou contra as reformas do presidente Khatami até 2005, quando Mahmud lhe sucedeu. Este apoio americano pode ter contribuído para a sua eleição e é muito comum a Washington: Já apoiaram Bin Laden e Fidel Castro, dentre outros, antes de convertê-los em inimigos (ou provocar sua ira para que se tornassem inimigos). Fabricar inimigos pode ser uma excelente reserva futura para geração e explicação de conflitos, a ponto de ser difícil separar os fundamentos políticos dos morais e comerciais.

Mahmud foi homenageado e entrevistou-se em 24 de setembro de 2007, em N. York, com o Neturei Karta International, conhecido grupo de judeus ortodoxos que contestam o sionismo por julgá-lo contra os princípios da Torá. Na ocasião, os rabinos enfatizaram a paz e a amizade seculares entre judeus e muçulmanos, reafirmando o seu desejo de paz entre os dois povos, rejeitando o sionismo.

A frase atribuída a ele sobre “varrer Israel do mapa” [2], pode ser interpretada como “varrer o sionismo” que ocupa Jerusalém ou Israel, que ora entra em negociações de paz, ora invade as terras em conflito. Existem vários movimentos em Israel que são contra as ocupações dessas terras[3], e um plebiscito em Israel deve estar fora de cogitação do governo. È a parte sionista da sociedade israelense que não se opõe á invasão de terras.

Quanto à não existência do holocausto, parece haver mais uma conotação anti-sionista sobre as indenizações que foram pagas ás famílias dos perseguidos por Hitler. Mahmud pergunta-se se não seria o caso de indenizar também os palestinos que foram expurgados de suas casas. Não parece que negue definitiva e completamente o holocausto pelo paralelo estabelecido.

Em sua vida política, o engenheiro Ahmadinejad ocupou vários cargos e já foi mesmo destituído de um deles, voltando a ser professor numa universidade. Atuou no exército iraniano contra os curdos, povo este que é perseguido por iraquianos, iranianos, turcos. Isto porque as fronteiras estabelecidas na região foram definidas politicamente e não pela geografia humana: os curdos foram esquecidos como povo independente, embora jamais tenham perdido a sua identidade.

Foi dito e posteriormente desmentido, que era descendente de judeu, talvez baseado no fato de seu pai ter trocado de nome – chamava-se Ahmad Sabourjian – para evitar descriminação contra famílias rurais, na oportunidade em que se mudaram de sua terra natal Aradan, perto de Garmsar , para Teerã.

Em face de uma postura dúbia, com expressões e movimentos inconsistentes, provocativos ou de assustado que por isso mesmo fala grosso, Ahmadinejad está transformando-se no inimigo público número um do mundo ao redor do Irã. Temo que venha a ser um novo Solano Lopez, certamente derrotado, mas com um lugar garantido num céu virtual cheio de virgens moças e virgens experientes, com muitas flores, mel, tâmaras e leite de cabra.

No grande galinheiro da política internacional, que jamais reflete a vontade popular, quando alguém lança um grão de milho, a correria é geral. Quando o galo assedia uma galinha faz-se silencio, tudo quieto. Pensou-se um dia que o galo da política internacional viria a ser a Organização das Nações Unidas, mas esta une-se apenas contra países pequenos ou médios, e existe o poder de veto... Ninguém tem dúvidas de que num conflito internacional entre grandes potências, as Nações Unidas acabem os seus dias, assim como acabou a Liga das Nações antes da Segunda Guerra Mundial.

Em política internacional ganha a esperteza, não o confronto direto. Mahmud está com os dias contados, num Irã á beira da invasão internacional. Lutará sozinho no seu galinheiro.

Rui Rodrigues



[1]   The new republic, 24 de abril de 2006.A child of the Revolution takes over. Ahmadinejad's Demons, por Matthias Küntzel]
[2] Extraído de   http://pt.wikipedia.org/wiki/Mahmoud_Ahmadinejad  “”””Em 26 de outubro de 2005, a IRIB News, uma agência de notícias estatal do governo iraniano que transmite em inglês, controlada pela Islamic Republic of Iran Broadcasting (IRIB), arquivou uma discurso de Ahmadinejad para a conferência "World Without Zionism" na Ásia, intitulado: Ahmadinejad: Israel must be wiped off the map.[14] A história foi divulgada pelos meio ocidentais e rapidamente se tornou um assunto muito comentando em todo mundo.
Muito meios de comunicação repetirão a afirmação da IRIB de Ahmadinejad como "Israel deve ser varrida do mapa",[15][16] em português isso significa "causar o fim de um lugar",[17] ou "apagar completamente",[18] ou"destruir completamente".[19]
A frase de Ahmadinejad foi "بايد از صفحه روزگار محو شود" de acordo com o texto publicado na página do escritório presidencial.[20]
A tradução apresentada como oficial pela IRNA foi contestada por Arash Norouzi, o qual disse que a afirmação "varrida do mapa" nunca foi feita e que Ahmadinejad não se referiu a nenhuma nação ou região de Israel, mas ao "regime ocupando Jerusalém". Norouzi traduziu o original persa para inglês, com o resultado, "o Imam disse que o regime que ocupa Jerusalém deve ser desaparecer (ou dissipar-se) da página do tempo."[21] Juan Cole, um professor de história do Oriente Médio moderno e sul da Ásia da Universidade de Michigan, concordou com a tradução para a frase como, "o Imam disse que o regime ocupando Jerusalém (een rezhim-e eshghalgar-e qods) deve [desaparece da] página do tempo (bayad az safheh-ye ruzgar mahv shavad).[22] De acordo com Cole, "Ahmadinejad não disse que ele iria 'varrer Israel do mapa' porque não existe esse tipo de expresão em persa." Alternativamente, "ele disse que esperava que seu regime, i.e., um estado judeu-sionista ocuapando Jerusalém, poderia entrar em colpaso."[23] O Middle East Media Research Institute (MEMRI) traduziu a frase similarmente, como "esse regime" deve ser "eliminado das páginas da história."[24]””””

[3] Ver Machsomwatch,(http://www.machsomwatch.org/en  (tem versão em inglês)

terça-feira, 20 de março de 2012

É Fan-tás-ti-coooooooo ....


É Fantástico!!!!

É Fantástico que mais uma vez a Mídia tenha mostrado o lado mais torpe da essência humana: O tirar proveito em causa própria usando o poder de pertencer a um órgão do Estado, ou de poder corromper em nome dos lucros exorbitantes de empresas privadas.

É Fantástico que nunca, absolutamente nunca, o governo saiba destas coisas que todo mundo sabe, e não se tenha preocupado em denunciá-las e julgá-las em operações relâmpago. É Fantástico como podemos votar sistematicamente em candidatos que não cuidam do “governar”, parecendo que se elegem apenas para tirar vantagens financeiras, monetárias, econômicas, ganhar dinheiro com o suor e o sangue dos impostos que são altos exatamente por causa disso e por isso mesmo... É Fantástico que ainda não tenhamos percebido que não importa qual o candidato que elegemos, todos se tornam iguais no roubar, porque fazem parte de um sistema de agrados gerais entre partidos, e os partidos mandam em seus afiliados.

É Fantástico que governos e governantes corruptos se aliem a empresários que lhes pagaram as eleições, retribuindo com a permissividade da corrupção... E é ainda mais Fantástico que obriguem o povo a votar, porque a não ser assim, jamais votaríamos em quem se candidata para governar ao abrigo de uma Constituição furada por centenas de Medidas Provisórias que a descaracterizaram. Cada Presidente que chega ao poder, vai alterando a Constituição para que se adéqüe às manobras políticas que permitem a evasão de verbas, a corrupção.

É Fantástico que governadores não saibam da corrupção que corre solta em seus estados, com desperdícios em Hospitais, Escolas, Departamentos de Polícia, que vêm na terceirização um pomar onde se colhe dinheiro fácil, em troca de meia dúzia de assinaturas mancomunadas...

É Fantástico que um povo tão humano, inteligente, bonito, tão fantástico, ainda suporte um sistema político como esse que temos...

É simplesmente Fantástico!

É Fantástico ninguém saber de nada e todos saberem de tudo!

É Fan-tás-ti-coooo !!!!!!!!!!!

Rui Rodrigues

sábado, 17 de março de 2012

Um novo olhar pela arte rupestre





Um novo olhar pela arte rupestre.


As cavernas de Lascaux na França nos mostram pinturas de uma rara e sempre atual beleza artistica. Arte não tem idade, mas estas pinturas, do Paleolítico Superior, possivelmente obras de Cro-Magnons, têm aproximadamente 36.000 anos.

Muito se fala que foi pintada por homens que não iam caçar. Naquela época, os fracos não sobreviviam e os grupos não tinham mais de 60 a 90 indivíduos. A agricultura ainda não tinha sido descoberta. Assim, pressupõe-se que, extraindo a quantidade de menores de idade, anciãos e mulheres, deveria haver habitando nestas cavernas cerca de 20 homens adultos que invariavelmente saiam para caçar todos os dias. Passavam dias e noites caçando. Estes homens Tinham mãos duras e fortes que não se adequavam à pintura.

Como crianças não tinham desenvolvimento mental para pintar aquelas obras de arte e os homens estavam caçando, temos que procurar entre os anciãos e anciãs, e entre as mulheres como os autores daquelas obras de arte, salvo uma exceção: a de um artista a cada geração que as pintasse.

O mais provável é que essas obras tenham sido pintadas por mulheres no intuito de decorar as cavernas e incentivar os homens a saírem. Mulher não gosta muito de homem em casa o dia inteiro porque causa muita confusão. É o que ainda dizem!

Numa época em que prevalecia o matriarcado e se faziam pequenas estátuas de deusas e não de deuses, como a virgem da fertilidade da foto, não vi ainda em nenhum livro de arqueologia e paleontologia qualquer referência a que tais obras tenham sido pintadas por mulheres.

Foi certamente o mais provável, assim como mais provável foi que o curandeiro ou pajé, tenha sido sempre uma mulher que acumulava as funções de parteira. Quando homens fundaram religiões, excluíram as mulheres das práticas sacerdotais.

Rui Rodrigues

PS- meus olhares sobre a história, filosofia, etc, são baseados em lógica e probabilidades matemáticas.

terça-feira, 13 de março de 2012

O estado ondulatório da humanidade e da natureza.





A razão matemática mais conhecida que estabelece uma relação entre o Cosmos, ou o Universo como desejemos chamar ao que vemos rodeando o nosso planeta, é a célebre fórmula de Einstein E=mc2, onde “E” significa energia, “m” a massa da partícula ou do corpo, e c2, a velocidade da luz multiplicada por ela mesma. A velocidade da luz é de cerca de 300.000 quilômetros por segundo...

O universo sustenta-se por si mesmo seguindo leis que podem ser expressas em fórmulas matemáticas. Algumas são conhecidas, outras estão em vias de o ser e outras ainda não conhecemos.

Quando olhamos a vida neste planeta, sabemos que a base fundamental está numa molécula muito simples na sua constituição, em forma de espiral a que damos o nome de Acido Desoxirribonucléico, ou mais simplesmente ADN. Há uma matemática em cada átomo que compõe essas moléculas, que diferenciam a vida entre si, e cada ser, por sua vez.

Mas quando olhamos a natureza e tentamos explicar o comportamento humano, parecemos perdidos e achamos que a matemática já não se aplica. Dizemos que estes fenômenos não pertencem ás Ciências Exatas. Parece mesmo que o aspecto da natureza que muda de dia para dia, de noite para noite, de instante a instante, e os caminhos da humanidade são amorfos, inconsistentes, indefinidos, mudam por mudar ou porque têm que mudar, mas não associados à matemática. Chega a parecer-nos que é um estado caótico, não previsível...

Se pensarmos desta forma em relação à humanidade e á natureza, parece-me que estaremos redondamente enganados.

Olhemos a humanidade. Podemos imaginar que são várias pirâmides de "sociedades" ou grupos dentro de uma pirâmide maior chamada humanidade. As grandes sociedades, as nações, formam pirâmides dentro das quais existem outras, como por exemplo, no caso da sociedade espanhola, a pirâmide dos que torcem pelo Barcelona, uns de forma doentia, outros de forma normal e outros ficam apenas satisfeitos se o Barcelona ganhar. Esta pirâmide “entra” por dentro de outras, porque haverá torcedores do Barcelona que são comunistas outros socialistas, outros capitalistas.

Parece difícil, no dias de hoje, que se pudesse determinar uma “matriz” matemática segundo a qual se pudessem prever os rumos da sociedade espanhola, considerando a vontade de independência de algumas de suas etnias (pirâmides étnicas, onde muitos, apesar da etnia, torcem pelo Barcelona), mas nas pequenas pirâmides e até em algumas podemos prever alguns movimentos hoje. Para montar a imensa matriz matemática, em função de uma incógnita - a tendência da nação espanhola - seria necessário um estudo profundo dos gostos e tendências de cada pirâmide nacional e sua interferência com as demais, mas não podemos dizer que seria impossível, e a futuro, não o será.

Para quem estudou matemática, seria uma teoria dos conjuntos construída não com base em círculos, mas com base em pirâmides que se entrelaçam pontualmente. Enquanto na primeira temos uma teoria dos conjuntos bidimensional, com as pirâmides teríamos uma teoria dos conjuntos tridimensional. Creio que ainda não possuímos um computador potente o suficiente para executar os cálculos, e mesmo a nossa matemática ainda necessitará avançar um pouco mais, mas num futuro próximo, serão dados os primeiros passos para prever não só as tendências da humanidade como também as tendências do clima com grande aproximação a futuro distante .

Talvez comecem pela meteorologia, como necessidade mais premente, dividindo a Terra até a estratosfera em cubos, medindo a umidade, a temperatura, a velocidade de aproximação de outros cubos com características diferentes, influindo uns sobre os outros, onde nem o campo magnético da terra, nem os ventos solares sejam esquecidos, tomando emprestada da teoria do Caos, os “atratores” conhecidos.

As tendências de pirâmides ou de cubos movimentam-se em ondas que são absorvidas por outras pirâmides ou cubos, ou vibram tão forte que são capazes até de derrubá-los. Foi o que aconteceu com o livro de Karl Marx que como uma onda influenciou as pirâmides sociais russas até se tornar uma onda que chegou ao Caribe de Fidel Castro. Outra onda, a do capitalismo, absorveu o impacto. Poder-se-ia ter previsto o fim que agora parece claro: A onda do comunismo acabou e o mundo inteiro pede participação e representatividade nos governos. 


Lamentavelmente não verei muito do progresso que virá para que as pirâmides sociais possam ter alimento suficiente para não se aniquilarem umas às outras, como nos ensaios de Pavlov. Mas de Stonehenge até hoje já demos um bom e enorme passo.

Rui Rodrigues

Nota:   Hoje temos uma previsão atmosférica incipiente com poucos minutos de antecedência de evento catastrófico, e previsões de comportamento duvidoso emitidos por cientistas políticos ou “adivinhos” de plantão, nada ou pouco confiáveis...

domingo, 11 de março de 2012

Tudo e todos punem...


Tudo e todos punem... Sempre seremos punidos!

Não há como evitar, como fugir da punição!

Ainda Moisés andava, e como andava, pela Terra, quando certo dia sentiu já no deserto, que o povo, ignorante como sempre desde então, andava pensando por conta própria e fazendo tudo que Moisés não queria que fizesse: desobedecer! Irritado, subiu a um monte e ficou lá até sentir fome.

Voltou com dois pedregulhos esculpidos em letras onde os que sabiam ler- naquela época apenas uma meia dúzia de escribas sabia ler e escrever – poderiam conferir o que estava escrito. Provavelmente nada estaria escrito, porque Moisés não era escriba. Mas logo os escribas que obedeciam a Moisés se apressaram em ler o que estava escrito.

O povo não gostou nem um pouco... Falaram mal do Moisés, quiseram fazer greve, queriam até voltar para o Egito. Pelos escritos nas tábuas, a boa vida tinha chegado ao fim e não se podia mais cantar a mulher do próximo, o homem da próxima; roubar egípcios, dizer ao pai que tinha amantes que não gostava de suas saídas noturnas, e muitas outras proibições, num total de 10. Felizmente nada proibia que continuassem bebendo vinho ou cerveja, mastigar sementes alucinógenas, hábito aprendido com os sacerdotes egípcios que em transe faziam viagens fantásticas ao “além” de Ra, de Isis, Hórus e Pta.

Esse negócio de proibir – é realmente um grande negócio porque redunda sempre em multas caríssimas – foi se espalhando pelo mundo. Hoje se proíbe quase tudo. Há sempre um lado da sociedade que proíbe alguma coisa, nem que seja urinar nas calçadas em caso de aperto por incontinência urinária de idosos, mesmo não havendo banheiros públicos por perto: Ou o idoso urina nas calças, ou paga multa. Nem pensar das prefeituras colocarem urinóis públicos em cada esquina, porque se o fizessem acabariam com a industria da multa...

A julgar pelas estatísticas, grande e considerável parte da sociedade masculina, em qualquer lugar do mundo e sob qualquer religião, tem, além da mulher, encontros casuais de alto desempenho, ou um par de amantes para os dias mais tristes. A sociedade feminina, também... Mas faz-se de conta que isso não é importante, que nem exista ou seja representativo, e proíbe-se isso na lei civil e nos casamentos religiosos. Assim se movimenta a lei, dando oportunidade ao pagamento de advogados, taxas, emolumentos, contribuições, e em muitos casos comissões para reversão da tendência do julgamento – Comprar a lei, em outras palavras...

Os anúncios de automóveis fazem sempre menção de “do zero aos cem” em 10 segundos, velocidade limite de 180 km/hora, 220, 300 km/hora, e nós, que gostamos muito de corridas da fórmula qualquer coisa, arrancamos e dirigimos em alta velocidade. Policiais escondidos, disfarçados, e até pardais anotam a placa do carro com radares sofisticados e punem os excessos. Nem pensar em diminuir a potência dos motores dos automóveis para que se restrinjam às velocidades limites, porque isso acabaria com a indústria das multas.  Temos que ser punidos de qualquer forma.

O que dói mais, porém, não são as punições de Deus, porque já sabemos – pelo que parece - que Ele não nos entende muito bem, mas as punições dos amigos. Foi assim que a esquerda chegou ao poder em todo mundo, com a ajuda de seus amigos, ou seja, nós os cidadãos. Finalmente o socialismo ascendeu ao poder de forma democrática e capitalista... E se apoderou do nosso capital guardado nos tesouros nacionais, dando-o a bancos, distribuindo-o entre os amigos, empreiteiros e empresários em geral, nomeando ministros que se revelam corruptos da maior periculosidade, e ambiciosos, muito ambiciosos, porque furtam, roubam, assaltam em milhões, bilhões. Apanhados com a boca na botija, com a mão no pote de açúcar, com a boca no balão tentando arrebentá-lo... O dinheiro desaparecido jamais retorna aos cofres .

Mas.. Mas... Mas quem os punirá?

Rui Rodrigues

sábado, 3 de março de 2012

O choque dos Reinos- Meu reino por um cavalo !!!!







O CHOQUE DOS REINOS
(Brasil versus FIFA)

Meu Reino por um cavalo!...Meu reino por um cavalo...

O grito ecoou pelo planeta viajando a bordo de navios que carregavam bardos dispostos a repetir as trovas noites sem fio, livros foram escritos e transcritos vezes sem fim, até que a frase ficou famosa. Hoje ninguém se lembra quem a pronunciou[1], mas sabe-se que esse alguém tinha um Reino e precisava de um cavalo para qualquer coisa, menos para salvar o Reino, porque o daria em troca do cavalo...

Parece gozação, não é?... Parece sim, devemos confessar, mas esses ditadores de meia tigela fazem de tudo para se promoverem, para ganharem fortunas, em tudo e em todos que vêm pela frente, e até pisam na bola.

Estou adorando este meu Brasil mais maduro, que impõe á Espanha a mesma humilhação que esta lhe impôs com os turistas brasileiros que visitavam a Espanha... Este meu Brasil que escutou impávido a solicitação da FIFA em 24 de Outubro de 2011 para que o Brasil trocasse o Ministro que “interlocutava” com a FIFA, e ontem, dia 02 de março de 2012, disse á FIFA que não aceitava mais o seu interlocutor apavoneado, grosso, imbecil, ignorante, sobretudo burro de esfregar uma orelha na outra, que pensava que a FIFA se sobrepunha aos interesses nacionais do povo brasileiro... È preciso ser-se muito burro e muito cavalo para agir dessa forma.

Creio que Joseph Blatter, que já foi apontado como corrupto, assim como Ricardo Teixeira, donos da Confraria da FIFA, devem estar muito preocupados. O Brasil já não é aquele país cordato em que qualquer um, até mesmo um borra- botas como Gerôme Valcke, francês de nascimento, ensopado de Napoleão e Villegaignon, podiam dizer o que queriam e xingar qualquer um impunemente, sobrepor-se à Constituição de uma nação soberana...

O mundo precisa entender que a FIFA pode comprar jogadores, instituições, ministros, mas não uma nação nem um ministro quando deseja e pode ser honesto.

Rui Rodrigues

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[1] Foi Ricardo III, em 1485, agonizante, durante a batalha de Bosworth. A exemplo do cavalo de Xerxes, imperador persa, milhares de anos antes, o cavalo deveria relinchar na hora certa. Assim disse Shakespeare. 

A Relação Marilyn Monroe e Putin


A Relação Marilyn Monroe e Putin

(Sobre as eleições russas de 2012)


Depois de passar por museus da Europa, Estados Unidos e Canadá, a mostra "Quero Ser Marilyn Monroe!" chega a São Paulo. Com abertura neste domingo (4 de março de 2012).

Marilyn, segundo dizem, deitou-se com os irmãos Kennedy e talvez estivesse com um deles na noite em que foi encontrada morta, já em sua casa, vítima de barbitúricos, embora não se saiba qual a mão que os introduziu em sua boca. Assim constou na mídia. Para o povo americano, John Kennedy e Marilyn eram o casal 60, o casal dos bons momentos. Jaqueline Kennedy, era a esposa ideal que cuidava de tudo sem reclamar de Marilyn ou sequer a ela se referir fora do âmbito de sua atuação em Hollywood. Kennedy era o “rei” dos EUA, eleito em eleições limpas, claras, transparentes, inquestionáveis. Como todo mundo trai, ficou claro que também Kennedy deveria trair. Mas o quê ou quem? Evidentemente que traía a mulher, mas não o povo americano. Essa era a imagem que Bill Clinton repetiria décadas depois de forma mais suave, porque nada mais era do que simples “boquete”.

Não creio Marilyn se dispusesse a dormir com Putin ou com Dmitri Medvedev. Falta-lhes caráter e mesmo presença, postura, consistência, conteúdo. Marilyn era loira, mas não era burra, nem ignorante, nem idiota. Quando Marilyn cantou “Happy birthday mr. President”, com direito a orquestra e corpo de baile, representava na verdade o verdadeiro casamento do povo americano com seu rei e sua “rainha”. O povo gostava disso.

O povo russo não tem uma verdadeira primeira dama, nem uma segunda dama, as eleições são questionadas e neste domingo veremos mais uma farsa de uma democracia de araque que permitirá a transferência de poder de Dmitri Medvedev ao mesmo Putin que lha tinha transferido. O processo de votação na Rússia não é informatizado, é repleto de vícios. O que o povo russo tem hoje, é um presidente que gosta muito de uma vodka, nem sempre está sóbrio e dança de modo que tanto agrada a gregos quanto a troianos, mesmo em eventos internacionais onde se apóia no braço de outro presidente, herdeiro de Napoleão Bonaparte, aquele que invadiu a Rússia até os intestinos, durante uma farra durante o inverno... Napoleão adorava um bom conhaque... Sem esposa presente para trair, Medvedev trai o quê ou quem?

Tal como Marilyn, o povo russo também não é burro, nem ignorante nem idiota, mas não enfrentará a polícia pós Perestróica. Alguns irão para as ruas quando souberem que o poder dos que quiseram Putin no governo se perpetuou em Dmitri Medvedev e agora continuará com Putin, novamente, mas serão insuficientes para fazer uma revolução.

A de 1917 se fez porque era grande a fome. O povo russo aprendeu que não adianta revoltar-se, porque os governantes distorcem tudo o que costumam dizer e afirmar.

Aqui no Brasil, Temos uma dama que acumula o posto de Presidente, não temos o primeiro cavalheiro, e ela não bebe. Chora. Chora provavelmente nos momentos em que se vê obrigada – logo ela que é presidente – a nomear os que lhe dizem que devem ser nomeados, escamoteando-lhe as funções. Pelo choro ficamos sabendo que nossa Presidente não pode nomear para os ministérios quem desejaria nomear, mas quem “tem” que nomear...

Será isso, tanto aqui quanto na Rússia o que se chama de Democracia?

Essa grande dama, a democracia, parece ser como Deus... Sabemos que existe, pensamos que existe, não sabemos se existe ... todas essas dúvidas porque não O vemos... Cremos até em Deus, mas nunca O vimos...

Talvez Trivella, o Pastor, possa explicar isso no Ministério da Pesca, onde terá muito tempo disponível. Um dia inventarão um Ministério das religiões e colocarão à frente um pescador de ilusões.

E como sabemos, Putin será novamente eleito na Rússia. Quem não sabe?

Não sou russo, e por ser democrata, estou Putin da vida com isso...



Rui Rodrigues

quinta-feira, 1 de março de 2012

Para quem não conhece Gotham City ...



Para quem não conhece Gotham City...



Bob Kane e Bill Finger são considerados os criadores das histórias em quadrinhos de Batman, ambientadas numa cidade chamada Gotham City, escura, perigosa, onde reinam o crime e a corrupção. O nome da cidade foi criado por Bill Finger ao procurar numa lista telefônica por alguns nomes que fossem interessantes. Encontrou Gotham city, que era um dos apelidos da N. York de hoje, muito antes de ser conhecida como a grande maçã – Big Apple. Gotham City representa o lado sombrio da cidade de N. York. Batman representa a escassez de defensores da lei, porque é apenas um, já que Robin desistiu e desapareceu de cena. Não me admiraria se um dia aparecer uma história em quadrinhos onde Batman cace impiedosamente seu antigo amigo Robin que teria se passado para o lado do crime.

Não creio que Gotham City seja apenas uma ficção sobre uma característica de uma cidade que tem tantas e tão boas outras. Creio que os criadores desta banda desenhada se preocuparam em alertar os leitores para os perigos de se deixar correr solta a corrupção e o crime, tendo apenas um fictício – este sim – defensor, chamado Batman que agia á noite, hora em que tradicionalmente os policiais estão dormindo, descansando, ou se entupindo com um par de cervejas enquanto assistem pela TV a um jogo de football americano. Em qualquer cidade do mundo, o efetivo policial noturno é uma pequena porcentagem do diurno quando deveria ser pelo menos o dobro deste. Curiosamente também, a Polícia Federal não age de forma independente. Tem que ter uma ordem de um juiz para investigar e prender. Se o juiz for corrupto, as ordens jamais serão dadas, ou se dadas, os delinqüentes avisados previamente.

Lia Batman quando era ainda garoto e assisti a alguns filmes da série na minha adolescência. A cada filme ou fascículo da série, apareciam bandidos novos, mas Batman continuava praticamente sozinho na luta contra o crime e a corrupção, sinal evidente de que o crime e a corrupção aumentavam desproporcionalmente ás forças da lei. Batman nem era policial, nem teria aposentadoria. Era rico por definição, e contra os que ficavam ricos por corrupção. Naqueles tempos, os ricos eram “legais” e os bandidos ricos eram bandidos.

Deixei de ver filmes e revistas do Batman, na medida em que os criadores também começaram a não acreditar em sua criação. Ficaram desmotivados em nos proporcionar outras histórias e eu em reler as antigas: Era tudo mentira e as histórias estavam mal escritas. Nem Gotham City era assim tão escura à noite, tão soturna. Ricos eram também uns calhordas roubalhões. Os ricos mantinham seu dinheiro em bancos e não ajudavam a cidade com contribuições que lhe permitisse reforçar o treinamento de policiais, aumentar o efetivo policial, dar-lhes mais condições operacionais.

Gotham City era uma mentira que se baseara numa esperança que morrera por evolução da realidade. A realidade se sobrepusera á própria ficção, tornando-se superior a esta em emoção. Para que ler revistas com aventuras de Batman na insegura e soturna Gotham City se essas realidades se liam diariamente nos jornais e telejornais?

Não é necessário que se descreva Gotham City para que saiba como seria na ficção de Bob Kane e Bill Finger... Basta que olhemos para os lados no nosso dia a dia, na nossa noite a noite, assistamos a telejornais em nossas cidades ao redor do Planeta. Gotham city cresceu imensamente...

Lá estão eles, todos eles: o político ladrão que não representa o povo que o elegeu, e que sai imune das acusações guardando o dinheiro que roubou e distribuiu; o policial corrupto que faz guarda a instituições particulares que lhe pagam por fora e chega cansado ao trabalho para o qual é pago pela população; o assaltante que rouba, mata e se perde no meio da multidão e escuridão e tantos outros, no meio de uma população impassível, imobilizada, calada, apática, que tal como nos quadrinhos de Bob Kane e Bill Finger, apenas aparecem para bater palmas quando alguém é apanhado, mas não fazem passeatas pelas ruas para que se administrem melhor as despesas do tesouro nacional.

Gotham City é agora a cidade onde você vive.

Rui Rodrigues

Ai, ai ... Cristina Argentina Kirchner ...



Ai AI... Cristina Argentina Kirchner ...

As coisas não vão muito bem pelo mundo, de modo geral, envolvido que está numa crise econômica que só encontra precedentes na de 1929 – Queda da bolsa de N. York, e nos templos bíblicos quando José teve que emigrar para o Egito...

A bela Cristina Argentina Kirchner ouviu dizer que um barco de guerra inglês tinha entrado nas ilhas Malvinas para operações de treinamento militar. Viu nessa oportunidade o grande momento para esvanecer os problemas internos. Poderia ter feito uma reclamação formal e ficar por isso mesmo, sem nem sequer dar importância para o resultado da reclamação, porque não iria mudar nada no equilíbrio político mundial nem nas Malvinas, nem na Argentina ou na Inglaterra, mas foi mais longe...

Pede boicote aos produtos ingleses... É a teoria do suicídio posta em prática... Critica o boicote americano a Cuba e propõe um boicote à Inglaterra, como se não percebesse como está dividido o poder no mundo e pior, não percebesse o quanto ela mesma se desvia do bom senso... Ademais, a Inglaterra e a União Européia são um dos maiores parceiros comerciais da Argentina... A teoria do suicídio posta em prática não pode ter apoio na sensatez... pelo contrário, parece ato tresloucado, ato para por a culpa de tudo o que acontece de mal na Argentina, no mundo exterior e em particular, na Inglaterra.

A bela Cristina Argentina Kirchner passou a fase de deslumbramento no poder e chegou agora à fase de desespero no poder. A partir daqui é só descida em sua vida política, porque a base deste seu desespero está na constatação de que sua economia  e os atos de seu governo não levarão a Argentina onde os argentinos pensam que seriam levados... Ela vai para o outro lado... E não é por aí que irá reaver as Malvinas.

Rui Rodrigues

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Sobre o Parasamba e o direito a desfilar


Coisas das sociedades e organizações sociais
O parasamba

A Rede Globo sempre se posicionou pelos movimentos sociais, pela politicamente correto, embora no campo da política sempre haja quem pense que está do lado “errado”. Minha referência  à Rede Globo no contexto do título desta postagem, tem seu sentido, porque são poucos os atores e atrizes negras em seu elenco, jornalistas em seus jornais de notícias, deficientes físicos em suas reportagens de rua... Ela terá certamente os seus motivos e explicações se desejar explicar...

Entidades internacionais fundaram os jogos paraolímpicos, que tantas medalhas têm dado ao nosso Brasil, e que abriu um corredor imenso na divulgação das necessidades que as sociedades têm para com os seus deficientes visuais, paraplégicos, deficientes físicos em geral.

As ruas e praças do nosso Brasil mostram que  prefeituras, governos ainda não deram a atenção suficiente porque os passeios públicos estão intransitáveis para cadeiras de rodas e invisuais,  até mesmo para quem não têm deficiência física.

Mas o que não entendo são escolas de Samba desfilando na avenida sem que deficientes físicos façam parte de suas alas.

Não acredito que deficientes físicos não gostem de sambar. Estarão as escolas de samba descriminando os seus cidadãos?

Ou samba só vale se for “samba no pé” ?

Que sociedade somos esta ?

Rui Rodrigues

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Malvinas (complementando a atualidade)





Malvinas
(complementando a atualidade)


As Ilhas Malvinas, ou Falkland, têm petróleo. É natural que tanto a Inglaterra quanto a Argentina pugnem pelo seu controle e domínio, porque a ocupação humana das terras deste planeta sempre foram disputadas desde o surgimento das civilizações.

Vivem lá súditos britânicos, com residência fixa, e em dois arquipélagos adjacentes habitam cientistas. È perfeitamente possível que em 1982 os britânicos já soubessem da existência de petróleo. Nesse ano a argentina era apoiada politicamente pelos EUA, que na ocasião apoiavam e incentivavam todas as ditaduras da América do Sul, através de operações como a CONDOR, e de outras influências políticas e comerciais. De qualquer forma, excluindo atos de loucura de uma junta militar, a ocupação das Malvinas pode ter tido uma promessa americana de “interceder” pelos interesses argentinos junto ao governo britânico liderado por Margareth Thacher. A Argentina era governada na ocasião por uma junta militar. Não importavam quem fossem os presidentes, os atos foram sempre matéria de junta militar. É inadmissível pensar que a poderosa Grã-Bretanha permitisse a transferência da ilha para a geografia argentina, sem resistência ou revide, depois de uma ocupação militar sendo ano de eleições no Reino Unido.  Argentina e EUA faziam parte de dois tratados: a OTAN – Organização do Tratado do Atlântico Norte e a TIAR – Tratado Interamericano de Ajuda Recíproca. Os EUA decidiram apoiar a Grã-Bretanha por muitos motivos previsíveis, dentre eles os laços que unem estas duas nações - que já foram colonizador e colonizado - mas que por questões de segregação racial, mantiveram a tradição, os laços familiares e a cor da pele da classe dominante nos EUA.

Os antagonismos entre Argentina e Reino Unido não são de hoje. Já em 1806 a Grã-Bretanha bombardeara Buenos Aires como atividade da expansão do Império Britânico.  As causas dos atritos remontam também à expansão do território brasileiro apoiado por aliança entre Portugal e Inglaterra desde 1373- a aliança mais antiga do mundo. A América do Sul, por suas riquezas e esperanças de desenvolvimento como uma grande nação, foi sempre do interesse das influências das maiores potências. Como Inglaterra e Espanha já disputaram o poder na Europa envolvendo-se em guerras, esta disputa de certa forma foi trazida pelos primeiros colonizadores espanhóis e portugueses que já disputaram o mundo.

A assembléia da ONU já tratou da questão das Malvinas em 1965, quando adotou a resolução 2065 (seguida por outras), reconhecendo a existência de uma disputa de soberania entre Argentina e Grã-Bretanha e instando as duas partes a buscar uma solução negociada e pacífica. Na Assembléia, não existe direito a Veto. Com o envio de um navio de treinamento de guerra inglês às Malvinas em fevereiro deste ano, a presidente da Argentina Cristina Kirchner levou novamente o problema à Assembléia Geral que reabre em Setembro.

Não teremos uma nova guerra das Malvinas, certamente, mas temos certeza que a ONU continuará no seu caminho descendente de credibilidade por parte da comunidade internacional em resolver conflitos mundiais entre países com sociedades que possuem uma relativa dose mínima de educação e conhecimento... Ou têm o poder de dizer não a todo e qualquer organismo das Nações Unidas.  Já vimos antes a Sociedade das Nações acabar de forma abrupta e melancólica.  

Rui Rodrigues

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Um olhar cidadão sobre a greve dos policiais



Um olhar cidadão sobre a greve dos policiais

Até um sacerdote é, antes disso, um cidadão perante o Estado e a Nação. Muitos acham que Estado e nação são a mesma coisa. Seria, sim, se o governo da nação representasse os cidadãos. No entanto, atuam sem consultar os cidadãos, porque crêem ou pressupõem que têm o poder de pensar, adivinhar, julgar, saber ou inventar o que o povo deseja. Na minha modesta opinião somente pode haver certeza de saber o que os cidadãos desejam, perguntando a todos, um a um. Como não se pergunta aos cidadãos, a Nação é o conjunto dos cidadãos, e o Estado, é a Nação acrescida dos governantes e terceirizados, e de todos os que dependem de pagamentos ou favores do governo.

Sacerdotes, médicos, dentistas, engenheiros, fiscais, bombeiros, garimpeiros, atacadistas, comerciantes, embarcados, militares, encanadores, carpinteiros, varredores de ruas, empregadas domésticas, doutores, juízes, vereadores, senadores, deputados, presidentes da república, vice-presidentes, governadores e ministros... E todo e qualquer ser humano que viva no país e dele faça parte, é um cidadão, parte da nação, com os mesmos direitos, ou quase... Há restrições...

Policiais e membros das forças armadas não podem fazer greve...

Então, já não são cidadãos por completo... Falta-lhes algo: O direito de proclamarem sua insatisfação, por exemplo, com os salários.

Vemos vereadores, deputados, senadores... Juízes... Imaginem!... Aqueles que estão no topo da lei, fazendo e aprovando leis, dizendo-nos o que é moral e imoral... Votando os próprios salários... E como votaram!

Pelo amor de Deus... SE não tivessem esses cargos tão altos, poderíamos jurar que não sabem nada de matemática, porque se deram aumentos de centenas por cento e ganham hoje fábulas de dinheiro, mensalmente, dignas de contos das mil e uma noites...

Que dispositivo legal se implementará para que policiais e membros das forças armadas possam reivindicar melhorias de qualquer espécie, como qualquer cidadão?

Com que moral se pode exigir de um militar ou membro das forças armadas que engula o salário que lhes dão e os benefícios que lhes dão, e fiquem calados, inertes, obedientes, e sobretudo dedicados com prazer às suas funções ?

Pra nós cidadãos, como nos sentiremos com uma força policial e militares que estão insatisfeitos com a vida?

Inseguros!
Se todos nós estivéssemos insatisfeitos, diríamos a esses militares para se calarem e pararem de fazer greve porque todos nós estaríamos também no mesmo barco, sofrendo do mesmo mal que enfrentaríamos como nação...

Mas como sabemos, há gente, toda ela do governo, que não está no mesmo barco. Esses, não têm o salário que merecem.

Esses têm o salário que querem!.

Temos duas nações convivendo na mesma nação: a Nação dos que governam, e a grande nação do povo brasileiro, que assiste à deterioração cada vez maior da ética, da moral e do conceito de democracia.

A ditadura voltou. Não aquela das velhas ideologias, mas a que busca lucros, boa vida, prazer, poder...

Bem a propósito, onde anda o ministro das forças armadas que até agora não apareceu na cena? Aquele que se veste com gravatinha borboleta, como os dandys nos anos 60, época de revoluções socialistas, pregando a igualdade e a liberdade para os cidadãos, além de uma vida melhor?

Rui Rodrigues

Você é rico pobre ou miserável? - (Decida...)


VOCÊ É RICO POBRE OU MISERÁVEL? – (Decida...)

Ouvimos falar muito sobre pobreza[1], mas na realidade boa parte da humanidade não sabe o que ela realmente é, como é produzida, e, pior ainda, a propriedade a confiabilidade e a veracidade da definição de “pobre”.

Para o Banco Mundial, pobre é todo aquele que vive com menos de 1 USD (Um dólar norte americano) por dia, embora hajam outros índices que completam a definição de pobreza. Sabendo-se que o custo de uma passagem de Ônibus anda á volta desse valor, constata-se facilmente que um trabalhador iria trabalhar mas não poderia pagar a passagem de volta: Esse dólar por dia só seria suficiente para pagar a passagem de ida. Além disso, não teria dinheiro para roupas, residência, água, energia elétrica, alimentação, diversão.

Mas quem é o Banco Mundial?

O Banco Mundial é uma instituição financeira internacional que fornece empréstimos para países em desenvolvimento para programas de capital. Financiado pelos países mais ricos do planeta, cobram juros, é um grande negócio.
O Banco Mundial é composto por duas instituições: o Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD) e a Associação Internacional de Desenvolvimento (AID). O Grupo Banco Mundial abrange estas duas e mais três: Sociedade Financeira Internacional (SFI), Agência Multilateral de Garantia de Investimentos (MIGA) e Centro Internacional para Arbitragem de Disputas sobre Investimentos (CIADI).
Com o limite tão baixo do valor que define como necessário para que se deixe de ser pobre, repito, um miserável dólar por dia, os pobres deixam de ser pobres, pagam imposto de renda, as estatísticas desses países melhoram no conceito mundial, os governos ficam satisfeitos, o Banco engole bilhões de dólares de lucro dos investimentos, lucro esse que cresce a uma taxa média de 20% ao ano... Grande negócio!

A definição de pobreza do Banco Mundial é uma mentira!

A definição pode servir isso sim, para estabelecer um limite á miserabilidade, mas falta o limite superior que defina o que é “não ser pobre”. Quem vive com até um dólar por dia vegeta nas ruas de cidades dormindo no chão, não se locomove, ficando sempre no mesmo bairro, e gasta esse dólar em um pão e uns goles de cachaça para esquecer que é miserável... Basta andar pelas ruas de Paris, Nova York, Rio de Janeiro, S. Paulo, e nem vamos falar nos países asiáticos, do Oriente Médio, nem de África...

Seria razoável definir a pobreza de outra forma: por País, em razão de um salário mínimo regional, o que ficaria mais próximo da realidade. Salário mínimo é o mínimo para não morrer de fome e se sustentar a si mesmo.

As cifras atuais de pobreza, com base no Banco Mundial são de cerca de 1.100.000.000 de pessoas que vivem com menos de um dólar por dia, e cerca de 2.700.000.000 de pessoas que vivem numa “pobreza moderada” porque ganham menos de dois dólares por dia (3,4 reais, o que coloca todos os que vivem no Brasil com um salário mínimo como “pobres moderados”).

Mais razoável seria dizer que pobre é todo aquele que ganha até 3 dólares por dia, e nesse caso teríamos cerca de 4.000.000.000 de pessoas pobres no planeta, ou seja, sessenta por cento da população mundial é pobre...

Isso mesmo... O mundo é eminentemente pobre e miserável. Os índices que nos mostram são políticos de conivência com os governos. Bancos e governos dividem entre si o botim das verbas públicas e as aplicam como desejam. As propagandas que emitem regularmente visam tranqüilizar a população, como “conversa para boi dormir”.

Se quisermos acabar com este Status Quo da política internacional, devemos ter voz firme e ouvida nas Assembléias e parlamentos nacionais, através de voto pessoal e não representativo como tem sido em países que se “dizem” democráticos.

Isso se faz através da Democracia Participativa[2].

Não podemos esperar que governos “concedam” a seus cidadãos a prerrogativa de falar através de voto nas decisões mais importantes da nação, porque são enormes e ricos os interesses que motivam cidadãos a se candidatarem a falar, no governo, em nome dos cidadãos, mas vemos que usam seu poder para aumentar os próprios salários, dividir verbas, ocupar ministérios que fraudam descaradamente. Esses “representantes”, alguns ministros, aconselham presidências, como por exemplo, a “doar” verbas públicas a Bancos para “salvá-los” das crises – que não existiam, mas que por causa disso, apareceram.

A maioria dos ministros de economia dos países mais ricos veio de instituições bancárias. Isso não é por acaso.

Rui Rodrigues