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domingo, 23 de agosto de 2015

A Invasão- Pesadelo Besteirólico alienígena.

Atenção...Não é filme. Ligue a TV e assista ao vivo, todos os dias. É uma série real, que já passa há 13 longos anos.
 
  1. A invasão alienígena.

Vocês não sabem o que é uma invasão besteirólica alienígena. Nunca queiram ver. Dá uma angústia que nem imaginam. Aquelas naves todas que não vemos, mas sabemos que estão lá, enormes, cheias de tubos de canhões, tambores enormes de gás pimenta, arsenal de balas de borracha, carros-pipa cheios de jatos d’água que deve ser do volume morto contaminado, janelas que nem sabemos quem nos olha do lado de dentro, cheias de soldados prontos para nos dar bordoada. E deram bastante, mas depois que se aprende a reclamar sem lhes dar motivo para nos baterem não têm alternativa por causa da enorme influência de uma Organização Liberal Internacional chamada “Opinião Internacional”. E ficam quietos. Pior que eles, os alienígenas, não têm soldados deles, alienígenas, no duro. Usam os nossos próprios. Volta e meia fazem pronunciamentos pela Televisão. Só então se vê que usurparam os nossos corpos. Eles conseguem parecer-se conosco. Parecem iguaizinhos, mas falam mal como se não tivessem educação, tomam atitudes erradas, só pensam em dinheiro. Devem ter estranhado a tal de “Opinião Internacional”, mas se explica. Os alienígenas só invadiram a Zona do Brasil, a Zona da Venezuela, a Zona da Bolívia e a Zona da Argentina. Só atacam em zonas, como se não tivessem mãe com telhado de vidro onde se possam jogar pedras. Primeiro chegaram de mansinho para montar uma base e daqui conquistar o mundo usando métodos copiados das extintas URSS, Alemanha Oriental, China antes do capitalismo selvagem, Cuba antes de reatar amizade com os EUA. Depois partiriam para conquistar o planeta.



Entre o sonho e a realidade, basta abrir os olhos levantando-se de berço esplêndido, ou fechar os olhos e deitar-se em cama de bagaço de cana com formigas á mistura, e ter pesadelos. Os pesadelos eram diários com os alienígenas. O dinheiro sumia, ministros eram demitidos antes mesmo de investigados, grandes companhias nacionais foram sugadas até o tutano, obras faraônicas foram pagas com concreto a peso de ouro, amigos dos alienígenas ficaram riquíssimos, Bancos foram depenados para financiar amigos e até amigos de amigos, os juros tornaram-se escorchantes, a inflação comeu o jantar de muita gente e o almoço de outros reduzindo a alimentação, os milhões de pobres tirados da miséria por um único passo, voltaram á miséria entrando por ela em três, bandidos tornaram-se donos das ruas, a população retirou-se para suas casas, o comércio caiu, a industria começou a fechar as portas, a saúde pública reduziu-se a mortes em filas para atendimento, salários atrasaram, os fundos de pensão sumiram. A impressão que se tem é que os alienígenas vieram atrás de dinheiro, nada mais do que dinheiro, porque até num programa de “minha casa minha vida”, os imóveis eram vendidos através de anúncios em jornal, muitos foram tirados de suas casas á força e tudo ficou por isso mesmo. Até no perdão de dívidas a outros países, sem justificativa, o dinheiro publico sumiu. Aterrorizada pela violência policial, a população da Venezuela calou-se e nem comida tem para viver. Comem dia sim dia não, e por vezes dia não e no outro também. Na Argentina, a representante dos alienígenas calou-se. Para que se tivesse peninha e muita compreensão popular, começaram o mandato com câncer que se curou em meia dúzia de dias. O da Venezuela foi se curar em Cuba porque tinha a melhor medicina do mundo e voltou morto num caixão. Foi substituído por um motorista de caminhão muito bronco, também alienígena disfarçado. Como o antecessor teve câncer, este a quem chamam de Imaturo, não teve doença ainda. Já no Brasil, quando o povo começou a ir para as ruas, todos os corruptos denunciados tiveram problemas com o coração. Fundaram todos um Foro em São Paulo, cujo Foro Íntimo se destinava á coleta de pixulecos para suportar os regimes. Prometeram, os representantes dos alienígenas, ajuda mútua até com forças armadas. O Brasil Livre usa palavrões para definir a atuação dos alienígenas e os manda tomar no cu. Eles não gostam e dizem que é ódio. Uma autoridade local já disse alto e bom som: Ódio é o Caralho, cambada de vagabundos. Vão trabalhar. Mas eles preferem roubar e deixar que roubem. O Brasil tornou-se numa espécie de Zona Franca. A de Manaus está morrendo. A nova Zona Franca do Roubo espalhou-se pelo Brasil como lojas do Mcdonald’s antes que com dinheiro público os sindicatos passassem a contratar os serviços de lojas que vendem pão sem mortadela, ou pão sem manteiga para manifestações a favor dos alienígenas.   

  1. A estratégia dos (e os) processos.

Aparência dos alienígenas quando não estão disfarçados para aparecerem em público.

Os alienígenas não entendem nada de matemática, economia ou física. Ficou comprovado dentro do processo global secundário, que era o de se apossarem dos países da região. O processo global principal era conquistar todas as Américas e depois os outros continentes, fazendo renascer o Comunismo, mas não pelo comunismo e sim pelo poder, uma idéia sentimental cinematográfica, a que a população nem assistia mais nem queria ver por perto, por ter rejeitado tal comportamento anti-social. O mundo enjeitou da mesma forma e com igual intensidade o nazismo, tudo baseado na aspiração de levar ao poder o trabalho braçal, dar-lhes diplomas iméritos, casas, carros, iates, empresas, e pôr na prisão e debaixo da ponte os empresários, os cientistas, os diplomados que sabem fazer. Como os alienígenas não sabem matemática nem física nem economia, tomam os tesouros, gastam, e depois tentam arranjar desculpas ou explicações. Um ou dois erros até passariam, mas erros todos os dias começou a dar coceira na população como se tivesse sido infestada por uma praga de chatos, aqueles bichinhos que deram origem ao apelido de Barba Ruiva ao pirata dos sete mares. A barba dele era chamada de passa-piolho, mas piolhos não são tão chatos quanto os alienígenas nem quanto os chatos. A primeira vez que a população do Brasil se tocou que sua presidente era alienígena foi quando ela foi inaugurar uma enorme estátua que até ficou incompleta e mal acabada de um alienígena e ela disse que gostava de alienígenas. Aí caiu a ficha da população. Depois se comprovou que realmente ela era alienígena. O próprio modo de falar, pensar, é alienígena. Nomeou ministros da economia para lhes perguntar onde poderia conseguir dinheiro para equilibrar a economia. Eles fizeram contas pra cá e contas pra lá, extraíram os noves fora e informaram. Ela ia lá ás fontes e roubava o dinheiro para dar a construtoras que nunca tinham que pedir duas vezes que ela dava tudo, até as calcinhas, porque parte do que dava, voltava para ela, e suas obras, que não eram da Legião da Boa Vontade. Pelo contrário, era tudo negócio aprendido com um tal de Collor - O Impichado, e Maluf – o Procurado da justiça, pela Interpol, e que nem pode sair do Brasil para não ser preso.  Os processos se baseavam, todos, em pagar para receber uma parte. Quanto mais pagassem, mais recebiam e isso lhes permitia comprar votos, pagar a gentes para se manifestarem. Dividas perdoadas quer interna quer internamente, devem implicar no mesmo sistema. O devedor com a dívida perdoada, diz em seu país que pagou, e devolve uma parte a quem perdoou. Os alienígenas enxugaram tanto os cofres que não sobrou nada para os serviços públicos. O povo urra, está a ponto de romper pelas comissuras, rugas e dobras da pele, mas parece que os alienígenas estão de partida, todos, para a Planeta Papuda, criada só para eles, e de nome muito sugestivo, para quem fazia política só “de papo”.

Sua dança preferida, quando ficam em espera para partir para esse planeta, é a dança de Thriller do Michael Jackson, todos batendo o pé no chão, se espojando, girando com uma perna em volta da outra amarrada por tornozeleira chipada. Se tentarem fugir, são apanhados como porcos em chiqueiro.  

  1. A retirada dos alienígenas.

Distribuindo dinheiro público por sindicatos, amigos, empresas, e o escambau, tudo e todos comprados, os alienígenas são os donos do poder. Tudo o que fazem de errado mandam a lei esconder, aprovar, escamotear. Aqueles que apoiaram os alienígenas quando eles eram “bonzinhos” e prometiam mundos e fundos, agora com a realidade triste e dolorosa, passaram-se para o lado dos humanos. Só cerca de 7% ainda apóiam os alienígenas, porque são beneficiados, mas com a exaustão das verbas públicas, o dinheiro vai faltando e logo os amigos se reduzirão a uns dois por cento. Vieram pelo dinheiro, gastaram-no todo e se retirarão por completa falência de todos os órgãos que geram dinheiro. Não há outro modo. Algo mais violento daria oportunidade a que os alienígenas soltassem todos os soldados fiéis contra a população, usando todo o arsenal de balas de borracha e algumas verdadeiras, alguns aviões ainda em fabricação, um submarino nuclear que está para ser construído há uma década ou mais e nunca termina (talvez em 2023 se não chover e ficará obsoleto), seus foguetes que explodiram e devem ser reconstruídos não se sabe quando porque fez acordos com países que foram invadidos ou estão mal na economia ou na fotografia internacional, além de lançarem mão de todo o arsenal de tambores de gás pimenta misturados com gás hilariante para dar a impressão á mídia internacional que o brasileiro é acima de tudo feliz e alegre.
 

Tal é uma invasão alienígena besteirólica nos tempos do parolismo, uma forma de falar do Caribe, usada entre piratas para fazerem acordos.Nada que fazem constrói. Sua missão é destruir para ficarem eternamente no poder. Praia, sombra e água fresca, tudo pago pela escravidão em que querem transformar os cidadãos deste país. Gastam dinheiro em projetos mirabolantes que nunca saem do papel ou são interrompidos, ou não funcionam. A generala dos alienígenas tirou diploma de economista da UFRGS- Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Não se sabe de que prateleira.   


® Rui Rodrigues       

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

A história dos deuses para crianças..


  



Já viram o Sol, não foi? Emite tanta luz, que nos deixa cegos. É muito forte. Olhamos para ele e só vemos luz. Parece um mistério. É a luz dele que permite o nascimento e crescimento de plantas. Das plantas os animais se alimentam. Nós, seres humanos nos alimentamos do que o Sol permite que cresça. Todos os animais e todas as plantas evoluem, mudam as suas formas, adaptam-se ás mudanças, porque nosso planeta está sempre mudando. Nós nem sempre fomos assim como somos quando nos olhamos no espelho. Já fomos bem mais cabeludos, homens e mulheres, nossa inteligência se desenvolveu muito devagar.



O calor do sol faz a água virar vapor (assim como se vê quando a panela com água está ao fogo no fogão e sai aquela nuvenzinha meio cinza clara) que se eleva aos céus, e quando o vapor esfria, chove. Chove água que alimenta os rios, os rios correm para o mar, o mar está sempre cheio de água. Rios, lagos e mar têm peixes que servem para nos alimentarmos. Nós vivemos num mundo lindo que parece ter sido feito pelo Sol e só para nós. Mas... Só para nós? E quem fez o Sol? Hoje sabemos como a chuva ‘é feita”, mas ainda há tribos de índios que pensam que são os deuses que mandam a chuva e fazem danças em homenagem aos deus para que façam chover. O Sol proporciona vida a tudo e a todos neste nosso mundo redondo. Vivemos num planeta!

Havia tantas perguntas sem resposta que os humanos pensaram que para fazer tudo isso era preciso que houvesse um ser enorme de forte, inteligente, poderoso, que pudesse fazer isso tudo como se fosse uma mágica. Resolveram chamar a esse ser, essa entidade, Deus. A notícia de que havia um Deus correu o mundo, muito devagar, porque não havia aviões, navios rápidos, automóveis. Nessa época as pessoas andavam a cavalo, em barcos de remos e não havia nada que pudesse voar. Voar era um milagre.Não havia motores ainda. Milagre é acontecer alguma coisa que seja impossível. Por exemplo, perder uma perna por atropelamento de um trem, e a perna “renascer”, voltar a crescer. Ou um dedo. Ou mesmo a nossa cabeça. Nunca ninguém fez isso, nem milagres desses ainda... Os milagres que fazem são reações do próprio corpo ou não comprovados. Mas a notícia que havia um Deus foi se espalhando muito devagar. Cada um pensava num deus a seu modo.


O homem, sempre curioso, procurou saber o “porque” das coisas. Mas quem acreditava nesses deuses, não precisava procurar saber. Tinha uma explicação, sabia de tudo: Foi Deus!... Assim, quando precisavam de chuva pediam aos feiticeiros para que dançassem a dança da chuva. Se chovesse, interpretavam como se Deus os tivesse ouvido e eles se sentiam pessoas protegidas por Deus. Se não chovesse, faziam sacrifícios aos deuses porque não se sentiam merecedores da proteção de Deus. Matavam galinhas, porcos, bois... E alguns pegavam em criancinhas e as matavam. A fé faz com que as pessoas pensem que se morrerem agora em sacrifícios, encontrarão um paraíso depois de mortas. Isto não é fé. Por fé se acredita em qualquer coisa, até que os mortos ressuscitam. 

Achavam que esse sacrifício seria percebido por seus deuses. Um dos primeiros deuses que se conhece foi exatamente o Sol. Pensavam que o Sol era Deus. Milhares de deuses foram “aparecendo” nas sociedades humanas de acordo com o entendimento de cada um. Ainda hoje a terra está cheia de países, nações, tribos, grupos, onde cada uma tem seu Deus preferido. Podemos chamar Deus quantas vezes quisermos que ele não aparece para ninguém. E se alguém disser que “viu” Deus, podemos ter a certeza que não viu. Pensa que viu, diz que outros viram. O mundo está cheio de pessoas que se enganam, e muitas vezes nem podem voltar atrás e confessar que se enganaram.
 Mas... Quem fez o Sol afinal? E o que acontece com quem procura saber os mistérios que ainda não têm respostas? Se foi Deus, que tamanho teria Deus? Tinha que ser muito grande... Não poderia ser um ser assim como os duendes, pequeninos que só são vistos por quem diz que “viu” mas nunca nos chamam para vermos também. Não os veríamos nem vemos fadas. Só em filmes. 

O Sol é uma estrela. Vivemos num planeta, este onde levamos nossa vida, que gira á volta do Sol. E á volta dele giram mais sete, de vários tamanhos, nenhum podendo suportar a vida como ela é hoje e a conhecemos por aqui. São todos nossos. Podemos ir lá, para viver, quando quisermos. Hoje não, porque ainda estamos numa fase de conhecimentos que, embora seja suficiente para mandar foguetes com gente para lá, não temos como manter a vida por falta de muitas condições. Precisamos estudar muito ainda. Há muitas coisas para descobrir e Deus não nos aparece com um livro de instruções ensinando como fazer. Temos que estudar, descobrir por nós mesmos. Mas que Deus faria isso? O Deus dos hindus? O dos judeus? O dos cristãos? O dos muçulmanos? O dos Sioux? O dos Evangélicos? O dos chineses? Os da Umbanda? O do Espiritismo? São tantos... Qual é o melhor deles e o mais eficiente?

O Sol é uma estrela. Tem oito planetas rodando á sua volta. Quando as religiões que apregoam Deus surgiram, pensava-se que Deus tivesse feito fogueiras no céu, as estrelinhas, e uma fogueira maior para nos iluminar, o Sol, e pensavam ainda que era o Sol que rodava em volta da Terra. Pessoas que não acreditavam em Deus, ou até acreditavam, mas queriam saber “como que Deus fez”, resolveram estudar e descobriram que era a Terra que rodava em volta do Sol. E antes disso éramos ainda mais atrasados. Pensava-se que a Terra era uma enorme bolacha que se apoiava sobre tartarugas enormes, e que nas bordas da bolacha a água dos oceanos caiam no espaço. Imaginavam que quanto mais se afastassem da praia, as águas ferveriam, que havia monstros marinhos que engoliam barcos, comiam pessoas. As pessoas amavam os deuses, por um lado e sentiam terror só de pensar no castigo deles, por outro. Nunca o viram como amigo, companheiro. Então, um dia, numa guerra, um general gritou a seu Deus para que o ajudassem numa batalha, e ganhou. Todos pensaram que esse deus era o seu amigo Deus. E ganharam outras batalhas, mas depois começaram a perder. Eles não sabiam que não se pode ganhar sempre. Não conheciam a matemática. A matemática prova que não se pode ganhar sempre. Trocaram de deuses com os mesmos resultados.

Mas e o Sol e os planetas? Só existe isso?

Não... Se contássemos todas as estrelas que existem no Universo, uma a uma, sem parar, sem dormir nem comer, aproveitando todo o tempo de nossa vida, não acabaríamos de contá-las... Nem que nossos filhos, netos, bisnetos, gerações a fio, continuassem a contar...

Podemos agora imaginar o tamanho do Deus se é que existe?


Mas há uma coisa que se descobriu através de estudos. Nosso Universo não foi sempre como o vemos, deste tamanho. Ele está se expandindo como se fosse uma bola de aniversário. Se incha, é porque já foi bem mais pequeno...Sim... O Universo já foi um ponto dentro de alguma coisa que já existia antes... Tão antes... Tão antes... Que se pode dizer que sempre existiu. Se sempre existiu, sempre, não seria preciso nada nem ninguém para o fazer... Não precisou ser feito. Nós? Seres humanos? Somos apenas conseqüências do Universo. Nossa importância se deve ao fato de pensar e nos julgarmos importantes. Há seres que viveram milhões de anos e já não existem. Se algum dia pensaram, devem também ter-se sentido importantes, feitos á imagem de Deus. Mas que imagem, se nunca viram Deus? Temos que nos cuidar para não deixarmos de existir. Guerras religiosas, por exemplo, nos matam. Nós mesmos temos que nos cuidar com leis e ciência. Religião é apenas um conforto que fala de uma vida para lá da nossa, e que não conhecemos, ninguém conhece. É como “ver” duendes...

A maior parte das guerras da humanidade aconteceram por causa das religiões. Cada exército pensava que seu Deus era mais forte e os ajudaria. Morreram por pensarem assim, e ainda morrem hoje. Algumas igrejas declararam guerras, queimaram pessoas em fogueiras por pensarem de forma diferente e por maldade, quererem que todos pensassem como elas. Ainda hoje matam por causa das religiões no norte de África e na Ásia. Fazem “buling” com as crianças, e mesmo crianças entre si, as que são de uma religião sobre as outras que têm uma diferente ou nem a têm porque não precisam. As pessoas devem ser livres para pensar, escolher se querem ou não acreditar em um Deus e em qual deles, mas apenas em idade em que saibam o que escolher e como. Deveria haver uma lei contra a Evangelização infantil.

Governos e Igrejas usam a evangelização para seu próprio proveito. Oferecem, em troca de apoio e contribuições, o que nem o próprio deus que apregoam oferece. Se Deus fosse realmente Deus, com todo o poder que tem, viria á Terra, ficaria aqui eternamente, dando o que quisesse, tirando o que quisesse. É fácil falar em nome de deus. Qualquer um pode fazer isso. Deus não aparece para os punir, nem para os abençoar.


Há uma lei do Universo – e existem muitas que até já desvendamos e podemos traduzir em matemática e física – que diz que tudo o que nasce morre. Isto é por causa do planeta que não pode “inchar” para caber mais gente, mais plantas... Quando encher de gente, temos que pular para outro planeta... Se algum de nós tivesse morrido e ressuscitado, não seria para morrer outra vez. Não faria nenhum sentido, não teria senso... Todos os que morrem são para nos salvar. Estaremos sempre salvos enquanto o planeta não se encher de gente.

Quanto ás religiões, ou já mataram ontem, ou matam hoje, ou matarão amanhã...Só depende de poderem ou não chegar ao poder de uma nação. As exceções estão entre as que nunca conseguiram chegar ao poder. Quanto aos "donos" das igrejas geralmente gostam de impor a "sua" religião por que lhes traz  todos os tipos de lucros, nem que para isso tenham que mostrar um novo deus proveniente de dogmas e conceitos anteriores. 


(No tempo da Inquisição não havia fotografias, Ficaram as pinturas e os relatos)
1 - Crianças que ficam insistindo com outras que devem seguir uma religião, deveriam ser chamadas á atenção por "Bulling Religioso"
2- Adultos que ficam buzinando no ouvido dizendo que temos que nos converter, deveriam ser chamados á atenção pelas autoridades que estão praticando "Assédio Religioso"
3- Adultos que ficam insistindo com crianças para seguirem esta ou aquela religião, deveriam ser punidos por lei, por "exploração de incapaz"


Imagine-se algum estranho chegar perto de nossas crianças e dizer-lhes: Seja PT... Seja PSDB... Seja PcdoB... Seja PSD... Não há diferença alguma e nenhum pai ou mãe gostaria. 

Deixem as crianças em paz! 

® Rui Rodrigues.



Republica dos 7 Mares


Sou duplamente inocente, por vezes...



Inocente por não ser tão corrupto assim, afinal só me vendi por coisas pequenas, caseiras, do lar, como por exemplo, amizade e amor, e inocente por que aos 70 menos uns quantos aninhos, ainda consigo fazer um “Ah... Então foi por isso?”, com boca de chupar cana, como se não tivesse previsto que seria inevitavelmente assim. Esta inocência lembra até Heloisa Helena numa CPI dizendo que se soubesse que alguém para ser eleito teria que nadar no Mar da Corrupção não teria concorrido a eleições, e realmente nem se tem ouvido falar dela. A ultima vez que me lembro de o ter feito foi para sair do PT. Mas há muitos outros mares na parte líquida e certa da República, onde só navegam cobras criadas da política.
Dilma teve uma Infância Armada. Gostou tanto que nunca saiu dela, e nunca saiu também do Mar da Cizânia. Lula, um polvo gigante do Mar da Ambição, sabia da experiência de Dilma como navegadora destes mares, de cizânia, mulher preparada para se livrar de maridos aos quais pode levar facilmente á loucura. Ela não é gay. Ela é feminista sem ter qualquer relação com seu nível de instrução, que não tem mesmo. Aprendeu a navegar no mar da Cizânia, no da Ambição, sabe como agradar aos que vivem no Mar da Vaidade, incluindo o Mar da Gula. Distribui tesouros entre os piratas dos 7 mares, e estes lhes aprovam seus devaneios. Suas Fragatas navegam bem nestes mares, fragatas que serviram também a Lula. Para elas, os alvos não se escolhem. Atira-se em todos, porque no mundo dos sete mares povoados por cobras criadas, quem não traiu ontem está traindo hoje, trairá amanhã. Abater amanhã o que se pode abater hoje seria desperdício de energias. Não há piratas amigos. Para quem pensou que estas fragatas eram a motor, enganou-se, porque nem á vela são. Já foram a motor, sim, mas hoje são movidas a remos. O povo rema bem, embora seja necessário que lhe reduzam os salários e as posses para que aprendam a remar sem reclamar. Tivemos recentemente um bom exemplo. Com tantos piratas procurados até por juizes internacionais, e outros na primeira linha das filas de espera, foi Cunha o escolhido para ir para julgamento, porque era, no momento, quem mais incomodava Dilma, e seus piratas. Ela percebeu isso, quando lhe disse Cunha já tranqüilamente irritado: Não me venhas com borzeguins ao leito.  São todos piratas, navegam todos nos 7 mares, são todos românticos amorosos que de vez em quando dormem em leitos errados. Que ela é do tipo de ir ao leito com borzeguins, não restam dúvidas. Desde pequena que pinta o sete, representa, com toda a sua ignorância, mas com tanta esperteza, que passa por doutora. E lá vai também o Collor para que não se diga que nunca teve filho feio. Abortos políticos são prática costumeira entre piratas.

Para se ter uma idéia, Merkel veio em visita oficial, dormiu uma noite em Brasília, e voltou no dia seguinte. À noite já estava em Berlim. Vai que fica refém... Já Dilma é capaz de ir á Suíça, fazer escalas em Lisboa, jantar em restaurante , como quem diz que trabalha tanto e que também merece passear, levando comitivas imensas com imensos gastos em Hotéis. Comitivas imensas, sim, mas jantar, fora porque o de bordo é corriqueiro, só com meia dúzia de uns três ou quatro. Deve ter sido de negócios e nem disseram quem estava na outra mesa. Seria o Sócrates, o que está preso por corrupção em Lisboa?  

Lisboa já competiu com Viena em espionagem na guerra fria. Eram os dois maiores centros de espionagem. Com meus doze anos, num programa de alfabetização de adultos (meu tio tinha uma escola), dei aulas particulares para um ex-combatente da guerra de Espanha (ele era anti-Franco) e para o Igor, um russo que queria aprender português. Ambos passavam dos sessenta quando resolveram ir á escola para aprender português. Que tipos de espionagem poderiam fazer naquela terra onde nem sabiam ler nem escrever direito? Quem sabe eram daquele tipo que atuava em Tabernas de Piratas nas Caraíbas, ouvidos sempre atentos para saber quando os galeões Carregados de ouro sairiam do porto de Cartagena de Índias, na atual Colômbia. Não avisaram Cunha que a Fragata da Marinha Real estava a caminho com Ordem de Indiciamento? Vai ver quem dormiu com ele foi com borzeguins ao leito, e ele ficou em seu posto bazofiando crente de sua intocabilidade.

O povo assiste ao filme em 3D, realista demais, querendo nteragir, mas só se manifesta. Não pode fazer outra coisa, porque é mero espectador, contribuindo para a filmagem apenas com o dinheiro de suas entradas. A diretoria e os produtores é que navegam numa autêntica lei Rouanet, nos Sete Mares republicanos. Mais uma Chanchada Nacional cujo final só pode ser o afundmento de todas as frotas.O Baile do Bola Preta tinha mais gente que as manifestações do PT. Não é Dilma que o povo quer, nem Lula, nem Temer, nem nada de pirataria... O povo quer BRASIL, limpar os mares de tubarões, cobras criadas, monstros marinhos, noites de Cabiria. O próximo será o Renan Calheiros, logo que atenda os pedidos do PT.É a regra geral da filmagem: Ninguém rouba a cena. Logo que faz as suas tomadas de cena contratadas, sai do elenco. O mercado destes artistas também é de procura.    


® Rui Rodrigues 

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Crônicas do Pontal do Peró – Céu de Brigadeiro, mar de Almirante .


Anunciaram uma frente fria vinda lá do Sul. Por aqui, neste dia 19 de agosto do ano de 2015 continua ventando forte desde ontem e os helicópteros que passam por aqui vindos de Campos dos Goytacazes de Macaé e Búzios, voam meio de lado para compensar. É como o Norte Magnético em relação ao Norte geográfico: Defasados em cerca de 17 graus que não podem ser nem Celsius nem Fahrenheit, nem Kelvin nem Gay-Lussac [1]. São graus geométricos, mais precisamente graus de círculos, como naquelas cartas portuguesas de navegação, antigas. Com um céu destes, céu brilhando, mar calmo e o departamento televisivo de meteorologia anunciando frio e chuva, desisti de ir às Casas Pernambucanas comprar um cobertor Parayba, nas Lojas Americanas um bote salva-vidas inflável, e na loja do Marcondes logo ali na esquina um guarda-chuva dos antigos que não faz “plop” mas que em compensação abriga a família toda, gato periquito e papagaio e de sobra o aparelho de TV onde se apreciam os prognósticos do tempo como se fossem programas de divertimento para rir á vontade. Inveja tenho da turma que cuida da Fórmula-1 lá da Alemanha. Disseram que em 28 minutos ia chover começando lá na curva “e deram o nome da tal curva” na direção de fora para a pista de corridas...Eu ri como rio por aqui. Que preciosidade os tais 28 minutos. Porque não 30 redondos?  Depois tive que tomar um comprimido para a dor de cabeça quando avisaram: Daqui a quatro minutos vai chover “e deram o nome da mesma curva”, avisando que a direção seria de fora para dentro da pista. Ri tanto que precisei comprimido. Depois abri a boca, arregalei os olhos, lembrei-me do jogo de 7 a 1 no futebol contra o nosso time composto de canarinhos empacotados a vácuo sob os auspícios de uma entidade que tem uma estrelinha amarela em fundo vermelho com o numero 13 – aquele que dá um azar danado – gravado com o nome dela. A chuva aparecera e soprara desde o lado da curva “que eles deram o nome” para dentro. Ah... Grande Alemanha da matemática e das ciências. A Ângela Merkel não me quer nem me conhece, mas se ela bobeasse, pedia a moça em casamento. Não procurei saber se é casada, mas pelo á vontade com que transita todos os dias pelo mundo e pelos noticiários, o marido deve estar de férias bem longe dos acontecimentos. Mulher independente!
Quando as mulheres usarem o novo produto (Flibanserin) para obter mais prazer sexual os maridos do planeta dançam. Sexo será apenas casual, para quem estiver com muita, mas muita vontade de transar. Quem desejar ter sexo pra valer, do tipo animalesco, todos os dias, cada companheiro não durará mais que uma semana e olhe lá que talvez não chegue a tanto. O mundo terá enjôo de sexo. O que pensariam os antigos, dos que ficaram no passado?

E fui á praia pensando nestas barbaridades todas.




Estava completamente vazia de gente. Nem vivalma. Raspei areia da praia com os pés indo na direção contrária ao Pontal, isto é, na direção da Vila do Peró. Aquilo é uma Vila, quase isolada de Cabo Frio, muito mais que um Bairro. Nesta vida não se pode perder o norte, nem o rumo, nem os ângulos e nem o juízo. Por isso, lá fui beirando a praia sem lenço, sem documento, sem bússola e sem mapa. Quando cheguei na metade do caminho parei, sentei numa duna e fiquei olhando para o mar. Não tinha apanhado concha alguma. Fazia-se uma neblina um pouco ao largo, a uns trinta metros da areia, provavelmente por causa da frente fria que estaria chegando do Sul. Foi de lá que ouvi um pi-pi-pi de apito de marinheiro que não reconheci. Embora tenha feito Marinharia na Base Naval do Cais do Alfeite, de frente para Lisboa na outra margem do Tejo, não me ficaram na memória os apitos. Ia jurar que alguém importante estava desembarcando de um vaso de guerra. Ouvi uma vozearia, barulho de metais, chiado de vergas e remos na água. Depois vi um bote de madeira com seis remadores, e adentrando pela névoa, ligeiros metros mais afastados, consegui divisar velas com a cruz espanhola dos descobrimentos. Um homem que vestia panos pretos sobre o corpo e uma boina que me lembrava o povo Basco desembarcava de um bote com quatro marinheiros aos remos. Dirigiu-se a mim, enquanto os acompanhantes se postavam circunspetos a uns três passos de distância.




- Ora muito bom dia!... Sou Cristóvão Colombo e dei uma descida do céu para ter o prazer de voltar a sentir o ambiente deste planeta... Fique tranqüilo que só você nos vê!
- Muito prazer... Como devo tratá-lo?
- Por tu. O Barbas disse-me há pouco que me arrumasse com a minha tripulação e que desembarcássemos aqui. Deveria falar com o homem que estivesse na praia... Que és tu. Não me disse porque razão. Deves ser uma pessoa muito importante... És Rei, presidente? Alguma coisa assim? Onde está o povo, onde estão as mulheres?


- Que nada, Colombo... Sou aposentado, as mulheres já ganharam carta de alforria, o mundo está da pá virada. Ninguém se entende. Mas porque perguntas pelas mulheres, se a bordo eram proibidas e passaste quase a tua vida toda a navegar?

- Tínhamos, dos grumetes, e só para os oficiais, os que não eram rapazes. Havia meninas disfarçadas. Como sabes, poucos eram os grumetes mandados por famílias, como eu fui no começo de minha vida. Marujos e grumetes eram arrebanhados no meio das ruas, e a guarda apanhava muitas meninas quando as apanhavam pelos cantos escuros á noite. Nunca admitimos grumetes virgens do sexo feminino. Onde andam então as mulheres daqui?


- As daqui, tal como eu, já estão meio passadas da idade. Nas vilas daqui encontrarão algumas, mas são todas sérias. Não conheço nenhuma que se tenha prostituído. Agora somos todos, homens e mulheres, gente fácil. Quem quer e gosta, aceita quem dá mostras de querer pedir. Se pedir perde o valor.
- Entendi... Mas o Barbas pediu-me que te contasse o que me viesse á cabeça...
- Então conta... Mas quem é o Barbas?
- Ora então nunca ouviste falar do Barbas?
- Não...Mas vindo do céu, Barbas será o Pedro?
- Nãã... Esse tem barbas, mas não é o chefe. É o porteiro, o homem das torneiras. O chefe nem barbas tem. É imberbe e nunca aparece. Não tem rosto, nem corpo, nem fala, nem nada. Só sentimos que existe uma certa “ordem”. Quem não lhe obedece a “‘ordens” não tem benefícios, como este meu, de poder dar uma voltinha por aqui incógnito. Chamamos o chefe de um nome de “deus”, e para não dizermos seu nome verdadeiro, ele não gosta, chamamos de “barbas” por gozação ao Pedro. Aliás, o Pedro anda com um problema na bexiga, que é por isso que falta chuva na Terra. Vou levar pra ele uns barris de cerveja lager. Sempre que ele encontra uma jovem chamada “Niña” ou o irmão chamado “niño” perde-se por completo e é grande a seca no mundo. Ama-os tanto que nem consegue urinar... Entendes agora porque uma das minhas caravelas se chama “Niña”? É para não dar na ‘Pinta” á “Santa Maria”... Agora entendestes, antão na é?
- Vejo que não perdestes o sotaque assim meio galego, meio português, meio aragonês, leonês, castelano...
- Pudera... Como sabes vivi entre 1476 e 1485 na ilha da Madeira e em Lisboa. Nasci em 1451 em Gênova e comecei a vida como trabalhador no negócio da lã. Eu e meus dois irmãos saímos da casa de meu pai, mas nunca ficamos desamparados por causa dos armadores e banqueiros genoveses. Naveguei muito com portugueses e até com um pirata que tinha um nome igual ou parecido com o meu. Naveguei com o Colombo o velho, não com o novo.
- E como te tornaste um navegador?
- Nunca freqüentei universidade. Comandava homens a bordo. O que sabia de escrever e matemática aprendi mais com os navegadores do que na pequena escola que freqüentei em Lisboa e já tarde quando tinha mais de 25 anos.
- Então...Como conseguiu descobrir a América?
- Pois aí que está... E nunca me perdoaram. Quem deveria ter sido o comandante da expedição nem era eu, mas os banqueiros me escolheram por ser conhecido deles, por família, e por saberem que eu era um homem de fibra e que conhecia o mar. Como a Terra é redonda, navegando sempre para ocidente teria que encontrar terra, e a única conhecida naquela direção, quer dizer, mais ou menos, era a índia onde esteve o Marco Pólo.
- Mas essas terras ficam do outro lado da América, muito para lá... Tão longe teria sido muito melhor terem navegado para Oriente como fizeram os portugueses, contornando a África.
- Perfeitamente. Já sei disso. Mas eu não sabia qual era o raio da Terra. Não sabia que era tão grande. Não tinha esse mérito de saber fazer os cálculos corretos. Assim, quando encontramos terra, logo vimos que estávamos no Japão. Até me preparei pra ir visitar o rei, o Imperador. Não sei que raios que me passou pela vista e me toldou o pensamento, que nem reparei nas roupas que aquela gente usava comparando-as com as pinturas que tínhamos do Japão e dos Hindus. Teríamos visto logo que era um engano, só pelas roupas.
- Mas porque te escolheram?
- Os outros eram uns aleijões, baixos, não tinham modos nem porte de comandantes, nem sabiam conversar, por exemplo, com a Rainha e o Rei de Espanha. Isabel a católica e Fernando, o marido a quem tivemos que convencer, eu e o pessoal dos banqueiros e armadores genoveses.
- Então você foi uma farsa que descobriu um continente por acaso e por engano...
- É isso mesmo... Na verdade é isso mesmo! E não está a ver nenhuma similaridade com o governo que tens agora, esse que tomou o poder e o pervertiu? Olha... Se há coisa que dá azar é gato preto, passar debaixo de escada, e o numero 13... Ah... Sabes, a propósito, de onde veio o dinheiro para os empreendimentos marítimos, e porque as cruzes das caravelas espanholas e portuguesas são tão parecidas?

- Dos Templários?
- Adivinhão... Ou então já sabias... O numero 13 dá azar porque um Papa temendo o poder dos Templários, os convidou para uma reunião e quando estavam juntos, numa sexta feira 13, os dizimou. Os tesouros deles, guardados, foram parar na Ilha de Creta que foi administrada por portugueses durante muitos anos, e na Ordem de Cristo. Esse dinheiro foi todo gasto, já. Como a Ordem era a mesma em Portugal e Espanha, a leve diferença nas cruzes das caravelas, servia apenas para diferenciá-las pela nacionalidade. No fundo, a origem do dinheiro era a mesma. Era Templária.
- Para onde vais agora?
- Não vou. Eu estou aqui, em qualquer lugar “aqui mesmo”’ quer seja no passado, no presente ou no futuro, e também estou lá em cima, junto com o Barbas. Vamos todos para junto do Barbas.
- Mas onde fica o reino do Barbas? Como é?
- Pensa bem... Vives agora e podes fazer o que queres. Mas o que fazes pelo Planeta, o que fazes com tua vida? Deixa que eu mesmo te responda... Nada! Não fazes nada de cósmico, para o planeta ou para o universo. É como se não existisses. Só te serve o viver porque “sentes” que estás vivo, e para meia dúzia de familiares e amigos. E eles tal como tu. Lá no Reino do Barbas, não é diferente porque de nada adiantaria, e como tanto faz viveres ou não, porque nada fazes pelo universo, pelo planeta, ficas num estado latente. Não existe inferno nem céu. Existe o Xeol. Ficas lá “á disposição” e não te sentes nem bem nem mal. É como se não existisses nem para ti mesmo. Foi aí que o Cristo, ao explicar, deixou os apóstolos confusos. Mas uma coisa eles entenderam: Se procuras recompensa a encontrarás aqui mesmo, ao longo da tua vida, pelo bem ou pelo mal que fizeres. Se pudéssemos fazer uma comparação grosseira, o comportamento da humanidade até hoje, a levaria ao inferno. Ficará no Xeol, e um dia arqueólogos se lembrarão dela. E para mudar este panorama sombrio, somente ela, a humanidade, poderá mudar o seu próprio futuro, que se constrói dia a dia, ou destrói, dilma a dilma.

Deixo aqui gravada a assinatura do Colombo, porque disse muito mais do que eu, que só lhe perguntei e ouvi.  Depois voltei para casa. Não tinha  apanhado nenhum siri, nenhuma concha. Estão ficando raros. 

® Rui Rodrigues



[1] Os três primeiros medem temperatura, o Gay-Lussac mede a porcentagem de álcool em relação á água de um líquido. Joseph Louis Gay-Lussac foi um cientista francês.

terça-feira, 18 de agosto de 2015

Crônicas do Pontal do Peró - O Gênio Botocudo.



Anunciaram uma frente fria vinda lá da Argentina e que já tinha chegado ao Rio Grande do Sul. Se isso for verdade, então vamos ter uma enorme tempestade, porque aqui, pelo Pontal do Peró, depois de um dia de céu de brigadeiro, e outros com poucas nuvens cinza e brancas, hoje amanheceu com muitas nuvens e um vento forte soprando do Nordeste. Vi e senti muito bem na praia hoje entre dez e meia e onze e meia, quando fui ver se conseguia mais conchas vivas. O embate da frente fria e do forte vento nordeste deve ser uma batalha de atlantes cheia de seres de um olho só. Consegui mais três conchas, meu corpo sempre empurrado pelo vento e mais uma bolacha-do-mar, uns seres interessantes que passam por metamorfose: Na fase larvar nasce dentro da larva uma placa que é a futura bolacha-do-mar, constituída de calcário poroso que parece osso. Então afundam e começam a alimentar-se de organismos e algas que vivem entre os grãos de areia. Algumas já adultas chegam com a maré, afundam-se nas areias em busca de alimento e quando o mar recua ficam ao sol, secam e morrem. 

São esses esqueletos que recolho sempre que os encontro perfeitos ou quase. Quando os portugueses chegaram á Bahia, recém desembarcados de incômodas e balançantes caravelas, e viram uma tribo de índios com umas placas enfiadas nos lábios, com aspecto aterrorizante, ameaçador, ficaram impressionados, confabulando sobre o nome que lhes deveriam atribuir. Ao verem as placas que usavam lembraram-se dos “batoques” [1] e deram-lhes o nome de Batocudos. Com a evolução da língua pareceu melhor o nome Botocudo. Pensei, pensaram provavelmente, que os batoques que usavam eram feitos de bolachas-do-mar, mas não. São feitos de madeira leve extraída do cerne da Barriguda, árvore nativa da mata atlântica. Olhei o mar e não vi caravela alguma. O tempo delas já passou, assim como o dos contos das mil e uma noites, cheias de mulheres bonitas, lindas, perfumadas e gostosas que se divertiam em noites de Cabíria [2] com os donos do harém, que, contrariamente ao que muita gente pensa não era apenas o Vizir ou o Califa. 



Há que nunca perder de vista os eunucos. Vi um palácio de um grande califa - Topkapi - na Turquia. Coisa de louco! Os califas passavam a vida numa boa, ás custas, evidentemente, do povaréu ignoto e domado.  
Já de volta para casa com o meu espólio marinho, vi uma garrafa pet, dessas de coca-cola que deveria ser classificada como detergente açucarado, vindo rolando em alta velocidade empurrada pelo vento nordeste. O sol brilhava do lado da garrafa pet refletindo-se nas águas espelhadas do refluxo calmo das ondas já de volta ao mar. 
O reflexo toldou-me a visão, concentrou-me o foco na garrafa. Toquei-a e tive que largá-la imediatamente. Dela imergiu um fumo verde e amarelo que nem o vento conseguiu dissipar. Um ser se esgueirou primeiro como se fosse uma pequena minhoca, depois engrossou, foi engrossando e crescendo, até se transformar num ser imenso, que me ultrapassou na altura umas duas vezes. De olhar sério, finos lábios inferiores envolvendo enorme placa circular de barriguda encaixada, cruzou os braços, olhou-me bem de cima para baixo e disse-me:
- Tens direito a um pedido só. Pensa rápido e pede logo que estou de saída. É um... É dois...
- Pra onde vai o Brasil? – Perguntei rapidamente, porque o mais provável seria parar no três e não no dez, e não podia perder essa oportunidade.
- És um idiota que desperdiçaste a pergunta... O Brasil já foi, já era... Agora é outra coisa. Safa-te enquanto é tempo. Percebes agora porque estou com pressa? Tchau!
E lá foi o gênio botocudo que se desfez instantaneamente entre raios de sol verdes e amarelos e reflexos brancos das águas marinhas retrocedentes até ficarem mais brancos que cera. Tabaco não dá onda, nem o fumo na praia. Então foi imaginação ou o sol quente que sopra africanamente pelas paragens sul-americanas. O Brasil é uma África, logo poderá ser uma Biafra. A sapiência índia traz a voz da natureza. A natureza é sábia. Ao chegar em casa tomei um banho e liguei o computador. Percorri a net á procura de notícias e não gostei do que vi e ouvi. A Net é um lugar comum, como se fosse outro planeta, onde o passado, o presente e até visões do futuro convivem no mesmo instante. Com uma clicada chegamos ao passado mais distante, com outra estamos no futuro em menos de meia metade da quarta parte do oitavo de um segundo. Foi então que entendi que a rota das índias, tão procurada pelos portugueses através do mar só foi possível porque do Afeganistão a Canabis Sativa havia chegado á Índia. Isso há cerca de 27.000 anos atrás. 


O primeiro carregamento de mudas deve ter chegado ao Brasil, muito provavelmente, logo na primeira viagem de Cabral, porque uma ervinha com as belas índias locais, assim como vieram à natureza, isso era uma maravilha das mil e uma noites. Mas são apenas especulações, se bem que, em palácio, nos dias de hoje, não fosse de admirar o seu uso descontrolado.
Foi na Net que tomei conhecimento – o que já era previsível – que o custo da energia iría aumentar. Outra vez. Da primeira aumentaram o preço por causa das distribuidoras. Agora evidentemente aumentarão o das fornecedoras. Ora veja-se com se trata a economia por aqui, neste tempo em que, depois das explorações portuguesas, enfrentamos agora as explorações da esquerda petista: Aumentaram o preço do diesel e derivados do petróleo para salvar os rombos que eles mesmos fizeram na Petrobrás. Depois aumentaram a energia para pixulecar com as distribuidoras. As fornecedoras ficaram caladinhas á espera do momento oportuno. Agora pagar-se-á mais ás fornecedoras e quem fará isso será mais uma vez o governo que revisará seus contratos com elas. E como o preço do fornecimento vai aumentar, as distribuidoras terão que aumentar também os seus preços. Evidentemente que já sabemos que os custos das próximas eleições do PT e da base aliada serão pagos  com muita energia porque as construtoras e a Petrobrás já queimaram os fundíveis transferíveis e convertiveis em pixulecos.



Quando estava tomando banho quente – hoje faz um pouco de frio – tomei um leve choque. Vi nas nuvens de vapor um amigo botocudo, talvez até o gênio da garrafa pet de coca-cola, me apontando o dedo balouçante para cima e para baixo, e um uma voz grossa que me disse alto e bom som:

- Lembra-te bem... Libertas Quae Sera Tamen.
Dei-lhe um “curtir” com meu dedo para cima, escutei um plop, e o meu amigo botocudo sumiu.

Há muito que aprender com a cultura índia, com as conchas e com a história. Começo a ficar em dúvida se deveriam ou não ter demitido o Pedroca, o segundo... Esse sim, que amava o Brasil. Em vez de demiti-lo - a Domitila não teve nada a haver com isso mesmo sendo a amante-madrasta do pai - deveriam ter-lhe dado um primeiro-ministro. Entre os Andradas encontrariam um muito bom que daria certo. Nosso problema é que ainda não nos habituamos a lidar com a República. Maltratamo-la muito.  Arrecadar até exaurir é suicídio, genocídio, holocausto nacional. 

O brasileiro é acima de tudo um forte e não desiste nunca. 

® Rui Rodrigues.  





[1] Objetos redondos ou quadrados que servem para tapar –vedar – canos, recipientes de líquidos, tonéis de vinho ou cerveja,  ou até mesmo reservatórios de água para irrigação.
[2] “Noites de Cabíria”, um filme de Federico Felini, de 1957 sobre uma jovem que se prostitui. 

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Crônicas da Praia do Peró: O mundo e as conchas.


Montei um posto de observação da vida. Nela já fui desde “aprendiz” a “professor” e agora apenas a observo entre pinturas, fazer um móvel ou outro, cumprir compromissos inadiáveis e até dificilmente pagáveis, escrever, curtir a família quando é possível, cuidar de minhas galinhas que parecem falar, curtir a natureza. Afinal fiz por merecer. Dinheiro é o mínimo, mas pensando bem, como o usaria agora? Já conheço meio mundo, e pensar supre tudo. Em nossos pensamentos viaja-se ao passado, percorre-se o presente, desvenda-se alguma coisa da infinidade dos possíveis futuros, e até há tempo para qualquer coisa que se possa imaginar. Sou um grande domador de tempos, desde quando tive que programar as obras que eu mesmo iría gerenciar. Nunca falharam o prazo, nem a qualidade, e isto, dito assim, soa como prosápia, como gozação. Meus amigos sabem que é verdade. Criava-se motivação nas equipes, e que equipes que trabalharam comigo, ou das quais fiz parte, ou para as quais trabalhei... Mas não é o tema desta crônica que só foi crônica até este ponto. A partir deste parágrafo é outra coisa.

Percorremos a história universal, e o que vemos em termos de governos? Quem foram os “líderes” [1] que estiveram á frente de seus povos assumindo a responsabilidade de governar? Os melhores cientistas? Os mais filósofos? Os mais inteligentes? Os mais espertos? Os mais religiosos? Os mais artistas? Os melhores cantores? Podemos ler a história de qualquer país e veremos que se misturarmos todos estes ingredientes poderemos contar pelos dedos os que assumiram governos sendo filósofos, artistas, cantores, cientistas... Se é que houve algum. Vamos encontrar governantes entre os até inteligentes, mais entre os espertos, muitos religiosos, mas destes últimos só no passado e agora alguns poucos. No Vaticano há um que parece ser um bom sujeito; Muitos eram generais e ainda os há. O que podemos esperar deste mundo se são sempre estes que nos governam? Não podemos esperar muita coisa enquanto o permitirmos. A tal "Pátria Educadora" de hoje, é o Livro vermelho de Mao de ontem. Aliás, já foi até abolido. Sobram cópias em sebos da China. Mas a que propósito vem isto?


Vem da finalidade de nossa “luta” diária para tentar impor ou convencer quem nos cerca que nossa linha de pensamento é a “melhor”, porque achamos que “pensamos” muito bem e que devemos ter crédito entre aqueles com os quais convivemos. Aliás, foi por aí que comecei, lá em cima, quando disse que uma das atividades de minha preferência é a de pensar. Tive uma gata, a saudosa Sarkye, um cachorro que morreu de câncer, o Oréba, e algumas árvores. Nenhum deles precisa convencer ninguém de nada, viveram e vivem bem, o mundo para eles é um paraíso e nem lhes perguntem pelo inferno. Simplesmente não existe nada disso para eles. Simplesmente vivem. Bicam-se por comida, mas dormem juntos para se aquecerem. Árvores nem disso precisam. Mas então que trabalho é esse nosso de tentar convencer os outros de que nossos pensamentos são os melhores? A resposta pode estar num passeio á praia na maré baixa. Hoje voltei lá porque há dois dias tinha apanhado três grandes conchas vivas, para comer, dessas enterradas na areia e que mal cabem na mão (minha mão não é pequena). Como-as com arroz como se fosse um arroz de frango, mas com temperos adequados aos frutos do mar, ou cruas depois de limpas (estão sempre limpas. Basta tirar-lhes o bisso [2]). A melhor forma, porém, é numa panela alta colocar as conchas limpas com manteiga e alho cortado, um pouco de sal, sem água, e dar-lhes uma leve cozedura para não ficarem duras. Na medida em que for cozinhando (uns cinco minutos) deve sacudir-se a panela para que o molho envolva as conchas. Naturalmente elas se abrem durante o cozimento. Pode colocar ervas a seu gosto. Assim ao natural, na manteiga, parecem-me mais saborosas. Junto-lhes umas gotas de limão.

Hoje não encontrei nenhuma concha em meu pequeno passeio. Perguntei-me porque razão e comecei de cabeça a fazer as contas. Imagine-se que todo o dia fosse á praia e trouxe-se de lá três conchas, percorrendo cerca de 700 metros, numa faixa de areia na maré vazante, de cerca de 30 metros (que é a faixa viável para encontrá-las sem ter que mergulhar. São 21.000 metros quadrados e não conheço a faixa de habitat delas que pode até entrar mar adentro). Ao final de um mês, eu teria retirado 90 conchas daquele tamanho. Elas levam de seis a dez anos para crescer tanto. Nota-se pela cor dos anéis que as formam, de diversas colorações, muito provavelmente em função da quantidade de alimentos disponíveis e de sua composição. Feitas as contas com mais calma, já em casa, conclui que apenas eu, coletando 90 conchas por metro quadrado por mês, poderia acabar com a espécie em meia dúzia de anos. Não acabaria, porque sempre sobrariam alguns ovos e de tão pequenas nem as perceberia. Continuariam procriando, mas durante seis a dez anos não se encontraria nenhuma daquele tamanho.


Então agora já me pareceu que estaria a ponto de saber porque razão, ou razões, sempre desejamos que as demais pessoas com as quais nos relacionamos pensem de forma parecida á nossa. É uma questão de sobrevivência. Assim no “tu para tu”, caro leitor, se pensares como eu e comigo te identificares posso pedir-te um favor, ordenar-te que faças algo, e vice-versa, mas como há sutis diferenças na nossa forma de pensar, logo um estará “mandando” e o outro se enchendo de ser mandado por não entender que haja “compensação”. Assim como a praia e suas disponibilidades estabelecem e determinam quantas conchas podem existir por metro quadrado sem disputarem   alimento [3] assim também entre nós, neste planeta cheio de quilômetros quadrados se estabelece quantos de nós podemos existir sem ser “lado a lado”, disputando cargos, mercados, comida, espaço, dinheiro. Dizem alguns comunistas que dinheiro não é necessário. Certo. Que não seja então, mas mesmo sem a existência do dinheiro as disputas continuam por um favor a mais ou a menos, um cargo no governo, uma fatia de mercado negro, seja o que for.

Não há sensíveis diferenças entra a esquerda do PT e a do PMDB ou PSDB.

Lá em casa, durante a minha fase de aprendizado, antes de me soltar para o mundo, era costume dizerem-me: “Quanto maior a nau, maior a tormenta”. É verdade. Nada deve ser tão pequeno que não permita o crescimento, nem tão grande que o sufoque. Nossa Terra, nosso planeta, é do tamanho certo. Nós é que crescemos muito, talvez porque em dado momento histórico, resolvemos ser mais cooperativos, mais democráticos, mais compreensivos, mais “idênticos”. Isso ainda é muito bom, mas os movimentos que se vêm pelo mundo nos mostram que há forças crescentes que visam a diminuição da população. O processo como um todo, pode ser atribuído a grupos, nações, intolerância, e uma porção de nomes que vão desde o mais calão e falta de bom-senso, até o mais impregnado de filosofia, mas para mim, que andei lendo algumas coisas por aí, fica-me a sensação de que são apenas efeitos da natureza. Não apenas da “natureza” de que somos feitos, mas da natureza como um todo. A natureza é sempre equilibrada. Nós, Homo Sapiens, somos o fator de desequilíbrio da natureza. Puxamos para um lado e ela para o outro. Por falta de predadores nos depredamos.


Precisamos nos sintonizar de forma racional antes que o inconsciente coletivo nos faça destruir-nos uns aos outros para restabelecer o equilíbrio. É o emocional que nos faz produzir lindas obras e depois destruí-las, sempre por amor. Temos fartos históricos disso que não acontecem aleatoriamente, mas quando as “necessidades” da natureza se fazem imperar. Podemos até nos perguntar qual a razão de em Academias de Letras os Acadêmicos usarem um fardão com bainha, espada e talabarte, se a Academia é de letras e não de artes marciais.  

® Rui Rodrigues  





[1] Não gosto desta palavra "líder"... Na maioria das vezes é bajulação para conseguir alguma coisa com eles, ou para não destoar do meio em que se circula pela vida tentando sobreviver ou viver melhor.
[2] Filamentos que nas conchas bivalves servem para fixação nas rochas, parecendo uma raiz. Estas conchas da areia, no entanto, também possuem bisso. É possível que estejam em processo de evolução: Ou abandonaram seu habitat em rochas, ou recentemente criaram bisso para se adaptarem ás rochas. Darwin me negaria, ao não aceitar a “intenção de” no processo evolucionário. Eu acredito na memória e inteligência genéticas. Não sei  o que pensaria Jay Gould.
[3] Nunca vi uma concha brigar com a outra por causa de alimento. Elas “sabem” quantas cabem por metro quadrado, ou como parece comprovado, os predadores controlam a “criação” de conchas. Muitas conchas, muitos predadores, Muitos predadores menos conchas, menos conchas, menos predadores,