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quarta-feira, 8 de junho de 2016

Mórbidos Nojentus, mas Elucidatis.


(O Google diz que “Mórbido, Nojento mas é elucidativo” se escreve assim em latim: “Morbidus, foeda est, sed non docet”. Vou pensar se acredito ou não) e consultar minha amiga Manuela que é italiana e mora em Milão).



Um cais é sempre um lugar de chegadas e de partidas. Gera saudades. Ou de pessoas, ou de lugares, ou de diversão com pessoas em certos lugares. Um cais é sempre um lugar de comércio.

J.N. sentou-se à beira de um cais para sentir o calor do sol. Era um dia nublado e mergulhou em suas próprias lembranças enquanto a água do mar marulhava cadenciada e suave. As ondas do mar lembram sempre o útero materno quando mergulhados em líquido amniótico passeávamos com nossas mães pelas ruas da cidade a cada passo que ela dava.Perguntou-se porque lhe acontecia essa nostalgia de pensar sobre o passado… Era raro, mas acontecia. Então, como sempre, perguntou-se o que desejava naquele momento. Talvez uma transa, mas com quem? Transar não é uma coisa que se tenha no armário ou na geladeira à disposição pra quando se queira. Transa é mais pro lado da agricultura: Tem que plantar a vontade numa mulher, agradar-lhe, e depois transar sempre que ela tiver vontade. Se ela não estiver com vontade… Bem aí… Há quem use música em plantação para as plantinhas crescerem, mas mulheres preferem palavrinhas gostosas sussurradas nos ouvidos e muitos elogios. Mas se assim mesmo não funcionar, a vontade de transar não lhes aparecer, não se desespere. Se sair por aí atrás de outras mulheres, vai perder o mesmo tempo ou mais, e se arrisca a perder aquela outra que já estava treinada em você. E regra muito importante: Se você for marido e quer manter sua mulher, seja banana. Elas adoram marido banana, mas se for amante, seja machão. Elas adoram amantes machões.

O tempo não deveria parar. A vida tinha que continuar sempre. Ficar ali parado no cais, pensando no passado era uma perda lamentável de tempo. Aliás, aquilo nem era um cais de embarque de passageiros. Era um canal aberto para o mar, natural, que servia para barcos pesqueiros. Um dia chegou a ser boulevard para mulheres da vida.

Levantou-se do banco de madeira e orientou seus passos para a saída daquela zona. Quando um dia passara por ali, havia muito tempo atrás, e perguntara onde encontrar lugares “sociais” para conhecer pessoas, indicaram-lhe clubes, cinemas, teatros, praças… Porém, para seu neto, agora há poucos dias, tinham informado lugares de funk, de balada… Muita coisa tinha mudado na cidade. Não apenas naquela cidade. O mundo era outro, e como sabia muito bem, um mundo como o nosso não se pode parar. Nunca se pôde parar, desviar para outros rumos… A mocidade é que o empurra. Não enquanto ainda é mocidade, mas quando amadurece e sente que chegou sua vez de mudar o mundo. Então alguns percebem que remaram para o lado errado, outros que estão no lado certo, muitos nem percebem que existe lado para escolher, e outros nem sabem onde estão. De certa forma, e em sua maioria, felizes. Basta perguntar, que quase ninguém diz ser infeliz. Mas se mentem ou não, apenas eles podem dizer, e mesmo assim se perguntados de forma confidencial e segura…

Quando J.N. “aterrizou” de seus devaneios, tinha atravessado, absolutamente sem se dar conta umas três ruas e uma avenida. Nem se lembrava de as ter cruzado. Poderia até ter morrido e estar vivendo agora uma nova vida, quem sabe, num universo paralelo. Mas não. Isso não poderia ser. Continuava vendo as mesmas pessoas, e quem morria mesmo, de forma irreversível, não se via mais. Segundo o Lavoisier, quem morre se transforma em extrato, subtrato, e geralmente fede muito. Se queimado até os ossos, sobram cinzas. Um desperdicio de carne que poderia alimentar peixes, leões e outros carnívoros em extinção.
Imagine-se num testamento: “… E que meus restos mortais depois de lavados e sem qualquer perfume, sejam jogados às feras na reserva de N`Gorongoro, sem tempero... Isso sim, seria a maior demonstração de desprendimento material, porque se a matéria realmente não importa, o que vale mesmo é a alma, o espírito, e então… Podia até fazer-se ração para peixes, com rótulo indicativo de calorias, causa mortis, nome do “fornecedor”, do empacotador, distribuidor, etc, e que tipo de dieta usava em vida: Mediterrânica, vegana, carnívora, onívora, insetívora – agora muito em moda- vegetariana…. Os peixes prefeririam certamente os frequentadores de restaurantes japoneses.



Carpe Diem, aproveitem enquanto o bicho tá de pé, Enquanto a moqueca tá quente, a panela precisa de tampa pra conter o vapor do vulcão, e não fale mal do alemão, o tal de Alzheimer… Quanto mais se treme numa hora dessas melhor… A vida é cheia de boas surpresas e nada é ruim de todo, porque para alguma coisa serve. Tente descobrir quando precisar transformar algo ruim em algo melhor.

® Rui Rodrigues


Rui Rodrigues “é eu”, formado pela UFF, mas isso não importa porque me aposentei, e escrevo desvinculado do que aprendi por não se aplicar a literatura.   

terça-feira, 7 de junho de 2016

Sobre os Empregos e como neles se trabalha.


Arquivo 1001- Gerenciando a felicidade.

Você chega em casa e diz para sua mulher, bracos abertos, um sorriso nos lábios, os dentes todos reluzindo, com a melhor e mais confiante voz:

- Querida(o)… Acabaram nossos problemas financeiros!… Hoje fui promovido(a)a chefe do Setor…

Bacana, né?

Claro que é sempre bom uma promoção, mas você tem que saber se tem ou não as qualificações para ocupar o cargo oferecido. Porque lhe teriam oferecido o cargo? Porque você tem mais conhecimento, capacidades em geral, do que quem o ocupava antes, por simpatia, ou porque você é cordato com os chefes, os atende em seus quase mínimos desejos? Porque se você não estiver preparado para o cargo, pode estar em maus lençóis numa promoção. Isso não acontece de repente. Vai acontecendo aos poucos. Pode começar por um pedido para que assine um documento, ou propondo-lhe que tome uma ação. Os primeiros pedidos, caso não os entenda, podem ser benéficos para a empresa, para seu chefe, para você e sua equipe, mas um dia, de outras ações futuras pode vir uma fatura apenas para você: Assinou um ou mais documentos que deram prejuizos no caixa e/ou na credibilidade da Empresa… Por vezes basta uma vez só, um deslize só, para muitos ficarem ricos e você sem emprego…

Não seja tão vaidoso nem tão ambicioso a ponto de ficar cego! Não se julgue "importante"... 

Um dia chamam você para uma comunhão em maracutaias, para não perder o emprego você diz que sim, mas com vice não dividem nada... Pedem apenas que "assine"... Assim como Dilma Rousseff que pelos vistos não se conteve apenas em "assinar" para o bem da Partilha... 

Não se pode permitir que bandidos com faixa ou sem faixa, eleitos ou substitutos,tenham privilégios de roubar e seguir "felizes" na vida sem castigo exemplar e devolução dos "rombos".

® Rui Rodrigues

(De experiência internacional - e nacional - em empresas de gerenciamento de constru
ção)

A Nau do urso



(Antes de iniciar esta crônica, ou o que quer que seja que vocês, queridos leitores, entendam que estas linhas sejam – pode ser uma historieta do tipo da Nau Catarineta, ou um besteirol qualquer – deixem-me avisar-lhes que por aqui (no Bar do Chopp Grátis) passam umas pessoas “diferentes” que nos contam umas fábulas “do arco da velha”. O que importa é o “paladar”… Se gostarem, voltem sempre!)



Não havia engano. Aquele barulho constante não era apenas do vento. A chuva tinha chegado também. Haveria água suficiente para mais uma semana a julgar pela intensidade dos pingos caindo sobre o convés. Quem alertou o comandante foi o “Urso”, um cachorro malvado, preto, sorridente, bonachão, bem-mandado, mas que quando resolve brincar pula no peito de qualquer um, incluindo o do comandante. Por isso e somente por isso Urso era um cachorro malvado. Mas compensava de muitos modos. Por exemplo, ele sempre avisava quando chovia. Corria de um lado para o outro do convés chapinhando na água, e nessas ocasiões os marujos já sabiam o que fazer, e colocavam barricas vazias sob as enormes velas para recolherem a água da chuva. Urso tinha apenas um ano de idade, mas era inteligente e competente. Descendia de uma “labrador” e de pai desconhecido. Sua vida Urso a leva entre vários aspectos:
1- Delirante, despreocupado e alegre como cachorro da “muy nobre Vila do Peró”, muito a norte do Reino de Nichteroy. Uma vila onde todos são seus amigos, como responsável pela alegria e bem estar de seu mais recente amigo Rui, o comandante de alguma coisa importante que ele urso não tem idéia do que seja, mas que parece que tem que obedecer, senão ele o comandante, vocifera coisas como “- Seu cachorro malvado...Não pula no meu peito senão vou te quebrar ossinho por ossinho com uma marreta!!!” E seu amigo diz isso com uma bengala preta que ele mesmo fez, com a cabeça de um cavalo com olhos brancos enormes, crina e dentes dentuços e tudo, no empunhamento. Se o comandante tinha feito isso com um cavalo, reduzindo-lhe a cabeça ao tamanho de um ovo de codorna, Urso imaginava o que poderia o comandante fazer com uma cabeça do tamanho da dele, um simples cachorro...

2- Preocupado, delirante e alegre, quando o comandante, (nem sabia de que seria ele comandante) a quem chamavam de Rui, ia ao posto médico, ao supermercado, à peixaria. Montava guarda, sentado ou em pé, gania inconformado com a ausência do amigo, e impaciente “proferia” frases ininteligíveis. Depois deitava-se com a cabeça sobre uma das patas, o olhar daquele jeito, de gente meio intrigada, pidona e observadora, resultando numa tristeza de derreter coração de capitão do mato.

3- Livre, leve e solto, quando participa de aventuras com seu amigo Rui, numa nau imaginária cheia de aventuras, onde ele pode fazer qualquer coisa. Os dois podem. As aventuras permitem tudo. Sonhar é o limite.

Afora estas três atitudes, Urso se sente tão deprimido que senta de preferência em frente à janela ou porta do amigo e fica ali parado, deitado, esperando um ruído revelador que lhe indique que “vão sair”. Seu amigo vai sair e Urso vai junto. Ou isso ou uns restos gostosos de comida. Mas estava chovendo na nau, (lembram-se?) e chovia também agora na rua quando saíram para o posto médico e isso não era coincidência. Eram seis e meia da manhã. Para que se precisa de um cachorro destes numa nau capitânia como essa do Peró? Porque quando os piratas invadem naus assim pela calada da noite, os cachorros latem, ladram e depois os mordem. E quando os piratas se aventuram durante o dia, o melhor são três cachorros. Dois ficam quase de frente para o pirata, um mais para a direita e outro mais para a esquerda, obrigando-o a se preocupar com os seus flancos. O terceiro cachorro ora fica na frente ora atrás do pirata. Numa dessas, morde o bandido por detrás, nas pernas. Urso, pelo contrário, quando sai gosta de mostrar a força que tem. Na voz! Onde sente que tem cachorro, ladra forte como um trovão, não se importando se recebe em troca algumas “ladragens” com voz ainda mais tonitroante. Ele sabe que os outros cachorros estão presos, mas quer impressionar seu novo amigo homem. Os da rua são sempre mais tranquilos, e quando vê outros tão ou mais fortes que ele, dá-lhes uma cheirada e passa adiante. O Urso não é trouxa!



Encontramos um sujeito a meia nau, que tinha apanhado Chikungunya… Disse que durante mais de 30 dias o corpo lhe doeu de nem poder andar ou sair da cama. Ele gosta de frequentar os bailes de salão e deve ter uns 70 anos. O pai dele tem mais de 90. urso ficou muito impressionado quando o amigo dele disse “ Que bom que com essa idade você ainda tem pai”, e o bailarino respondeu… - “Que bom?! Quê que é isso… Ele nunca foi um pai que me tivesse dado algo assim de importante, ou feito algo por mim… Só que agora tenho que cuidar dele. Com mais de 90 anos, já estava na hora de Deus o chamar...”. urso e o amigo ficaram sem saber se o bailarino tinha filhos e se fez alguma coisa por eles ou lhes deu algo de importante. Melhor que tenha dado e feito.

Depois de longa espera até às 08:30 da manhã, o amigo de Urso não conseguiu marcar médico no SUS, embora a pressão já se tivesse normalizado e a urgência não parecesse tão urgente. A nau do Peró sente muito a queda da economia. Todo mundo sente, e o pessoal do posto é muito simpático. Não pode acontecer o que aconteceu no Jardim Esperança: O pessoal invadiu e quebrou o posto.



® Rui Rodrigues 

sexta-feira, 3 de junho de 2016

A pieguice dos idosos com a natureza e a natureza que nos faz idosos.


(Há histórias que não são nossas,nem de nossos empregados do Bar do Chopp Grátis, mas que poderiam ser. Por questões de identificação de sentimentos. Se algum cliente reclamar autoria, retiramos o texto.) 




Meu pai não era piegas. Nem eu sou, mas na época pensei que ele fosse. Foi quando começou a escrever uns versos sobre a vida na Terra, a ver programas de TV com paisagens, enfim, a dar mais importância ao mundo que o rodeava e do qual se escondera desde 1918 para cumprir seu programa de vida: Trabalhar duro para ter o suficiente para o que “desse e viesse”… E pela primeira vez na vida tirou fèrias. Isso foi apenas em 1970. Nessa oportunidade, no dia do jogo Brasil x Itália, em partida pela Copa do mundo, vi o avião em que ia levantar voo do aeroporto do Galeão onde eu supervisionava uma obra para o Jorge Anacoreta, meu professor de Resistência dos Materiais na UFF. O Brasil foi campeão. Minha familia campeã, eu campeão. A partir daí meu pai não parou de tirar férias.

Depois de uma certa idade começamos a olhar com outros olhos para a natureza, de forma mais romântica, contemplativa. Outras vezes perdemos até a vontade de questionar alguma coisa dando a impressão de ignorantes ou “desligados”, parecendo não termos respostas, mas não. Não… A verdade é que temos muitas respostas, nenhuma certa com exatidão porque a vida nos vai mostrando como tudo pode mudar. As únicas coisas certas são as leis da ciência, as que se podem comprovar, mas poucas são de domínio público e menos ainda de fácil entendimento. Então os idosos se calam. Como avisar que aquele atalho escolhido tem muito mais chances de dar errado do que os outros dois caminhos? São muitos anos – e casos - de experiência para explicar em meia dúzia de curtos minutos por vezes sem predisposição a serem ouvidos.

Na juventude não queremos escutar muitas coisas porque achamos que podemos fazer muito melhor e que em breve o “mundo vai mudar”… Depois da juventude e a meio caminho da vida, ficamos imprensados entre as mudanças da juventude que melhor parece se adaptar – do que nós- a um mundo em mudança, e os avisos dos idosos mostrando que eles também pensavam que o mundo mudava, mudaria, mas nunca para onde pensavam que deveria… E na fase do encerramento da vida, abre-se uma janela para a paisagem, porque as outras não se entendem (ou abrem) muito bem. O que se vê? Natureza. O que se vê é a natureza, e o que mais nos chama a atenção. Pássaros, seres marinhos, rios, oceanos, cidades, artes,mamíferos, árvores, serras, desertos, pessoas, família, uma neta que tal como ave, se soltará na vida e percorrerá um dia o seu próprio caminho, talvez acompanhada, talvez sozinha, que nesta vida temos sempre que estar preparados para tudo. Tudo ou quase. Pelo menos no que pudermos.

A natureza. Como explicar que nela tenhamos vivido a vida inteira sem repararmos como ela realmente é... O que vemos normalmente são “coisas”, como fotos, umas com muito movimento parecendo filme, quando assistimos a uma corrida de cavalos pelo campo, ou com pouco movimento como uma janela aberta para um campo de arbustos e árvores com o mar ao fundo, ouvindo pássaros cantando, as folhas adejarem pela brisa, as nuvens esgueirando-se e mudando de forma muito devagar para não nos tirarem a atenção da paisagem.






Hoje tirei do “sótão” meu cavalete. Também passei pela loja de materiais para pintura e comprei alguns vidros e pincéis. As telas ainda tinha: Três. Vou falar com minha filha para escolher um tema. As duas últimas telas que pintei, ela escolheu o tema e gostei. Meu afilhado partiu ontem para Milão, Itália. De mudança. Ele e a esposa. Desejo-lhe sucesso! Meu filho me disse que pensa em voltar para a Europa. Provavelmente Noruega ou Barcelona. Quando me convidou no passado para ir visitá-lo, não fui. Desta vez irei. Quem sabe, nem volto... Quando nos estragam o país, tudo nele perde o sentido, é outra “nação”. Mas o que mais dói, é que quem agora quer sair são gentes de todas as idades… Quando o Lula disse que tinha pago a dívida externa do Brasil e que 50 milhões tinham saído da pobreza, muitos voltaram do Exterior… Para constatarem que a dívida externa passara a ser interna e triplicara, decuplicara… E que os 50 milhões não eram 50 milhões e que não há dinheiro para manter fora da pobreza os 40 milhões que voltaram para ela… Aliás… Só de desempregados agora temos 12 milhões...



Como se podem evitar compras de votos e fraudes nas urnas? E sobretudo, como se pode dizer a um partido Politico: Não queremos esse candidato? Não se pode “inventar” um meio simples, internáutico, de evitar que nos empurrem sempre aquela “gentalha profissional” do costume?
Depois da “Copa das Copas”, vamos ter a “Odisseia das Olimpíadas”, vaiando sempre… Ir para as ruas e vaiar é tudo o que nos resta? Não parece ser lá grande coisa para uma “democracia”...
O novo governo tem gente que não deveria estar lá. Não estão ouvindo as ruas…


® Rui Rodrigues

quarta-feira, 1 de junho de 2016

O Cadillac… Um cavalo!





Um cavalo simpático, tranquilo, quarto de milha ou manga larga, que não conheço muito de cavalos, embora tenha andado muito pelas bandas do Rio Grande do Sul e de Minas Gerais, Terras de Maragatos e Farroupilhas, de confidentes e de outras correrias históricas, cada uns a seu tempo, que a cavalo dado não se olha o dente, e nunca encilhei nenhum, nem mesmo as mulas que em dia de visita familiar subiam a serra do Marão – no Norte de Portugal-desde Fornelos até Paradela, terra de minha avó paterna Pinto Nogueira onde tinha casa abastada. Com 4 anos de idade jamais me permitiriam encilhar mulas. Mas foi com mulas subindo a Serra que tive meus primeiros contatos com equinos. O que mais me impressionou foi aquele tipo de olhar “meio perdido” que parece estar olhando para todos os lados e para nenhum em particular, que me chamou mais a atenção, principalmente quando escorregavam em pedras soltas na apertadíssima e íngreme trilha, a paisagem já pequena, lá em baixo, as casas de Fornelos como se fossem de presépio. Àquela altitude, Fornelos não tinha som. Era como uma paisagem de televisão com o som desligado. Mas nem televisão ainda existia no mundo por aquele ano de 1949, para que se veja o quanto evoluimos desde então. E é aqui que me voltei a lembrar do pobre Cadillac que passou a noite em sua nobre funcão de cortador de grama em frente à minha janela. Sua dona sempre quis ter um cavalo. Ganhou o Cadillac, com pedigree, com menos de um ano de vida. Poderia ter sido um corredor, ter procriado, mas não… Cadillac foi encarregado de comer toda a grama de um terreno de oito mil metros quadrados como parte de sua dieta completada com ração. Nunca transou na vida, nunca puxou carroça e de frutas apenas come cascas. Atualmente tem como que uma verruga no abdómen esperando a chegada de um veterinário. Tanto quanto sei, Cadillac deve ter uns nove anos de vida. Progredimos muito. Já temos televisão, mas os cavalos já não transam livremente. Precisam de permissão particular de seus cuidadores, zeladores… Cadillac, através de seus olhos castanhos enormes, transparentes e lúcidos desabafou:

- Cara… (Disse-me com certa tristeza no olhar, uma lágrima escorregando-lhe pelo canto do olho onde já se formava um rio)- Cara… Se me dessem banho e me escovassem, trocaria um ano de lavagem por uma boa trepada… Deve ser muito bom… Também gostaria de poder correr, mas não tenho espaço nem companheiros para desafiar na corrida. Me solta, vai….

Mas ele, meu amigo Cadillac, nem imagina o mundo que existe lá fora, para lá dos muros da propriedade. E indeciso entre fazer-lhe a vontade e deixá-lo preservado de um mundo ainda pior, vou conversando com ele, apenas através dos olhares, cada um se vendo nos olhos do outro. Progredimos muito. Nós, humanos, aprendemos a falar para os cavalos, damos-lhes nomes, mas não queremos saber o que pensam, e por isso, o eventual “chip” de tradução que poderia ser implantado permitindo troca de informações, talvez venha a ser uma das últimas coisas a serem feitas por esta civilização fantástica que ainda não aprendeu o que é mais importante.

Quem disse “Meu reino por um cavalo” foi um rei, perdeu a batalha e já morreu. A importância dos cavalos mudou muito, talvez tanto quanto a dos reis. O cadáver do rei foi encontrado quando se fizeram escavações perto de uma estação de Metrô em Londres. Como tal rei era um déspota, a oposição se movimentou para exigir a aprovação da Magna Carta Inglesa, vigente até hoje… Qualquer semelhança com regimes sul-americanos déspotas também, por compra da moral e da ética de deputados, senadores, juízes e vereadores, é valida na história de nosso Brasil…

Pátria Educadora não passou de uma patranha para eternizar um regime, um partido, uma idéia de jericos para estabelecer "referenciais" de acordo com essas jericagens desgastadas da história. O muro era em Berlim e caiu faz muitos anos!




® Rui Rodrigues

Crônicas de Istojabasta- CF

1001, uma Odisséia na Estrada.

(Istojabasta fica no primeiro distrito do Reino Lagunar de Nichteroy, exatamente onde o Cabo é Frio, um pouco antes do terreiro onde se jogam Búzios, na estrada a caminho do território do Espírito Santoro. Um Reino de Faz de Conta)


Aqui você chega – também - em ônibus da 1001. Se for idoso, com direito a passagem grátis, os moços e moças da companhia de transportes de carne humana colocam à sua disposição ônibus sem ar condicionado nem cadeiras estofadíssimas em horários selecionados de acordo com a disponibilidade da 1001, que vê nesse serviço uma “condescendência” de sua empresa aos idosos servos do reino, e não uma obrigação republicana. Para esta companhia de transporte de carne humana a granel,a 1001, cidadãos com mais de 65 anos não falam, não reclamam, são isso mesmo: Carne humana rodo-transportável, porque devem ter alguém em algum lugar que lhes garanta o pensar e o agir. A maioria dos aposentados realmente se cala, como minha amiga Carmem de Boticabal Y Arzinares, para não se meterem em “confusões”, não vão ser depois perseguidos por perfeitos, imperfeitos, Califas e Burgomestres, ou por asseclas. Três famílias têm dividido ultimamente o reinado. Governam como se fossem os donos escrachados do poder. “Libertas Quæ Sera Tamem” um dia chegará ao Reino onde não se dá nada, não se economiza nada, onde unidades de Saúde são fechadas, a insegurança ganha da segurança, não se paga a professores, o lixo fede pelas esquinas, o turismo some dia a dia, cidades cheias de anúncios de “vende-se”, “passa-se ponto”. O “Inferno de Dante” veio de férias e chegou nas praias chupando sorvete de manga, assim como o cão das histórias de Suassunga.




Pega Gigamal - Num tá vivo, tá  morto!


Os anúncios, a propaganda mostram sempre gente de dentes brilhantemente brancos, sorridentes, caras de felizes, e as palavras usadas parecem de marqueteiros de partidos políticos vencedores ou de grandes empresas de moda. Está na moda o 4G, e ainda se pensa que neste país todo mundo quer ser “branquelo”. Recém chegado ao Reino do Paraíso onde se extraía pré-sal em busca de petróleo, procurei uma empresa de “Modems”, daquelas que fazem parte do Cartel das Comunicações, onde todas as empresas podem ser ruins sem temor de temer a lei que as protege. No dia 30 de maio de 2016 comprei um Modem 4G da Vivo, levei-o para casa, e esperei até a tarde do dia 31 para ouvi-lo cantar. Necas!… O efeito foi o mesmo que colocar uma banana numa gaiola de passarinho e esperar que ela cantasse… Então fui na Vivo e escutei a estarrecedora verdade escondida, vinda da mesa do lado onde uma madame-senhora, daquelas que herdaram as riquezas do falecido e trabalhador marido, reclamava também, mas por outros mootivos. Dizia ela que o seu plano era de duzentos e poucos reais e a conta veio com quatrocentos e cinquenta e queria saber das razões do excesso se o 4G dela nunca funcionava direito. A moça da Vivo respondeu que “onde” a vivo tem cobertura 4G funciona plenamente, mas que em Cabo Frio, o reino onde também reina a Mil e uma Viagens para o Reino das Mil e uma Noites, nem todas as áreas têm cobertura. Estava aí a explicação que não me tinham dado, e por isso pedi o “distrato” do contrato. Foi dificil. Quiseram até argumentar que quando a Vivo não tem 4G funciona com 3G, ao que eu respondi que meu contrato, agora em distrato, não era para 3G e sim para 4G, mas é assim que “se nos enganamos”… O “funcionário” (idiota) que hoje nos engana no balcão de uma companhia, é o cidadão que é enganado em outra companhia de vendas quando se “desuniformiza” e vai comprar outro produto.

Estas coisas pegam muito Gigamal, mas O povo tem que aprender a não trocar voto por meia duzia de reais, e aprender a dizer aos partidos politicos: Não, senhores, esse candidato que nos estão empurrando, nós não queremos”…

® Rui Rodrigues

domingo, 29 de maio de 2016

O meu amigo Urso.

Não entendo uma porção de coisas deste mundo. Para terem uma idéia do que desconheço, teria que fazer uma lista enorme, praticamente sem fim. Uma lista consideravelmente bem menor poderia mostrar-lhes o que consegui conhecer dele, em cerca de 71 anos de vida, mas também seria maçante. Então, nem por vergonha de minha falta de conhecimento, nem por vaidade do que conheço, lhes mostrarei as duas listas, mas para que vejam a diferença, falar-lhes-ei do meu mais recente amigo, o Urso, principalmente para lhes mostrar algumas vantagens de nos conhecermos e nos darmos a conhecer uns aos outros sem nos preocuparmos em saber se sabemos muito ou pouco do mundo que nos rodeia.

O Urso nunca tinha visto na minha vida, exceto duas vezes em que visitei uma amiga no Peró, em Cabo Frio, e digo que “nunca” o tinha visto porque realmente nunca lhe prestara atenção. Para mim, Urso não existia. Foi quando o vi pela terceira vez que nós dois nos prestamos atenção mútua. Talvez porque adoeci, e quem sabe, os sentimentos vieram à tona, exsudaram da própria pele, e acionaram os cinco sentidos. Urso tem tantos sentidos quanto eu, e quando sangramos temos o sangue vermelho. De vez em quando cuspimos quando falamos e somos meio peludos, ele bem mais que eu. Na verdade Urso é completamente peludo, preto, e tem uns olhos caramelados, que, se eu os tivesse assim, teria todas as mulheres do mundo me rodeando… Ah… O nosso primeiro encontro “consciente”, aquele em que realmente nos demos a conhecer, foi no dia 03 de maio de 2016. Ele quis pular no meu peito, eu não deixei, dei-lhe dois berros, ele insistiu, então pus a minha mão sobre a cabeça dele e não o deixei levantar a cabeça. E disse-lhe: Quieto... Senta! Quando sentou e ficou quieto, dei-lhe um afago. Foi mais ou menos assim que ele aprendeu. Agora senta, me dá a pata, fica sentado no posto médico ou na porta do supermercado até que eu saia, me acompanha até o ponto do ônibus… As pessoas nos olham no meio da rua e nos acham simpáticos. Somos uma boa dupla.

De onde veio esse companheirismo?
Não sei…

Sei que os cães descendem de lobos que optaram por dividir presas com os humanos, protegendo-os em troca. Depois os humanos selecionaram esses animais de forma a prepará-los para tarefas específicas. Isso ao longo de milhares, milhões de anos, produziu o meu amigo Urso, com uma carga genética altamente especializada. Urso gostou de mim, e eu gostei dele. Possivelmente houve uma troca de feromonas que ambos identificamos. Talvez olhares trocados tenham feito transparecer confiança mútua. Talvez os afagos, ou quem sabe uns restos de comida para além da ração…

Ficamos amigos!… Somos amigos!

Mas não tenho a mínima idéia de qual gatilho foi disparado o primeiro sentimento de aproximação, se de minha parte ou do meu amigo Urso, sempre sorridente comigo, exceto quando fica ganindo, triste, porque não pode estar junto a mim...


® Rui Rodrigues   

sábado, 28 de maio de 2016

Três pensamentos de 3 dias- Rescaldos do PT...


O PT incendiou o Brasil, corrompeu-se (ou nasceu corrupto) e ardeu em pira politica por descuido de seu próprio corpo, seu próprio instituto, seu próprio governo. Esqueceram-se da democracia. Acharam que Democracia pode ser imposta ao melhor estilo Fidel Castro, de Mao Tse Tung, ou Stálin, através de uma Pátria Educadora liderada por párias... O PT ardeu e virou cinzas que ninguém quer guardar para a posteridade.

1- Não é ódio...



Os corruptos do governo, da Câmara e do Senado, dos governos estaduais, municipais, e até vereadores corruptos.... O que pensarão? Que ninguém vai descobrir as suas falcatruas, ou esperam para ver se não passaram na malha fina?

Idiotas...

Deles não sobrará pedra sobre pedra, de peão a juiz, de segurança a presidente, de porta-voz a governador, de cafetão a boi de piranha...

Podem gritar...

Gritos não dão razão... Apenas desesperam os angustiados, incentivam os lobos a atacar suas presas... Os antigos lobos, que perseguiam suas presas, hoje são as migalhas que caem da mesa dos "poderosos" que até formigas comem...

Deliciem-se... Porque não se trata de ódio... A justiça sempre agrada aos carentes de justiça...


2- O PT queria um golpe militar...



Eu também cheguei a querer um "golpito" porque vi as coisas mal paradas: A ditadura do PT via compra da moral e da ética dos deputados e senadores, e com um "juizado de menores" (STF e STE) nomeados por petistas e safadistas... Mas "ósdepois" comecei a catrapiscar que as instituições das duas uma: Ou eram realmente mais moralistas e éticas do que eu pensava, ou precisavam de uma economia mais forte que lhes repusesse o dinheiro que já era pouco e se perdia pelo rato (ou seria pelo ralo, raloduto ou ratoduto)... Mas não importa... O que importa é que não foi desta vez que perdemos nossa identidade de Brasil. Continuamos como nação independente, republicana e democrática de verdade.Aquela coisa imatura, cocaleira, beiçola e de ilhéus sem farol (agora voltaram a ter faróis) , morreu nas lambanças....

3- Que tipo de políticos esperamos no futuro mais próximo?

Depois de 1917, lá em Moscou, e por aqui no mundo ocidental, quem tem curso superior raramente se candidata a presidente da Republica...Mas aqui, no sul da America do Sul, alguns oportunistas do povo passaram a achar que poderiam fazer qualquer coisa sem conhecimentos específicos... Hitler, por exemplo, e seus generais, pouca diferença faziam entre o povo alemão e o judeu: Para eles, eram todos "porcos"... Matando judeus, exorcizavam seus próprios demônios defeituosos. (Freud poderia explicar, mas morreu)... Liberdade, Igualdade, Fraternidade, foi pura beleza politica para ser difundida... A esperança de um Cristo Redentor Ressuscitado...Viver sem capital, outra beleza pura politica, em que participar do partido lhe pode dar sustento e poder... 

Aqui, pelo sul da América do Sul, o povo ainda vota como quem vai a templos e paga dízimos... Que ilusões se podem vender para uma nova era politica?

Rui Rodrigues

segunda-feira, 16 de maio de 2016

Uma moto de 45, Free Marlboro e sexo nos pulmões.




Uma vida se faz de sonhos, não de realidades, pois que quando a realidade é por demais boa, sempre a equivalemos a sonhos, e quando as realidades são ruins, dizemos tratarem-se de pesadelos. O comum e corriqueiro cai-nos no esquecimento.

A moto era esverdeada, assentos de couro marrons, os niqueis brilhantes, uma Harley-Davidson modelo de 1945, o maço de cigarros, de Marlboro, era grátis. Nem a moto nem a mulher com cara de intelectual na garupa eram minhas. Nem o isqueiro “ronson”. Nada era meu naquele sonho exceto as “sensações” adotadas de outras passadas, daquelas que se transformaram em sonhos por pertencerem a boas realidades. Nem sequer fumo atualmente. Também nunca dirigi moto. A vida, a minha, sempre foi mais importante que uma demonstração de desprendimento idiota montado numa moto. Mulher decorei. Não existem duas iguais nem parecidas. 





Acendi um cigarro. A mulher a meu lado mostrou-me dois dedos juntos, e dei-lhe um aceso. Tinha um olhar fatal de Marlene Dietriech. As fumaças se juntaram no ar. Não fumo desde que fui parar no hospital por falta de respiração, seis dias atrás. 


Em pouco menos de três dias fiquei com 10% de minha capacidade pulmonar, com febre, tendo delírios com motos, mulheres, tabaco e sexo. 
Entre realidade e sonho, tive a nítida impressão que antigamente as enfermeiras eram muito mais sensuais, até mesmo quando se vestiam de freirinhas. Sem poder respirar, a moto parou de funcionar, a mulher da moto ficou fumando, eu joguei a guimba fora, o filme parou de rodar. Fiquei assim por três dias, os pulmões cheios de sexo, a cabeça febril... Marlene Dietrich todos os dias deveria enjoar. Poderia misturar com Greta Garbo, Ingrid Bergman, Marilyn Monroe, de vez em quando ou com algumas mulheres que passaram em minha vida, daquelas que não possuí. 

Fiquei sabendo de noticias da politica. O novo governo não tem nenhum politico do PT. Excelente noticia. Aquele partido quebra qualquer nação. Querem e não sabem como conseguir, fazem e não medem consequências, pensando que depois consertam. 

De vez em quando é bom ficar "adoentado", mas em minha vida isso aconteceu muito poucas vezes. Nunca perdi trabalho ou aulas na universidade ou escola por estar doente. A ultima vez que fui ao médico eu era 16 anos mais jovem e assim mesmo foi para fazer exames de rotina. Quem nunca estudou história da França ou história da Europa,vai perder tempo e dinheiro indo a Paris. A unica coisa que vai entender é que por alguns dias ou horas estará percorrendo uma "vila cenográfica" chamada Paris, cheia de "cartões postais". Há quem a visite para poder dizer: Já trepei em Paris!

Larguei a moto, a mulher, o cigarro e o isqueiro em algum lugar de Paris, provavelmente na Ile-de-France, num daqueles dias em que meus pulmões começaram a voltar a inchar e ressuscitei para a vida. Nada como respirar. Já trepei em Paris e senti a falta (histórica) dos limpadores de chaminés, e dos cantares dos pregoeiros, dos vendedores ambulantes.    

® Rui Rodrigues

             


      

OS ÁCAROS DE SÃO FERNANDO...



São Fernando é uma pequena cidade da Califórnia-USA. Alguns artistas de cinema em casas luxuosas, bairros de mexicanos, há sempre apaches e mexicanos por perto, e mascar fumo não afeta os pulmões, mas é nojento. O cuspe parece coca-cola. Há três grandes saloons na cidade, um teatro, dois cinemas, e duas lojas de venda de carros novos. Quatro Bancos, oito supermercados, 15 pontos de venda de drogas e uma livraria. O xerife, Jonathann B. Gallaway leva vida mansa e quase nunca está na cidade. Dizem seus dois ajudantes que anda sempre em “diligências”. Molly sabe que não. Ela trabalha num saloon. A mulher dele, Annie, também sabe que não. Ela trabalha para o Departamento de Policia e sua função, ou melhor especialidade, é identificar ácaros. Na casa dela tudo fica absolutamente limpo, o que se explica facilmente. Os ácaros que o marido sempre traz para casa podem ser encontrados facilmente nas roupas e na pele de Molly. Clinton O. Burke, o aprendiz de policial, tira proveito disso. Na cidade todos sabem, mas ninguém conta aos interessados.



Metade da cidade acha que não devem combater os terroristas, e sim preparar-lhes “surpresas” quando queiram fazer atentados, esperar por eles em casa, confortavelmente. Outra metade acha que devem atacá-los em suas terras, levá-los para Guantánamo, dar-lhes uns apertos “psicológicos” para que vomitem todas as verdades, cobri-los de porrada. Os primeiros votam em Hillary Clinton. A outra metade vota em Trump. Trump deixou a América de cara no chão ao dizer que já não são os lideres do mundo, com “séculos” na frente do segundo, como era no tempo da guerra fria… Todos gostam de saber as verdades por mais alergias ou dores que possam causar… Annie estava cansada de ácaros e de dores de amor. Decidiu largar o marido, apoiar Trump, manter o ambiente em casa livre de ácaros. O que quase ninguém enxerga, está nas páginas dos jornais todos os dias: Europa e EUA 
dão passos acentuados para a direita, depois de constatarem (desde a queda do muro de Berlim) que o comunismo não pode funcionar por ser completamente impraticável e que a “esquerda” odeia a classe média e o capital, tendo com os dois péssimo relacionamento. 

Agora imaginem-se mentes “brilhantes” como as de Chavez e Maduro, Fidel e Raul Castro, Evo Morales, Cristina Kierchshner e outros levianos “eleitos” na região sul da América do Sul... Podem competir com as de Stálin, Mao Tse Tung, Karl Marx, Lenine ? Fazer dar certo um comunismo e um socialismo que eles não conseguiram?


Sem uma dose letal de ignorância e burrice, ninguém conseguiria acreditar neles... Nem nuns nem noutros... Trump faz parte de um mundo moderno promete o que não fará, fará o que não prometeu. Hillary não fará nada, não mudará nada. Dilma caiu fora como bicho berne espremido, Temer nem tempo tem de mudar nada. Talvez tente fazer mudanças, mas mudanças precisam de tempo para "pensar"... Não há que inventar nada de mirabolante. A "roda" e a pólvora já foram inventadas, mas ainda há muitos bichos bernes que consomem nossa energia e energia é dinheiro.

Precisamos espremê-los... La Habana, Caracas, Brasilia, Buenos Aires, La Paz e San Fernando estão tão perto nos dias de hoje, que uma espremida num ácaro - ou num bicho berne - de Brasilia faz espirrar outro em La Paz ou Caracas...     

® Rui Rodrigues

domingo, 1 de maio de 2016

A procissão dos santos de barro em quarto decrescente



O céu noturno de maio de 2016 se abre num sorriso.


Hemisfério sul... Lua em Quarto decrescente. Noite de nuvens...
De repente, olho o céu e vejo numa nesga, um belo sorriso de Lua.
Bons presságios nas vésperas de uma decisão do Senado:
Ver uma procissão sair de palácios, de ministérios, marcando o fim da era mais torpe e escura da politica nacional...
Uma procissão de corruptos, beneficiados, protegidos, carregando andor com dois santos de barro: Lula e Dilma, dois "santos" protetores que distribuíam bulas a mulas carregadas de alforges.
Quando a procissão acabar, as estatuas virarão pó, cinzas, incineradas pela historia nacional.
Serão jogadas num chiqueiro de porcos para que nem a lembrança reste.


Nossos netos não terão vida melhor porque lhes estragamos o futuro votando em gente de lábia pronta, discurso preparado, promessas não cumpríveis, pompa, sorrisos e muita mortadela da Friboi, protegida dos santos protetores de barro,que com voz rouca se passavam por vitimas do passado.

Mas a lua mostra sorrisos... E isso é um excelente press
ágio.



Os próximos santos, têm pés de barro também... Que o barro não lhes suba à cabeça... Mas se subir, o povo correrá mais um pouco para que caiam, virem cinzas.

Rui Rodrigues

Dia do Trabalho- 1o maio 2016 - aos trabalhadores do PT





Neste dia 1o de maio de 2016, domingo, dia do trabalhador, desejo aos trabalhadores do partido dos trabalhadores (Não sei se ainda se lembram que é o PT), muito sucesso para o futuro. Desejo também que cobrem dos vossos políticos o que tiraram de vocês, incluindo o trabalho. Temos 12 milhões de desempregados e a corrupção não justifica tudo isso, nem a crise internacional...Milhares de empresas fecharam as portas porque a situação econômica não lhes permite continuar funcionando. Quem nos dá emprego são os que têm empresas, e para termos empresas que nos dão trabalho é preciso que a economia funcione...

O Estado não produz nada que se venda....Paga trabalhadores (os funcionários públicos) com dinheiro dos impostos que retiram de todos. Sem comercio a recolha de impostos diminui e muita gente tem que ser demitida... Corruptos os há por todos os lados, mas nota-se de forma evidente que o partido dos trabalhadores não conseguiu indiciar ninguém dos outros partidos (apenas uma meia duzia) por corrupção... Noventa por cento dos indiciados (e presos) por corrupção pertencem ao PT. O PT é um partido CORRUPTO...

Neste primeiro de maio, vá para o Instituto Lula, para as sedes do PT, e cobrem deles toda esta situação porque passamos. Tentem falar com gente do PT ou que participou do PT como o Lula, com a Dilma, o Falcão, A Berenice, o Mantega, o Vaccari, o Ze Dirceu, o Genoino, o Mercadante, a Martha Suplicy, a Marina Silva, o Palocci...o...a...os....as....

Seria uma excelente manifestação! E não precisam pedir mortadela... Tem que ser do coração !!!!


Rui Rodrigues