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segunda-feira, 18 de julho de 2016

Naquele domingo, de Nice a Ankara e C. Frio

Naquele domingo




Deitara-se tarde já passava de sábado. Tinha passado o tempo escrevendo uns textos para seus blogs. Acordou domingo lá pela uma e meia. Ocorreu-lhe num vislumbre, logo que se levantou da cama e pôs os pés no chão, o que seria realmente um escritor, visto que assim não era considerado embora passasse os dias escrevendo. Também lhe ocorreu no que seria ser um filósofo se passava os dias filosofando, mas resolveu que pensaria nisso quando fosse à praia depois de tomar um café.

Ligou o laptop, mas seu serviço de net estava em tarifa tão reduzida que nem o sinal da “claro”, perguntando se ele queria pagar pacote adicional, funcionava. Incrivelmente, apenas o site do jornal francês “Le Monde” funcionava.

Golpe estranho aquele do Erdogan. Provavelmente trata-se de uma ditadura de direita para enfrentar o ISIS, uma tentativa turca de manter sua identidade não tendo que se submeter a leis “padronizadas” da União Européia. Deve ter sido por isso que o Reino Unido saiu dessa união. Mas o que o confundiu mais foi uma postagem dos “Décodeurs” dizendo:

Une vidéo reprise par des sites conspirationnistes affirme que Mohamed Lahouaiej Bouhlel a d’abord été arrêté vivant avant d’être tué. C’est faux. En savoir plus sur http://www.lemonde.fr/#8eBvpoKburwXwuH7.99

Ora bolas… Que sites ”conspiracionistas", seriam estes na França? Acaso a França tem movimentos anti-governamentais e sua república corre riscos também, tal como na Turquia? Mas Sarkozy disse irado que desde 18 meses atras desde o primeiro atentado em Paris, que nada foi feito para reverter este quadro de terrorismo. Por vezes achava que esses governos socialistas, ao redor do mundo, nos estão escondendo alguma coisa. Depois mudou de pensamento. Talvez a filha e a neta tivessem chegado de um casamento do filho de uma amiga em S. Paulo, mas ao ligar recebeu uma comunicação da “Oi” informando que os créditos eram insuficientes para ligar grátis dentro do programa. Ele esquecera que esse programa grátis só funcionava se ele depositasse 12 reais por mês, e naquele ainda não o fizera. Interessante como essas companhias conseguem mudar assim o significado das palavras da língua portuguesa e universal… Pensou nosso amigo que isso fosse assunto de algum comitê de professores e doutores da língua portuguesa, mas pelos vistos não. Primeiro você paga doze reais, e então já pode ligar grátis. Assim é, ou ficou, o “pacote”. Sem internet e sem telefone… Num domingo! Resolveu ir incomunicável para a praia, apesar dos perigos desta vida, para pensar no significado das palavras “escritor” e filósofo, mas sem muita concentração. A cada passo um xingamento. Não poderia ter surpresas, como aquela da palavra “grátis”. Tomou um gole de café e foi. Não demoraria mais que uma hora


Mal abriu a porta Urso apareceu abanando a cauda, o corpo todo se saracoteando de um lado pro outro. Urso é um cachorro que não é de nosso amigo, mas que o escolheu para “acompanhar”. Urso simplesmente o acompanha. Chega a andar do lado dele como cachorro de cego, mas não faz mais que acompanhar. Aceita comando de “sentar” e o espera na porta dos estabelecimentos, mesmo quando se trata de supermercados com cheiros tentadores de linguiça e ratos. Sim. Alguns supermercados têm ratos em seus estoques mas os escondem e não os vendem. Pelo menos nunca vira nenhum ratinho de supermercado carregando tabuleta amarela, apregoando com letras vermelhas: Ratos discretos, cinza, R$350,00 a dúzia!… E com carimbo em letras garrafais, PROMOÇÃO!…

Durante a caminhada até a praia, nada que não previsse naqueles dias de domingo. O comércio que deveria estar aberto, estava 99% fechado: Um casa de depósito de bebidas, uma sorveteria, uma padaria, três bares. Pelo caminho Urso foi urinando em postes, pneus de carros, ladrando junto a portões de garagem onde se acoitam cachorros “malvados” que ele nem conhece, mas dos quais sente o cheiro. Cachorro preso deve ter outro cheiro. Eles devem sentir. Na praia, nosso amigo sentou num banco e ficou olhando as ondas do mar. Urso sentou-se sobre duas patas, a seu lado, e olhou também. Um bando de gaivotas mergulhava nas ondas bem perto da areia, caçando peixes pequenos certamente fugitivos das cinco embarcações que pescavam ao largo. Um casal que passeava de bicicleta parou para admirar a simpatia de Urso, dar-lhe uns afagos, enquanto o nosso amigo apreciava a paisagem e sua cerveja. Interessante que nenhum casal de desconhecidos chega assim perto de você e lhe faz afagos gratuitos, assim como ao Urso, o cachorro do amigo. Para cachorros, isso deve ter uma mensagem qualquer implícita. Para humanos parece que não. Mas então, o que é ser filósofo e escritor? Segundo meu amigo, a quem Urso fiel e alegremente acompanha, ser filósofo é perceber como o gênero humano compete entre si de tal modo, que para poder conviver se aproxima dos outros seres humanos tentando ser o mais agradável possível, de acordo com seus interesses, mas que por baixo da capa de simpatia, nenhuma ajuda real você pode esperar de um desconhecido nem daqueles que se aproximaram de você apenas para “farejar” até onde vai sua amizade. A amizade de Urso, pelo contrário, é despretensiosa. O nosso amigo nem é o dono dele.
Para ser escritor precisa-se, tal como os pintores precisam de “marchands”, de quem vislumbre um mínimo de conjunto entre qualidade, aparência pessoal, vida pregressa, etc, para lhe propor que lhes escreva um livro ou para aceitarem um escrito seu. Depois, com sorte e persistência, você se torna um escritor, um filósofo, quem sabe, senta numa academia de letras onde alguns letrados quase desconhecidos, boa parte por “honoris causa”, tomam chá e se assentam?

Quando a cerveja acabou, o amigo e o Urso arrepiaram caminho de volta pra casa. Ventava, fazia frio, o pessoal, raro, que andava pelas ruas vestia camiseta de teimosia, nenhuma casa vendia recarga para celular da “Oi”… Parece que apenas a direita sabe lidar com economia, corruptos e terroristas. Ao chegar em casa, já tinha net.

® Rui Rodrigues

sábado, 16 de julho de 2016

O melhor besteirol da praça... As coisas e os "outros"



A mamãe dele, que deu pro papai dele numa festa de funk, pra "amarrar o cara", agora sofre do coração e tem afrontamentos. O filho manda nela e a obriga a comprar crack no ponto do "mano gente boa", ali pelo alemão. O papo é de paz, o resto é invisível e de guerra. O alemão e a Rocinha, e o resto hoje são atrão como era antigamente o Marrocos, reino de Maomé onde as mulheres e as bebidas não eram ainda proibidas. Aqui vive-se a quimera de um trem em forma de dirigível, cheio de hidrogênio para ficar mais leve que o ar, montado sobre chassis de caminhão da Ford, sobre trilhos, impulsionado com foguetes terra-terra do novo Império russo do Oriente, dirigido por motorneiros do Estado Islâmico armados de facas, caminhonetes, metralhadoras e uma vontade enorme de se estraçalharem.  



Chamaram o Ariano Suassuna para contar a história, mas ele estava com pressa e se foi antes de desaparecer... Sobrou pra mim, contar-lhes dos absurdos que nos despencam dos céus, dias sim e noutros também, de forma gratuita, não fosse o fato de "buona fide" nos terem informado que, desde uma ponta do iceberg em Honolulu, até a outra ponta em Andhra Pradesh passando por Mecca, Xangai, Salto Guaíra, Lisboa e Corinto, Sidney e Antuérpia, ainda passava por Ankara Londres, Paris, Berna, Bonn e Istambul. Tal a magnitude do "quero mais, tudo para mim".  A Crimeia soltou-se como jangada de pedra, um dia ainda pode ser capaz de chegar a Washington, pela tarde, na hora em que fecham os museus. Um olho solto não vale de nada, mão forte também não, o que vale é olho atento, saber onde pode ser a próxima e neutralizar os doentes da fé. Não lhes perdoeis, Senhor, porque sabem o que fazem: Chegaram enfim, os falsos mercadores do templo de Mecca, agora armados em profetas do infinito, salvadores de heróis dando-lhes o regaço de virgens que poderiam ser suas filhas, que os dos cristãos já tinham chegado antes e Arão construiu o bezerro de ouro... 



Imaginaram historias em quadrinhos como antigamente, um Popeye viciado em crack em vez de espinafre, um Super-homem e uma mulher maravilha viciados em heroína, juntando-se a Batman, o cocaleiro e fornecedor do bairro? Livres ou não, o problema não é das drogas. Em vez de comerciantes traficantes, preferia que fosse a avó do viciado, pagando impostos, desarmada. É Esse o mundo besteirólico mas real, que as crianças de hoje enxergam com seus doces olhos de quem sempre quer mudar o mundo, numa luta eterna em que o mundo não vai para onde se empurra, mas para onde vai sem saber porquê nem como nem quando, apenas de forma cega vai, porque tem que ir, porque cego foi feito. A maioria é cega. As multidões são cegas porque não têm um cérebro comum onde decifrar tantas imagens diferentes captadas por tantos olhos que enxergam diferente.  Quem vê verdades verdadeiras, não tem crédito nem cotas em Universidades, agora, mas antes tinha, porque eram os melhores em enxergar o mundo. A ignorância quer tomar conta do  mundo e de seu dinheiro que tudo proporciona, o oxigênio do progresso, mas não sabe como produzir esse verdadeiro elixir da vida que compra desde cebolas a consciências. Quando quem sabe pára de comerciar, aqueles que o sabem fazer, o mundo dos ignorantes morre e se acaba. O dinheiro soa e tilinta, chama por todos, todos o querem, mas uns sabem outros não, uns são bonitos outros não, uns sabem produzi-lo e outros não... Marilyn Monroe era apenas uma para milhões que a desejavam. Ninguém a estuprou mesmo sem segurança particular, e apenas meia duzia se deitou com ela, porque ela mesma quis. Assim se trata na democracia. 



O sol nasce para todos, mas nem todos sabem tomar banho de sol. Como diria meu irmão mais velho para nós: Se não podes, foda-se, fica na tua, que violência não vale. Meu irmão do meio pulou fora e foi lutar como voluntario não sei onde. O mais velho foi para os Médicos sem Fronteiras, e eu estou para sair daqui. O ambiente fica pesado e o PSOL não é o que se pensa todo ligadão na coisa boa da natureza. O mal se espalha pela região,os sacerdotes estão de resguardo, obcecados pelos tilintares das 30 moedas de Judas. 
O socialismo é uma quimera dos contos de fadas. Por isso o capital pode ser estudado, constituindo a ciência da economia. Quem sabe fazer "contas" sabe o que quero dizer... Um socialista jamais entenderia isto. Nem socialistas nem comunistas... Nem Jihadistas. 



Nem islamistas, que, proibidos de fazerem desenhos, beber das vinhas do senhor, tomar da mulher do próximo mesmo quando são gays ou eunucos, se divertem no ocidente longe dos olhares da Kaaba, e onde fazem tudo isso, porque acham que nossas mulheres, nossos valores, são mais permissivos que as mulheres deles, mas não sabem que mulheres têm realmente, não fossem as mulheres e os homens todos iguais feitos de mesmo barro amassado com genes empurrados por arietes cegos que martelam úteros de desejo infernal, entre suspiros, orgasmos importados da rota da seda, de Karma Sutras escondidos em mesinhas de cabeceira regadas a Tabernanthe Iboga, Cannabis Sativa, Ayahuasca, cogumelos Caesarea, cogumelos Claviceps Pupurea, mandrágora, provocadores e estimulantes de sexo, visões do alem... Caravanas do sexo, das lágrimas e motivação ocupacional com direito a tranquilidade nos leitos pagos, sejam putas ou sacerdotes. Quem paga se orgasma, quer drogas grátis, passes grátis, estado grátis, tudo grátis pago por quem trabalha e produz. Ninguém exporta nada grátis, ninguém fabrica nada grátis, o frango vem da China e já veio do sul, a água benta vem da torneira porque não se bebe e na pia batismal se criam mosquitos da dengue que estão chegando aos poços do deserto. Os mosquitos chegarão logo que o petróleo servir apenas para remédio e fazer asfalto e plásticos, em nuvens que superarão as dos gafanhotos em tamanho e prejuízos. A décima primeira praga do Egito ainda não chegou e eram doze, uma para cada tribo de Israel. 



E assim dividiram eles o mundo entre "Coisas e os outros"... Judeus e "os outros", Muçulmanos e os outros", Cristãos e "os outros" Jihadistas e "os outros", Nazistas e "os outros", Petistas e "os outros", comunistas e "os outros", democratas e "os outros", ditadores e "os outros, fascistas e "os outros", anarquistas e "os outros", educados e "os outros" cultos e "os outros"... Cada cabeça escreve uma sentença para si e para "os outros", mas os "outros" são sempre a maioria, mesmo quando resolvem dizer que o que era cultura agora é a "deles", que se deve jogar fora a historia universal e construir outra fora da realidade, para construir um mundo de faz de conta em que, "eles", aqueles citados tais, serão minoria, e "nós" a maioria.


Depois de "Olhai os lírios do campo", assim como quem diz que "só pra não dizerem que não falei de flores"(como se não soubesse a diferença entre dizer e falar), chegaram os do "cheirai os pozes dos morros" onde a minoria é que os carrega, e a maioria é a comunidade que serve de anteparo e camuflagem. Gente boa era minha mãe, para mim, e no meu caso, até meu pai foi melhor que minha mãe... Talvez porque não convivi com minha mãe e pouco com meu pai. Mas contam histórias e ninguém conta suas historias impunemente ou de forma isenta. Não carrego as penas de meus pais e muito menos das penas dos pais dos outros. Mas se tira "pela média" quando muitos contam suas histórias. A Universal é unanime... Quando dizem que Cesar cruzou o Rubicão, podemos ter certeza que cruzou, porque muitos descreveram os passos seguintes após o rubicão... Mas quando  alguém diz que esteve em Atlântida, podemos duvidar... Apenas um o disse. PT é sinônimo de patranhas. Se você acreditou, e continuou acreditando mesmo depois da união de Lula com Collor e Maluff... Então não percebeu nada da industria do besteirol que assola a mídia desta nação, a quem se paga de varias formas para fazer propaganda do que a tal minoria quer. O problema é que quando as minorias se juntam pra "governarem" juntas (olhem, caiu um "se" entre as aspas de "governarem", por favor coloquem-no)... Vejam o que acontece...  Um grande acordão no senado e na Câmara... Minha liberdade pela manutenção do sistema, parece ser a regra da lei quase no período de menopausa... Mas não somos a maioria? Quem está pagando?



A maioria quer honestidade, a minoria quer se aproveitar da fé da maioria para se corromperem e aproveitarem no roubo do que deixam para trás... Então, escute... Siga o mestre, se quiser, mas não abandone seus bens.. Nas mãos de outros servem para os outros. O paraíso é coisa de buraco de agulha onde podem passar camelos mas idiotas não passam... As sete virgens são as irmãs porque não existe nada mais puro que irmãs, e mães mesmo quando eram irmãs, já não eram virgens. Não há mães entre as virgens do paraíso. Definir quem somos "nós" que não somos eles, mas que somos maioria, isso sim, é muito importante para a família, nossos filhos e netos, para o Brasil.    

® 
Rui Rodrigues