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Um momento de reflexão (Ou a re-história dos três porquinhos)


Um momento de reflexão
(Ou a re-história dos três porquinhos)

Era um vez três porquinhos irmãos que queriam construir casa, mas um deles achava que a casa de palha era mais barata e boa; o outro que deveria ser de madeira porque estava dentro de suas posses e também a achava boa. O outro, desejava uma casa de pedra, resistente, e essa era certamente boa e estava em seu orçamento. Logo se levantou uma discussão entre eles, porque cada um queria agradar ao outro explicando os motivos pelos quais a sua “idéia” era melhor.

(Nos estados americanos, continuam construindo, teimosamente, casas de madeira, apesar de que, em todos os tufões e furacões que normalmente acontecem, são sempre reduzidas a pau para churrasqueira – Não sei que esperança opaca move a determinação humana em certas ocasiões, assim como construir casa em sopé de vulcão)

Quando veio a ventania, a primeira casa a destelhar e a desaparecer no vento, foi a de teto de palha, e com o recrudescer da tempestade, a de teto de madeira se destroçou. A de pedra se destruiu com o maremoto (para quem preferir, com o terremoto ou com a eruptir de um vulcão).

Se esta re-história dos três porquinhos tem moral ou não, não sei.  A tempestade ainda não passou. Pelo contrário, está chegando. Começou em 2008, e no lugar onde vivem os três porquinhos, há muitos mais, uma imensidão. Esses outros estão ainda preocupados em construir cada um a sua casa.

Se eu vier a entender que o lugar onde vivem se chama Terra, e as forças da natureza não são naturais, então devem ser ventos da história, e realmente não sobrará pedra sobre pedra do que antes foi. Não só a península Ibérica ficará á deriva no oceano atlântico, mas a humanidade poderá navegar por um oceano único e suas placas tectônicas voltarão a unir-se numa Pangea.
Rui Rodrigues