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sábado, 26 de outubro de 2013

A síndrome de Estocolmo no reino das galinhas

A síndrome de Estocolmo no reino das galinhas

Estudo os estudos de Freud desde quando tinha meus 18 anos. Não tenho diploma, mas acho – apenas acho – que entendo alguma coisa de psicologia. Tenho até uma gata de quatro patas com a qual me dou muito bem. Ela é sensacional. Fica do meu lado, acompanha-me para onde vou e temos um sistema perfeito de comunicação. Quando ela quer sair de casa para fazer suas necessidades, por exemplo, fica parada, sentada, em frente à porta da área da churrasqueira ou da rua, esperando pacientemente que eu a atenda. Mia de certa forma para que eu entenda “melhor”. É o tipo de gata que me olha nos olhos, que quando fico cozinhando se assenta perto de mim sem pedir nada (e nunca lhe dou nada quando cozinho, porque só lhe dou ração para que seja sempre saudável e não estrague os dentes). Devemos ter, pelo menos, uns cem sinais de comunicação. Quando a chamo costuma obedecer, e se assobio, vem logo. Se a mando entrar em casa, ela vai, e se lhe digo: Sarkye. Fica quieta! Fica aí... Ela senta e não sai do lugar por alguns instantes até que eu volte. Aprendeu isso pelo hábito sem qualquer tipo de violência ou agrado de ração extra. Se não for apenas amizade, deve ser amor mútuo.

Tenho um galinheiro com três galinhas e agora apenas um galo. O Chico foi para a panela de uns amigos por engano. Era manso e o mais gordo. Ficou o Zé que é mais violento (ataca-me e a qualquer um que invada o galinheiro) é magro e parece ser descendente de galo de briga, talvez um guerrilheiro das velhas lutas por puro direito impensado de cobrir todas as galinhas até torrar a próstata. No entanto, cuida do galinheiro a seu modo alienado, sem saber com quem está lidando. É a ignorância animal. Mas não são apenas os animais que parecem alienados. A síndrome de Estocolmo [1] surge entre humanos quando prisioneiros altamente estressados e desanimados, sem solução de continuidade, aderem a seus algozes ficando dependentes deles, e com eles chegam a cooperar. Porém, este tipo de atitude aparentemente, pelos menos, não acontece apenas entre seres humanos. Vejamos se tenho razão.

Há uns cinco ou seis dias atrás, ouvi pela madrugada um piar doloroso de uma galinha no galinheiro. Pensando que fosse um gambá, que costuma chupar o sangue de galinhas até ficar completamente embriagado, corri para ver. Encontrei um circulo de galináceos. Duas galinhas e um galo è volta de uma galinha mais fraca. Estavam parados, olharam para mim, a galinha cercada ficou ali no mesmo lugar. Nos dias seguintes a cena se repetiu, mas ontem resolvi não fazer barulho. Abri minha porta devagar, fui pé ante pé até o galinheiro e vi que uma galinha estava bicando a mesma que tinha sido constantemente cercada. Dei um grito e todas olharam para mim. O galo veio na minha direção, pronto para me dar umas esporadas. Minha cerca de arame não lhe permite essas leviandades, e quando entro no galinheiro para colher ovos, levo sempre um puçá balançando na minha frente. Hoje ele me deu uma esporada. Fez-me um corte na perna. O que vale é que meu sangue seca logo. Passei um anti-séptico desses de spray e estou bem. Mas tive que tirar a galinha do galinheiro. Notei que lhe faltavam penas nas costas. Peguei o puçá. Quando entrei as outras galinhas e o galo fugiram para o fundo do galinheiro (que tem mais ou menos 3 metros de largura por 9 de comprimento. Peguei a galinha com o puçá e me preparei para sair. Não se pode dar as costas para galo brigão. Quando estava chegando à porta do galinheiro, ele me atacou pelas costas e me rasgou a perna com o esporão.

Então, depois de lhe passar anti-séptico, soltei a galinha que tinha as costas feridas, escalavradas, o sangue escorrendo. (Esta da foto não é a minha galinha, que tem exatamente nas costas os ferimentos a que me refiro). Os demais membros da tribo de galináceos estavam lhe sugando o sangue com bicadas. Não sabia que galináceos podem ser vampiros mesmo com farta ração de milho e de restos de comida. Pois bem. A galinha ferida ficou rondando a porta do galinheiro querendo voltar para o seu grupo, com o qual se identifica. Agora mesmo está dormindo junto à malha que a separa do galinheiro. Do outro lado, bem encostados à mesma grade, estão seus amigos que lhe chupavam o sangue e a matariam. O galo sempre disfarçara que acoitava a chupação de sangue.

É assim mesmo que os galináceos agem em seu meio, é assim mesmo que nós humanos agimos em nosso meio. O pessoal que vota no PT é prova viva do que afirmo. Estamos todos vivenciando uma crise de Estocolmo em pleno inicio de verão brasileiro. O símbolo do PT deveria ser um galo de briga. Estrelas são símbolos para vôos mais altaneiros e nobres e não merecem ser bandeira de partidos vampiros. 

© Rui Rodrigues



Sopros de felicidade !

Infelicidades são armadilhas do desespero. Não se deixe enganar. É tudo ilusão exceto a realidade.

É a eterna busca da felicidade que sempre está a dois passos de nós, mas que nunca conseguimos enxergar. Somos cegos para a felicidade por uma razão muito simples: Precisamos de adrenalina para nos mover no mundo, mudar a nossa vida. Pelo contrário, a felicidade que as endorfinas nos dão nos fazem parar no tempo, ficar no lugar que nos dá a felicidade do momento tentando torná-lo eterno. É assim que as drogas, de forma ilusória, nos tornam reféns da infelicidade. Queremos a felicidade, amamos a felicidade, e nos quedamos ali, parados, felizes, até que a falta das endorfinas nos levam para o lado da infelicidade. Então procuramos [1]as drogas e esquecemos da adrenalina que nos poderia tirar desse atoleiro. Creio até que os centros de recuperação poderiam usar adrenalina para curar em vez de outros tipos de drogas mais caros. A Adrenalina nos remete a nossa inteligência do “coração” para o racional. Dá-nos medo e nos obriga a refletir, a sair das drogas, porque então racionalizamos que nossa vida está em perigo e o perigo são as drogas.

Para ser feliz, sem drogas, faça o que deseja, na forma que desejar, no momento que precisar. Se não conseguir, não desanime e não se frustre por isso. Mude de foco e tente outra coisa. Ah... Não tem outra coisa, invente, descubra, procure. Saia por aí com um par de camisinhas e transe, beije, ria, divirta-se. Vá até o bar da esquina ou se tem muita vergonha até outro em bairro diferente daquele onde mora (que se foda [2]essa porra de dizer que bebida é anti-social, ou amoral, ou anti-religiosa, ou que caralho for) e tome um par de drinques para ficar alegre. Não beba até perder a razão, porque depois vem a infelicidade. Isso não é bom. Nunca pintou, caminhou, escreveu o que lhe vai na alma? Então comece logo. Pelo menos tente. Ah!... Tem uma catrefada de coisas que gostaria de dizer a seus amigos, a seu ex-marido, a sua ex-mulher, a seu chefe no escritório? Saiba que tudo isso tem um custo, mas se for necessário, diga-o! Sentir-se-á aliviado ou aliviada, e a vida segue outro rumo – certamente – depois disso. Há horas em que racionalizar muito não só não facilita como até complica a sua vida.
Costumamos complicar tudo em nossa vida por mil e uma razões. Cada razão com sua história e seu passado. Mas se analisar essas “razões” verá que não há razão alguma. O que há é um hábito de “não mudar” porque se mudar acontecem fantasias, hipóteses, medos que se podem concretizar. São fantasmas próprios de cada um de nós. Como vencê-los? Ora bolas!... Fantasmas são apenas fantasmas, algo tão virtual como a decomposição da luz através de um prisma de cristal: Tudo é cor, mas não se pode pegar, não mata, não fere. Então enfrente os fantasmas ou simplesmente os jogue no lixo.  São fantasias pessoais que assustam como abóboras escavadas e iluminadas internamente com bruxuleantes pavios de vela acesos em dia de Halloween. Não lhes dê a mínima importância e logo descobrirá que se esvaem e ficam esquecidos.

Fantasmas são pura imaginação, factíveis de serem sugados por aspiradores especiais criados pelo pessoal animado de Hollywood como no filme “ghostbusters”.

Está esperando o quê, para começar a caminhar, ler, escrever, pintar (mesmo que não saiba nada disto, mas verá que depois de começar tudo fica mais fácil a cada dia)? Não sou Jesus, muito longe disso, mas: - Levanta-te e anda! Ligue o “foda-se” e vá á procura da felicidade em sua vida.

© Rui Rodrigues






[1]  Falo no plural magnânimo. Não uso drogas, nem nunca usei, a não ser um bom vinho e uma cigarrilha ou cigarro de vez em quando. Muitos heróis já fumaram e não me venham com essa que sou politicamente incorreto. A poluição das cidades mata muito mais do que o cigarro e nem por isso as autoridades vão contra o diesel e a gasolina, as drogas que saem das chaminés e dos esgotos. A propaganda é contra o cigarro e muito menos contra as drogas.
[2] Não costumo falar palavrões, exceto em ocasiões apropriadas como esta. 

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Nós e o Lindy Hop

Nós e o Lindy Hop

Estou em vias de concluir um quadro pintado com tinta acrílica sobre tela para minha filha, com o Lindy Hop como tema. Para melhor ambientação deste texto, recomendo que escute as músicas de Lindy Hop indicadas ao final do texto, enquanto efetua a leitura.

O tema escolhido de comum acordo, em outubro de 2013, foi o Lindy Hop. Eu não conhecia este tipo de dança e nasci em 1945. Como não a conhecia? Devo ter estado muito ocupado todo este tempo, desde que nasci. Em 1942, quando os EUA entraram na segunda guerra mundial, era dançada em salões de baile famosos como o Savoy de N. York, e centenas de filmes foram feitos nas décadas de 30 e 40 sobre esse tema. Helizapopping é talvez o filme mais famoso protagonizado pelos Whitey’s, dos quais fazia parte Frankie Manning. Eles visitaram o Brasil por essa época. Eram muito famosos. Era a dança nacional dos EUA por esse tempo. Surgira nas ruas americanas impulsionada por gente negra. Antes de iniciar o quadro fiz uma pesquisa para me situar, e no meu blog “Bar do Chopp Grátis”, iniciei uma página com fotos do quadro, fase por fase, desde os primeiros traços até o final da pintura. A intenção, embora não seja um grande pintor e muito menos famoso, é levar o conhecimento a quem deseja arriscar os primeiros traços de pintura a produzir a sua obra prima: A primeira!


Nasci em 1945, em setembro, logo após o término da Segunda Guerra Mundial que acontecera um mês antes, em agosto. Lembro-me que por volta dos seis anos fui a um dentista e sobre a mesa havia revistas com fotos da guerra. Pensei em meu pai que se livrara dela, mas não de seus efeitos. Meses antes emigrara para o Brasil. Eu ficara. Podemos imaginar quantas coisas me terão passado pela mente, mas algumas são perfeitamente compreensíveis: Meu pai voltaria? Eu iria viver com ele? Quando? E se houvesse uma nova guerra? E se meu pai morresse? Minha mãe viria a falecer quando eu tinha meus dez anos. Ela tinha pouco mais de 30. 


Este meu texto é na verdade uma homenagem a pessoas como Frankie Manning [1], Cynthia Millman, Dean Collins, Jewel Mcgowan, Norma Milller, Hal Takier, Lennie Smith, Irene Thomas e outros, que emocionaram o mundo com sua interpretação do Lindy Hop, nascido nas ruas do Harlem, N. York, no final da década de 20. Para pintar meu quadro eu precisava saber sobre a história dessa dança, e quem eram os seus mais famosos dançarinos. Alguns são brancos, outros negros, outros morenos, mas naquela época ainda não aparecera Martin Luther King, e os EUA viviam numa sociedade de “apartheid”.  Se não aparecer alguém que fale sobre eles, regularmente, décadas depois, ficam no esquecimento. Não podemos ter tudo presente em nossas lembranças e muito menos em nosso conhecimento, e de forma consciente, presente, é totalmente impossível. Nosso cérebro tem suas limitações.  Frankie Manning ainda é vivo [2]. Deixara a dança e foi trabalhar nos correios. Repórteres o descobriram e editaram uma reportagem que publicaram no Youtube.


O mundo, isto é, a humanidade, desenvolve-se a um ritmo que ela mesma determina. É como se ela fosse um enorme animal constituído por, em nossos dias, cerca de sete bilhões e meio de pequenos animaizinhos a que damos o nome de “seres humanos”. Analisados sob o ponto de vista morfológico, não somos muito diferentes dos demais animais, nem podemos ser tão diferentes dos animais de outros planetas habitáveis: Temos cabeça, tronco, membros, visão, olfato, tato, sentimentos. Somos feitos de carne e ossos e de certa forma nos alimentamos uns dos outros. Nossa espécie, a humana, descobriu uma forma de não nos comermos uns aos outros: O trabalho. Trocamos nossas vidas pelo trabalho que produzimos, gerando sociedades que dependem do nosso trabalho do qual nós próprios também dependemos. Para viver precisamos trabalhar. Aqueles dias do Lindy Hop eram dominados por sindicatos, por bandidos como Al Capone, por leis que não eram cumpridas, fruto da corrupção. Os EUA tinham entrado na guerra em 1942, e se já era assim em 1943, ficou pior em 1945 quando a guerra terminou, os soldados voltaram para casa e não encontraram trabalho, até porque a indústria bélica entrava em aparente recessão. Era preciso desenvolver o comércio, a indústria. A guerra proporcionara a ocupação das populações num trabalho que antes faltara devido à crise de 1929, a grande depressão. Em 1945, com o seu fim, voltava a faltar trabalho para os que retornavam dela. Então surgiu a guerra fria, isto é, uma preparação constante para a guerra, a fim de manter a industria americana a pleno vapor. Se alguém achar que a guerra fria era ideológica, pode esquecer. Todas as guerras, até as virtuais, são por comércio, que gera trabalho e mantém as populações ocupadas.


Em 1943 [3]meu pai conheceu a minha mãe.  Dançava-se o Lindy Hop. Na aldeia de Fornelos onde meu pai vivia, nunca se passou verdadeiramente o que se conhece por “fome”. Todos os habitantes tinham seu pedaço de terra. Produziam batatas, cebolas, milho, hortaliças e todos tinham suas galinhas, porcos, bois e vacas, e embora não pudessem produzir todo o necessário, havia sempre trabalho para ganhar alguns trocados e comprar pelo menos o absolutamente necessário. Vinho e aguardente todos produziam o seu, e o lagar de azeite era comunitário. Se alguém quisesse comprar um carro tinha que trabalhar muito, sair da aldeia, trabalhar fora, mas patrões são iguais em todas as partes do mundo: Dão trabalho e pagam por isso, sempre abaixo do que pensamos que valemos, ou do que necessitamos para termos o “mínimo” que julgamos razoável. As exceções são raras. Meu pai tinha uma profissão e sabia ler, escrever, fazer contas. Saiu primeiro para Lisboa, depois para o Brasil. Ganhava bem, mas o “bem” era realmente pouco. Sempre é, se temos alguma ambição. Nunca tive muita. Sempre quis viver o máximo possível com a família, poder dar-lhe pelo menos o suficiente, e mesmo assim, trabalhando duro, virando noites no trabalho, tendo que me ausentar de minha família por períodos que sempre tentei encurtar o máximo possível.


A vida é dura, a dança alivia, uma garrafa de vinho tomada com moderação liberta a alma. A vida é dura, mas é boa. Se a vida fosse mole não teria tanto interesse. O bom são os desafios. Quantos mais enfrentarmos melhor. Crescemos com eles, nosso ego se inflama cada vez que os vencemos. Contornar as situações para evitar os problemas é como dormir durante um ataque do exército inimigo.  Uma comparação entre os anos de 1943 e os de hoje, sem considerarmos o intervalo de tempo, é como pular do primeiro degrau ao nível da rua e pularmos para o primeiro degrau do décimo andar. Um salto enorme que a humanidade deu, em seu ritmo, dado passo a passo, vários em cada dia, sem que tenhamos percebido como isso aconteceu. Hoje podemos ir á Lua quantas vezes quisermos, e preparamos uma ida tripulada a Marte. Se não o fizemos ainda é porque a economia mundial ainda não o permitiu. Nosso sistema econômico, a nível mundial ainda é antigo. Não é como na aldeia em que nasci, em que crise após crise, quem não tem muita ambição pode viver uma vida inteira em relativa paz. É assim em todas as aldeias do mundo, mas todos querem ir para as grandes cidades. Neste período não demos nenhum pulo na economia como demos no nosso desenvolvimento tecnológico e nos demais campos da ciência. As guerras continuam, localizadas, as guerras diárias pela manutenção do emprego e do padrão de vida não param, e esta guerra da sobrevivência, do dia a dia, é uma “guerra surda e muda”. Quem vemos na net ou nas ruas, faz parte da “ vida “ e temos a impressão que tudo vai bem, que não há sofrimentos. Doentes em hospitais, pessoas em prisões, noites de tiroteio, atos de vandalismo e terrorismo, lidos ou contados, dão-nos a falsa sensação de segurança pelo simples fato de que não aconteceu conosco ou com nossos familiares. A humanidade vai ficando insensível.


Então, quando combinei a pintura do quadro com minha filha, começou um período de aprendizado e diversão para mim. Mas também de sofrimento e tristeza. Viajei com a pintura de meu quadro, lembrei-me de orquestras que tocavam – também – o Lindy Hop, como as de Glenn Miller e Duke Ellington, vi submarinos alemães afundando navios cargueiros no Atlântico, gente morrendo enquanto se dançava Lindy hop como se a guerra não existisse. Vi gangsteres de N. York, carros da época, vi filmes  Ocorreram-me cenas do filme “Verão de 42”, o rapaz partindo para a guerra para nunca mais voltar. Sua linda esposa vivia numa casa de madeira à beira mar. Um dos garotos de um grupo das cercanias se enamorou dela, seu primeiro amor. Um amor platônico até que ela recebeu a carta notificando-a de sua viuvez. O garoto teve a sua primeira vez com ela que finalmente partiu dali. Imaginei-me partindo de Lisboa a caminho do Brasil após 11 longos anos de separação de meu pai. Devo ter ouvido musicas de Lindy Hop, certamente, mas quando comecei a dançar, com meus doze anos, em 1957, já não era moda.

Minha neta nasceu ao som do “rap”. Não é uma dança alegre, as letras não são alegres. Os tempos mudaram, o samba já não é o mesmo, não há salões de dança em Hotéis e boates são perigosas. Não creio que tenhamos mudado para melhor. Apenas mudamos. Minha filha me deu a oportunidade de pensar em algo específico, de viajar no tempo, para trás, contrariando – apenas aparentemente – as leis da física quântica.


E minha neta, muito provavelmente, e tal como eu, quando tiver minha idade não se lembrará de ter dançado “rap”. É o sutil, o indelével, a substância humana que não muda, mas que muda o mundo, a seu passo lento mas inexorável. E nem poderia ser de outro modo. 

© Rui Rodrigues.

PS – Para melhor ambientação, consultar também os seguintes links (e escutar as músicas enquanto lê o texto)








[1] Frankie Manning, no balroom do Hotel Savoy, em 1935, ganhou uma competição de Lindy Hop ao vencer Shorty George. Sua façanha foi ter feito pela primeira vez o ‘passe aéreo”, retratado em meu quadro. O mundo veio abaixo e o Lindy Hop estourou de vez e se internacionalizou. 
[2] Manning esteve no Brasil como parte do grupo Withey’s, em 1941. Vieram para ficar por duas semanas, mas como os submarinos alemães estavam afundando navios nas rotas do Atlântico perto das costas brasileiras, o grupo se viu impossibilitado de voltar aos EUA e ficaram por aqui dez meses.
[3] Ver os principais eventos de 1943 no site http://www.historyorb.com/events/date/1943

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Coisas do Quotidiano - semana de 20 de outubro de 2013


1    PRAIA EM DIAS SEM SOL, ATÉ NO INVERNO 


Admiro o povo alemão, embora não goste da Merkel. Também não é que não goste da Merkel. É que ela exagera em ser uma excelente administradora e esquece um pouco o lado humano dos sofridos desgraçados que não merecem o governo que têm... È inflexivelmente rígida, uma virtude que Dilma queria copiar mas sem a mínima capacidade sequer para frequentar uma escola primária onde Merkel fosse professora. Marina Silva deveria passar uns dias na Alemanha...

Agora vejam como a Alemanha trata o problema "sustentabilidade" ... 

Localizado em Krausnick, Alemanha,o Resort Tropical Islands é o maior parque aquático interior do mundo! Este parque aquático é o resultado da
transformação de um hangar de aviões formando assim o maior salão do mundo único, sem qualquer tipo de pilares de sustentação. Chamado Aerium, a estrutura foi construída originalmente como um hangar para os zeppelin, mas o dirigível a que se destinava acabou por nunca ter sido construído. o hangar e transformou-se no Resort Tropical Islands, completo com uma floresta tropical, praia, sol artificial, palmeiras, orquídeas e canto dos pássaros.

Krausnick, Alemanha, 2013.


2     Sobre a Petrobrás e o Mercado



Em países de economia livre, de mais aperfeiçoada democracia, onde não se é obrigado a votar, por exemplo, os cidadãos são donos dos subsolos em suas propriedades. isto levou os EUA por exemplo, quando descobriu o petróleo, que proprietários de terras onde existia no subsolo se transformassem em empresas que vendiam petróleo, gerando competição nos preços, e que se formassem empresas que tratassem industrialmente o óleo bruto para ser transformado em gasolina e diesel, dentre outros produtos. Assim surgiram a Exxon, a Shell, e muitas outras.

A Petrobrás, sempre até hoje, se transformou numa Empresa Preguiçosa, "dona do pedaço", sem necessidade de competir, fundada e socorrida amiúde por verbas públicas, dividindo os lucros que sempre dá aos seus acionistas, e cobrando prejuízos de suas leviandades empresariais dos impostos do povo brasileiro.

A Petrobrás é hoje uma empresa corretora de lotes oceânicos de lençóis de petróleo, levianamente gerenciadora da venda de recursos nacionais, extremamente limitada, única, sem concorrente nacional ou estrangeira, que produz gasolina mais cara do que seus "colaboradores" estrangeiros.

Deveria ser vendida em lotes de acordo com os produtos que fabrica e deixar de ser a real dona do subsolo de petróleo do nosso país, e deixar de financiar políticos e eleições de políticos.

mercado é mercado e deve ser livre.

RR 

3   Sobre François Hollande
s
Dizem que Hitler, na Alemanha, era de extrema-direita. Perseguiu e matou milhões de judeus e ciganos...

François-Hollande é Francês e a polícia retirou uma menina cigana de um ônibus escolar e a levou diretamente para o aeroporto para ser expulsa da frança. O povo francês se movimentou e foi para as ruas. O senhor François Hollande, que se diz de esquerda, não representa o povo francês realmente. Já não, porque sua aprovação está em queda livre. Ele sabe mas continua no governo como se isso não importasse. 

Quando se viu obrigado a ir a público por uma cadeia de TV se explicar, disse que a menina poderia ficar, mas que os pais seriam deportados. A menina não quer mais ouvir falar em "França"... 

Com governantes assim, nem eu !!!!!!! François Hollande e Hitler estão ficando muito parecidos

http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2013-10-19/apos-protestos-hollande-diz-que-menina-deportada-pode-voltar-sem-a-familia.html

4    Pintando meu quadro 




Pintando meu quadro e os pensamentos voam... De vez em quando pego um desses pensamentos e o apreendo, analisando-o e vendo se é ou não aproveitável. Aprendi isso com meu pai, o Gabriel.  Um dia lhe disse que me assolavam muitos pensamentos que fluíam naturalmente, mas que eram tantos que passados momentos me lembrava de um ou dois que me haviam ocorrido, quando muito. Então me disse para que, quando um deles, só um, fosse interessante, parasse o meu diálogo interno e me fixasse nesse apenas. Deu resultado... E o pensamento que me ocorreu agora foi que estamos ficando insensíveis a tudo. Olhamos para o próprio umbigo e não vemos nada mais além de alguns dias à nossa frente. Procuramos novidades, coisas novas que nos despertem o interesse... Mas que coisas novas há além de um ou outro I-Pod ou artefato moderno? ... ... ... Nada!!!!

Chega a parecer que nosso espírito inventivo se acomodou na lerdeza de pensamento, na mesquinhez do dia a dia, e o que nos interessa está no imediatismo, no lucro imediato, o amanhã é uma certeza igual à de hoje. Nada mudará... Cerca de 200.000 já se inscreveram para ir para Marte. Pode ser uma boa idéia. Aliás, creio que a humanidade e a economia do mundo poderia caminhar nesse sentido: Nos tirar deste atoleiro em que a humanidade se encontra hoje, uma nova Idade Média.



http://bardochoppgratis.blogspot.com.br/2013/10/pintando-um-quadro-acompanhe-pintura.html
Rui Rodrigues  

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Uma semana de duros dias...

  1. Canadá envolvido na Espionagem americana.
(Dilma não jantará com mais nenhum líder do mundo ocidental. Só com ditadores).

O Canadá está envolvido - também - na espionagem, e em particular no Ministério de Minas e Energia. Pais rico como o nosso em reservas minerais ( E apenas nisso), somos alvo da espionagem internacional.

Sem nos termos cuidado em pesquisa, tecnologia, educação, infra-estruturas, principalmente nos últimos doze anos governados por socialistas com tendências comunistas e guerrilheiras, e ao deixarmos de aproveitar a onda econômica dos EMERGENTES para desenvolvermos nossas instituições e centros de pesquisa, perdemos o trem da história...

Como o Canadá, juntamente com mais 53 países, faz parte da Commonwealth liderada pela Inglaterra, e como estes dados importantíssimos para o comércio internacional já devem ter corrido mundo, Dilma não jantará com mais ninguém, assim como fez com o Obama...

E como a inteligência, ambição e avareza de nossos "eleitos" no Senado e nos postos de governo não se irá alterar nos próximos anos, e a economia mundial não dá mostras de melhorar, seremos novamente aquele pais do futuro: Para os outros... Não há aparentemente vontade de deixarmos de ser os coitados que reclamam dos outros, nem vontade de nos desenvolvermos tecnológica, econômica e socialmente.

₢ Rui Rodrigues.


  1. Canoa furada
Realmente, é fácil encontrar explicação plena para a situação em que estamos e nem dez por cento - creio eu - consegue enxergar em que barco realmente estamos naufragando... 

Vejo, nas reclamações que pipocam diariamente pela net, que se perdem em comentar que "fulano" foi cabo eleitoral de sicrano e agora está contra; que fulano traiu os princípios; que esta era aquilo e agora é isto; que fulano foi indicado por fulana e que não é competente; que a filosofia de beltrano diz que, mas quem governa não o segue... Sempre atingindo e discutindo "pessoas", sem ir ao âmago da questão. 

Eu mesmo tenho feito isso, mas em paralelo, continuo divulgando o que creio seja o âmago da questão: Precisamos de uma Democracia que nos represente, e destas, a melhor de todas e mais eficaz é certamente a DEMOCRACIA PARTICIPATIVA...

E me dizem: Mas onde ela existe é em países pequenos do tamanho do Piauí... Como se política possa estar relacionada com o tamanho do país, que nesse caso socialismo, comunismo, capitalismo, democracia representativa não seriam comuns a países pequenos e grandes, e destes havia (já não há) países comunistas de dimensões continentais e tão pequenos como Guiné-Bissau, ou democratas representativos como os EUA e a pequena Jamaica. 

E continuamos cheios de esperança... Esperança que o PSB seja melhor do que o PT, que o PT se esfume no tempo, que o PMDB ressuscite das cinzas, que os quase quarenta partidos possuam pelo menos um justo... UM JUSTO SÓ, que consiga dar jeito na política torpe desta nação, onde todos os políticos buscam poder, afagar vaidades, dinheiro, sair em capas de revista e de jornais, brilhar na NET... Ora... Vamos lá... Com democracias representativas, nem nos EUA se entendem, nem no Reino Unido, e à força, como em CUBA, JAMAIS!!!!!!!!!!!

Rui Rodrigues.

http://conscienciademocrata.no.comunidades.net/



  1. Agora começaram com a propaganda da "poupança"...



Primeiro através de "notícias" dizendo que a população brasileira está economizando em caderneta de poupança mais do que nunca... agora, com reportagens de gente que economiza desde que sai da universidade para ter uma boa aposentadoria... Mas não creio...

Primeiro porque a população brasileira está super endividada como sabemos, todo mundo pendurado em cartões de crédito no vermelho, e a maior parte pagando dívidas impagáveis aos bancos... 

Segundo, que andam arrebentando com os fundos de pensão e grana do INSS para financiar tudo o que acham que dará "prejuízo"... E nem pagaram ainda as aposentadorias da extinta VARIG.

terceiro, mas não finalmente... Sempre estamos sujeitos e predicados a complementos de sujeitos como a Zélia de Melo, aquela bonitona que namorou um ministro casou com um humorista e nos sacaneou com o arresto de nossas poupanças na caderneta..

E com este governo e este senado, gato escaldado de água fria tem medo... Mais que medo, vamos de escafandro...

₢ Rui Rodrigues

  1. Hoje me lembrei do Einstein.


Hoje me lembrei do Einstein. Montaram uma associação na Alemanha Nazista, com o objetivo de matá-lo porque defendia, imaginem só, a desobediência civil e o s). Ele não acreditava no Deus bíblico, mas b
Então Einstein e alguns amigos, correram para fabricar essa bomba antes deles. Imagino quantas vezes Einstein não deve ter pensado (e repelido a ideia) de lançar uma bombeta sobre aqueles que o queriam matar, lá na Alemanha... Mas nem foi preciso.. Einstein sempre fora contra o uso da bomba atômica. 

Muitos dos que queriam a sua morte, morreram na guerra, não descobriram a bomba atômica, Einstein ganhou o prêmio Nobel, faleceu de morte natural. 

Temos um probleminha por aqui, no nossos Brasil... Não sou Einstein, mas posso avaliar muito bem que tudo é relativo, e que embora a história não se repita, pela teoria dos múltiplos caminhos de Feynman, algo de muito parecido se passa por aqui... Aproveitemos então a vivência de Einstein e postar esta foto..


  1. JÁ NÃO TEMOS DEMOCRACIA. O PAÍS ESTÁ DIVIDIDO ENTRE GOVERNO E POVO.
Ninguém está satisfeito neste país de Norte a Sul, de Este a Oeste.

O povo não está satisfeito com os políticos que elegemos, porque agem por conta própria sabendo perfeitamente da nossa insatisfação. De alunos a professores, de trabalhadores a patrões, de comerciários a industriários e bancários, ninguém está satisfeito, e a crise não é econômica (ainda). È uma crise de teor altamente político.

Não haverá partido político neste país, seja ele qual for que venha a ocupar o governo, ministérios, órgãos públicos, incluindo Senado e Câmaras, que venha a representar o Estado Brasileiro, a Nação Brasileira, porque se acham os reis do pedaço, os reis da nação, e que ao serem eleitos têm o direito de fazerem o que querem.

Para pior e irritar a população, temos uma presidente que ainda acha que “queremos MAIS democracia”... Não presidente... Queremos apenas democracia, sermos ouvidos, participar do governo e dos atos de governo, mas isso a senhora não nos pode dar. Nem a senhora nem os políticos que conhecemos porque todos vocês estão VICIADOS nessa forma arcaica de governar.

© Rui Rodrigues

6      Eu, o Éden e a corrida dos vinte centímetros sem barreiras


Eu não estava lá, no Paraíso do Éden, que ficava mais ou menos entre os rios Tigre e Eufrates, e um terceiro rio de que fala a Bíblia... por isso minha justa dúvida se Deus fez primeiro o homem e depois a mulher, ou se inventou os "tozóides", aqueles peixinhos rabudos, que ficam treinando corrida dentro de um saco, têm uma enorme cabeça, e saem correndo ao soar de um gemido, esportivamente, numa tremenda competição para mergulharem de cabeça num óvulo geralmente completamente desprevenido ...

E certo dia lá fui eu, ao primeiro gemido, correndo pouco para não me cansar no caminho e chegar com o meu cérebro cheio de oxigênio para poder pensar: Onde será a entrada do óvulo? Tive que me perguntar porque nunca tinha visto nenhum desses. Eu só tinha vontade... Quando cheguei a uma aglomeração de amigos meus e companheiros de corrida, a maioria já estava morta e ainda havia uns correndo em volta de uma bola procurando a entrada. Como eu estava tranquilo, por não ser apressado (e só há pouco tempo fiquei sabendo que o apressado como cru e quente), logo vislumbrei uma ligeira depressão na bola e meti minha cabeça lá, inteirinha.. Meu rabinho ficou do lado de forma se contorcendo como se fosse um rabo de lagartixo.. Digo lagartixo porque sou homem sem perda de nenhum atributo masculino, mas juro que não me lembro de mais nada do que se passou dentro do óvulo, mas sei que virou ovo instantaneamente..

Por isso aquela cara de susto de toda a mulher quando chama uma amiga e lhe diz baixinho:
- Estou grávida!!!!!

Agradeço muito a meu pai que me treinou intensivamente na corrida durante seus momentos de solidão. Mas só até conhecer minha mãe...

₢ Rui Rodrigues 

  1. Vós, nós, eu.
Evidentemente que conheço - razoavelmente bem - o mundo em que vivo. As pessoas gostam de rotular para poderem classificar, compartimentar seu cérebro, no sentido de mais tarde procurar referências: Aquele é assim, aquele é assado... E o pior... Aquele é credível, aquele é um brincalhão, aquele é um político... Mas as pessoas não são estaticamente classificáveis. Por isso que por vezes nos surpreendemos quando alguém parece ser uma coisa e se revela como sendo outra coisa... E também não é verdade...As pessoas são muitas coisas, apesar de serem credíveis ou não, alegres ou não, políticos ou não. Uma coisa é a imagem pública, outra a realidade pessoal ou profissional. O comportamento nos tolhe a liberdade quando queremos “parecer” alguma coisa. Eu não quero “parecer” nada. O mundo é de todos nós, não lhe devemos nada. Somos todos livres, só é escravo de si mesmo quem quer, dos outros se não pode evitar.  

Isto vem a propósito de minha defesa da Democracia Participativa, que merece toda a credibilidade pelo que ela é - e de minha credibilidade nessa defesa - apesar de meu lado brincalhão em outras oportunidades. Mas, independentemente de tudo isso, a grande verdade é que somos vistos - sempre - não como somos, mas como as pessoas nos querem ver. Então, podemos ser surpreendidos - e até sem jamais entendermos - que a partir de determinado instante, alguém nos interprete como não somos, ou digam que associamos idéias ou reclamações que nunca quisemos nem pretendemos associar.

Isto não vem a propósito de nada mais do que a associação de meu perfil de postura séria - quando devo ser sério - e de minha postura de sujeito de bem com a vida, alegre e brincalhão, quando assim me posto, sem que uma dessas características influencie na outra. Sei que é pedir muito, mas é esse o favor que peço a meus amigos.

Abração a todos, beijos para todas.

RR 


  1. O Que falta para uma revolução ?                                                                                                      

      Nunca vi em toda a minha vida, nem nunca ouvi falar que em qualquer lugar do mundo algum governo tivesse feito tanta coisa errada... Projetos que começaram, onde se gastaram verbas trilionárias, e nada foi concluído...

- O minha casa minha vida, está com grande parte de casas invadidas, quem comprou não pode nem vai pagar...
- As obras do PAC empacaram e nem se fala mais nisso... Embora o Nordeste continue como sempre sem água. 
- As verbas da educação são usadas para passeios da Marta Suplicy e dos amigos
- o Senado continua sem trabalhar como todos fazemos, de segunda a sexta
- a justiça não condena, e quando condena, depois solta e livra
- A Saúde pública não funciona nem com mais mais mais mais mais médicos, porque o sistema está falido, não há nada, equipamentos quebrados, outros sem operadores...
- Nunca se assaltou tanto, se matou tanto, se venderam tantas drogas como agora... Não há policiamento efetivo. O que há é policiamento defendendo prefeitos, senadores, Bancos... E olhe lá... 
- Os crimes de corrupção sucedem-se sucessivamente sem cessar todos os dias...
- Gente condenada ainda vota no Senado e de lá não sai... 
- No senado se vota tudo o que é de somenos importância, e nada se vota para modificar este estado de calamidade pública...
- A Presidente continua demonstrando em seus discursos uma falta de conhecimentos, de objetividade, de credibilidade, denotando uma falta total de cultura, colocando-nos em dúvida se sabe ler e escrever... 
- A Inflação está temporariamente contida, mas todos sabemos que vai explodir quando a Petrobrás puder aumentar o preço da Gasolina, antes que vá à falência... 
- O estado continua doando verbas bilionárias (já passa de seis bilhões de dólares) a países cujos governos são reconhecidamente ditatoriais... 
- Nossa dívida externa e interna são maiores do que no final do governo do FHC... 

Sinceramente... Dá o que pensar, porque por muito menos Collor foi expulso do governo... O que falta para uma revolução? 

RR



segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Pintando um quadro

Pintando um quadro
(Acompanhe a pintura desde o início)

Não é fácil, mas é incrivelmente transcendental a criação de um quadro por mais simples que seja. Comecei a pintar tardiamente, já vivi da venda de quadros por alguns anos graças à complacência de alguns amigos e desconhecidos, e sempre achei que meus quadros deveriam ser vendidos por preço baixo, mas que valiam muito mais do que isso. E assim foi. Já tive Marchand rondando a minha casa, mas prefiro não me lembrar se declinei ou se ele disse que "talvez mais tarde". Pinto para mim, para minha família, para meus amigos. É sempre um doloroso prazer, porque desde a escolha do “tema”, passando pelo tamanho da tela, até a escolha dos motivos, os traços que orientarão a pintura, até a escolha das cores, e a pintura em si, vai um longo penar saboroso, uma epopeia  que termina sempre quando deve terminar: Quando olharmos o quadro, olharmos o resultado e dissermos para nós mesmos: Está pronto! Não mudo nem mais um traço, uma cor, uma sombra.

Costumo trabalhar com tinta preta, branca, azul, amarela e vermelho, e embora nem sempre, uso sombra queimada ou sombra natural. Nada mais. Sou da opinião que estas cores são suficientes, embora o preto e o branco não sejam “exatamente” cores. O branco é a soma de todas as cores do espectro da luz solar. O preto é a ausência de qualquer cor. Pincéis, sempre proporcionais ao tamanho das telas: Grandes, médios e pequenos para telas grandes, somente médios e pequenos para telas pequenas. Um outro tipo espátula, os outros normais. Se eu fosse muito bom pintor, usava apenas um pincel e meus dedos, que, aliás, também uso de vez em quando. Passei anos pintando a óleo e quase fiquei viciado com o odor das tintas e solventes. Houve pintores que ficaram doidões com isso. Agora só uso tinta acrílica, mas nunca me atrevi a fazer minhas próprias bases para tinta. Então vamos lá, recomeçar, porque há cerca de cinco anos que não pinto um único quadro.

Há duas pessoas em particular que amo, em primeiro e único lugar, desde que nasceram. Evidentemente que se trata de meus filhos. Na sala de minha filha, achei que faltava um quadro. Lamento se minha vontade de lhe pintar um quadro para a sala lhe possa tirar a vontade que tivesse de escolher um em particular que fosse de seu gosto. Afinal, como pintor e valor no mercado quem sou eu? Pouca coisa, porque poucos me conhecem. Mas cuidadosamente lhe falei de minha ideia e ao que parece foi bem acolhida. O problema agora, se existir, será no resultado. Como sou engenheiro, sou sempre fiel aos projetos quando aprovados e sempre os segui fielmente, exceto quando descobri falhas. Meus quadros são “eu mesmo”, e, portanto os pinto com falhas e tudo o mais que qualquer crítico não aprovaria, literalmente, com “bons olhos”.

  1. O tema

Quando lhe falei disse-lhe: Maibizinha estou pensando num quadro que seja alegre, que transmita paz, tranqüilidade, arte, conhecimento, humanidade. E ficou nisso mesmo, porque eu iria escolher o tema. Pensei em dança clássica (minha filha é apreciadora e praticante). Numa conversa por telefone ela me disse: - Pai... Estou tendo aulas de Lindy Hop [1] e estou amando. Se não conhece, vai na net (a salvadora de todas as dificuldades de conhecimento, embora se encontrem barbaridades gritantes) e procurei. Mandei-lhe fotos. Não lhe falei do fundo que escolheria. Disse que gostara de todas. Então comprei a tela, as tintas (as minhas estavam velhas) e quatro pincéis. A tela, dadas as dimensões amplas da sala e o tema, tem as dimensões de 60 x 80 cm.

Na medida em que o quadro evoluir, postarei fotos tiradas com uma câmara rasca que tenho para a NET, mas que serve para não me copiarem a imagem. O tema então é “Lindy Hop em N. York”, e aí está a primeira imagem do primeiro passo da pintura, em 07 de outubro de 2013, às 05:00 da manhã.

Se estiverem interessados, acompanhem, e se não gostarem podem postar no blog as vossas ressalvas ao trabalho, que serão certamente apreciadas.

© Rui Rodrigues

Fase- 1 


Fase 2 - Esboçando o primeiro plano... Nada nos atrapalha nesta vida. Tudo, na verdade, coopera para o nosso conhecimento e experiência. Sarkye se encaixa nesta filosofia de vida. Sem ela este quadro jamais seria como irá ser... Seu espírito analítico é sensacional.. 




E o esboço, já com o primeiro plano, ficou assim ... (espero que gostem) 





Fase 3 - Sei que o pessoal ainda está dançando e o sol já está nascendo em N. York. Preparo então as tintas que servirão para pintar o fundo do céu. Pinta-se sempre o que está no ultimo plano, e vamos pintando até chegarmos ao primeiro plano. Há que ter cuidado com as quantidades de pigmento para não fazermos pouca tinta ou nos excedermos. Sarkye, cansada de me aconselhar, olhando para cada pincelada que dou, fica sedenta e se aproveita da água de um dos copos que sempre mantenho limpa, caso precise recolher tinta do vidro de pigmento virgem, com o pincel , para adicionar à tinta já preparada para lhe dar o tom que busco.. 




 Mas a fase 3 ficou assim 




Eu já sei como o quadro vai ficar quando estiver terminado. isto é, mais ou menos. Afinal sempre inventamos alguma coisa, ou modificamos um tom. No caso, as cores são apenas de fundo, porque o quadro que pretendo ficar deverá ser "brilhante" com luz e sombras, num estilo que defino como "ingênuo gótico" e que julgo ter criado se não for muita pretensão  de minha parte . E pensando nisso, louco para ver o fundo pintado e começar logo os acabamentos, não consegui dormir. Nem eu nem a Sarkye... E ficou assim a fase 4 com os fundos pintados grosso modo, da cidade de Nova York dos anos trinta, onde gente branca se juntava a gente negra para dançar o Lindy Hop. Eram anos loucos, e eu aqui pintando. Deveria estar lá, mas faltaria muito para eu nascer, e meu pai era um garotinho que há pouco começara a andar. 


Fase 4 - Não há muita preocupação em seguir exatamente os traços dos personagens, porque ainda vamos voltar a pintar o céu ( o plano mais longínquo, os prédios e finalmente os personagens.)





Pintura é um caso muito sério.. Por vezes não dá vontade de parar. Foi assim que estendi meu período sem dormir até as 12:30... Trabalhos inesperados que tive que realizar.. Mas entretanto, dei uma melhorada no céu, pintei o fundo de partes de prédios na sombra, iluminei a torre do Empire State Building... E cheguei à fase 5


Fase 5- Aí está





Fase 6 - pintando manchas pequenas - janelas

Hora de começar a pintar as janelas dos prédios. No centro de Manhattan a maioria é de escritórios. Muitas salas estão com as luzes acesas. Há gente trabalhando. Nos meus tempos de engenharia ficava muitas vezes até tarde e não raro me passava pela cabeça que seria melhor estar lá fora, fora do prédio, onde todos estariam àquela hora, indo para casa, jantando fora, dançando... Mas eu tinha uma carreira, uma família recente, e o trabalho tinha que ser efetuado de forma correta, no prazo, na qualidade, dentro dos custos previstos, o que me proporcionaria melhores salários, progresso na carreira. Sou seguidor fiel de projetos.   Ao pintar estes prédios, uma trabalheira insana de janelas e mais janelas, umas mais claras, outras mais escuras, e o desperdício aparente de pintar janelas de luz apagada, onde ninguém está trabalhando à hora que o quadro pretende representar. Mas tenho que terminar a pintura das janelas se quiser chegar ao prazer final de pintar a gente que dança nas ruas o Lindy Hop, o ponto alto do quadro. Ainda vai demorar uns dois meses para acabar. 





Hoje é quarta-feira, dia 09 de outubro. Foi um dia puxado. Olhando o quadro vejo que em alguns edifícios andares inteiros estão iluminados, enquanto lá fora, alguns indivíduos se divertem. Realmente, não é necessário que todos trabalhem ao mesmo tempo e outros se divirtam ao mesmo tempo, mas nesses andares, o trabalho é duro. O dinheiro que neles se ganha serve para gastar em diversão, também, e os impostos sobre os salários e lucros, constroem e mantêm cidades inteiras. Para trabalhar até essa hora, há dramas nas empresas , quer porque se trata de um trabalho para ser entregue em curto prazo e os trabalhos correspondentes estão atrasados, ou por outros motivos. Já passei por isso durante várias décadas. Mas neste meu quadro existe a tranquilidade do trabalho bem feito na realidade do dia a dia dessas décadas, das dificuldades vencidas, e da determinação de não querer voltar a passar por isso. Foi estressante!... Mas não conto mortes entre meus subordinados, não conto atrasos em minhas obras, não carrego o fardo de custos extras na sua execução. Meu quadro não será vitorioso, mas eu sou. Minha família também é vitoriosa. Não importa quanto custe, desde que seja de forma honesta. 



Creio que o quadro chegou ao ponto que todo artista gosta que chegue: Quando começa a falar como criança, e a pedir “coisas”, que uma parte seja pintada de determinada forma, que se retoque um pouco ali e ali, antes de seguir em frente. Alguns quadros meus não chegaram a este ponto e jazem no lixo, nem sei onde. A culpa, evidentemente, é do quadro e não minha.


Uma receita de Purê de batata frito.


Não sei se já ouviram falar de “purê de batata” frito. Não? Não admira! Acabo de inventar. Peguei uma batata grande, das maiores que existem nos supermercados, e pus para cozinhar com casta e tudo, cortada em quatro rodelas evidentemente generosas. Depois que ferveu, tirei-lhes a pele, amassei com um garfo (olha aí o purê), misturei um ovo inteiro, meia cebola picada, duas colheres de sopa de queijo ralado, sal, misturei tudo bem misturado, apanhei uma frigideira grande. Passei-lhe um fio de azeite e levei ao fogo. Não costumo comer nada frito, razão pela qual me posso dar ao luxo de fritar alguma coisa de vez em quando. Ao “fritar” o purê pode acontecer que agarre no fundo. Não tem problema. Vá raspando com uma colher de teflon na medida em que o fundo vá apresentando uma cor de “frito”.  Depois de pronto fica como se fosse uma “farofa mole”. Quando já não houver ovo mole na mistura, estará pronto o purê frito. O bife se faz de qualquer modo de acordo com o desejo de qualquer um. Este meu amado bife de hoje, que a vaca descanse em paz, foi passado na frigideira apenas com um fio de azeite, sal e um dente de alho. Fiz uma salada de tomate e cebola, temperada com azeite, sal, limão. O pão, que não costumo acompanhar com comida, é meio trigo e meio fubá, fermentado com aquele de pacote, em forma de bolinhas. O fubá de milho é uma homenagem aos incas que praticamente só comiam milho, não tinham vacas, e conseguiam respirar a mais de 3.800 metros. Eu também já consegui, no Chile, mas não passava lá mais do que dois dias. Já em Bogotá, raramente passava dos 2.640 metros de altitude, coisa que somente acontecia quando eu subia para o quarto do Hotel pelo elevador interno panorâmico .


Acabei de almoçar, e voltei ao meu quadro.. Vejam como ficou a parte 7 da pintura  

FASE 7   




Nada de novo na fase 8, a não ser mais janelas nos prédios. Já poderia estar mais avançado, mas sinceramente, pintar janelas repetitivamente - e são tantas - não é das coisas mais agradáveis.. É uma fase dura de ultrapassar. A vontade de pegar nos pincéis é pouca... Mas ânimo!!!! temos que pintar as janelas e ainda vamos voltar a elas antes de pintarmos de novo o céu, e acabarmos o quadro com o primeiro plano concluído.. 


Fase 8 - ficou assim...(em 10 de outubro às 17:40)





Pintar janelas exige muita disposição e paciência que por vezes nos faltam... Por isso, depois de enorme esforço, porque estou ansioso para pintar os protagonistas do Lindy Hop, lá vai mais um pouco de janelas pintadas, umas iluminadas, outras com pouca luz, outras ainda apagadas.. 


Fase 9 - Mais janelas e ainda falta muito. 




Então vi que não estava como "deveria" estar e perdi algum tempo (ou ganhei) refazendo algumas partes da pintura dos prédios e janelas.. 


Fase 9 - a ....... E ficou assim




E nesta fase da pintura, minha amiga Sarkye fica cansada de olhar tantos retoques, pintar janelas, e muda seu comportamento para o estado de "dorminhoca".




E a fase 9-b ficou assim....



Sarkye, minha amiga gata nem percebeu, mas cheguei à fase 10 enquanto ela dormia... E ficou assim:


Fase 10 - Alguns arremates no fundo, que ainda não concluí. 




Passei  um par de dias encrencado no quadro: Pintar a parte inferior com os reflexos do Rio Hudson, ou com carros da época? Ambas as hipóteses tirariam o enfoque principal nos bailarinos de Lindy Hop... Minha filha Maibi me deu a solução: Pintar os carros em "silhuetas"... E isto me remeteu para as revistas em quadrinhos de Walt Disney, do Mickey e do coronel Cintra.... O primeiro carro aparece no canto inferior esquerdo ainda em "borrão". Uma camionete Ford de 1930... 


Fase 10.b Pintando carros de 1930 em silhueta....




Detalhe do "carro".... 





Nada ainda acabado. No quadro tudo são ainda manhcas... E às 19:35 de 17 de outubro as manchas dos três automóveis lançados pela Ford em 1930, já estão delineadas. Este quadro não termina antes de mais ou menos dois meses... Muita coisa para pintar, retocar... Mas a ideia de minha filha foi realmente sensacional... Pintar os automóveis em "silhueta" como se estivessem na sombra... Assim os bailarinos irão brilhar e "sobressair" bo quadro como primeiro plano de fato, dando profundiade á imagem...  E assim ficou a fase 10-c 


Fase 10-C - os três automóveis em silhueta...




Acabei fazendo o que não deveria, mas há um ponto em que realmente não dá para segurar... E pintei dois personagens sem ter acabado o plano que está por detrás deles. Há como continuar sem problemas embora exija mais atenção... E a fase 11 ficou assim...

Sarkye olhou, gostou, mas se voltou para mim assustada e disse: - Vai com calma, cara!!!! Não poderias esperar mais um pouco, acabar os fundos e pintar o primeiro plano?


Claro que ela tinha toda a razão....





Fase 11 - Dois personagens em início de pintura.





Em nenhum momento pintei sem ter vontade de pintar ou sem saber o que pintar, como ou onde. Qualquer defeito n pintura é também de minha propriedade e responsabilidade. Perdi tempo olhando para ele e perguntando-lhe o que desejava, que cor gostaria mais de ser pintado. A moça do centro, por exemplo, disse-me que seu vestido era bege com listras verdes, mas que poderia ser branco com listras verdes. Preferi o bege para não ofuscar as luzes dos prédios em frente. O casal posou para a revista Life de 1930 e a capa saiu em preto em branco. O Lindy Hop estava na moda. O terno do rapaz deveria ser cinza, mas preferi o amarelo com a calça marrom para contrastar com os prédios.

Quando achei que tudo estava como tinha previamente idealizado e agora detalhado com mais acuidade, pintei. Ainda há muito trabalho para fazer, e o prazo de dois meses parece que se estica. Vai demorar mais do que isso...


Mas quando o quadro estiver pronto, olharei para ele, e me responderá:- Pode assinar. Estou pronto!  E ficou assim a fase 12.

Fase 12 - Esboço de pintura de fundo dos personagens e escolha de cores


Pintando meu quadro e os pensamentos voam... De vez em quando pego um desses pensamentos e o apreendo, analisando-o e vendo se é ou não aproveitável. Aprendi isso com meu pai, o Gabriel.  Um dia lhe disse que me assolavam muitos pensamentos que fluíam naturalmente, mas que eram tantos que passados momentos me lembrava de um ou dois que me haviam ocorrido, quando muito. Então me disse para que, quando um deles, só um, fosse interessante, parasse o meu diálogo interno e me fixasse nesse apenas. Deu resultado... E o pensamento que me ocorreu agora foi que estamos ficando insensíveis a tudo. Olhamos para o próprio umbigo e não vemos nada mais além de alguns dias à nossa frente. Procuramos novidades, coisas novas que nos despertem o interesse... Mas que coisas novas há além de um ou outro I-Pod ou artefato moderno? ... ... ... Nada!!!!
Não aparecem novos filósofos, novos pintores espetaculares, artistas transcendentais, políticos respeitáveis dignos de nossa admiração... A arte parece estar dependente dos favores do Estado. 

Chega a parecer que nosso espírito inventivo se acomodou na lerdeza de pensamento, na mesquinhez do dia a dia, e o que nos interessa está no imediatismo, no lucro imediato, o amanhã é uma certeza igual à de hoje. Nada mudará... Cerca de 200.000 já se inscreveram para ir para Marte. Pode ser uma boa idéia. Aliás, creio que a humanidade e a economia do mundo poderia caminhar nesse sentido: Nos tirar deste atoleiro em que a humanidade se encontra hoje, uma nova Idade Média.


₢ Rui Rodrigues  

Mas a fase 12-b ficou assim, com a novidade do velho Ford Azul necessitando apenas de alguns retoques. Estou numa fase em que começo a amar o meu quadro e a conversar com ele, tentando perceber o que deseja que eu pinte e como... Já vou dando retoques em partes retocáveis para aproveitar a tinta quando ela está quase no ponto certo e posso aproveitá-la adicionando apenas um pouco, uma gota, um pingo de pigmento para a levar para o tom certo...

Fase 12 - b - O velho ford relembrado. 


Pintar não é só pintar um quadro... Há outras circunstâncias que envolvem esses momentos. O pior deles é o tal do "lanhaço".. Eu faço aq minha barba com lâmina das antigas, uma navalha... E apressurado para dar mais uns retoques, tomei uma chuveirada de cascata no chuveirão ao ar livre na área da churrasqueira, e fui fazer a barba depois... Me cortei, mas isso foi um prazer. Logo eu que tenho mão firme e não treme nem para pagar conta em banco... E assim dei pelo menos uns mil retoques: O rosto do bailarino da esquerda, as calças do bailarino do centro, as rodas do carro azul, o realce do carro amarelo, o fundo dos tênis da moça da direita, janelas, e o céu para adequá-lo à iluminação geral do quadro... Olhos atentos poderão ver retoque por retoque comparando as fotos 12-b e 12-c... E ficou assim a fase 12-c


Fase 12-C -- Mais retoques do céu ao primeiro plano.. 





Fase 13 - Mais alguns avanços de detalhes


1- Detalhe da pintura do céu





2 - Detalhe do casal de azul e vermelho e da camionete ford




3- Detalhe da moça que foi capa da Life de 1843. O de macacão é Frankie Manning, ainda vivo. 




A fase 13 estpa agora assim 






Fase 13-a


Começando a pintar o Frankie Manning (no lado direito do quadro). Ele é muito alto e forte. No centro, troquei a cor das calças de Dean Collins. E ficou assim. Mas ainda falta muito para acabar... Por isso, ao olhar a obra, não desanimem. Vai ficar muito melhor.. 




Este é o detalhe do grandalhão Manning (ainda não acabei)




Fase 13-b - apenas retoques 





E as pernas da morena ficaram assim 




Fase 13-C -Corrigindo erros


Não fiz estudo prévio de cores. Deveria ter feito. Imaginei o quadro em "minha cabeça" e comecei a pintura. para dar mais realce a pessoas e objetos, bem como para não perder detalhes que poderiam ficar dissimulados por causa da intensidade e pigmento das cores, tive que mudá-las na roupa do bailarino central, dando mais realce, também ao carro ford que está por detrás dele. Agora aparece mais, também...  E ficou assim (ainda longe de acabar, porque faltam os detalhes de luz e sombra)





E o detalhe, desta forma 




Fase 14 - Só falta acabar o carro verde e o piso. O resto, é ficar todo o dia olhando o quadro, ver detalhes e corrigir, melhorar, corrigir, melhorar... Até ele me dizer: Estou pronto!.. Não podes fazer nada melhor... 






Mais um detalhe 



Fase 15- E última - Agora só retoques e ver onde errei. As rodas do carro verde precisam ser retocadas.




Mais um detalhe





E já recebi os conselhos da Sarkye, minha " crítica ", sobre como devo tratar o quadro no final, quando tudo estiver pronto 




Fase 15- a - Aproximando-me do final do quadro... Hoje trabalhei mais


Final do quadro-  Limpei minha mesa de pintura, vou pousar o quadro sobre a mesa de trabalho  e passar verniz para realçar as cores, proteger a pintura. Por isso a data de término do quadro a considerarei como hoje, dia 31 de outubro de 2013. 

A seguir as fotos que "colaboraram" para esta obra:


1- Vista da cidade de N. York ao entardecer (ou amanhecer) 



1 111 














2 - Frankie Manning E Norma Miller, quando apresentaram seu "passe voador".
















3 - Kevin e Carla - já nos tempos recentes










4- Dean Collins e (provavelmente) Jewel McGowan ou a própria Norma Miller.




















os automóveis são todos marca Ford dos anos 30. 



E o quadro ainda sem o verniz (é o que lhe falta) ficou assim. Peço desculpas mas minha câmara atual é mais deficiente do que eu na pintura.. 





Espero que tenham gostado, e agradeço as visitas.






[1] Para quem não conhece Lindy Hop, uma dança de rua, popular, nascida nos EUA entre os anos 20 e 30, favor consultar http://www.youtube.com/watch?v=mBdAuXr4ssQ