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quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Porque qualquer um pode ser Presidente, Vice-presidente, ...

Porque qualquer um pode ser Presidente, Vice-presidente, ministro, senador, deputado, vereador, prefeito...

Não é necessário ser ilustrado, fazer cálculos matemáticos, entender de medicina, de administração, de filosofia, ou de qualquer outro ramo das ciências exatas ou não exatas, mas muitos de nós não percebemos a razão desta “não necessidade” de um deputado, por exemplo, não precisar entender nada de nada, podendo ser completamente analfabeto, ou ser jogador de futebol que não pagava a pensão alimentícia à mulher...

Não percebemos as razões porque nos falta educação. Não percebemos porque nos obrigam a viver sempre de esperanças em governos melhores, e quando os candidatos passam apregoando o que vão fazer por nós, em “seu” governo, votamos neles, com toda a nossa ignorância e todas as nossas esperanças, dizendo a nós mesmos: “agora vamos” !!!

Não vamos... Assim, não vamos, não iremos! E nem importa quantas passeatas se possam fazer por dia, por mês, por ano...

Não vamos, não fomos e não iremos, porque não existem representantes no senado que representem todas as profissões que existem neste Brasil. Eles são 81, os senadores, e existem muito mais do que 81 profissões da classe trabalhadora, algo em torno das 800...  Aliás, são poucas as profissões que  têm seu representante no Senado que “entenda” das necessidades de cada profissão... Os profissionais de nossas ruas, fábricas, empresas, comércio... Não estão representados no Senado, nem na Câmara de Deputados, nem nas câmaras de vereadores.

Não vamos, não fomos e não iremos, por que esses senhores e senhoras que nos governam fazem parte de um sistema de governo que não foi desenhado para representar – Mas dizem que sim, e chamam a esse tipo de democracia, de Democracia Representativa – pelo próprio modelo: Alguém indica os candidatos, sai pelas ruas apregoando as vantagens de escolhermos tais candidatos, e pela simpatia votamos neles a cada quatro anos... Mas quem os indica?... São os chamados Partidos Políticos, as chamadas “bases”. Lá, nos escritórios, aparentemente á margem do governo, os candidatos são instruídos sobre o que fazer, como fazer, para ganhar as eleições, são maquiados, mudam de roupa, vestem-se de suas novas personalidades: Já não são operários, nem engenheiros, nem médicos, nem nada... Agora são candidatos e acabaram de perder a representatividade porque agora representam os Partidos que os elegeram.

Não vamos, não fomos e não iremos assim, a lugar nenhum nos próximos dois mil anos... Por quê?

Porque já no Senado, nas Câmaras, nos ministérios, a realidade é diferente da realidade das ruas, das praças, dos escritórios das nossas cidades, ou das agremiações de pequenas vilas do interior. Lá, no Senado e nas Câmaras, cada “representante” eleito ou indicado pelos que governam, devem atender antes de mais nada, aos seus Partidos, aquelas instituições que cuidaram tão bem das eleições, que angariaram fundos para pagar as despesas da eleição e que tão bem cuidaram da imagem dos candidatos... Nesses Partidos, gente experiente ligada à mídia, à moda, ao comércio, continua ligada àqueles que contribuíram com tão elevadas somas de dinheiro, “investindo” nos candidatos, e que tanto retorno lhes exigem depois de eleitos... os lobbies de que tanto se fala, e que agem nos corredores do governo, têm agora a mera função de cuidar de seus interesses: os acordos foram feitos antes, muito antes, durante as eleições: verbas, dinheiro, em troca de votos populares... Agora, já nos corredores, cuidam para que esses interesses sejam cumpridos pelos candidatos, e, em dia de votação no Senado, por exemplo, lá estarão vendo seus candidatos votar conforme instruído aos partidos, que por sua vez instruem os candidatos eleitos...
Por isso, poderiam colocar no senado uns robôs bem maquilados, com voz de papagaio, para acenarem com a cabeça mecânica para cima e para baixo se de acordo ou a abanarem para os lados se em desacordo... Não de acordo com o povo, mas sempre de acordo com o partido.

Por isso votam a favor dos aumentos de seus próprios salários, no aumento dos impostos, equipamentos de saúde não funcionam e ficam guardados em depósitos- tal como ambulâncias, aceitam alterações à Constituição através de Medidas Provisórias, aprovam a privatização através de contratos de pai para filho que mantém as nossas estradas em péssimas condições, bairros inteiros sem infra-estruturas, professores mal pagos, bolsa família que só dá pra um... Todos nós sentimos no estômago, na nossa saúde e no nosso bolso, o que é essa tal representatividade dos governos... E não importa qual o partido no governo: candidato eleito faz o que o Partido lhe manda fazer. Partido manda fazer o que os financiadores de campanha lhes dizem para fazer... E assim o dinheiro de nossos impostos se esvai sem que vejamos algo de bom ser feito com ele...

Está na hora de começarmos a gritar pela Democracia Participativa: o cidadão dando seu voto a qualquer hora do dia, com força para eleger/deseleger e aprovar/desaprovar, para que esteja assim devidamente REPRESENTADO nos órgãos de governo... Somente a Democracia participativa pode representar o povo...

(Sobre Democracia Participativa, por favor ver em http://conscienciademocrata.no.comunidades.net/
http://www.causes.com/causes/632542-junte-se-democracia-participativa/members

Rui Rodrigues

terça-feira, 13 de setembro de 2011

O que somos nós. E a humanidade?

O que somos nós. E a humanidade?




Somos um animal enorme, com cerca de 6.700.000.000 de células no corpo neste ano de 2011, de referência duvidosa porque existimos há mais de 4,5 bilhões de anos. Somos um gigante que vive em cinco continentes; consegue nadar e até viver debaixo de água; constrói artefatos que voam a milhares de quilômetros por hora; Já fez e fará viagens para além da atração da Terra, e se prepara para colonizar os planetas do sistema solar; descobriu grande parte das ciências escondidas no Universo e as usa para evoluir e se desenvolver; prolonga o seu tempo de vida, que nos primórdios da civilização era em média de 35 anos e hoje já alcança os 80; conseguiu descobrir a fala como meio de comunicação e inventou a escrita porque falar era muito pouco para se comunicar; descobriu que temos uma alma, um espírito, e olhando para o pouco que restou das espécies e das florestas que fomos destruindo ao longo da civilização, achou que temos algo de Deus, um Espírito Santo, um espírito que é eterno e que se sobrepõe e domina a tudo o que existe...

Somos o Máximo! Somos o supra-sumo da criação divina. Nada há de melhor no Universo do que nós...
Olhamos para o céu, nossos narizes empinados, cada célula, ou seja, cada ser, uma individualidade. Somos o único ser que tem tantas cabeças quantas as células, mas não tem forma definida, e se todas as células morrerem, exceto um casal de células, o ser continua vivo... O progresso de este ser imenso foi tal até os dias de hoje, depois de um percurso longo de cerca de 4,5 bilhões de anos, que mesmo que o casal sobrevivente fosse do mesmo sexo, assim mesmo a humanidade não morreria... A descoberta da ciência da genética garante a clonagem, a produção de fetos masculinos e femininos. Parece que a humanidade se dissocia e livra das leis da natureza às quais esteve dependentemente amarrada pela ignorância... Somos seres pensantes, que descobrimos as leis da natureza uma a uma, pouco a pouco, mas só alguns de nós, pelo estudo, conseguimos sair da ignorância comum e descobrir os segredos do Universo... Urge sermos mais inteligentes, e levar o ensino a todas as células da humanidade.A sua sobrevivência – a da humanidade – exige cada vez mais a inteligência e menos a força...


Nada se conhece ser maior e mais inteligente no Universo do que a humanidade terrestre. Ainda não. Mas o que entendemos como inteligência, essa capacidade que aparentemente temos de entendermos o que somos e qual a nossa finalidade neste planeta ou no universo?
Inteligência deveria ser antes de tudo a capacidade que cada um tem de perceber o mundo em que vive e ter a noção de que, com o ritmo atual de destruição da natureza e com o ritmo atordoante de crescimento populacional, em poucas centenas de anos estaremos extintos por falta de espaço, de alimentos, de ar para respirar e água para beber... Descuidamos tanto destes aspectos, que a única conclusão plausível, é que não temos sido inteligentes! Inteligência deveria ser no inicio de tudo, ter a percepção de que não podemos trabalhar para nosso único e exclusivo benefício, ou de grupos, sociedades, porque vivemos em sociedades maiores, nações,e se um tem, todos têm o direito de também ter. Quando não podem obter pelo bem, alguns usam a força. Dizem os que obtiveram primeiro, que os outros são invejosos, e dizem estes que aqueles são ambiciosos. A nível de indivíduos, os excessos costumam ser julgados pela lei das sociedades, quando existem e são justas. A nível internacional de nações costuma haver guerra por uma razão muito simples: cada nação em contenda acredita que pode ganhá-la... Ilusão! A história Universal da humanidade tem trazido enormes surpresas, porque fortes ou fracos, com razão ou sem razão, têm sido derrotados, e a nível internacional, perdido batalhas, guerras...Das guerras, sempre sobram indivíduos na família, no grupo, na sociedade, na nação que perdeu, para recomeçar mais ou menos confortavelmente, e depois que os mortos são pranteados, o seu crescimento e a sua evolução.
Porque perderam tempo na guerra e na evolução de suas sociedades? Porque não perguntaram aos indivíduos se desejavam ou não a guerra.


Estamos, nós, indivíduos, sendo mal governados, reféns da história e da inércia que tem arrastado a mesma forma de governo ao longo dos séculos: pequenos e gordos reis; pequenos e gordos primeiros-ministros; pequenos e gordos senadores; pequenos e gordos políticos que nos gritam em campanhas gloriosas que vão cuidar de “seu” povo, como se o povo lhes pertencesse, e como se tivessem o dom de representar o povo...
Quando na Grécia antiga, descobriram a Democracia, que se destinava a ser o governo do povo, pelo povo, para o povo, logo perceberam os sofistas que na mão do povo haveria progresso mas não dinheiro e poder de decidir para as classes dominantes, e re-inventaram a democracia, transformando-a de participativa em representativa... Vivemos assim até hoje... Os governos não nos representam porque não nos deixam votar... Vivem os governantes não divididos, mas unidos em partidos políticos que entre si dividem o poder, as decisões, hoje, que temos à disposição a Internet, a computação, as redes sociais, todos os mecanismos eletrônicos para podermos votar a qualquer hora e dizermos o que queremos e o que não queremos a qualquer hora do dia ou da noite...


Temos o progresso, mas as leis que usamos ainda são da época do “Pater Familia” romano, de cerca de 4.500 anos atrás, em que o governo era usurpado pelas famílias tradicionais (os patrícios) e havia escravos... As Constituições excluem o voto popular nas decisões de Estado... Precisamos progredir, porque não nos represenam como queremos e sim como querem, sem que tenham na maioria das vezes, mais conhecimento do que a média popular... A Humanidade quer progredir...Nenhum governo pode impedir a vontade do povo... Queremos votar em tudo! Queremos dizer aos governantes o que queremos, como queremos e quando queremos, sem precisarmos explicar por que queremos.

Reparou no modo de votação lá na imagem, no início deste texto? percebeu agora como é fácil que os cidadãos votem em tudo nesta nação? Pode entender ainda melhor no site cujo link se indica a seguir  

http://conscienciademocrata.no.comunidades.net/

® Rui Rodrigues