Dias bons são estes, de raios e trovões, o troar de ondas na costa, gaivotas piando a caminho de refúgio em terra, Faróis de tranquilidade e norteamento, quando se está em casa, uma boa chávena de chá quente com biscoitos, um café com nada. Se houver uma música de fundo, melhor, e uma boa mulher boa pra levar uma prosa, melhor ainda...
Aguça a inteligência, provoca o conhecimento.
Os trovões são ecos dos raios. Não trazem temores porque são letalmente instantâneos e indolores, e nos levam a sentir o prazer de sermos sobreviventes num planeta assim tão hostil, e que nem os maus bofes do tempo nos conseguiram destruir...
O que nos poderá realmente destruir???
Entre vírus e bactérias, a peste negra, a febre amarela, a AIDS, o ebola, dentre outros, tentaram, mas nossos médicos largaram as ladainhas dos templos e foram para os laboratórios para nos salvarem sem precisarem ser crucificados...
Entre armas e projéteis, inventaram de tudo, desde lançadores de pedras e fogo, até torpedos, mísseis e bombas atômicas. Nada nos atinge de forma definitiva porque os "estadistas" - e não os políticos - estão sempre atentos desde a ONU à OTAN passando pelo tribunal de Haia...
O que nos pode matar pode ser o "suicídio coletivo" mediante a desagregação da humanidade, como uma enorme "união" de indivíduos de mesma espécie. Mas isso já começou ... Estamos num momento crucial de todos contra todos e contra tudo...
Não escutei nada de revelador nos ecos de raios e trovões... O que escuto é o chiar irritado do mar avançando sobre pedras, areias e casas.
Rui Rodrigues
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