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segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Tretas assuntadas, artigos salpicados, o mundo a rodar.

Tretas assuntadas, artigos salpicados, o mundo a rodar.

De vez em quando junto alguns assuntos, e resolvo publicar muitas vezes nem sei por que razão específica ou em particular. Outros pretendem ser muito claros.


1.      Estou em greve... Cago no Ganges !




Enquanto a Índia continuar com o sistema de Castas, não meditarei mais, nem farei Yoga, não direi palavras como Ācārya, Adharma, Ahiṃsā, Ārya, Avatāra, Bhakti... Só para começar pela letra A....
Mas Avidyā eu direi... Porque o sistema de castas é uma Avidyā.!!!!!
Culturas respeitamos até certo ponto: Até o limite do que é humano e do que é desumano... Até lá, cago no Ganges !.
E cago no Amazonas, no Tejo, no Mississipi, no Loire, no Zambeze e no lago Titicaca.... O sistema de párias, de castas, nestes lugares, existe, mas é disfarçado, camuflado e os políticos não dão a mínima importância.

  1. Mais duas mortes em abortos.



Creio que há muitas mais (vítimas, mortes), mas por vergonha, medo ou por qualquer outro motivo, não sabemos delas. O aborto ilegal propicia o aparecimento da incompetência subordinada à “aventura” do lucro “fácil”... São tantos os crimes cometidos neste país que se toda a população nacional se dedicasse a serviços policiais assim mesmo seria impossível impedir o crime, com toda a população fardada das mais diversas instituições policiais!!!!

Somos assim por natureza. Primeiro vem o prazer do sexo, depois cai a ficha e chega o desespero... Não se pensa antes de transar. Pensa-se depois!... Erro crasso... Fatal!

Por isso sou a favor do aborto legalizado sob regras a que chamamos de LEIS!... Já que não podemos mudar a idiossincrasia humana, o perfil de quase todos nós ou da imensa maioria, ainda agravado pela falta de educação e de instrução, então que, dentro dos melhores padrões morais, se ajude a quem necessita... É assim em países mais adiantados do mundo, onde a religião – que só dá lucro a Igrejas e sacerdotes – fica em segundo plano porque não é deste mundo. Deste mundo somos nós, os humanos que precisamos urgentemente nos aceitar uns aos outros, nos entre-ajudar. No céu não há problemas com o sexo, se é que existe sexo por lá. Vamos nos cuidar por aqui. Sexo já é, por aqui, uma questão de saúde.
No Brasil, o aborto é a quinta causa de morte materna.


  1. Para quem tem o hábito – ou a necessidade – de voar...




Antigamente o serviço de bordo era similar ao de hotéis de primeiríssima classe. Você levava praticamente o peso de bagagem que necessitava. Os aviões eram obrigados a fazer escalas o que consumia muito mais combustível. Havia compartimentos com camas para se dormir, e as pernas se esticavam. Quais as razões de o mercado se ter transformado de tal forma que hoje somos transportados enlatados, pernas encolhidas, uma bolsa de mão e no máximo duas maletas que hoje até se fazem de materiais leves, como pano, em vez dos enormes baús de madeira do passado?

Porque há acordos internacionais “tácitos” (para preservar a “economia”) entre governos e empresas de transporte aéreo. Ninguém reclama, por exemplo, da poluição provocada pela média de 22.000 litros de combustível queimados em cada vôo de companhia aérea... É necessário transportar cada vez mais passageiros, que pouco também reclamam porque sentem necessidade de “voar”, e não têm suporte adequado em suas reclamações quer por parte dos governos, quer pelas companhias aéreas que visam cada vez mais lucros em estados complacentes. O momento mundial é de total compreensão com o mercado, o que é justo, se dentro de limites que não limitem o que qualquer ser humano entende como justo. Não é justo, por exemplo, atrasos substanciais de vôo sem o apoio da companhia aérea que deve proporcionar alojamentos e alimentação, além de compensações. Toda companhia aérea deveria ter uma aeronave substituta em cada aeroporto de escala, para suprir necessidades. Não as têm porque os estados são frouxos na proteção aos direitos dos cidadãos que viajam. Leis existem mas faltam “bolas” para as fazerem cumprir.

Você, que tem acesso à Internet, procure saber como eram os vôos até, por exemplo, os anos 70, e compare... Cada vez os cidadãos são mais explorados pelo sistema que não obriga à proteção de seus direitos. Galinheiros chegam a ser mais espaçosos.


4.      Musica na Caixa, Maestro - 
Ou a Análise final da massa brasileira votante, eleições de 2014.


- aprox. 50 milhões votaram na manutenção do governo
- aprox. 50 milhões votaram para mudar o estado do governo
- aprox. 30 milhões não votaram nem num nem noutro porque não acreditam nos dois (governo e oposição)
Conclusão: Governar ficou mais difícil, e a "base aliada".terá que fazer "negócios" e abranger todos os partidos políticos incluindo a forte oposição.... O que aumentará a corrupção e as fofocas de bastidores.
O Brasil se transformou num enorme harém onde nem eunucos nem escravos com plumas faltarão. Há muita gente que já conhece o código de acesso “Abre-te Sésamo”, e já não são apenas 40 como era antigamente. Esse numero cresceu e muitos mais se lhes juntarão.

Moral da história: Se algo impede ou dificulta a facilidade de se governar sozinho (PT), então vamos gastar a rodos e nos divertirmos todos juntos...Musica na caixa, maestro, que a banda está chegando e o harém inquieto...
Onde anda o Grão-Pará? Já roubaram?

® Rui Rodrigues



sábado, 25 de outubro de 2014

Onde fica Hollywood?


Onde fica Hollywood?



Ah que saudades dos velhos tempos, dos velhos filmes...
De vez em quando assisto a um dos antigos...

Nos tempos em que o Boxe e uma arma de fogo eram os símbolos de defesa pessoal para os quais deveríamos estar preparados, os roteiros de Hollywood incluíam sempre um herói que dava uns bons socos, meia dúzia de sopapos e tabefes bem aplicados, ninguém atirava pelas costas, o mocinho ficava com a mocinha, sempre uma linda artista, embora normalmente ficasse em recuperação física num hospital, em casa, um braço na tipóia por ação em defesa da vida ou da honra da namorada ou da família... Tempos de John Wayne, seu andar de canastrão...Depois os esportes evoluíram muito. O boxe viu desaparecerem John Dempsey, Mohamed Ali e um que mordia as orelhas dos adversários – que lutavam para valer - para darem lugar a “heróis” apenas e exclusivamente de ficção como 007, Steve Segal e meia dúzia de outros cujos nomes de artistas se confundem com os dos personagens, tudo falso...A diferença é que os filmes de “antigamente” assistidos no cinema – na época de seu lançamento - pareciam coisa real. E os beijos, o enredo amoroso? Eram deliciosos... Passávamos o tempo todo do filme para ver se a mocinha (a mulher desejada mesmo sendo do próximo) acabava nos braços do mocinho (no qual nos projetávamos como se fossemos nós mesmos)... Uma delícia ver as pernas da Audrey Hepburn embora as da Marlene Dietrich fossem muito mais bonitas e bem torneadas, com dois joelhos maravilhosos que pelo menos durante o decorrer da fita, eram “nossos”...



O Superman e o Homem Aranha vieram estragar tudo. Nenhum dos dois ficava com a mocinha e o Batman tinha um amiguinho que sempre achamos que era meio – se não totalmente – boiola, o que punha em cheque a masculinidade do Bruce, o homem morcego. Havia no fundo uma similaridade entre o Zorro e o Batman, e o “zorro” eram dois: Um meio espanhol da Califórnia que nunca casou com a namorada e usava uma máscara negra, e um outro zorro que nunca se guardou na memória de onde era, que tinha um amigo índio chamado tonto e usava máscara também.  Este nem namorada tinha, o coitado, que nos deixava com o sentimento de “coitados” nos filmes: Sem a mínima esperança da “conquista” da mocinha... Se ele teve alguma namorada, nem me lembro do nome dela, mas o cavalo se chamava Silver e atendia a um chamado por assobio... Sempre desconfiei que era uma égua que o Zorro “barranqueava” de vez em quando. Para verem como os diretores de cinema e os roteiristas nos gostavam de pregar partidas, fiquei sabendo um dia destes que a Chita do Tarzan, era um macaco macho! Nunca perdoei isto a Hollywood! Tremenda sacanagem... Lembram-se do “O Fantasma” que vivia numa caverna em África e tinha um cachorro porreta? Pois é... Esse também quase não via a namorada dele.



Parece que o cinema se foi adaptando aos tempos modernos, e hoje já não há heróis. Aliás,... Quem precisa de heróis nos dias de hoje? Nem crianças precisam. Vemos tanta violência nas ruas que vê-la também nos cinemas seria como chover no molhado. Nem o cinema parece conseguir ser tão violento quanto a vida real. Não conseguimos acabar com a violência no mundo. Talvez como compensação, pretendemos acabar com ela nos cinemas... Para um “Reino Encantado do Faz de Conta Que...” Funciona!... É assim como chamar cego de invisual, paralítico de cadeirante. O que é é, mas, com nome diferente parece ser mais aceitável e integrável, menos discriminatório. Não seria o caso de fazer rejuvenescer a indústria cinematográfica contando histórias de cow-boys e índios, porém contadas sob um angulo de visão misto de nossos irmãos índios e dos brancos agressores? Brancos e índios tiveram seus heróis... Mas... AH! Desculpem-me... O problema é a violência... Entendi! Ou não entendi? Não sei... Mas ir ao cinema e assistir a um filme contando histórias de amores gays para mim não dá. Não que tenha algo contra, mas é como preferir na minha mesa carne, ou peixe, ou ser vegetariano. Se eu ler a sinopse antes de ver o filme, já não vou ao cinema... Acabou-se a surpresa!



É incrível como temos a capacidade de nos adaptarmos, mesmo em idades mais avançadas, às modernidades da humanidade, mas a cada ano que passa, e por mais que nos esforcemos, nos é mais difícil até que se torna impossível qualquer mais mínima adaptação. Se aceita a moda e os fatos, mas o modelo é que já não nos serve. Suspeito que a industria cinematográfica esteja com os dias meio que contados. Já há quem nem por notícias se interesse, e quem não se interesse por nada, a não ser o teclar ou dedilhar de celulares e outros equipamentos semelhantes, evitando o contato pessoal. Parece ser melhor a comunicação sem a presença física. Não por causa das “tentações”, mas pela falta de tempo. Nossos alfabetos têm vinte e tantas letras e é preciso combiná-las para tecer o texto das comunicações pessoais. Isso leva um bocado de tempo. Antigamente falava-se mais. Um dia perderemos a nossa língua por total falta de uso. Em compensação, nossos dedos ficarão mais longos e finos porque as teclas ainda diminuirão mais de tamanho: Temos que nos adaptar às nossas adaptações desadaptadas.



Em breve nos cinemas um filme de 30 minutos – porque não há tempo maior que se possa dedicar para ver um filme – todo ele ambientado em dois laptops, dois celulares e dois Hi-Pads, entre uma mocinha e outra mocinha em seu relacionamento via NET morando as duas na mesma rua. Passaremos os 30 minutos tentando descobrir quem é a mais masculina e a mais feminina... O tema principal do filme será o desaparecimento de uma bateria de um dos celulares. Na mesma rua moram dois garotos na mesma situação e a vida dos quatro se entrelaça, sem a mínima esperança que uma das mocinhas fique com o garoto mocinho. Alguém sofrerá um acidente e o filme será um sucesso pela “saudade” que deixará. Muitos efeitos especiais e muito som urticante de arrombar ouvido e desmontar todas as pecinhas de que é constituído. Será que já vi este filme?



Hollywood fica em LA- Los Angeles – Califórnia – EUA. Já andei por lá... Sunset Strip, calçada da fama... As letras brancas “Hollywood” na montanha, sem a mínima arte, que a fama é mais importante. Vá lá... Ainda nos sobram o Spielberg e o Tarantino... Depois deles não vejo mais nada nem ninguém...


® Rui Rodrigues

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Se Aécio Perder as Eleições...

Se Aécio Perder as Eleições...



... Não será Aécio que as perdeu! Fomos nós, todos, sem exceção, porque não temos partidos de direita que ABERTAMENTE contestem a esquerda instalada no Brasil à força de alterações à nossa constituição e ao aparelhamento das Instituições, como o Supremo Tribunal Federal, a Petrobrás, o TSE, os Ministérios em geral... Os que financiam as eleições vêem o lucro imediato dos próximos quatro anos, o Brasil fica para depois...

... E o Brasil sempre ficou para “depois”. Somos o eterno País do Futuro, que cada vez fica mais longe...

... Mas, se Aécio perder as eleições, também é porque não ouviu as manifestações de rua de Junho do ano passado. Foi a velha direita que foi para as ruas, contra o descalabro da ordem, do Progresso, da falta de segurança, pelo aviltamento do ensino, dos cargos sem mérito, das doações internacionais, dos financiamentos internacionais em detrimento dos financiamentos a tantos projetos aqui no Brasil, como estradas, portos... E as obras em andamento não têm supervisão credível porque estão atrasadas, com custos elevados, qualidade deplorável... O Brasil está doente e os médicos são cubanos, muitos sem diploma... E até o diploma da presidente da nação auriverde é questionável.

Se Aécio perder as eleições, meio Brasil, os que navegam com remos da ignorância ficarão exultantes. Será uma meia alegria nacional...  A meia tripulação e a meio tempo, porque depois, para consertar o Brasil será necessário que a outra metade, agora e por enquanto ao lado de Aécio, que não é da direita, pegue nos remos do conhecimento e do mérito, e volte a levar a economia nacional ao lugar de destaque no mundo que ela merece...

Sem economia forte não se recolhem tantos impostos, e na falta de impostos, não há dinheiro para distribuir bolsas família e dinheiro corrupto para os amigos do partido... E Aécio terá sido tão fraco, quanto as empresas e os partidos que o apoiaram. Marina sempre foi Lula-Versão alternativa! E o PT nem tem filosofia: Tem vontade de ficar no poder para sempre... Quanto ao PSDB e ao PT, são apenas dois partidos de esquerda sem filosofia, disputando o poder no grito das promessas. Nem um nem outro entende de economia nem sabe lidar com dinheiro ao nível de nação independente! Ambos remam para Cuba... Um mais depressa, outro mais devagar.

http://conscienciademocrata.no.comunidades.net/ 


® Rui Rodrigues

O sentido da vida...

O sentido da vida...


Se me perguntarem que sentido tem este mundo, só posso responder que tem o sentido do tempo.... E qual o sentido do tempo? Tal como o espaço, o tempo está em todos os lugares simultaneamente, exatamente o mesmo, porque "fuso horário" é apenas uma convenção...
E para onde vai o tempo? para lugar nenhum. Quem se move somos nós. O espaço e o tempo estão aí, disponíveis, são-nos impostos. Sem o espaço e o tempo não podemos existir.
Falamos em liberdade, mas a liberdade é tão relativa, tão desproposital, que julgamos ser liberdade a liberdade de pensar sobre o que é "liberdade"... Nossa liberdade não nos dá asas, não paga nossas contas, não nos faz o que queremos ser e sim o que podemos ser.
Um ótimo resto de semana! Carpe Diem!!!

RR

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

A vulva [1] de Marli Mara Marlene.

A vulva [1] de Marli Mara Marlene.




Quarenta graus à sombra em Porto Alegre, o ar abafado e sufocante capaz de evaporar até o suor. Só o frescor das “cafetarias”, uma mistura de café-bar e padaria, são capazes de amenizar. O rio fica muito longe do centro, as praias estão a mais de cem quilômetros da cidade. Se Porto Alegre tivesse praia dentro da cidade, seria tão malemolente como Salvador na Bahia... Malemolência é acordo tácito na lassidão dos desejos, de dar e receber: Um contrato de escambo de sentimentos onde se dá por se dar, e se recebe como compensação o que também se dá. Conta de noves fora zero. Passados dias, semanas, meses ou anos, quando os contratantes tácitos do oportunismo se voltam a encontrar nenhum se lembra sequer do nome do outro. Restou apenas uma associação visual entre o rosto, talvez partes do corpo, e o sentimento de ter sido bom, ruim ou mais ou menos e finalmente uma breve noção do tempo, se foi há muito tempo ou recentemente. O termo vulva não é tão “agressivo” como boceta em bom brasileiro ou cona em bom português, comum e corrente. O título deste texto não poderia ser “agressivo”, mas não consigo entender como os termos boceta e cona possam agredir alguém. Na verdade não agridem. Dão conforto, prazer, carinho e gozo. Só agridem carentes de ambos os sexos que nunca descobriram como separar o sexo da moral. Por outro lado, se moral fosse uma nota de dinheiro, certamente seria falsa em maior ou menor grau de sofisticação.


Marli Mara Marlene tem uma vulva, cona ou boceta de respeito que causa admiração. É úmida mesmo aos sessenta anos, morna, acolhedora, pulsante, e tem dispositivo que lhe faz tremer as pernas de prazer. Se sua cabeça estiver no meio delas, tome cuidado para não levar uma chave de pernas de Marli Mara Marlene. É tão intensa de sentimentos que chega a parecer exagerada. Tipo de mulher que não se esquece e se deseja todos os dias não importa a que horas. Não se sabe se é ou foi casada, se tem namorado, se se sustenta ou é sustentada. O que se sabe – quem tirar a loteria de a encontrar em seu caminho – é que “gosta”, está quase sempre disponível e o faz com prazer. Não é “mulher da vida”, nem prostituta nem piranha. È como qualquer homem que não pode ver um rabo de saias e quer experimentar. É verdade! Nós homens experimentamos porque sabemos que nenhuma mulher é igual à outra. Nem nas vulvas, que além dos formatos têm “personalidade” própria.  São lábios maiores ou menores, vulvas que de tesão chegam a pingar e molhar as calcinhas, vulvas “experts” em pompoadorismo, que apertam o falo por vezes até com força e fúria uterina, pentelhudas ou raspadas com ou sem sutilezas, perfumadas ou ao natural...  Não é a “força” das palavras que nos desperta a imoralidade... É a nossa própria imoralidade latente que dá às palavras a força ou a fraqueza da imoralidade. Cona, cu, foda, caralho, boceta, são apenas palavras com significado, algumas delas cortadas, capadas, castradas, de dicionários por uma moral que se fosse uma nota de dinheiro, repito, certamente seria falsa.




Marli Mara Marlene tem uma boceta de ouro, uma boca de acalmar troglodita, uma garganta vaginal, e um cu que parece boceta, ligeiramente mais apertada, igualmente úmida e “pompoadórica”... Aperta pau da mesma forma que sua gostosa boceta. Marli Mara Marlene nasceu para nos dar prazer que lhe retribuímos de igual forma. Não nos pede falsas promessas. Apenas aparece em nossas vidas, nos faz felizes e depois se vai sem nem sentirmos, aos poucos, sem fazer barulho como num pé-antepé. Quando você repara, ela já foi e ficou a grata saudade sem reparos a reparar. Talvez mais tarde você não se lembre de seu nome, mas ficará uma sensação de prazer associado ao rosto e algumas formas e “atitudes” inesquecíveis do corpo.

Quando a conheci, em pé, eu tinha meus doze anos. Quando a conheci deitada, numa confortável cama, já andava eu pelos meus vinte. Descobri que eu tinha um sócio dois anos depois, e, por não querer compartilhar o que julgava só meu ( embora já tivesse dormido com mulher casada), me separei dela. Porque não se aceita um sócio e se aceita dividir a esposa de marido? Nem Freud conseguiria explicar. O direito inalienável da “propriedade” é promiscuo e confuso: Quem tem por vezes não possui; quem possui por vezes não tem; Quem não tem pode ter e mesmo quem tem pode perder...  


Quando ela faleceu e me infiltrei no velório, olhei o seu caixão coberto de flores. Fui retirando mentalmente cada flor até chegar ao vestido negro. Sem constrangimento lhe ergui a película tênue de tecido e mergulhei meus pensamentos em sua linda vulva, certamente ainda cor de rosa pálida. Por momentos ali fiquei agradecendo-lhe o fato de nossos caminhos na vida se terem cruzado.  E percebi que passamos a vida dividindo coisas, momentos, vulvas, sem nem sabermos.Traímos sendo traídos sem “sabermos” e muitos sem perceberem sequer, tais são as sutilezas da vida, esta sim, de uma estranha leveza do ser, estar, permanecer, ficar, verbos intransitivos que sutilmente permitem livre transito...  Confundir amor com sexo é um erro fatal, um tiro no nosso mecanismo de prazer... Misturar os dois é o mais agradável mistério da natureza, e manda o bom senso que uma coisa seja uma coisa e outra coisa seja outra coisa. Se teme, não case !  

® Rui Rodrigues






[1] O órgão genital feminino, assim considerado desde os grandes lábios externos, até onde o falo alcança...

terça-feira, 21 de outubro de 2014

O sangue e a política.

O sangue e a política.



Quem já precisou de uma transfusão de sangue ou estudou medicina ou tem um nível de conhecimento razoável, entenderá o que quero demonstrar... Quem estudou economia me entenderá ainda mais facilmente.

Há vários tipos de sangue... Alguns fazem parte dos “doadores universais” outros não. Quando se faz uma transfusão de sangue há que saber qual o tipo sanguíneo para não causar a morte do paciente. Até mesmo nos exames pré-parto é preciso saber qual o fator RH dos pais da criança. Muitas vezes é necessário o tratamento prévio para que o feto possa nascer livre de problemas. Sangues não se misturam à toa...

O que isso tem a haver com a política?

O socialismo “promitente” – como a dialética das campanhas políticas - não é compatível com a filosofia aplicada à economia. Os candidatos saem a campo prometendo dar casas, bolsas-família, serviços públicos melhores, fazer obras, mas a economia é uma operação matemática: Não se pode imprimir dinheiro na medida das “necessidades” para atender esses gastos. Não se podem cobrar mais impostos porque já estão pela hora da morte... O arrocho aos “ricos” e empreendedores, esgana a economia, diminuem as exportações, baixam os salários... O governo pode acabar com o desemprego, pagando um salário de cinco reais para cada brasileiro, mas isso não acaba com a miséria.

Por isso, nesta campanha, o que vejo prometerem raia os limites da loucura coletiva, do desespero político para eleger. As desculpas virão depois, jogarão as culpas no que é habitual: Nos EUA, no capitalismo, nos abutres das finanças, na OTAN, virarão seus olhares para Cuba – que poucos conhecem realmente – e apoiarão quem “resiste” ao ocidente, como se o ocidente fosse um sinônimo mais de alguma coisa “doente”...

E quando se acordar, o Brasil estará mais seco do que nunca, as prateleiras ficarão vazias, os cofres exauridos, e a mídia fortalecida desde que aplauda e enalteça “o governo”...

Que governo ???? Economia e política são como sangue de RH negativo jogado nas veias de moribundo com sangue RH positivo... Mata !!!!


® Rui Rodrigues

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

O tempo e o tempo do meu tempo

O tempo e o tempo do meu tempo



O tempo em que nasci é invisível. Tentamos visualizá-lo nos ponteiros de relógios, mas esse tempo não é o nosso tempo. È falso! O verdadeiro tempo faz parte do espaço e tal como ele varia de acordo com a força de gravidade. 

Para nós é o “nosso” tempo, e onde a força de gravidade for diferente, o tempo é outro!... Mas há o tempo "outro" que define como está o estado da “natureza” [1]: Se quente, se úmido, frio ou seco, chuvoso ou nublado, e todas essas misturas naturais de “estados” do tempo. A natureza é pródiga em alterar os estados do tempo e nos causar perrengues inimagináveis. A “era do gelo” foi um perrengue tão grande que alteramos nossas condições de vida. Quem se adaptou sobreviveu, quem não se adaptou, foi pras cucuias... Desapareceu do mapa e nem Deus se meteu nessa encrenca da “adaptação”, porque as leis da natureza (da diversidade) se encarregaram de criar os genes mais adaptáveis às alterações climáticas. Se o tempo – esse tempo – estiver novamente sendo alterado, preparem-se porque os mais adaptáveis se adaptarão e os demais perecerão. Temo que num mundo mais “monóxido-carbonídico” quem fuma - ou filhos de fumantes - deva ter certa vantagem... Têm mais glóbulos vermelhos no sangue que os demais...

Aqui, nesta América do Sul unida por um istmo umbilical à América do Norte sofremos os efeitos alternativos de duas crianças problemáticas: La niña e el Niño... Uma nos trás chuva, o outro, securas do tempo. Foi assim que cidades Incas sumiram do mapa pela secura do tempo que lhes ceifou as safras de milho de que dependiam para viver. Em vão sacrificaram virgens e mancebos imberbes para que o Deus do Sol se acalmasse. Os sacerdotes nunca sabem das coisas da natureza nem de Deus: Só sabem de explorar a crendice humana de que existe um Deus que deva ser aplacado com sacrifícios de almas, vidas, confissões ou dízimos.




Antigamente os prognósticos do tempo eram apenas “prognósticos”. Na medida em que a ciência evoluiu e novos computadores inimaginavelmente potentes e rápido evoluíram, esperava-se que os prognósticos deixassem de ser prognósticos e passassem a ser “previsões”, mas as previsões continuam sendo apenas prognósticos. Não que haja uma conspiração internacional sobre o estado do tempo, mas certamente essas equações ainda não são substancialmente fundamentadas na teoria do Caos e seus “atratores”, devidamente complementadas com os dados levantados por satélites. Por isso durante toda a semana avisaram que aqui pelo Sudeste do Brasil choveria a cântaros, que até as bacias hidrográficas que alimentam barragens de energia hidrelétrica iriam se reabastecer, e o que vejo são umas gotas tímidas de chuva caindo por aqui no Peró depois de um dia cheio de ventanias bólidas [2].



Quando nasci este planeta era um paraíso que diziam ser um inferno. Depois se tornou num inferno de tal ordem que os sacerdotes nos prometeram um céu com um paraíso de verdade. Atualmente, falar em céu ou inferno é uma paródia dantesca, muito mais que um negócio. A ciência ainda não está ciente do que se passa, talvez por compromissos com os que financiam os estudos, que não vêem na China e nos EUA os maiores poluidores deste planeta, nem nos demolidores de florestas que devastam o planeta os causadores que devam ser fortemente inquiridos em suas atividades, do Bornéu ao Brasil, de Norte a Sul e Este a Oeste deste planeta. As lojas ainda vendem carvão para churrasco... As chaminés ainda expelem gás carbônico, os aviões ainda queimam toneladas de combustível fóssil, os navios e caminhões consomem óleo diesel às toneladas, e se você tem câncer de pulmão dizem que a culpa é do cigarro... Jamais da maconha ou das drogas pesadas que circulam livres sem propaganda contra. Quem sabe os representantes já são alimentados pelo tráfico e por nossos impostos, porque avareza não tem limites, nada basta nem é bastante.



Hoje choveram gotas  tímidas e envergonhadas de uma água quase seca, que nem posso chamar de garoa, aqui pelo Peró. Há semanas que não “garoa”, nem fede nem cheira nem água. Tenho meu poço, mas há quem não o tenha. Estará este mundo reservado no futuro a quem tenha um poço e uma arma para defendê-lo, ou teremos que mudar o tipo de governo que temos, de representativo [3] para participativo [4]... Normalmente cidadãos vêem o bem da comunidade. Os representantes vêem o bem do “partido” e tudo o que o tal do partido representa.

Por isso reclamamos tanto!

® Rui Rodrigues







[1] Ainda não sabemos nada sobre este tempo nem sobre o tempo universal... Somos temporalmente analfabetos!
[2] De bólide... Que viaja a grandes velocidades. (neologismo meu)
[3] A “quem” representam realmente ????

domingo, 12 de outubro de 2014

A tensão da vida moderna e os programas da TV pública.

A tensão da vida moderna e os programas da TV pública.


(Só para você... Que já nasceu na era da Televisão e das telecomunicações...)



Antigamente não havia nada do que dispomos hoje nesse campo da inventiva humana. Só se conhecia o rádio e o telégrafo. Quando quis falar com meu pai desde Lisboa até o Rio de Janeiro, na década de 50, onde ele estava, fui até o edifício da Marconi com meus tios e falei de lá. Eu tinha sete anos. Só cerca de cinco anos depois a TV estaria ao dispor de meia dúzia de portugueses e mesmo assim só funcionava em cerca de um terço do dia: De cerca das seis horas da tarde até a meia noite. Tudo a preto e branco. Já em 1962 ouvi as transmissões da Copa do Mundo no Chile, logo aqui ao lado, por rádio. Tínhamos TV, mas não havia como transmitir em direto. Os lances do jogo víamos através do Canal-100, uma empresa que transportava curtas-metragens com os principais fatos ao redor do mundo e os “publicava” um pouco antes do inicio dos filmes nos cinemas do Brasil. O mundo andava mais devagar, as comunicações eram lentas, e os locutores punham ênfase exagerada em suas transmissões para “botar pilha” na moçada e atrair a preferência da audição para as suas respectivas emissoras. Sobretudo gritavam muito. Nossa adrenalina atingia níveis extremos através de nosso canal auditivo. Já na década de 70 era comum andar pela rua com um rádio colado à orelha preferencialmente para ouvir música. Outros tempos... Era necessário “botar pilha” para dar a emoção – exagerada- que os patrocinadores aconselhavam, e a ausência de imagem exigia para parecer “ao vivo” transmitindo para uma multidão de “cegos”... E muito pior, quando nos botam pilha dizendo uma coisa e nós vendo outra...



Mas algo ficou. Fausto Silva, o Faustão, é dessa época, ou parece ser e não evolui nada. Ele bota pilha pelos ouvidos de formas exageradas, cansativas, irritantes. Silvio Santos, que é mais idoso que o Faustão, muito mais, consegue ser bem mais moderno: A pilha está na ação a que assistimos em seus programas, e sua voz é pausada, calma, relaxante, embora ele mesmo faça parte do programa. Experimente assistir e comparar se ainda não o fizeram... A “pilha” está na ação e cada um de nós bota a pilha que quiser, sozinho ou acompanhado em sua casa, no bar, onde quer que o assista. Claro que quem não gosta não assiste e para isso basta dar um “clique”, mas há muitos lugares no Brasil onde o único canal com sinal disponível é o da emissora à qual o Faustão “pertence”. E não é só o Faustão que grita de forma exagerada, abusa da entonação vocal e “bota pilha” como vendedor de baba da cobra na Treze de Maio ou na Saara do Rio de Janeiro... Os que transmitem jogos de futebol ou qualquer esporte pela TV botam pilha de forma indiscriminada. Os lances podem não ser excitantes, o jogo pode estar quase parado, mas lá estão eles gritando, botando pilha, irritando a ponto de nos obrigar a dar um clique para acabarmos com aquela poluição auditiva. E eu dou sempre que me sinto irritado pela transmissão.  A propaganda segue o padrão com fundos musicais “excitantes”, pesadamente sonoros, como hinos nacionais tocados em meio a batalha sangrenta.

Num mundo cada vez mais agitado que nos gera tensões a cada instante, ou os senhores que estão á frente das programações dos canais de TV pública aprendem a geri-los de acordo com a vida moderna, ou estarão fadados à queda de audiência, à ineficiência das propagandas. A NET dá alternativas de escolha que a TV pública não dá. A juventude está se afastando da TV e eu sou um jovem de 70 anos...

Se desejar ver programas engraçados que não “invadam” agressivamente a sua opção sexual, religiosa, ou política, assista o “Chaves” no SBT ou” a Praça é Nossa”. Zorra Total é apenas para um público muito em especial, assim como a maioria das novelas, uma poluição visual herdada ainda dos tempos do rádio em que se precisava de “pilhas”. Hoje cada um bota a pilha que quer mesmo que dure menos.  


® Rui Rodrigues

sábado, 11 de outubro de 2014

Aécio 45 em 2014





Esta nossa vida é curta para algumas coisas e muito longa para outras...



Depende de nossa ambição...





Quando em Cubatão eu ia com meu amigo Mauro abrir as portas de lojas para que Lula pudesse discursar em sua campanha, e face à repressão, eu disse a um grupo da comitiva que o esperava: - Mas se eles nos reprimem a palavra, então devemos também reprimi-los...

E umas senhoras que hoje talvez reconheça me responderam que Lula não queria a violência. Queria o poder e devagar chegaria lá... Já abandonei o PT há pelo menos uns oito anos...



Se alguém pensar algum dia em impor ou instalar um regime comunista no Brasil, sua vida lhe parecerá muito curta... O povo brasileiro quer justiça social mas não quer que lhe tapem a boca ou impeçam de votar como em Cuba... Da mesma forma a vida de Lula lhe pareceu muito curta quando percebeu o mesmo: Comunismo por aqui, é quase – se não impossível – de instalar, instaurar ou impor! Somos um povo livre abençoado por Deus, quer exista ou não...



E apressado, indicou para presidente uma ex-terrorista, filhinha de papais dos anos sessenta, que estava no movimento revolucionário porque “era bonito e contestador” de uma sociedade elitista dos méritos de cada um e não das “vontades” de cada um ou de cada uma!... Uma deslumbrada sem o mínimo valor em nada.


Por isso, senhor futuro presidente Aécio Neves, o estamos elegendo...



Nunca se esqueça das liberdades brasileiras, assim como a do hino nacional, nem das justiças sociais de verdade e não de promessas como as de um Lula desvairado, da aplicação das leis e das penas que devem obrigar à reposição do valor roubado acrescido de perdas e danos: Um Brasil para pobres, remediados e ricos. Que os ricos não exagerem e aos pobres nada lhes falte. O que temos que acabar de vez é com a miséria, porque pobres há em todo mundo e com a corrupção que produz ricos sem mérito e miseráveis sem razão.



Não se esqueça nunca! Somos um povo, uma nação e não um bando de aventureiros com sede em Cuba.





® Rui Rodrigues

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

As eleições de 2014

As eleições de 2014



O mesmo filme contado por diferentes pessoas, não será o resumo do filme tal como idealizado pela equipe de filmagem... E no caso de filmes baseados em livros, não será certamente o resumo do livro tal como “realmente” foi idealizado pelo escritor. Somos todos diferentes geneticamente desde a nascença, e continuamos a ser diferentes pela educação e pelo meio em que vivemos. No entanto, perante a lei, deveríamos ser todos iguais. Não somos. Uns têm dinheiro para pagar bons advogados e por sorte ou por outros meios, ter um complacente juiz no dia do julgamento, e outros não. Em termos de política, não temos políticos credíveis pugnando por um posto nos altos escalões da política nacional porque o próprio sistema está em “cheque” à beira do “cheque-mate”. O sistema está corroído, contaminado pela corrupção em todos os partidos, e há partidos que há décadas não têm mais do que um por cento das preferências da população e continuamos pagando-lhes verbas para propaganda e manutenção desses partidos, mesmo sabendo que nem com ajuda “divina” um dia terão a preferência de parcela realmente “representativa”. É dinheiro desperdiçado e não é pouco!

Apaixonado que sou pela Democracia Participativa Socratiana [1]- tenho uma palavra a dizer, e embora “democraticamente” me escutem não me dão a mínima importância. Nem a mim, nem a milhões como eu e já somos muitos... – não tenho nenhum partido que me represente. Nem a mim, nem a esses. Portanto, não voto. Seria como ter que votar em sete diabos e me ver obrigado a escolher o diabo “menos ruim”. Diabo é sempre diabo.  Prefiro perder meus “direitos” a votar neles. Esperarei pela completa, total e verdadeira democracia sem intermediários.

Hoje é sexta-feira e domingo haverá votação para eleger, dentre outros contumazes políticos que fazem desta obrigação social um emprego vitalício, altamente rendoso, o presidente da República Federativa do Brasil de bandeira amada verde, amarela, branca e azul. O povo , esse, anda vermelho de raiva, alguns com a esperança verde corrompida pela falsa noção vermelha de um esquerdismo que jaz moribundo por todo o planeta. Por aqui, a esperança é vermelha, mas a vermelhidão que acabou nos demais países ocorreu por falência múltipla dos órgãos por falta de condições para lidar com o capital, tão necessário até para os países mais comunistas do planeta e que atualmente são apenas dois que nem vale a pena nomear por falta de representatividade mundial.

Com o povo vermelho de raiva e a presidente atual com uma rejeição histórica das mais elevadas, sendo vaiada onde quer que vá, o país nos últimos lugares em tudo menos no voleibol, por enquanto também no futebol e nos primeiros lugares de falta de segurança, falta de educação, falta de saneamento básico, de excesso de corrupção... Bandidos andam à solta desde as ruas até os palácios, invadiram a jurisprudência, comandam das prisões.

Com este panorama, vemos três candidatos potenciais ao palácio do planalto, uns quatro que não têm representatividade alguma e  uma candidata do RGS que parece saída de um centro comunista da KGB, cheia de respostas explosivas mas sem cultura alguma, agindo na base da “ignorância”, um fogo de artifício político adquirido das “bases” sessentistas da política internacional da velha, falida e extinta URSS.

Os três candidatos são Dilma Rousseff, uma ex-terrorista de codinome Vanda, uma militante que militou no mesmo partido de Dilma de nome Marina Silva, e um neto de um grande político que não faz dele um político grande: Aécio Neves.

Dilma aprendeu “política de guerrilha” na mesma escola da candidata grosseira, esposa de político do RGS: A cozinha, onde eram governantas e alcovitavam sobre a forma de tomar dos patrões um pouco mais do que lhes davam, sabendo perfeitamente que se chegassem algum dia a ser patroas, tratariam os seus empregados da cozinha de igual forma que estavam sendo tratados pelos patrões. Ainda nas cavernas há bilhões de anos, os seres humanos já se dividiam entre os que iam à caça, os que esperavam a caça chegar e eram servidos primeiro por que tinham “mais força” e eram chefes, e os que cuidavam do harém de fêmeas dos chefes (do político e do religioso) e eram servidos depois, submetendo-se aos primeiros. Sonhar com mundo diferente deste, é sonhar com uma nave espacial que colonize um outro planeta e tudo comece diferente, porém com a certeza que, passados milhares de anos, prevalecerá o domínio de uns pelos outros. Basta olhar à nossa volta. Vemos algo diferente, depois de tantas promessas de “revolução”, das quais despontam a da Queda da Bastilha na França e a Revolução Bolchevique de 1917 na Rússia czarista. Não mudou nada. Se mudou foi na Suíça, na Suécia, na Noruega, na Dinamarca, na Islândia, mas nesses países a Democracia é Participativa e não Representativa. Desta forma, como as eleições terão lugar no domingo sob bases representativas, nada mudará... Vote-se em quem se votar.

Votaria em Aécio como o “menos ruim”... Mas nem nesse votarei... Não agüento participar de um “esquema” no qual me impingem para votar. O esquema tresanda de mau cheiro nas confrontações entre candidatos nas redes de televisão. Se não têm mais nada para mostrar, isso é muito pouco para um povo ávido de justiça de todos os tipos, incluindo a justiça social. Querem que mulher vote em mulher, gay em gays, nulidades em nulidades. Vão escolher errado por falta de opção correta (votamos em quem nos empurram para votarmos) e passarão mais quatro anos reclamando.

® Rui Rodrigues








[1] Ver em  http://conscienciademocrata.no.comunidades.net/

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Se pudéssemos ver o mundo que não veremos... Ou “minha galinha merece uma medalha de honra ao mérito”

Se pudéssemos ver o mundo que não veremos... Ou “minha galinha merece uma medalha de honra ao mérito”





Este mundo que vemos é produto da evolução e seleção naturais. Entenda-se como “natural” o que é produto apenas das leis da natureza e sua aparente aleatoriedade... O que vemos é um céu cheio de espaços aparentemente vazios palmilhado de astros. Uns raros caem sobre nós, a maioria esmagadora fica lá em cima rodando, girando, “voando” a velocidades fantásticas que não percebemos. Para nós parecem estar todos parados. Por “nós”, entenda-se toda a espécie viva de qualquer dos reinos da natureza, mesmo que aparentemente nos pareça não terem qualquer laivo de inteligência que possa competir com a nossa, a dos humanos. Talvez um dia se chegue à conclusão que “inteligência” é algo que ainda não entendemos muito bem e que os vírus são muito mais inteligentes do que os humanos. Estamos em plena guerra contra eles e pelo que parece, não estamos ganhando. O Ebola é um exemplo e há muitos mais exemplos.




Um dia morreremos e deixaremos de “ver” este mundo, mas ele continuará evoluindo, espécies mais adaptáveis às transformações do ambiente proliferarão mais do que outras, novas espécies surgirão e outras serão extintas ou se extinguirão por falta de condições de adaptabilidade ao meio. Mas...

... Mas se pudéssemos ressuscitar daqui a um milhão de anos, talvez desejássemos voltar para a cova: O planeta Terra ficará irreconhecível, o comportamento humano será muito diferente, os valores sociais, morais, a moda, os hábitos, nosso próprio corpo sofrerá alterações significativas principalmente devido ao uso de “partes” físicas a que hoje chamamos “próteses” para dar a nosso corpo capacidades extras que naturalmente não conseguimos obter. Por outro lado, as modificações genéticas que já iniciamos em vegetais e animais não são fruto de uma “evolução natural”, mas de nossas próprias necessidades. Um ou outro gene escapa para a natureza e de repente nos iremos deparar com novas espécies transgênicas desenvolvidas (agora já naturalmente a partir de alterações que induzimos e que fugiram ao nosso controle) que surgirão da noite para o dia. Passaremos a estudá-las, a reaproveitar seus genes para novas alterações genéticas... E alguns desses genes nos atingirão. Poderemos passar a ser uma espécie “azulada”, esverdeada ou amarelada.




Minha galinha – tanto quanto parece – não tem genes alterados. É uma no meio de quatro que comprei como sendo “caipiras”, e que se juntaram a outras duas e a um galo que eu já tinha. Uma fugiu! Nunca vi galinha voar, mas estas quatro caipiras voavam – literalmente voavam – pulando muros de mais de três metros de altura. Tive que lhes cortar as asas. No segundo mês era-me fácil recolher dois a três ovos por dia, depois escassearam... Vi que comiam os ovos, menos uma, a única branquinha do lote das quatro novas. Quando certo dia a vi deitada no chão por bom tempo, e no dia seguinte também, percebi que estava chocando ovos. Chocava apenas dois ovos. Apanhei então mais cinco ovos dos que havia guardado, e coloquei-os no ninho improvisado. Por umas duas vezes a ouvi gritar: As outras galinhas tentavam comer-lhe os ovos, seus filhotes. Separei então as galinhas. Certa noite veio o gambá por uma fenda na malha de cobertura do galinheiro. Eu tomei conhecimento quando a meio da noite ouvi seu grito lancinante que parecia de gente. Era um grito de dor, mas não apenas de dor. Era um apelo a um “deus”, á natureza, a algo para que a salvasse da morte... Ela tinha uma missão a cumprir e essa missão estava sendo interrompida pela nulidade da inexistência antecipada. Era um pedido de socorro. Levantei-me desperto a meio da noite e abati o gambá. Lamento até hoje a morte prematura do gambá, mas não tive alternativa. A galinha era minha amiga, o gambá um simpático intruso que sempre via passar em cima do muro, tranqüilamente, que vinha comer os restos de frutas que eu lhe deixava. A ele e a seus parentes que vivem algures no condomínio e que nunca procurei saber onde!

Naquela noite, sete dias atrás, o gambá a mordeu de morte. Tem uma mancha sanguinolenta do lado. Está seriamente ferida. Não sei onde arranjou forças, mas se alimenta, bebe água e impressionantemente continuou chocando seus sete ovos. Vi que o gambá estava comendo um ovo quando o abati. Então, ela não só estava chocando os ovos que pusera, como os que coloquei  e mais alguns que as outras galinhas haviam posto antes que as apartasse.

É esta maternidade da natureza que me impressiona e admiro: Nenhuma mãe tem filho feio, nenhum pai se incomoda em criar filhos de genes alheios. Mãe ou pai que se incomodam com genes alheios não são da natureza embora pertençam a ela... São natureza desnaturada.

E se pudéssemos ressuscitar daqui a um milhão de anos, veríamos que “nosso” planeta estará deveras diferenciado. Sinto, porém, que o termo “nosso” está completamente equivocado. O planeta não é nosso, não nos pertence... Nós é que lhe pertencemos enquanto vivemos. E para lhe pertencermos de fato é necessário senti-lo. Quem vive alheio ao meio em que habita não pertence a nada. É um monte de sentimentos desperdiçados. Minha galinha merece uma medalha de honra ao mérito. 

PS- Quase 15 dias decorridos desde que foi mordida pelo gambá, a galinha continua chocando os ovos. Não me atrevi a verificar como está a sua ferida. Não deve ter sido letal e provavelmente ela se irá recuperar. 



® Rui Rodrigues