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sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Entenda o que está acontecendo no Brasil e na América Latina [1]em quatro parágrafos.

Entenda o que está acontecendo no Brasil e na América Latina [1]em quatro parágrafos.




  • Imagine que se queiram apoderar de sua vida, de seu trabalho, ou que lhe queiram dar melhor vida e melhor trabalho remunerado... É o sonho de qualquer empresário, o sonho de todo o ditador, o sonho de todo o idealista político. Para alcançar o objetivo o caminho será o mesmo: Há que estar no poder, dominar os ministérios, as forças armadas e o Congresso, no primeiro caso, ou convencer os ministérios, as forças armadas e o Congresso no segundo caso.  Nem todo o povo é cordato, de modo que haverá que impor ou alterar a “ordem” o que quer que a palavra ordem possa significar no primeiro caso, ou atuar de forma a manter sempre a população em estado de “relativa aceitação”, os inconformados sempre em reduzido número no segundo caso.  De qualquer forma estaremos sempre, como de fato estamos, nas mãos de pessoas que nos escrevem e aplicam as leis, determinam o rumo de nossas vidas. A diferença é o grau de manobra que cada um de nós tem, aquilo a que chamamos de liberdade, oportunidades iguais. Já imaginou Paulo Maluf, ambicioso como é, procurado pela Interpol, sendo presidente do Brasil num regime dominado por um sistema que domine as forças armadas, a imprensa, o Congresso, todos os Ministérios, incluindo o da Justiça e os tribunais de Contas e Eleitoral? Venceria todas as eleições eternamente. Depois lhe sucederia o irmão, familiares, amigos.
  • Para que um sistema se imponha é necessário haver apoio popular. Isto tanto se aplica a uma democracia como a americana, quanto a uma revolução armada ou pacífica como a francesa, a espanhola, a cubana, a russa... Para convencer o povo é preciso “comprá-lo”, quer comprando-lhe os votos se é ignorante, ou prometendo o que não podem cumprir se o povo é um pouco menos ignorante, e comprar os políticos ambiciosos e oportunistas que votam no congresso, nas câmaras de deputados, nas câmaras de vereadores. O povo vai para as ruas, mas se não for em quantidade suficiente, as forças da ordem – o que quer que a palavra ordem possa significar - o controla. Ou podem comprar o “dono”, o mandatário do supremo tribunal federal que este se encarregará de dominar qualquer resultado de eleições. A lei se subverte e a constituição começa a ser alterada por Atos Institucionais que tanto podem ter o nome de Atos Institucionais, como Medidas Provisórias, ou Canções de Ninar... O nome nunca interessa. O que interessa é para que servem.
  • Os cubanos são um povo relativamente pouco numeroso. Por essa razão, e porque sempre foram impedidos de sair de Cuba, o mundo conhece pouco Cuba e os cubanos. Nem campeões de Voleibol feminino têm sido nos últimos anos. Cuba permanece assim, como um edílico país comunista, socialista que teria conseguido ter um excelente padrão de vida marcado por altos índices de educação, altos índices de qualidade de saúde pública, de transportes públicos, industriais, comerciais, segurança pública, que pretendiam ser atingidos, inicialmente, através de prisões, gente encostada e metralhada em paredões porque “pensavam” contrariamente ao regime. Vá a Cuba, conheça amigos cubanos e verá que o povo não tem nada, trabalha gratuitamente (ou quase) para os governantes. Em Cuba falta tudo, vivem de esmolas e de aluguel de mão de obra escrava. A culpa não é do bloqueio norte-americano: É do regime. O governo manda, o povo obedece senão perde “facilidades” que os amigos do regime têm.
  • O movimento cubano da “revolución” ficou aparentemente estagnado em Cuba por décadas, desde 1959. Andaram tentando na Bolívia, onde Che Guevara foi morto, em Angola, sem sucesso. Pior ainda, de cerca de 90 países que já foram comunistas, Cuba viu se reduzirem ano após ano, a não mais que dois: A própria Cuba e a Coréia do Norte. Seus antigos aliados como a República Democrática alemã, que caiu com o muro de Berlim, no mesmo dia, além da URSS e a China dentre cerca de 90 outros. Mas, sendo comunista ou capitalista ou socialista, desde que seja oportunista, pode convencer parte do povo, o mais ignorante, que um regime comunista ou socialista autoritário, disfarçado de pacífico e político, é melhor para a massa ignorante. Depois de tomado o poder, como ensinou Gramsci, o povo se transforma em escravo, o Estado é quem manda, o povo não tem nada, os senhores do governo e amigos vivem em palácios cercados de tudo que é bom. Temos exemplos: Cuba, Venezuela, e a caminho de completar o ciclo de poder revolucionário, a  Argentina, a Bolívia, o Brasil (quem diria ?) e em inicio de revolução, a Colômbia. Países como Chile caíram fora e estão muito bem... Por enquanto. Por isso Lula se uniu a Paulo Maluf, a José Sarney, a Fernando Collor. São todos empresários capitalistas, sedentos de poder, de conforto... Todos querendo mostrar que são fortes. Juntos, realmente, podem ser muito fortes. Seremos nós fracos, tão fracos que não lhes possamos dizer não ? QUEREM NOS ENGANAR COM UM FALSO SOCIALISMO... Apenas nos querem para apoiar sua sede de poder...

® Rui Rodrigues






[1] Para entender melhor, procure informar-se sobre Gramsci, Unasul, Foro de São Paulo,... 

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