Entenda o que está acontecendo no Brasil e na América
Latina [1]em
quatro parágrafos.
- Imagine que se queiram apoderar de sua vida, de
     seu trabalho, ou que lhe queiram dar melhor vida e melhor trabalho
     remunerado... É o sonho de qualquer empresário, o sonho de todo o ditador,
     o sonho de todo o idealista político. Para alcançar o objetivo o caminho
     será o mesmo: Há que estar no poder, dominar os ministérios, as forças
     armadas e o Congresso, no primeiro caso, ou convencer os ministérios, as
     forças armadas e o Congresso no segundo caso.  Nem todo o povo é cordato, de modo que
     haverá que impor ou alterar a “ordem” o que quer que a palavra ordem possa
     significar no primeiro caso, ou atuar de forma a manter sempre a população
     em estado de “relativa aceitação”, os inconformados sempre em reduzido
     número no segundo caso.  De qualquer
     forma estaremos sempre, como de fato estamos, nas mãos de pessoas que nos
     escrevem e aplicam as leis, determinam o rumo de nossas vidas. A diferença
     é o grau de manobra que cada um de nós tem, aquilo a que chamamos de
     liberdade, oportunidades iguais. Já imaginou Paulo Maluf, ambicioso como
     é, procurado pela Interpol, sendo presidente do Brasil num regime dominado
     por um sistema que domine as forças armadas, a imprensa, o Congresso,
     todos os Ministérios, incluindo o da Justiça e os tribunais de Contas e
     Eleitoral? Venceria todas as eleições eternamente. Depois lhe sucederia o
     irmão, familiares, amigos.
 - Para que um sistema se imponha é necessário
     haver apoio popular. Isto tanto se aplica a uma democracia como a
     americana, quanto a uma revolução armada ou pacífica como a francesa, a
     espanhola, a cubana, a russa... Para convencer o povo é preciso
     “comprá-lo”, quer comprando-lhe os votos se é ignorante, ou prometendo o
     que não podem cumprir se o povo é um pouco menos ignorante, e comprar os
     políticos ambiciosos e oportunistas que votam no congresso, nas câmaras de
     deputados, nas câmaras de vereadores. O povo vai para as ruas, mas se não
     for em quantidade suficiente, as forças da ordem – o que quer que a
     palavra ordem possa significar - o controla. Ou podem comprar o “dono”, o
     mandatário do supremo tribunal federal que este se encarregará de dominar
     qualquer resultado de eleições. A lei se subverte e a constituição começa
     a ser alterada por Atos Institucionais que tanto podem ter o nome de Atos
     Institucionais, como Medidas Provisórias, ou Canções de Ninar... O nome
     nunca interessa. O que interessa é para que servem. 
 - Os cubanos são um povo relativamente pouco
     numeroso. Por essa razão, e porque sempre foram impedidos de sair de Cuba,
     o mundo conhece pouco Cuba e os cubanos. Nem campeões de Voleibol feminino
     têm sido nos últimos anos. Cuba permanece assim, como um edílico país
     comunista, socialista que teria conseguido ter um excelente padrão de vida
     marcado por altos índices de educação, altos índices de qualidade de saúde
     pública, de transportes públicos, industriais, comerciais, segurança
     pública, que pretendiam ser atingidos, inicialmente, através de prisões,
     gente encostada e metralhada em paredões porque “pensavam” contrariamente
     ao regime. Vá a Cuba, conheça amigos cubanos e verá que o povo não tem
     nada, trabalha gratuitamente (ou quase) para os governantes. Em Cuba falta
     tudo, vivem de esmolas e de aluguel de mão de obra escrava. A culpa não é do
     bloqueio norte-americano: É do regime. O governo manda, o povo obedece
     senão perde “facilidades” que os amigos do regime têm. 
 - O movimento cubano da “revolución” ficou
     aparentemente estagnado em Cuba por décadas, desde 1959. Andaram tentando
     na Bolívia, onde Che Guevara foi morto, em Angola, sem sucesso. Pior ainda,
     de cerca de 90 países que já foram comunistas, Cuba viu se reduzirem ano
     após ano, a não mais que dois: A própria Cuba e a Coréia do Norte. Seus
     antigos aliados como a República Democrática alemã, que caiu com o muro de
     Berlim, no mesmo dia, além da URSS e a China dentre cerca de 90 outros.
     Mas, sendo comunista ou capitalista ou socialista, desde que seja
     oportunista, pode convencer parte do povo, o mais ignorante, que um regime
     comunista ou socialista autoritário, disfarçado de pacífico e político, é
     melhor para a massa ignorante. Depois de tomado o poder, como ensinou
     Gramsci, o povo se transforma em escravo, o Estado é quem manda, o povo
     não tem nada, os senhores do governo e amigos vivem em palácios cercados
     de tudo que é bom. Temos exemplos: Cuba, Venezuela, e a caminho de
     completar o ciclo de poder revolucionário, a  Argentina, a Bolívia, o Brasil (quem
     diria ?) e em inicio de revolução, a Colômbia. Países como Chile caíram
     fora e estão muito bem... Por enquanto. Por isso Lula se uniu a Paulo
     Maluf, a José Sarney, a Fernando Collor. São todos empresários
     capitalistas, sedentos de poder, de conforto... Todos querendo mostrar que
     são fortes. Juntos, realmente, podem ser muito fortes. Seremos nós fracos,
     tão fracos que não lhes possamos dizer não ? QUEREM
     NOS ENGANAR COM UM FALSO SOCIALISMO... Apenas nos querem para apoiar sua
     sede de poder...
 
® Rui Rodrigues 

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