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sexta-feira, 18 de junho de 2021

O tempo no mundo:




Aqui, do meu templo de observação, à beira do mar de baleias tubarões enguias e garoupas, muita areia nas ventas quando venta forte nas minhas, enxergo o tempo como objeto de disputa entre as horas da física e as da natureza. Explico: A natureza se adapta ao "tempo-clima" a cada hora. Na física não se pode separar o tempo do espaço, lembrando que o espaço tem mais três dimensões, que são o comprimento, a largura e a altura...

Ah... Mas pra complicar, temos o tempo-político que é uma aberração piramidal da elucubração mental humana... Pode ter qualquer predicado ou desgraça como propriedade inesperada, dependendo de qualquer coisa, até de uma formiga com tosse que espirre com tanta força que salte e uma lufada de vento a leve do cais da Ribeira em Lisboa, até o prato de açorda de ganso coxo na sala de jantar do senhor Putin, um russo que não fala nada, não faz nada, mas que em troca o povo russo lhe permite governar eternamente... Ele tem um sorriso duro de boneca russa- matryoshka - pintada com laca da China.

Enquanto o sr Putin come seu ganso, o Papa que também nada faz prepara o caminho de seu sucessor, a Rainha de Inglaterra já desistiu de seu sonho de engravidar aos 100 anos para garantir um bom sucessor, Macron-de-merde continua firme em seu propósito de nada fazer de útil, Angela Merkel prepara suas férias numa ilha grega de uma casa só pra ficar só sem inimigos à vista, e 500 homens da lei no Brasil continuam procurando um tal de Lázaro - o maníaco do Cerrado -que há 9 dias vem matando gente, feriu dois policiais, e ninguém consegue apanhar...

A maré não está pra peixe, o tempo não é de colheita e está difícil pra plantar, e o único lugar do mundo onde tudo é certo, justo, honesto, calmo, ético, moral e idílico é no Céu de Deus e no facebook do senhor Zucker Alho e seus assistentes especiais extremistas...

Aqui na Terra, o tempo é confuso com fusos horários. Quando acordamos por aqui, os japoneses estão se deitando por lá, mexicanos tirando a sesta.

RR 

sexta-feira, 4 de junho de 2021

Sinto muito... De verdade...

 Sinto muito... De verdade...

(ler ao som da enamorada Dóris Day fica melhor, acreditem)
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Sinto muito... De verdade... Porque tive algo, até meus 12 anos de idade, que hoje a juventude não tem... Ainda se faziam expedições a África e mundo afora, porque havia espécies ainda não descobertas, acreditava-se que existiam ilhas com tesouros enterrados, que havia uma civilização no centro da Terra, que o amor era forte e mantinha casais unidos para a vida toda, e desde 1917 que era possível uma nação viver como se todos fossem iguais... Podia dar-se uma volta ao mundo em 80 dias de balão. Era um mundo lento sem 5G. E o capitão Nemo ? Rita Hayworth cantava, era atriz, dançava de verdade sem precisar rebolar, faz parecer Anitta uma "acompanhante cortesã" cheia de líquidos estranhos que lhe dão forma artificial... Uma humanóide da ribalta.




Música com Glenn Miller, Doris Day, fox trotte, os filmes com John Wayne, afinal o Eixo do mal que adorava Mussolini e Hitler fora derrotado pelos aliados, ainda hoje agradeço a Eisenhower e ao plano Marshall, a todos os americanos e a Churchill...
Liam-se revistas em quadrinhos andava-se de bonde, paquerava-se na rua, homens e mulheres, cada um de seu jeito... Sonhava-se dormindo e acordados com um mundo onde sabíamos que haveria um lugar para nós...
Não vou falar sobre os dias que depois vieram, a música se transformou em palavras de revolta, a arte desapareceu das telas e encheu as paredes de muros e de prédios, a "venda" do sr. Manuel se transformou numa loja de shopping muito cara, o cinema comunitário invadiu os lares com repórteres politiqueiros fazendo plim-plim dentro de caixas falantes com imagens coloridas, gente falando como se fossem padres, pastores, donos de empresas beneficentes....
Mas ninguém dá esmola... Quando dá pede troco...
Nada mais há para descobrir neste planeta. Tudo está desvendado, só nos enganam se quisermos ser enganados....
D´us sabe que estou com toda a razão... E continuo lendo Tin-Tin do Hergé. Me desculpem se alguma lágrima respingar na tela de vocês...
Rui Rodrigues