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sábado, 16 de julho de 2016

O melhor besteirol da praça... As coisas e os "outros"



A mamãe dele, que deu pro papai dele numa festa de funk, pra "amarrar o cara", agora sofre do coração e tem afrontamentos. O filho manda nela e a obriga a comprar crack no ponto do "mano gente boa", ali pelo alemão. O papo é de paz, o resto é invisível e de guerra. O alemão e a Rocinha, e o resto hoje são atrão como era antigamente o Marrocos, reino de Maomé onde as mulheres e as bebidas não eram ainda proibidas. Aqui vive-se a quimera de um trem em forma de dirigível, cheio de hidrogênio para ficar mais leve que o ar, montado sobre chassis de caminhão da Ford, sobre trilhos, impulsionado com foguetes terra-terra do novo Império russo do Oriente, dirigido por motorneiros do Estado Islâmico armados de facas, caminhonetes, metralhadoras e uma vontade enorme de se estraçalharem.  



Chamaram o Ariano Suassuna para contar a história, mas ele estava com pressa e se foi antes de desaparecer... Sobrou pra mim, contar-lhes dos absurdos que nos despencam dos céus, dias sim e noutros também, de forma gratuita, não fosse o fato de "buona fide" nos terem informado que, desde uma ponta do iceberg em Honolulu, até a outra ponta em Andhra Pradesh passando por Mecca, Xangai, Salto Guaíra, Lisboa e Corinto, Sidney e Antuérpia, ainda passava por Ankara Londres, Paris, Berna, Bonn e Istambul. Tal a magnitude do "quero mais, tudo para mim".  A Crimeia soltou-se como jangada de pedra, um dia ainda pode ser capaz de chegar a Washington, pela tarde, na hora em que fecham os museus. Um olho solto não vale de nada, mão forte também não, o que vale é olho atento, saber onde pode ser a próxima e neutralizar os doentes da fé. Não lhes perdoeis, Senhor, porque sabem o que fazem: Chegaram enfim, os falsos mercadores do templo de Mecca, agora armados em profetas do infinito, salvadores de heróis dando-lhes o regaço de virgens que poderiam ser suas filhas, que os dos cristãos já tinham chegado antes e Arão construiu o bezerro de ouro... 



Imaginaram historias em quadrinhos como antigamente, um Popeye viciado em crack em vez de espinafre, um Super-homem e uma mulher maravilha viciados em heroína, juntando-se a Batman, o cocaleiro e fornecedor do bairro? Livres ou não, o problema não é das drogas. Em vez de comerciantes traficantes, preferia que fosse a avó do viciado, pagando impostos, desarmada. É Esse o mundo besteirólico mas real, que as crianças de hoje enxergam com seus doces olhos de quem sempre quer mudar o mundo, numa luta eterna em que o mundo não vai para onde se empurra, mas para onde vai sem saber porquê nem como nem quando, apenas de forma cega vai, porque tem que ir, porque cego foi feito. A maioria é cega. As multidões são cegas porque não têm um cérebro comum onde decifrar tantas imagens diferentes captadas por tantos olhos que enxergam diferente.  Quem vê verdades verdadeiras, não tem crédito nem cotas em Universidades, agora, mas antes tinha, porque eram os melhores em enxergar o mundo. A ignorância quer tomar conta do  mundo e de seu dinheiro que tudo proporciona, o oxigênio do progresso, mas não sabe como produzir esse verdadeiro elixir da vida que compra desde cebolas a consciências. Quando quem sabe pára de comerciar, aqueles que o sabem fazer, o mundo dos ignorantes morre e se acaba. O dinheiro soa e tilinta, chama por todos, todos o querem, mas uns sabem outros não, uns são bonitos outros não, uns sabem produzi-lo e outros não... Marilyn Monroe era apenas uma para milhões que a desejavam. Ninguém a estuprou mesmo sem segurança particular, e apenas meia duzia se deitou com ela, porque ela mesma quis. Assim se trata na democracia. 



O sol nasce para todos, mas nem todos sabem tomar banho de sol. Como diria meu irmão mais velho para nós: Se não podes, foda-se, fica na tua, que violência não vale. Meu irmão do meio pulou fora e foi lutar como voluntario não sei onde. O mais velho foi para os Médicos sem Fronteiras, e eu estou para sair daqui. O ambiente fica pesado e o PSOL não é o que se pensa todo ligadão na coisa boa da natureza. O mal se espalha pela região,os sacerdotes estão de resguardo, obcecados pelos tilintares das 30 moedas de Judas. 
O socialismo é uma quimera dos contos de fadas. Por isso o capital pode ser estudado, constituindo a ciência da economia. Quem sabe fazer "contas" sabe o que quero dizer... Um socialista jamais entenderia isto. Nem socialistas nem comunistas... Nem Jihadistas. 



Nem islamistas, que, proibidos de fazerem desenhos, beber das vinhas do senhor, tomar da mulher do próximo mesmo quando são gays ou eunucos, se divertem no ocidente longe dos olhares da Kaaba, e onde fazem tudo isso, porque acham que nossas mulheres, nossos valores, são mais permissivos que as mulheres deles, mas não sabem que mulheres têm realmente, não fossem as mulheres e os homens todos iguais feitos de mesmo barro amassado com genes empurrados por arietes cegos que martelam úteros de desejo infernal, entre suspiros, orgasmos importados da rota da seda, de Karma Sutras escondidos em mesinhas de cabeceira regadas a Tabernanthe Iboga, Cannabis Sativa, Ayahuasca, cogumelos Caesarea, cogumelos Claviceps Pupurea, mandrágora, provocadores e estimulantes de sexo, visões do alem... Caravanas do sexo, das lágrimas e motivação ocupacional com direito a tranquilidade nos leitos pagos, sejam putas ou sacerdotes. Quem paga se orgasma, quer drogas grátis, passes grátis, estado grátis, tudo grátis pago por quem trabalha e produz. Ninguém exporta nada grátis, ninguém fabrica nada grátis, o frango vem da China e já veio do sul, a água benta vem da torneira porque não se bebe e na pia batismal se criam mosquitos da dengue que estão chegando aos poços do deserto. Os mosquitos chegarão logo que o petróleo servir apenas para remédio e fazer asfalto e plásticos, em nuvens que superarão as dos gafanhotos em tamanho e prejuízos. A décima primeira praga do Egito ainda não chegou e eram doze, uma para cada tribo de Israel. 



E assim dividiram eles o mundo entre "Coisas e os outros"... Judeus e "os outros", Muçulmanos e os outros", Cristãos e "os outros" Jihadistas e "os outros", Nazistas e "os outros", Petistas e "os outros", comunistas e "os outros", democratas e "os outros", ditadores e "os outros, fascistas e "os outros", anarquistas e "os outros", educados e "os outros" cultos e "os outros"... Cada cabeça escreve uma sentença para si e para "os outros", mas os "outros" são sempre a maioria, mesmo quando resolvem dizer que o que era cultura agora é a "deles", que se deve jogar fora a historia universal e construir outra fora da realidade, para construir um mundo de faz de conta em que, "eles", aqueles citados tais, serão minoria, e "nós" a maioria.


Depois de "Olhai os lírios do campo", assim como quem diz que "só pra não dizerem que não falei de flores"(como se não soubesse a diferença entre dizer e falar), chegaram os do "cheirai os pozes dos morros" onde a minoria é que os carrega, e a maioria é a comunidade que serve de anteparo e camuflagem. Gente boa era minha mãe, para mim, e no meu caso, até meu pai foi melhor que minha mãe... Talvez porque não convivi com minha mãe e pouco com meu pai. Mas contam histórias e ninguém conta suas historias impunemente ou de forma isenta. Não carrego as penas de meus pais e muito menos das penas dos pais dos outros. Mas se tira "pela média" quando muitos contam suas histórias. A Universal é unanime... Quando dizem que Cesar cruzou o Rubicão, podemos ter certeza que cruzou, porque muitos descreveram os passos seguintes após o rubicão... Mas quando  alguém diz que esteve em Atlântida, podemos duvidar... Apenas um o disse. PT é sinônimo de patranhas. Se você acreditou, e continuou acreditando mesmo depois da união de Lula com Collor e Maluff... Então não percebeu nada da industria do besteirol que assola a mídia desta nação, a quem se paga de varias formas para fazer propaganda do que a tal minoria quer. O problema é que quando as minorias se juntam pra "governarem" juntas (olhem, caiu um "se" entre as aspas de "governarem", por favor coloquem-no)... Vejam o que acontece...  Um grande acordão no senado e na Câmara... Minha liberdade pela manutenção do sistema, parece ser a regra da lei quase no período de menopausa... Mas não somos a maioria? Quem está pagando?



A maioria quer honestidade, a minoria quer se aproveitar da fé da maioria para se corromperem e aproveitarem no roubo do que deixam para trás... Então, escute... Siga o mestre, se quiser, mas não abandone seus bens.. Nas mãos de outros servem para os outros. O paraíso é coisa de buraco de agulha onde podem passar camelos mas idiotas não passam... As sete virgens são as irmãs porque não existe nada mais puro que irmãs, e mães mesmo quando eram irmãs, já não eram virgens. Não há mães entre as virgens do paraíso. Definir quem somos "nós" que não somos eles, mas que somos maioria, isso sim, é muito importante para a família, nossos filhos e netos, para o Brasil.    

® 
Rui Rodrigues

Nova crise mundial- 2016: OS BANCODUTOS !!!!



Não... Realmente.... Tenho que rir, e quem entender que ria comigo... Mas tem que ter pelo menos a minha idade, ou seja cerca dos 70 anos, aquela idade em que o horizonte de vida não tem mais que 10 a 15 anos como todo mundo. Depois batemos asas e voamos até virarmos "estrelinhas" ... (ou seja, "esta coisa" daqui começa a perder um pouco o interesse.)

Tal como em 2008, os banqueiros choramingas, precisam de dinheiro para "sobreviverem" e não provocarem crise ainda maior... Na Europa precisam de 150 bilhões de Euros, ou 600 bilhões de reais... Evidentemente que quando os Bancos dizem que não têm dinheiro, quem o teria? Os governos, que são quem tem as Casas da Moeda, e recolhem impostos que deveriam ser usados em Serviços públicos, defesa, segurança, saúde, etc... Mas onde os Bancos gastaram esse dinheiro que tinham, tão mal gasto, apesar da tomada que fizeram dos governos em 2008, prometendo com lagrimas de crocodilo que o fato não se repetiria?


Os governos socialistas da Europa sabem.... Esse dinheiro se destina a repor a grana investida pelos Bancos na "politica" e nos "políticos"...

Um caso de BANCODUTOS!!!!!

Vamos pagar feio mais esse pato, porque os banqueiros vão pedir dinheiro aos governos em todo mundo... Efeito dominó.... Os Banqueiros são tão ou mais ambiciosos que os socialistas....

® Rui Rodrigues

sexta-feira, 15 de julho de 2016

Emoções, definições, direito e filosofia ... Quem define?


1- A emoção do "eu venci" , do "eu estou vivo" , "que bom que eu existo" , do "que seria do mundo sem mim"...


Imagine que seja um jogador de futebol, muito bem remunerado, que compre um carro ultimo modelo, daqueles que se destinam a um publico alvo constituído de meia duzia de milionários, e que depois de o comprar, resolva postar nas redes sociais uma foto sua ao lado do veiculo com os seguintes dizeres: "O animal chegou!" Evidentemente que a mensagem tinha destinos certos e incertos, mas intenções bem definidas. O destino certo os amigos a quem avisara da encomenda, os incertos o publico que sempre busca noticias suas, seus fãs, e as intenções, obter e dar emoções. No caso, nada mais justo. A pessoa que fez isso, o dono do carro da foto, Ronaldo, o R7, jogador de futebol, capitão da seleção portuguesa, campeão recente do Euro-2016. Creio que fazemos coisas, todos os dias e a todo instante, buscando sempre a satisfação pessoal de ganharmos uma "recompensa". É exatamente o mesmo tipo de treino que fazemos com cachorros e outros animais. O cachorro faz literalmente qualquer coisa para ganhar um pedaço de ração ou comida, que por sua vez lhe produzira uma pequena injeção de dopamina em seu cérebro, esta sim, a substancia responsável pelo sentimento de "prazer". Para simplificar, coloquemos as coisas assim: - "Ronaldo (ou qualquer outra pessoa) trabalha como pode e sabe, para ganhar dinheiro, para poder ter e fazer coisas que lhe geram doses generosas de dopamina em seu cérebro". Ou se querem simplificar ainda mais, "Ronaldo é um ser humano altamente viciado em doses de dopamina, que se auto-sustenta com seu trabalho". Bom, visto assim lá se vão todas as retóricas sobre religião, politica, seja o que for, restando apenas um corpo, e uma necessidade de compensação traduzida em dopamina, um produto do prazer. Estudiosos extraterrestres poderiam classificar-nos como "seres dotados de vida que se caracterizam pela compra e venda de dopamina, sem a qual ficam tristes e morrem". Fazemos qualquer coisa para obtermos doses de dopamina, criando civilizações para isso. Se acharmos necessário. Achamos que sim! 

2 - Dos cadernos de "definições" 
O que é direita e o que é esquerda.


Esquerda, quando o governo é de esquerda, acredita no governo quando ele diz que algo vai bem, mal ou quando se omite. Direita questiona com números, fato por fato até seu esgotamento. A esquerda argumenta com outros fatos ou invenções que nada têm a haver com o assunto.. .

Pergunte-lhes, aos da esquerda, se acreditam nos índices de inflação propalados, por exemplo, pela FGV ou pelo IBGE ou pelo Ministério das Granas... Depois de cada ida ao Supermercado e "consulta" a sua geladeira se ainda não consertou... (a conta de "luz" é que está errada)

Esquerda é toda a base aliada embasada em bases de alienação

Recado para aquela "esquerda conveniente" de conveniências politicas e de verbas... Daquelas que diz que filho atropelado por ônibus e jogado em vala comum, durante o regime, foi por patas de cavalos da cavalaria do exercito e que foram estuprados quando se divertiam na zona do Mangue...

Encurralem-se os tergiversantes... Ponham-nos entre as grades da Ignorância dos fatos, cercados de flores de papel com letras ideológicas impressas a sangue e fogo de um passado morto... Deixem-nos sentirem-se órfãos de comida, de serviços sociais, de tudo o que defendem e não têm nem mostram... Enfim... Deem-lhes a grande oportunidade de se avexarem em sua insignificância de significados...

Apenas queremos viver de nosso trabalho, com nosso trabalho, sem ajuda do Estado. Fora da politica, esquerda e direita são a mesma coisa.




Na cama, no tapate da sala, no banheiro, no Motel, ou seja onde for na presença da desejada, que lhe dá o que deseja, nunca fale sobre politica, religião, futebol... Concentre-se, relaxem e gozem bastante... Os dois, os três, os quatro.. Os "X"... Cada uns são cada quais de seus quaisquer coisas... Doçuras destas valem quaisquer filosofias pelo menos por uns instantes...  

3- Hoje na berlinda...O direito a um instante de filosofia, por favor...



Pensamento moderno não quer dizer que seja bom ou mau. Pensamento moderno quer dizer estar no mundo adaptado a como ele "está neste momento", porque a humanidade "deita e rola" e segue seu caminho e não lhe importa nossos "chutes e pontapés".


O "mercado" em economia se comporta como a humanidade. Ele ora está de um jeito, ora está do outro e para isso basta, por exemplo, a Inglaterra dizer que "sai", o que aparentemente nada tem a haver com economia, senão que com alguém que muda de lugar sem sair do sitio...



Igualdade, só em moldes mecânicos, porque nossos genes são gritantemente diferentes para quem entende de sutilezas: Por exemplo, carros Ford da mesma montadora no mesmo Pais e local de fabricação... Seres humanos nem que vacas tussam, voem, espirrem ou convulsem.. Nem perante a lei, sequer, porque uns têm amigos ou dinheiro, parentes, etc..

Liberdade... Sempre ha leis para limitarem, exceto quando se pertence a um partido como o PT, que quer tudo o que a vista lhe alcança e as mãos conseguem agarrar... Mas o resto que é muito maior, lhe da uma casca de banana e mãos para desamparar, apenas para lhes mostrar que não somos todos iguais nem todos ladroes, nem todos incitadores a diferenças sociais ...

Fraternidade... Sim, a unica vitoria da revolução francesa, mas limitada ao Reino do Brasil, e mesmo assim ainda mais limitada a três prédios numa cidade, onde se assentam os três poderes do Reino: O Judiciário, o Legislativo e o Executivo, onde cerca de 0,00001 por cento da população fez uma enorme base aliada de amizade fraterna apenas entre eles, e sem consultar o povo de 200.000.000 de pessoas, legislam em proveito próprio e não ha quem os tire desses prédios. Comparai com o Brexit, com a URSS comunista, com o que quiserem, que igual não ha no mundo...

Já se matou muito, entre gente e vãs esperanças, para não mudar nada... Prova de que sempre querem levar a humanidade para onde não queremos ir... Deixem a humanidade em paz. Acabem com a vaidade dos "lideres", todos eles falsos lideres e falsos profetas...


Sou conservador de direita sem esquecer os aspectos sociais: Quem não pode merece todo o nosso apoio. ... Apenas quem não pode. Não sigo lideres, sigo a humanidade, porque em "desprendimento" apenas conheço o do soldado que vai para a guerra, cego, sem questionar nem ao menos saber porquê... Não sou soldado de nada nem de ninguém. 

 
® Rui Rodrigues  

quinta-feira, 14 de julho de 2016

Nas ondas do espelho, espelho meu...


Nas ondas do espelho, espelho meu...
Ou "nas ânsias do vômito"...


Dizem assim: Apoia o homem, senão ela volta e não cai... E eu , que não gosto de ser desmancha prazeres e também quero que ela caia e não volte mais, apoio o homem... Afinal de contas, concordamos no principal e não quero perder os amigos.


Então me pediram a opinião sobre se foi golpe ou não foi... E eu disse que como os três eram amigos e faziam parte da base aliada, nada deve mudar muito, porque se era por ideologia ou se era por convicção na falta de princípios, estavam juntos e continuarão juntos mesmo separados...

Então... Sabem aquela coisa de pergunta de juiz que exige um SIM ou NÃO, sem mais considerações, eu tive que dizer - me senti na obrigação de dizer - que NÃO.... Não foi um golpe. E já no banheiro, de frente para o espelho me perguntei:

- Então... O que foi aquilo que ainda está acontecendo, se não foi golpe?

E o espelho, não eu, respondeu:

- Foi fogo amigo.


(Não percebi a entonação. Fiquei sem saber se o espelho disse: "Foi fogo, amigo..." ou "Foi fogo amigo!", mas o espelho estava tão sujo, que aquelas machas de lama e de pintas de moscas prenhes só sairão com querosene e palha de aço. Por isso o PSDB não queria cargos após o Impeachment)
Dizei-me espelho meu, espelho  meu... Existe alguém mais "qualquer coisa" do que eu?  

®Rui Rodrigues 

quarta-feira, 13 de julho de 2016

Malha Indiscreta




Homenagem a Alfred Hitchcock, Reino Unido, Londres Leytonstone, 1899. Nos estúdios de gravação, Alfred, Grace e Stewart. 

Estou em frente a uma janela, num dia de inverno, agosto, 13, sentado numa mesa pequena onde descansa o meu laptop. As cortinas estão afastadas. O céu a parte de cima do mundo, cinza e enevoado, não se parece nada com um paraíso para onde dizem que as almas boas vão e com um céu destes, imagina-se pra onde as almas ruins devem ser empurradas. Olho as casas da rua em frente enquanto descanso os olhos da tela. Lembrei-me do James Stewart com aquela perna engessada, de frente para a janela no filme "Janela Indiscreta" de 1954, dirigido por Alfred Hitchcock.



Stewart contracenava com a Grace Kelly antes dela casar com o príncipe Ranieri III de Mônaco, a quem pagou "dote" nada simbólico como era de praxe, uma atitude desagradável. Ranieri III poderia ter dispensado o dote. Eu não tenho problema algum de locomoção, nem estamos fisicamente em Mônaco ou nos EUA e não estamos no verão como no filme da janela que era indiscreta.
Mas deixem-me esclarecer-lhes uma situação: Depois que me aposentei tiro boa parte do meu tempo para conhecer o que perdi por ter-me apropriado de minha juventude para estudar, trabalhar, constituir família, educar filhos, e quando me aposentei foi por que resolvi tirar esse tempo para usufruir de uma juventude que perdi enquanto outros a aproveitavam para se divertirem. Aí  que entra a malha, a NET. Talvez hoje Hitchcock, muito provavelmente, não filmasse "Janela Indiscreta". Seria uma grande perda. A paisagem "comum" andava muito deteriorada, o calor aumentara muito, a violência era de outros tipos mais violentos, as artistas e os artistas já não tinham aquele "glamour", alguns cuspiam absurdamente e viviam às custas do governo. O mundo que entrara numa crise em 2008, em 2016 vivia à beira de um ataque de nervos e depressão, mas poucos imaginam o que existe de gente bonita em lugares que parecem deteriorados ...


Se não quer se incomodar, não  use binóculos para ver a casa dos outros.

O aviso chegara. Notei ao olhar para a tela do laptop.  Nem sei porque escrevo estas coisas que me passam pela NET. Os leitores de hoje não se interessam por sentimentalismos, textos muito extensos, enredos, suspense... Querem tudo mastigado, enxuto, sucinto, resumido, porque... Porque... Aqui ó pra eles. Também não me interessam os seus "porquês"... Não escrevo  para esses, os apressados. Conto o que me contam e me dizem: Pode contar. 

Ah... O aviso... O aviso era dela que há muito deixara de ser o meu quebra-galho e eu o quebra-galho dela.  Queria que lhe quebrasse um galho por que estava sem ficante.  As pessoas por vezes perdem a noção das coisas por causa do desespero, e pensam que os outros também estão desesperados. Águas passadas raramente movem moinhos, a não ser que estejam rio abaixo. Primeiro pensei em dizer que estava ocupado e que tinha viajado. Depois mudei de ideias.  Depois perguntei-lhe porque precisava de mim. Disse-me que uma mão lavava a outra e que queria voltar como nos velhos tempos. Em seguida teclei com uma amiga comum.  Ela me disse que minha amiga quebra-galho andava muito promiscua. Nunca se tinha liberado dos traumas com o marido quando se traíram mutuamente. Ela dava pra todo mundo como se ainda estivesse se vingando dele. Não era por isso. Ela gostava mesmo era de transar, não importava com quem. A vida toda de casada provocava discussões com o marido para poder ter uma desculpa para trai-lo. Fechava os olhos e viajava no trem, por vezes de primeira classe, outras de terceira e por vezes ia sem classe mesmo, no desespero, completamente fissurada, no deita e rola.  O meu problema era que doenças não se passam apenas por não usar camisinha. Passam-se de outros modos, como a sífilis, a hepatite e uma porção de outras mais. Além disso nunca me senti muito bem em transar com mulher que tivesse acabado de sair debaixo de outro macho, assim como quem fizesse sexo indireto com outro homem, lambendo na mulher o que lhe fora penetrado. Lavou está novo, sim, mas quando a gente nem se preocupa se precisava lavar. E nunca se sabe onde vai a tara de alguém. Vai que... Nem pensar nisso, aquilo escorrendo ainda quente... Amigas contam tudo.  Perguntei à amiga quem era o ficante atual dela... Depois de muito insistir  ela disse-me quem era mas com a condição de eu não dizer nada pra ninguém.. E ainda reforçou: Nem pra ele nem pra ela! Ela sabe que minha boca é um tumulo quando se trata de segredos, sai do Off do facebook e em seguida teclei para o Pedro Antonio. Eu conheço o cara. É medico num hospital aqui perto. Ele estava "no ar". Depois dos tudo bem, como vai, perguntei-lhe: Como ia a saúde dele, se havia alguma epidemia viral ou de bactérias no hospital. 
Ele achou estranho e me perguntou porque lhe perguntava tal coisa... Eu disse que pretendia fazer um checape geral no hospital onde ele trabalhava. Ele me disse que estava tudo normal e que ele mesmo tinha feito um na semana passada, que tudo estava nos conformes a 100%. Isso me deixou muito feliz embora não pretendesse ter nenhuma outra aventura com essa minha amiga que queria voltar ao estágio do quebra-galho.  A noite já estava chegando, fazendo escurecer a janela da casa em frente da qual eu fazia minhas indiscrições numa outra janela aberta para o mundo, parte de um aparelho eletrônico que serve para tudo até para telefonar. Voltei a teclar com a minha amiga. Disse-lhe que de momento andava sentindo umas esquisitices e que ia fazer um checape geral. Ela disse que tinha um amigo, um tal de Pedro Antonio que era médico num hospital do lugar, e que ela iria comigo se eu quisesse, para me darem melhor atendimento... Disse-lhe que agradecia muito e que se precisasse de alguma coisa que lhe ligaria. Levantei um pouco do teclado e fui até a cozinha...  Não deveria ter ido. Escorreguei e caí. 


Uma das cenas de maior suspense do filme: Grace Kelly na casa do Pedro Antonio. (Oopss. acho que fiz confusão) 

Agora estou aqui com a amiga da amiga, outra carente sexual, a meu lado, eu de perna quebrada, ela com uma enfermeira que me trouxe para me cuidar, olhando para o lado de fora da janela. Peguei uma câmara velha e assestei-a para as janelas em frente. Chamei minha amiga para olhar e ver se conhecia o casal que discutia na janela do segundo andar, no prédio da esquerda, no que tinha varanda. Resolvemos chamar a policia. Minha amiga admiradíssima, com a boca em "o" como quando, disse: - Esse que é o tal do Pedro Antonio que... 

®Rui Rodrigues