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sexta-feira, 4 de janeiro de 2019
A mulher sem útero
(Momento de análise freudiana num mundo Afreudisíaco temperado com Gabriela, Cravo e Canela...)
Aquele estereotipo de mulher cordata, tipo "mulher de Atenas" ou "Amélia", prendada e do lar, é fruto de uma síndrome de Estocolmo, por puro instinto de sobrevivência, num mundo até há bem pouco tempo dominado por homens, tal qual os livros sagrados de todas as religiões do mundo preconizaram. Está em extinção. Mas o "eu" ou a "ID" freudiana da mulher nunca foi esse. Ficou escondido.
Na verdade a mulher sempre foi um homem de saias que tem útero e pare filhos, filhas, bastardos e de pai incógnito. Esse tal de "instinto materno" é exatamente igual ao "instinto paterno", este muitas vezes prejudicado seriamente pela incerteza da paternidade.
Também se pode dizer que Deus - ou a natureza - fez a mulher e desta o homem, mas que na medida em que as tribos cresciam, se separavam e tinham que competir entre si por terras e comida, algumas mulheres se transformaram em homens fortes para caçar e defender o clã. Este ultimo parágrafo é uma completa asneira, o que não impede que seja dita, numa religião dissidente de crentes fidelíssimos como sói acontecer com outras afirmativas.
Religião é uma história infantil contada docemente para adultos. Darwin e Freud lançaram, respectivamente, as bases da intrincada ciência que permitiram os estudos da genética dos seres vivos e de sua espiritualidade...
Os tempos modernos estão provando a igualdade de gêneros, não apenas perante as leis, mas, tirando os aspectos genitais, de completa igualdade...
Rui Rodrigues
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