Arquivo do blog

terça-feira, 17 de janeiro de 2017

A Saga do celtibero - Ano Zero.

Resultado de imagem para celtas portugal
citânia quando estava abandonada.

Esclarecimento: Os celtiberos são um produto de miscigenação entre celtas que chegaram na Península Ibérica vindos muito provavelmente dos Alpes suíços com os iberos que já lá viviam, antes da chegada dos gregos e dos romanos. Os celtas se estendiam por toda a Europa até a atual Turquia e viviam em "Castros", casas circulares de pedra cobertas por palhas, reunidas em aldeias com proteção de muros de pedra. Eram profundamente religiosos, amavam as artes e sabiam usar o ferro, domesticavam animais e falavam uma língua derivada do proto-celta ou celta comum, uma língua indo-europeia. A separação da língua celta deu-se entre 1200 e 800 A.C., antes das invasões romanas. No norte de Portugal falava-se o Galaico e pouco mais a sul o Lusitano conforme referido em documentos romanos. Atualmente fala-se algum tipo de língua celta apenas em regiões limitadas da Grã-Bretanha, Ilha de Man, irlanda, Ilha Cape Breton, Bretanha (na França) e Patagônia (incrível isto, uma vez que a Patagônia foi descoberta por Fernão de Magalhães. Provavelmente a língua celta foi levada por emigrantes). O lusitano foi completamente extinto. Agora imagine-se uma pequena "Citânia" (celta)com casas de pedra, pináculos de telhados a fumegar na hora de fazer a comida em meio a uma azáfama romana de "romanização" da Península Ibérica. Vale notar que os Celtas primeiro tiveram que se entender com os iberos que já viviam na península, depois com gregos, e na sequencia com fenícios e cartagineses, depois com os romanos. Eram  principalmente pastores, mas faziam de tudo. Depois dos romanos vieram suevos, alanos, alamanos, godos, visigodos, judeus e árabes.
Resultado de imagem para celtas portugal
Alguns residentes celtas da Citânia ornamentados para a guerra. 

Este conto, saga ou crônica fictícia, passa-se no ano zero, exatamente, nem antes nem depois do nascimento de J.C. e fazia 30 anos que os romanos haviam chegado e fundado a Lusitânia. Vinte e nove para ser exato, mas não haviam chegado ainda a todos os lugares do Norte. Os nomes usados são de origem Celta.

Nasce o Celtibero  
Na Citânia 
Ano Zero A.C. e Zero D.C.
(Os romanos não conheciam o dígito zero)

Imagem relacionada
Altar celta de sacrifícios de Panoias. O sangue escorria pelos buracos

Rodrix era um nome de origem nos celtas que haviam chegado há muitas e muitas luas vindos de lá das enormes montanhas de neve, onde o dia nascia primeiro. Buscavam terras mais quentes e melhores para encontrar minerais e cultivar. Tinham ouvido falar. Era filho de Gael e Alexia que tinham se juntado sob a proteção dos deuses celtas, mas os romanos não conheciam o zero. Para eles, os romanos, Rodrix o recém-nascido ainda não existia. Nem a citânia porque não a haviam ainda descoberto, mas isso era uma questão de tempo. 
Todos levavam uma vida monótona, agora que se escondiam dos invasores, muito limitados em sua liberdade de andar pelos campos, temendo encontros com as legiões. O chefe da citânia cogitava de se unirem aos romanos. Dizia-se na citânia. 
Rodrix diria um dia, como todos os celtas e iberos: "Orávamos a Tutatis e Belenos, e sempre que apanhávamos soldados romanos perdidos os imolavam no santuário de Panóias. Se os deixássemos ir, eles podiam denunciar a citânia e viriam com mais soldados para nos matarem a todos, estuprar as nossas mulheres". Os celtas de Panoias, vieram da Panônia, nas margens do rio Ister (Danúbio). 


O Celtibero
O começo do conhecimento
Ano V D.C.
(Jesus Cristo nascera no ano zero que os romanos não conheciam)

Resultado de imagem para os celtas no norte de portugal
Rodrix gostava de comer carne de cabra, ovelha, porco, queijos, mel, e aqueles fungos que os porcos encontravam enterrados, presos a raízes de árvores nas florestas, as trufas. Tomava sempre leite de cabra e gostava também de misturar-lhe pão de bolota migado. De vez em quando via hordas de romanos passarem lá embaixo margeando o rio e sabia o que significava: Encrenca! Ouvira falar e estava sempre atento ao que falavam. Felizmente não os tinham ainda descoberto porque era muito raro passarem por ali. Um dia teria uma falcata bem afiada, muito melhor que o gládio romano, e seu labrys, um machado de duplo corte, do mais afiado e duro ferro. Chegava a temer mais por Gael e Alexia do que por ele mesmo. Ainda não conhecera a dor, mas sentia aquela dos tempos de insegurança no seu peito. Orava a Ares, o deus da guerra. Um dia seria um grande guerreiro sem medo de morrer. Os carnutes ou Dehieroskópos como os gregos chamavam aos sacerdotes, o haviam ensinado a não ter medo. Adorava quando chovia e todo o Castro se quedava em meditação. Por isso esmagavam as cabeças dos inimigos para lhes extrair o "pensamento". Um dia vira um inimigo ser perfurado no ventre, ainda vivo, e seu sangue jorrar em pequenas poças abertas nas pedras cinza duras, escorrendo para a terra através de pequenos sulcos. Os carnutes leram depois o que diziam as vísceras do homem, que eram iguais às dos porcos. Temia e exultava por isso. Os sacerdotes deveriam saber o que faziam, mas bem que poderiam ler nas vísceras dos porcos, nas entranhas de peixes.   


O Celtibero
Meu mundo em guerra
Ano X D.C. 

Resultado de imagem para dolmens e antas
Uma anta celta ibérica. 

Agora tenho 10 anos pelo ciclo do Sol, como aprendi com os druidas. Com mais uns 30 de vida estarei morto, e com sorte enterrado numa Anta junto com minhas armas, se os do castro me julgarem valente. Os romanos começaram a chegar e tomaram conta de tudo. Os fenícios nunca  mais apareceram com suas mercadorias, os gregos nunca mais voltaram. Há gentes que chegam com língua parecida com a nossa e a que chamam bárbaros, mas são diferentes dos cartagineses que nos convencem a lutar contra Roma. Dizem ser Godos. Sei que sou Celta, amo a minha família e a defenderei onde for preciso. Tememos uns barcos que quando chegam, muito raramente, não é pra comerciar. Eles chegam do Norte e são louros. Chamamos-lhes de godos e chegam para nos roubar. Aquele homem que vira os sacerdotes perfurarem e sacrificarem quando eu tinha 5 anos era godo. Também não gostamos dos romanos e aprendo rápido a lutar com armas de ferro. Os romanos são invasores, e muito organizados. Acham que a morte é uma fatalidade e morrem sem reclamar dos deuses. Todos no mundo dizem que os Celtiberos e os lusitanos são os melhores guerreiros da península. Talvez me junte a cartagineses se voltarem a passar por aqui, mas não aparecem há cerca de 146 ciclos do sol. Gosto de Roxana, terceira casa a subir, do lado direito, mas não sei como levá-la quando sair desta terra. Sinto-me muito preso nesta citânia e não muito seguro. Eles atacam quando vamos ao rio ou mais longe ao mar para pescar. Quero correr mundo como aqueles que nos visitam para comerciar. Comecei a ter consciência que os cartagineses nos usaram para atacar Roma,e agora sofremos dois tipos de ataques: A vingança dos romanos que querem acabar com os ataques a Roma e nos chamam de bárbaros, e os que vêm para nos roubar os metais e nos fazerem de escravos. 


O Celtibero
Para que se vive?
Ano XV D.C.        

Resultado de imagem para os celtas no norte de portugal
Roxana era assim, mas bem mais loura

Quinze anos eu tenho agora. Dois anos atrás os guerreiros começaram a me deixar participar da defesa de nossa tribo. Pela primeira vez me deixaram ir até o rio para a colheita de trigo e milho. Alguns de nós cuidavam das mulheres enquanto outros as ajudavam na colheita. Os rituais de minha iniciação sexual estavam programados para este ano durante o Equinócio da primavera, na festa do "Hiero Gamos", para me  casarem com Roxana, mas numa das idas ao rio não quisemos esperar e nos casamos escondidos. Foi tão bom, que não posso mais ficar longe dela. A festa em si foi uma orgia com mandrágora que nos deixava inebriados, e nos fazia fazer amor com todas. As mulheres ficavam na caverna ao redor junto às paredes, uma fogueira no meio, os homens iam percorrendo as mulheres uma a uma. Diziam que na primeira vez ela sangrava, mas não sangrou. Isso foi muito bom porque não lhe doeu nada. Alguém já a preparara para me agradar. Ela me dava prazer até com a boca. Eu retribuía. Depois da iniciação ninguém mais deita seja com quem for, mas se houver problemas, podemos nos separar. Os anciãos da citânia entendem isso. Eu não quero me separar dela. Matei meu primeiro romano invasor dois dias antes de meu aniversário solar de 15 anos. Foi frente a frente. Ele não viu minha adaga falcata. Roxana lutou a meu lado. Meu outro medo era que os romanos viessem para levar Roxana como gladiadora para lutar nas arenas de Roma. Preferia vê-la morta e eu junto. A vida era a natureza. Porque teimavam em transforma-la num inferno, gentes que hoje ganham e amanha sabem que vão perder???... Quando cheguei da beira do rio hoje, meus pais tinham feito uma bela sopa com pão de bolota e carne assada de cabra. Defenderia minha citânia contra tudo e contra todos.
         
Resultado de imagem para falcata portugal

Falcata celta ibérica. 

O Celtibero
Quem me muda assim a vida?
Ano XX D.C. 

Foi logo depois de ter cumprido meu 15o ano de vida, a caminho dos 20, que a tribo da citânia, meus pais e os pais de Roxana resolveram que seria melhor casarmos e irmos para longe da influência do mundo romano para nos pouparem da escravidão, da morte, e podermos continuar a nossa descendência. Embarcamos num barco fenício que se dirigia ao continente negro e depois voltaria ao mediterrâneo e ao oriente médio. Pensávamos ficar na Grécia ou em Bizâncio. Éramos apenas 5 pessoas com o barco cheio de alimentos para trocar por marfim antes da costa dos esqueletos: Três marinheiros fenícios, eu e Roxana. Quiseram-nos pagar largas somas em ouro para fazerem amor com Roxana. Se não precisássemos de marinheiros os teríamos matado. Parte da carga era da citânia, que nos fora doada em dote de casamento. Com esse dinheiro viveríamos. Tínhamos assim que vender a carga em Africa, comprar marfim em troca, levar para Bizâncio, e vender por lá sem sermos assaltados.os lucros seriam suficientes para comprar escravos e viver em Bizâncio. Sempre que aportávamos escondíamos Roxana debaixo da carga para não gerar maus pensamentos. Conseguimos comprar boa carga de marfim com os Nok da atual Nigéria. Borramos o marfim com lama para não dar nas vistas, e depois de jogarmos feno em cima, cobrimos com tecido grosso. Trouxemos também uns minerais de ferro que caíra do céu, para fazer adagas bem mais duradouras e duras. Chegamos a Bizâncio quase dois anos depois, e abrimos uma empresa de comércio marítimo. Achamos por bem trocar nossos nomes e aprendemos a ler e a escrever com escravos celtas da Betica, começamos a usar roupas iguais às dos romanos. Tivemos três filhos. Éramos romanos de coração celta, ou celtas de coração romano.  


Resultado de imagem para arqueologia de Bizancio
Barcos bizantinos de comércio. 

O Celtibero
Os negócios nos levam às origens.
Ano XXV D.C.

As religiões são uma desgraça, jogando uns contra os outros. O jogo dos extremistas é sempre descobrir os "traidores das religiões" para extorquirem dinheiro, casas, bens em geral. A religião é usada para extorquir dinheiro até pelos nossos druidas da Citânia. Em Bizâncio é a mesma coisa. Por isso usamos os fenícios, que são "religiosamente" neutros. Financiamos barcos fenícios ou bizantinos, mas sempre com fenícios na tripulação contratados por um fenício que é o nosso testa de ferro e que nos presta contas. Ninguém  ataca os fenícios e a menos que os barcos afundem, sabemos exatamente qual o lucro. Um dia aproveitamos uma viagem para a "ilha Cassiterita", ou  Britânia, uma ilha que fica enviesada a norte de nossa citânia ibérica, e ocupamos um segundo barco para levarmos as crianças para conhecerem os avós. Íamos pegar uma carga de estanho. Foi uma viagem perigosa, mas a vida também era. Estamos no ano 25 D.C e os romanos ainda não chegaram à Britânia. A viagem decorreu sem incidentes. Levamos nossos pais para a Britânia. Livramo-los assim dos romanos. A vida na península estava impossível. Deixamos nosso filhos com eles e voltamos a Bizâncio para vendermos tudo e irmos para a Britânia. Sempre fiquei na duvida se fizemos bem ou mal, agora que nossos filhos eram gente de um grande império, o romano, mas não podíamos conviver com a hipótese de virem a fazer parte de uma legião romana, serem destacados para a Ibéria e matarem seus familiares ou serem mortos por eles sem nunca virem a saber. Deixamos as crianças com uma dor no coração, mas certos que a vida é cheia de dores nos corações. Temos que ser fortes! 

Imagem relacionada
Santuário na Britânia. Antes havia uma cobertura parte com madeira coberta de palha, parte com pedras. No piso inferior se faziam sacrifícios.   

O Celtibero
ROMA, um problema   
Ano XXX D.C.               

Todo este tempo vivendo em Bizâncio e fazendo comércio com barcos fenícios. Recebemos noticias da família na Britânia através de tábuas de madeira escavadas com letras. Íamos fazer uma casa nova aqui em Bizâncio e encontramos dois esqueletos de mãos dadas. Pelos objetos que tinham sido enterrados com eles pareciam ser celtas. Roxana e eu combinamos de sermos enterrados assim, de mãos dadas. Morrendo um, o outro se mata, mas só se as crianças já forem maiores de idade. Pensando bem, este casal que encontramos não deveria ser celta. Não tinham flores enterradas no túmulo. Um celta nunca esquece as flores.     
Resultado de imagem para arqueologia gra bretanha
Os piratas que ficam nas ilhas do Mare Nostrum, o mediterrâneo, atacaram nossos navios por diversas vezes. A cada perda, aumentamos os preços para compensar o prejuízo anterior. Roxana disse-me:
- Rodrix, está na hora de abandonarmos tudo e irmos para a Britânia e salvar as crianças antes que fiquemos sem fortuna. 
Achei que ela tinha razão e vendemos tudo. Dissemos na vizinhança que íamos mudar para Roma, mas na surdina combinamos juntar todos os nossos barcos, enchê-los de nossas riquezas, e rumar com todos eles para a Galécia, que muitos confundem com Lusitânia, e nem nós mesmos sabemos se nossa original citânia ficava num lugar ou noutro. Partimos. Quando chegamos a Roma, e em troca de umas influências pagas a peso de ouro, conseguimos obter um atestado do Imperador Tibério para ocupar exatamente a citânia onde nascêramos e que agora estava abandonada. Todos nossos amigos tinham sido passados a fio de espada, menos os que puderam fugir e os que salvamos quando levamos nossa família. Tibério governava com intrigas, espalhava o terror. Só ele parecia não saber mas todos achavam que um dia iam matá-lo. 
Deixei Roxana na Citânia preparando tudo e contratando escravos, e fui apanhar a família de volta da Britânia. Além dos rumores de assassinato de Tibério, corriam rumores que o senado de Roma preparava uma grande invasão: Na Britânia, justamente. Voltei com a família e as crianças, que registramos como "romanas", e passamos a "tocar o negócio" com os barcos e a tripulação fenícia desde a nossa citânia que agora tinha um nome romano: "Callaeci Bracari" (que atualmente chamam de citânia de Briteiros) onde se reunia o Conselho de cidadãos, o "Consilium Gentis" que se sentavam em bancos de pedra na casa maior da citânia. Se não voltassem a aparecer os cartagineses, ou outros, e a menos de guerra civil, agora éramos protegidos de Roma eternamente. De qualquer forma, nos identificamos mais com os lusitanos que vivem um pouco mais a sul do que com os Callaeci (galegos), a que pertencemos. Eles têm a mente mais "aberta".


O Celtibero
Um final feliz
Ano XL D.C.   

Tenho muita coisa para contar, mas não por agora. Posso adiantar que cultivamos a vinha, largamos um pouco a cerveja e os negócios vão bem. Cheguei aos quarenta anos. Roxana tem 35 anos. Nossos filhos estão na idade do "Hiero Gamos". Tibério era pedófilo e convocava criancinhas para o seu leito. O povo o detestava. Morreu de causas naturais há três anos atrás, em 37 DC, mas o povo gritava "Tibério ao Tibre". Foi pena realmente não ter sido terrível e cruelmente assassinado. Ele merecia! Esta semana carregaram barcos com legiões a caminho da Britânia. Quem governa Roma agora é Calígula, outro pedófilo que era convocado para a cama do falecido Tibério, seu tio. Desta vez devem assassinar o Imperador porque matou seu primo para assumir o Império. Os imperadores mudam sem mudar na essência, mas Roma muda muito mais embora pareça que não. 

Seja como for, gostamos demais dos animais para que se construam circos romanos em terras lusitanas ou Gaélicas.  

Rui Rodrigues    

segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

O Cruz era negro retinto mais preto que o negrume! Uma receita

Primeiro a preparação dos ingredientes.   
(Verá que não precisa de sal)

Resultado de imagem para professor preto

Amália Rodrigues cantava " Mãe Preta" (recomendo que escute enquanto lê isto, porque cria um "clima" .........https://www.youtube.com/watch?v=H7qDZ72soes...

Ainda hoje me dá vontade de chorar quando penso nessa canção...  Minha mãe havia falecido quando eu tinha 10 anos, eu tinha pouco mais que isso de idade e vivia em Portugal, não me lembrava de seus seios me amamentando, eu acarinhado em seu peito de forma tão abnegada. Minha mãe que era branca, agora também era negra. Imagino se fosse negra e nada tivesse a ver comigo, tendo sido filha de escravos, e amamentando um branco. Como a amaria tanto mais ainda!... Amei o caráter dessa mãe negra. Ensinou-me a ser negro sendo branco! Mas para isso, ou se tem o coração mole, ou não se acredita em mim, que o digo, por falta de crédito. Qual o cartão de crédito que me dá o crédito que tenho?

Ingredientes (primeira parte) : Muito sentimento e pedaços de carne de porco (se for muçulmano ou judeu (como eu), lembre-se que a cultura destes animais melhorou muito e já não é tão porco. D'Us já pode recomendar. A humanidade mudou seus comportamentos e processos.  Sendo "couché" e sem misturar com leite desce "divinamente".

-Louro a gosto,
-3 dentes grandes de alho
-Um copo de vinho tinto -SECO!!!!
-Meia cebola pequena
-3 folhas grandes de louro
-10 cm de linguiça calabresa
-Um pouco de orégano.
- Um pouco de tomate e pimentão cortados.
- Um copito de azeite virgem, extra virgem, supra virgem, mais que virgem!
-Bota numa frigideira e bota tudo ao mesmo tempo até "alourar". 

O Cruz era negro retinto mais preto que o negrume!    

Meu pai entre tantas coisas certas, cometeu erros, tal como eu! Não porque sejamos descendente e procriador, mas porque a sintonia com o mundo nos identificou. Meu pai e minha mãe eram  brancos, tinham amigos negros e em minha família havia quem defendesse a independência das colonias, assim como eu defendia ainda estudante jurando fidelidade falsa a Salazar quando levantava o braço em saudação nazi-fascista! Um dia pensei em ir para Angola para "defender" os amigos, mas não me alistei porque os amigos estavam todos do lado errado. Meus amigos morreram, lamento por eles, mas a vida nem sempre é de quem escolhe ou pode escolher. Melhor se "poder" que se possa escolher.

Meu pai primeiro me tentou levar para o comércio, deixando-me um ano sem estudar, ficando na loja, me colocou depois no La-Fayette na Tijuca, para "seguir" os estudos como minha professora, Da Ermelinda , havia recomendado a minha tia Elisa, que contou a meu pai. No La-Fayette tirei uma porção de "dézes" em geometria descritiva, mas reprovei no Vestibular nessa matéria(me roubaram) e em desenho, depois de receber elogio, ali mesmo, dizendo "você já passou" do famoso e merecido Ziraldo. Então entrei no curso do vestibular no largo S. Francisco e conheci o grande professor Cruz, com seus desenhos auxiliares, seu conhecimento profundo e inteligente da Geometria descritiva. 
Disse-lhe: 
-Professor Cruz!... O senhor não é apenas o melhor professor que conheci em toda a minha vida, mas também o mais conhecedor da matéria que ensina. Passei no outro vestibular, ainda mais difícil, para Engenharia! No "La-Fayette" não me ensinaram nada!
Cruz era (gostaria que ainda fosse, que existisse) negro! Retinto! Ninguém mais negro que ele. De língua vermelha, olho branco, gente boa! 

Ingredientes (segunda parte): 

- Uma batata grande lavada e cortada em cubos com casca.
- 3 dentes de alho
- Meia cebola cortada 
- Uma lata de ervilhas ou equivalente natural
- Orégano a gosto
- Curry a gosto
- Meia "bola" a 3 quartos de repolho médio
(pode aproveitar um pouco do "molho" para colocar na frigideira com os rojões de porco)

Depois coma tudo acompanhando com quem quiser, mulheres e alegria ao sabor do vento mesmo que nada sopre.

Fui no google e procurei para pesquisa: Negros famosos no Brasil... "https://www.google.com.br/search?q=negros+famosos+no+Brasil&num=20&newwindow=1&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwjVyZmcjsfRAhXJh5AKHSqBCyQQ_AUICCgB&biw=1024&bih=555"

A luta que se deve lutar para se ter valor!

Resultado de imagem para professor preto


O Google parece não saber o que são negros famosos no Brasil.. O professor Cruz era !!!!E há milhares de negros "famosos" no Brasil... 
A "luta" é - e deve ser - pelo conhecimento e não por "banalidades" ou "habilidades", ou na "porrada" intelectual, física ou moral... Politicas de falso apoio baseadas na "luta" não levam a nada... Apenas beneficiam aos "que apoiam"... Normalmente os interessadamente interesseiros... Ganham muito mais que os negros que defendem, porque estes, enquanto não se  interessarem  pelo que a humanidade "de ponta" se interessar, ficam fora de competição. Poder podem... Mas são mal instruídos desde o berço e quem  os defende são políticos mesmo que disfarçados de professores ou de políticos populares. 

Rui Rodrigues


sábado, 14 de janeiro de 2017

A eterna cegueira militar

Para se entender da cegueira militar nada melhor do que dar alguns exemplos e fazer algumas perguntas. A meditação responde porque responde a nós mesmos sem pressões. Se nos perguntarmos, sem nos vermos obrigados a responder a outros, sempre encontramos respostas sensatas. 

Quatro exemplos de "cegueira"

Resultado de imagem para generais nazistas da segunda guerra mundial
Generais cegos de Hitler

1- Alemanha de Hitler- Sabia-se na Alemanha de Hitler uma porção de coisas desde quando a juventude hitlerista quebrou as vitrines de lojas em Berlim, ou antes em 1923 no "Putsch de Munique"(há que ler a história) e mesmo depois que soltaram uma bomba atentando para matar Hitler. Porque as forças armadas alemãs apoiaram Hitler e as SS desde o início até o fim e não viram o que acontecia? Morreram centenas de milhões de velhos, jovens, mulheres e crianças, uma carnificina econômico-racial de "poder". Ora... Quem sempre pode mais são as forças armadas. Mas de qual lado devem estar?  


Imagem relacionada

2- As Cruzadas na Idade Média - o ano de 1.095 durante o concílio de Clermont, o papa Urbano II , alegadamente para atender pedido de Aleixo I Imperador de Bizâncio contra os turcos seldjúcidas, convoca reis e rainhas que por sua vez convocam seus exércitos e saem todos aos trancos e barrancos para "combater" os infiéis, invadir e assaltar a cidade de Jerusalém. Alegaram ser em nome da fé, mas até hoje se morre por causa da intolerância religiosa, e ainda há quem ache que isso se justifica. Na verdade conhece-se como a "Cruzada dos mendigos"... Limparam as cidades. Porque as forças armadas europeias apoiaram o Papa e seus reis desde o início até o fim e não viram o que acontecia? Morreram centenas de milhões de velhos, jovens, mulheres e crianças, uma carnificina econômico-religiosa  de "poder". Ora... Quem sempre pode mais são as forças armadas. Mas de qual lado devem estar?      

Imagem relacionada
Corpos congelados de Dakotas em Black Hills após massacre

3- Estados Unidos, os acordos com os indígenas - A maioria dos povos indígenas dos EUA nem sabia ler em inglês. Nem escrita tinham, mas assinaram acordos, e por incrível que pareça, quem os infringiu foram os que sabiam ler e escrever e os tinham escrito. Pode alegar-se que tinham uma imensidão de terra para muito pouca gente, mas eles precisavam de pouca terra para pouca gente e os novos no lugar, de muita terra para pouca gente. Ainda assim, colocaram os índios em reservas normalmente muito reduzidas, que depois foram re-invadindo. Poderiam ter "invadido" a terra de forma mais decente, de forma a não provocar revoltas de ambos os lados. Mas sempre houve quem dissesse que não. Porque as forças armadas americanas apoiaram seu governo desde o início até o fim e não viram o que acontecia? Morreram dezenas de milhões de velhos, jovens, mulheres e crianças, uma carnificina ambiciosa de "poder". Ora... Quem sempre pode mais são as forças armadas. Mas de qual lado devem estar? 

Resultado de imagem para guerras coloniais portuguesas
Porque não fizeram, nossos generais, como os dos outros países coloniais que deram a independência a suas colonias? Porque obedeceram a um idiota, burro, que governava a nação. E os colegas mortos vamos reclamar a quem?

4- Portugal- as ultimas guerras coloniais no Ultramar - Anos 60-70. Hitler estava morto, guerra perdida... As cruzadas tinham acabado... A America estava "colonizada"... Mas as vozes da humanidade nunca se calaram contra a "usurpação", o abuso do poder, o colonialismo, contra as indecências do poder, a maioria delas, senão todas, fadadas a acabarem trazendo a paz, ou a se confrontarem numa ultima batalha e arrasar de vez com a humanidade. A tendencia mundial já era a independência dos povos. Agora há bombas atômicas aos montes, em todos os lados, incluindo a Coreia do Norte. Pois bem... Apesar de tudo isso, foi preciso uma cadeira quebrar para Salazar cair e depois os generais que não acompanharam a historia nem a evolução das sociedades, acabarem com a guerra do Ultramar, não faltando depois falsos heróis, dizendo-se os grandes libertadores da democracia, como os socialistas de Mário Soares, um "doutor" janota, gente que nada fez de útil, na maioria das vezes por covardia (quando Salazar estava vivo, onde andava Mario Soares a fazer-lhe frente e que "frente" lhe fez? Porque se fizeram heróis de ambos os lados no ultramar? E olhando Angola (por exemplo) como hoje, corroída pela corrupção do homem que não sai do governo desde então, de que aproveitou o povo angolano a sua independência? Porque as forças armadas portuguesas e angolanas apoiaram seu governo desde o início até o fim e não viram o que acontecia? Morreram dezenas de milhares de velhos, jovens, mulheres e crianças, uma carnificina ambiciosa de "poder" de um lado, e de "sonho de liberdade" do outro. Ora... Quem sempre pode mais são as forças armadas. Mas de qual lado devem estar?           

Sobre a obediência dos generais e da tropa aos políticos.


Para tentar explicar a obediência das forças armadas ao rei , ao presidente da republica, ao Politburo, ao Imperador, enfim, a quem "manda", há que atentar para os partidos políticos, para os interesses da nação, para a inteligência, para o conhecimento, e questionar que "poder" lhes emana para mandarem as populações entrarem em guerra sem questionamentos. Não se pode dirigir nações ou este mundo em voo cego norteados pelas "vontades" ou pela ignorância do mundo que nos cerca. Imaginem me mandarem entrar em guerra para matar judeus, cristãos e muçulmanos, sabendo-se que tenho de todos esses na família... Governantes podem mandar, mas eu não posso guerrear. Alguém tem que dizer-lhes: Essa lei segundo a qual o chefe supremo da nação pode mandar entrar em guerras, não se pode aplicar. Nunca mais! Ambiciosos, malucos, poderosos, ignorantes, ainda que populares, não podem ter esse poder. Há que rever tudo o que temos entendido como "governo" e forma como se relacionam os diferentes poderes. E há um que não pode ser esquecido: O quarto! O poder do povo!

Conclusões particulares

1.1- Nazismo - Cheguei a uma conclusão sobre o Partido Nacional-Socialista alemão, conhecido na época por lá como Partido dos Trabalhadores, vulgo Nazista.
Foi fundado por frustrados nos estudos, que mesmo com dinheiro nunca se interessaram em tirar diploma de alguma profissão para a qual seria necessário "conhecimento". Tiveram que confiar nos outros. Estes outros obedeciam-lhes por medos e terrores. Medos de perder PEQUENAS coisas, como favores e cupons de racionamento, MEDIAS coisas como postos de trabalho e casas, e GRANDES coisas como a própria vida e a da família. Com os ministérios e as for
ças armadas dominadas, Hitler impôs a sua vontade. Os generais e os subordinados não viram nada disto... Não há heróis nazistas! 

2.1- As cruzadas - Alguém tinha ambições, muitas ambições: O Papa Urbano II e Aleixo I imperador bizantino... E nenhum general das forças armadas entendeu o que se passava e se subordinaram cegamente ao poder emanado desses dois ambiciosos. Não há heróis nas cruzadas!

3.1- Dominando novas gentes - Era moda descobrir terras, ver que eram habitadas por gentes sem armas modernas, sem falar línguas conhecidas e chamar-lhes de "selvagens" para terem uma  boa desculpa de lhes invadir as terras 
na America do norte, do sul ou seja onde fosse. Os templos apoiaram esses "acordos" por escrito ou por tiros, esses mesmos templos que hoje ainda se frequentam. Alguns mesmos templos que antes mandaram gente para as fogueiras, aos milhões, por toda a Europa e Américas por questões de "fé"... Se acha que mudaram,e agora já são "bonzinhos", continue frequentando e escutando as vozes dos pregões e dos púlpitos... Não há heróis "colonizadores"!   

4.1- Das guerras do Ultramar - O mundo inteiro europeu dava independência a suas colonias, Salazar passou a chamar-lhes de "Províncias" para dizer que eram extensão do território europeu, quando na verdade os capatazes das fazendas em Angola e em Africa, tratavam os negros
à "chapada" na cara, da mesma forma que o padreco do Liceu Nacional de Gil Vicente em Lisboa tratou meus dois amigos do 2o B quando lhe disseram que não acreditavam em Cristo. O padreco - provavelmente um pederasta- foi expulso do Liceu, os portugueses foram expulsos de suas "províncias". Salazar defendia seus ricos amigos que tinham "fazendas" e exploravam diamantes, ouro e petróleo que os soldados da metrópole nunca viram nem usufruíram, a Igreja católica administrava a parte que lhe tocava, e o povo português emigrava... Que generais não viram ou perceberam isto ? É preciso que as forças armadas saibam pelo que lutam, o que defendem, o que atacam, porque atacam, enfim, serem "conscientes" de seus atos. Questionarem francamente as ordens que recebem. E saber dizer NÃO! 

Forças armadas cegas são um perigo para as suas populações. Fiquem atentos quando as leis mudam para "mais confuso" ou "pior"... E... Que nação precisa de gente que segue cegamente ""líderes"   


Rui Rodrigues

sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

O orgulho nacional. O que é isso ?

Resultado de imagem para mapa peninsula iberica


Portugal, como pais independente, que dura até hoje, tem as fronteiras mais antigas da Europa. Trata-se de um feito notável, num continente sempre em guerras, cheio de nações enormes e poderosas. Mas vale uma observação: A  Península Ibérica parece ter sido uma armadilha para povos que vinham de todos os lados da Europa, do Mediterrâneo, do Oriente Médio, Índia... Chegados às praias e costas marítimas portuguesas, ficavam presos e desanimados para voltar atrás. Chegaram alanos, suevos, alamanos, romanos, árabes, nórdicos, judeus, celtas, godos e visigodos, a misturar-se aos que já existiam desde a idade da pedra lascada e construíram antas. etc. Não há uma raça portuguesa!
Mas deve isso ser um motivo de orgulho nacional? Nasci em Portugal, e creio que sim. Mas quão forte e consistente, ou mesmo sensato é este meu sentimento
?
Resultado de imagem para povoa do lanhoso

Por um lado, fico orgulhoso disso, porque denota um "espirito" de justiça e de determinação, força e valentia, união, solidariedade, independência, constância, sintomas de muitas coisas boas. Ao pensar que meus ascendentes participaram de tantas batalhas, e que eu nasci, faz-me pensar que não houve nenhuma derrota que tivesse sido determinante para impedir o meu nascimento e minha boa saúde. Como ninguém gosta de ser perdedor, orgulho-me de ser um vencedor e agradeço a todo este mundo onde já vivi e a meus antepassados. Por outro lado, em qualquer nação do mundo fala-se na história da Inglaterra, da França, da Espanha... Mas nada de Portugal. Como se nos vissem diferentes do modo como nos vemos. Quando se fala fazem referência a "tráfico de escravos", felizmente não a piratas, e nem sabem que fomos das primeiras nações a acabar com o esclavagismo, talvez a unica a, de forma muito natural, não impedir as relações sexuais entre índios, negros, hindus e brancos. Talvez esse "desinteresse" ou "desaplauso" internacional por Portugal advenha dessa "promiscuidade" inter-racial que para eles, povos "brancos" da Europa (e depois dos EUA) era quase um pecado. Que lhes importa que meus antepassados tenham descoberto os segredos da navegação em alto mar, a indústria naval, aberto os caminhos para desvendar este planeta? Ainda hoje, se perguntarem a qualquer estrangeiro sobre o mapa da Península Ibérica, acham que toda a península é a Espanha.

Resultado de imagem para caravelas portuguesas


Mas onde nos pode levar toda essa "euforia" do orgulho nacionalista? A história, ou melhor, os ventos da história se encarregaram de transformar o meu pais, que tinha nascido pequeno, que cresceu até ficar do tamanho do mundo inteiro, e levá-lo de volta a seu tamanho original. De uma outra forma, aconteceu com Roma, o Egito, os Hunos, a Alemanha de Hitler, a França de Napoleão, a Espanha que já quis ser dona do mundo incluindo países baixos e Itália. Esta "ambição" não pode ser apenas financeira. Trás embutida uma sensação de "supremacia" de suas populações, algo tão próximo do endeusamento, e do não se misturar para não se conspurcar, que tem levado nações inteiras ao mesmo futuro: Voltarem a reduzir-se a suas dimensões originais por total incapacidade de de miscigenarem e passarem a fazer parte da "sociedade" invadida. Não sou admirador de Alexandre o Grande, mas nesse ponto ele estava certo ao promover a miscigenação entre seus soldados e as populações invadidas. Se Maquiavel lhe tivesse escrito "o príncipe", o extremo e o Médio Oriente falariam uma língua derivada do grego, mas Maquiavel veio muito depois, era veneziano pensava mais ou menos como Napoleão. Cada um por si não valem muito mas juntos poderiam ir muito pra lá do Rio Indo.Resultado de imagem para mistura de racas brasil

Não... O nacionalismo não nos trás coisa boa. Posso ver até as terras internas das fronteiras portuguesas atuais virem a ser preenchidas por gentes que nem queiram saber quem foi Afonso Henriques, Pedro Álvares Cabral, Santo António, Camões, João XXI, Fernando Pessoa, Gago Coutinho e Sacadura Cabral, D. João I, Infante D.Henrique, Vasco da Gama... Nem nada da cultura portuguesa do vinho, dos enchidos, da vida familiar das aldeias portuguesas. Talvez venham a falar língua diferente, mas o que isso importa? O que importou ao poo judeu quando teve que se exilar para a Babilônia, o Egito, a Europa e a Alemanha, o que importou aos portugueses que tinham vindo para o Brasil e foram apanhados em meio a um movimento de independência? O que aconteceu aos espanhóis apanhados pelos movimentos bolivarianos de independência? E aos ingleses nos EUA depois que o "May Flower" jogou a carga de chá ao mar em Boston? Seus lugares já não eram Israel, Portugal, Espanha ou Inglaterra... Na verdade nem importava se havia ou não lugar para eles em sua terra natal. A Verdade é que eles já não eram de "Lá"...

Resultado de imagem para os imigrantes eua 1900


Quem fica sofre mais, por que vai vendo aos poucos o mundo lhes "invadir" as portas sem perceberem que são produto de um mundo em que "nós" é um termo muito complexo e indefinido. As individualidades vão ficando cada vez mais reduzidas a insignificantes hordas sem corpo nem cabeça, de suicidas que ainda querem ser "puros", individualistas, que não se querem misturar com gentios. A ortodoxia deve ser respeitada, mas o mundo é muito maior que isso e tem apelo muito maior.
Quem compuser o último rock, o último fado, o último tango, que me mande o link por favor, pra ver como ficou e matar saudades... E segurem as crianças... Ensinem-lhes sobre o que seja "viver neste mundo" cheio de gentes e "coisas" diferentes, e não numa ilusão confortável que lhes construímos para as poupar. Não se poupam crianças. Elas percebem e acabam por nos criticar por não lhes mostrarmos o mundo como é... Sei disso perfeitamente porque já fui uma e me lembro muito bem. 


Quanto ao orgulho de ser descendente disto ou daquilo, ser desta ou daquela nacionalidade, você nem imagina que genes você carrega...



Rui Rodrigues