VIOLÊNCIA NO MUNDO
(O que poucos admitem)
Qualquer regime político tem
provocado mortes e sofrimentos entre as populações por ação direta de suas
“forças”. Nos de “esquerda” e “extrema esquerda” de forma violenta na vã
tentativa de fazer calar o povo ou parte dele, e nos de “direita” e “extrema
direita” de forma mais cínica apoiados pela lei do “quem pode pode, quem não
pode se sacode”, tentando iludir-nos que as oportunidades são iguais para
todos, como em loterias. Nestes regimes quem não for puxa saco se estrepa, é
perseguido ou ignorado, morre de fome ou por doenças. Todos os regimes têm
causado dor, sofrimento, inconformação.
O segredo do “bem governar”
parece ser a manutenção de um certo equilíbrio entre o contentamento e a
indiferença em contrapartida com o descontentamento e a necessidade da
mobilização popular. O mundo caiu desta forma na Queda da Bastilha e na
revolução russa. Caiu de outra forma quando o mundo comunista finalmente
atentou que sem dinheiro não se faz nada.
Mas nem as esquerdas nem as
direitas democratizaram ou socializaram o capital. Democratizam ou socializam
tudo, exceto o capital.
Estes regimes que conhecemos
são muito antigos e têm resistido à evolução deste planeta. Datam de épocas em
que a população mundial andava por volta das centenas de milhões de indivíduos,
ou um pouco mais tarde por volta do bilhão de seres humanos. O planeta se
encheu até os 7,5 bilhões, e os sistemas de governo não mudaram. Quem ascende a
um posto no governo fica lá, tranqüilo, armado de policiamento e exército, sem
ter a mínima obrigação de fazer alguma coisa decente em nome do povo. Mesmo que
roube, o sistema o protege e mesmo perdendo o posto não perde o dinheiro que
roubou.
Hoje os sistemas produzem
pobres, porque são em imenso maior número. Não fosse o medo que tolhe os
movimentos dos insatisfeitos, a humanidade já poderia ter uma democracia que a
representasse realmente, votando leis de forma direta, retirando do governo –
também pelo voto - quem não lhe agrada. É necessário um sistema que não se
auto-alimente de verbas públicas e não veja o futuro como uma cenoura que
balança em frente aos seus olhos cansados, sempre inalcançável.
Em função do aumento
populacional, a justiça tornou-se “morosa”, com casos - aos milhões –
arrastando-se pelos tribunais aguardando julgamento. São muito poucos os juízes
para darem conta e o Estado diz sempre que não tem dinheiro para novas
instalações e contratações. Estados baseados no dinheiro não têm dinheiro, por
mais absurdo que possa parecer e os impostos sejam exorbitantes. Muitos
reclamantes na justiça morrem antes que os casos sejam resolvidos. Mas o
aumento da longevidade faz aumentar a insistência por justiça e o número dos
que reclamam.
A economia mundial não cria
novos empregos em número suficiente para atender o aumento populacional. Isto
gera crises de insolubilidade financeira, criando crises bancárias como
retorno. Essas crises bancárias não raro se transformam em crises mundiais. Os
lucros das companhias são cada vez maiores. Companhias e Bancos retêm capital
para comprar novas empresas, novos Bancos. Este dinheiro parado, retirado do
meio circulante, do capital de giro, provoca a queda da produção e a falta de
empregos. Capital “encaixotado” não gera nada a não ser fome e revolta. Mas os
bancos cobram juros exorbitantes acreditando que ainda há espaço para tal e que
as populações não se revoltarão. Bancos, empresas e governo estão protegidos
por leis – ou pela sua negação - por exércitos e polícia. O povo está sempre
desarmado e não tem quem o defenda, nem aqueles que elegeu exatamente para
isso. Quando dão algo, como ajuda de qualquer tipo, é sempre aquém das
necessidades e do que poderiam dar se governo e empresariado não se
mancomunassem para governar, ditando as leis, aprovando seus próprios lucros e
salários, solapando os ganhos dos assalariados, fazendo faltar condições aos
serviços públicos.
Com salários insuficientes,
desemprego, falta de atendimento nos serviços de educação, saúde, justiça,
segurança pública, aumenta o número de insatisfeitos que pagam com impostos
desperdiçados pelos que os recebem.
Creio que estamos á beira de
uma convulsão mundial. Basta o povo perceber que não existem lugares em prisões
para todos, e que se parar de cooperar não haverá impostos a recolher. Em
algumas sociedades a convulsão durará dias e será pacífica. Noutras não será
assim infelizmente, mas a humanidade já tem demonstrado longo histórico de
abnegação em prol de um mundo mais justo e melhor.
Põe na porta do Boteco: "aqui só entra revolucionário. E seja abnegado: primeiro
ResponderExcluirpague sua conta. Moeda em reais. Fiado só depois da revolução"