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segunda-feira, 11 de março de 2013

A segunda guerra da Coréia


Existe um risco de guerra eminente envolvendo numa primeira instância as duas Coréias, e os EUA. É um assunto antigo, não resolvido, que data de 1950 numa época em que o mundo estava polarizado numa guerra muito especial: A guerra fria. O mundo se dividia entre duas potências quase igualmente fortes: A URSS e os EUA. A guerra entre as duas Coréias no entorno do paralelo 38, foi quente. Bem quente e raivosa. Nela morreram três milhões e meio de pessoas. Nunca um tratado de paz foi assinado e a solução ficou postergada através de um cessar fogo. Entretanto, a Coréia do Norte dominada sucessivamente por membros da mesma família no governo, fortaleceu-se como nunca se imaginou que pudesse e agora ameaça com bombas nucleares afirmando que podem alcançar os EUA. Até uns dias atrás estava suportada pela China e pela Rússia. A China desistiu de apoiá-la. A Rússia deverá anunciar sua retirada de apoio nos próximos dias.

O que aconteceu desde 1950, o que está acontecendo e o que poderá acontecer?

 1.      A primeira guerra da Coréia.
 a raiva
Em 1950 a Coréia era um marisco batido por três mares em disputa de uma rocha dividida: Os EUA e a URSS em conjunto com a China eram os mares. A Coréia do Norte era uma rocha e a Coréia do Sul outra. O povo coreano, o marisco que habita as duas rochas. Na verdade, uma disputa de influências. A região é estratégica e comercial. Em 1945, ao final da segunda guerra mundial, EUA e URSS haviam assinado um tratado dividindo as duas coréias: A do norte sob influência russa, e posteriormente também da China, comunistas, e a do Sul sob influência americana. Justamente em 1950, Num ato tresloucado, a Coréia do Norte invade a Coréia do Sul e toma a capital, Seul. O resultado foi a intervenção da ONU e a convocação do general Mc Arthur, herói da segunda guerra mundial, que retaliaram. As forças comandadas por Mc Arthur retomam Seul e logo avançam pelo território norte-coreano.  Morreram cerca de três milhões e meio de pessoas.
 Marlim Monroe visita tropas na Coréia                  coreia do norte invadida
Em todas as guerras os soldados lutam com certa dose de raiva. É normal, mas relatos pessoais de soldados, filmes, livros, denotam a existência de uma raiva “anormal” por exacerbada. O ingrediente extra era a guerra fria entre as duas maiores potências mundiais. Qual era o sistema mais forte? O capitalismo ou o comunismo? Foi por esta razão que, para equilibrar a imagem dos dois sistemas o caso se resolveu temporariamente com um cessar fogo e não com um tratado de paz. Ambos os lados ficaram satisfeitos, e as duas coréias, tal como o marisco, ficaram divididas 

2.      De 1953 até março de 2013

Kim III visita fronteira em 09 março 2013
Neste período a Coréia do Norte dividiu toda a pobreza, que sempre foi enorme entre a população, manteve o nível de raiva elevado, e gastou todo o dinheiro disponível na manutenção de forças armadas sempre preparadas para o combate aguardando a “redenção”, a batalha das batalhas. Desenvolveu armas nucleares e foguetes, fez testes, lançou foguetes até quase o mar do Japão, atingiu “sem querer” uma região sul-coreana e provocou na imprensa mundial os EUA e a Coréia do Sul afirmando que tinha armas nucleares apontadas para o seu território. No início as nações unidas e os EUA contemporizaram e trocaram o cessar dos testes nucleares em troca de alimentos e outros gêneros de ajuda ao povo norte-coreano. Deram-lhe uns bois. Agora dão uma boiada inteira para não ouvirem mais nenhuma ameaça, porque a Coréia do Norte não pára com as ameaças, nem com os testes com foguetes.
O sistema capitalista tem os seus problemas, e muitos são graves. Muito graves. As populações estão diariamente envolvidas na luta pela sobrevivência. A competição é muito grande e há injustiças sociais de toda a ordem. No sistema comunista, a população divide o que tem disponível, não luta pela subsistência. Quem faz isso é o sistema de governo. Todo o produto interno bruto é usado para obtenção e manutenção de forças armadas fortes, compra de bens imprescindíveis. Se um dia precisarem entrar em guerra estarão poupados da luta pela subsistência, mas não terão esta pratica e será sinal de que chegaram ao limite de suportar, anos a fio, por gerações, a falta de tudo até de notícias. Sua guerra será cega guiada por generais. Deu certo na guerra do Vietnam, mas os tempos mudaram e a geopolítica também. Agora a China omite-se, até porque está em transição para um governo completamente capitalista, e a Rússia, em face desta posição da China, também desistirá porque já não é comunista. Nem um pouco. Recentemente um famoso jogador de basquete norte-americano, Dennis Rodman visitou a Coréia do Norte. Voltou de lá dizendo que Kim III é um bom garoto e que quer negociar com Barak Obama.  Parece ser bastante tarde. A ONU já decretou as sanções. O jogo acabou. Entendendo a situação, mas não muito, Kim III declarou que o cessa-fogo tinha acabado, um general diz que a Coréia do Norte está absolutamente preparada para a guerra. A Coréia do Sul afirma que não aceitará mais nenhuma provocação, os EUA dizem que defenderão firmemente a sua aliada, a Coréia do Sul, e em seguida, nesta segunda feira dia 10 de março de 2013, Kim III manda cortar as comunicações com a Coréia do Sul.
Dennis Rodman e Kim III bons amigos








Qualquer criança do primeiro nível escolar entenderia isto como uma declaração de guerra posto que o cessar-fogo acabou e as comunicações foram cortadas.
3.     A nova guerra da Coréia
 Aviões invisíveis aos radares, que a Coréia do Norte não tem, e poderosos telescópios estacionados em órbitas estratégicas, que a Coréia do Norte também não tem, já invadiram o seu território. As forças já selecionadas para a guerra sabem tudo sobre a Coréia do Norte. Esta pouco saberá, a partir de agora, sobre os EUA e a Coréia do Sul. Sinal de uma guerra eminente, porque qualquer demora em tomar ações representara maior grau de cegueira de informação. Ao menor movimento norte-coreano que indique qualquer preparativo para ação, será julgado de acordo e Coréia do Sul e EUA em ação conjunta, invadirão. Como sempre, com demolição de alvos com aviões stelt. Tal como na guerra dos seis dias, os equipamentos e instalações terrestres da Coréia do Norte serão destruídos num prazo que não passará dos três dias. Em mais uns dias para completar a semana, Kim III abdica, ou é suicidado, e ele ou seu representante nem assinarão acordo de paz. A Coréia do Norte será final e definitivamente absorvida pela Coréia do Sul. Porquê?

Porque o comunismo acabou e o Vietnam do Sul, capitalista já foi absorvido pelo Vietnam do Norte comunista num passado recente e precisa de redenção. E as raivas acabarão finalmente. O povo da Coréia do Norte voltará a ter leite, pão, ovos, carne e roupas. Terá TVs de plasma, digitais, computadores, fará parte do contingente de trabalho da Coréia unificada. Terá que trabalhar no duro, num sistema produtivo, lutar pela vida como o restante dos 7 bilhões e meio de seres deste planeta. Sem cupons de racionamento, mas com os problemas do capitalismo.
Se eventualmente a Coréia do Norte lançar alguma bomba atômica, será sobre a Coréia do Sul, novamente na condição de marisco, mas neste caso, não haveria muita população do norte da Coréia que sobrasse para consumir os ovos, o leite, o pão, a carne e as roupas disponíveis.
E quatro lideres sul americanos pretendem restaurar o velho comunismo que de podre se está acabando. Será uma doença que se pode classificar como “síndrome Fideliana de King - Kim III” ?

Rui Rodrigues

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