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sexta-feira, 6 de janeiro de 2017
Crónicas do Peró - Uma história à moda antiga
Hoje saí do Peró e fui a Cabo Frio - que carinhosamente chamo de "Cold Cape" - para efetivar dois pagamentos, jogar na Megassena (coisa raríssima, que só acontece quando tenho que pagar alguma coisa nesses antros), depois passar no Extra buscando peixe fresco bom e barato diretamente colhido dos pescadores sem intermediários e pelos vistos também sem impostos, e ver do que mais houvesse neste lindo reino ao Sul do Equador do qual todos e principalmente eu, dizemos coisas louváveis e bendizentes, quando não nos lembramos dos políticos que por aqui se acoitam. Lembrei-me muito desses políticos quando fui fazer meus pagamentos numa daquelas horríveis lojas lotéricas, que não têm ar condicionado nem ventiladores, e há sempre um ou dois caixas descansando no "celular" com o povo tratado como gado, suando em bicas cataratas de azedo suor de raiva e impotência, a pressão começando a subir como termômetro nas imediações do Sol. Ainda perguntei: Estas câmaras que gravam o sorriso da gente também gravam o som?
Uma atendente lá de dentro, pendurada em alguma coisa teclável, respondeu:
- Não senhor!! Só grava a imagem!...
E eu respondi bem alto para todos ouvirem:
- "Porque se gravasse eu diria que somos tratados como gado, neste calor de 50 graus, sem ar condicionado nem ventilador... E os donos só vão entender isto que estou dizendo no dia em que o povo começar a quebrar tudo"!
Não adiantou de muita coisa, mas além de uma senhora idosa falar em nome de todos os emudecidos machos de Cape Cold juntando-se a minha lidima reclamação, a moça que descansava e me respondeu, ocupou seu devido lugar e começou a atender clientes para "aliviar a barra"... Assim não muda nada!... Somos seres da espécie Humana, sub-espécie dos Cordatos: Damos um boi para não entrar na briga e uma boiada pra continuar pastando sem nos metermos em "confusões"... As casas lotéricas não aceitam cartões de crédito do ITAU, exigem dinheiro, numa clara transgressão constitucional!
Depois entrei no ônibus. Ar condicionado... Mas foi enchendo... Enchendo... Transbordando... E o ar condicionado passou a ar comum e corrente. Sentado naquela cadeira de cadeirante, vaga por milagre quando entrei, fiquei olhando as belas pernas femininas que se equilibravam naquele corredor muito parecido com o brete do gado bovino para aplicação de vacinas, inseminação de vaginas, lavagem, pesagem... Entendi as pernas femininas... Os homens casados ficam com os automóveis e as mulheres casadas andam de ônibus. Não estava muito certo, mas devia ser isso. O que impressionou muito foi a beleza das mulheres e meninas nesta sexta-feira. Olhos azuis de montão, louras, esbeltas, misturadas a belas negras, lindos cachos encarapinhados, olhos castanhos carnes mais fixas e duras. Um mar de mulheres gostosas, apetecíveis, desejadas.
As ruas estavam cheias. E como sempre, a do Moinho cheia de motoristas "dormingueiros" de meia-tigela, viajando na contra-mão da açorda ou do angu para economizarem tempo e gasolina, entupindo o trânsito. Se fossem mais inteligentes, saberiam que não economizaram nada. Nem tempo! E alguns ainda poderiam ter perdido a vida, como aquele que parou o carro na esquina e impediu o caminhão do supermercado de manobrar para permitir a saída do ônibus que me transportara no ponto onde desci. "Isso e aquilo é você"... "É você"..."você"... "Você"... Ficaram ali trocando adjetivos nefastos enquanto eu carregava minhas compras pra casa em meu equipamento adequado: Uma mochila e uma capanga equipada com bolsa térmica. Cheguei em casa, limpei os peixes, uns xereletes de mais de palmo a R$ 4,99 e congelei. Abri a garrafa do vinho "Sommelier" pra provar as safras disponíveis em 2017 e o pacote de "água e sal" e um dos pacotes de brie "no vencimento"... Minha S-10 vendi em 2008 ao perceber que toda vez que a abastecia, de cada 10 litros, nove serviam para ela mesma se transportar... Táxi ficava muito mais barato e já vinha com motorista.
Nem fui na praia... Com a praia cheia o que mais há é lixo entre virgens descapotadas, mancebos em idade de transar mas jovens para pensar, meninas carentes de novas experiências loucas para serem mães solteiras e ganharem pensão dos pais ou do "pai" da criança biológico ou não, meninos loucos para contar para seus amigos que comeram fulana e que nem deu tempo de colocar a camisinha... A vida na Terra se gera das formas mais inusitadas e inconsequentes. O amor é aquela coisa que nunca se sabe o que seja. Não há cadeiras escolares sobre "O amor", mas sempre há quitutes que o expliquem... Foi assim que num momento de delírio, em que já conversava "tu-cá-tu-lá" com Deus, lhe perguntei, meio turvado pela lucidez que o vinho provoca:
- Ora dizei-me então da importância da fidelidade feminina, já que criaste este mundo todo cheio de morais e moralidades, himens e livros sagrados...
- Que queres que te diga? Perguntou-me Ela, a deusa (Deusa era uma forma feminina) enquanto pegava uma bolacha de água e sal barrada generosamente com queijo "brie" no vencimento e se deliciava com uma mordida e um gole de "sommelier" qualquer coisa não me lembro de onde, mas chinês não era que os chineses não se atrevem a tanto por enquanto...
- Não sei... Tu que és Deusa... Mas o mundo inteiro pensa que a fidelidade é crucial para o bem estar dos casais que se amam, da própria humanidade, estabilidade dos filhos e instabilidade dos bastardos...
Deus(a) ficou apoplética! Ficou vermelha, irritadíssima e me disse entre gritos fazendo do ar em volta um furacão de grau infernal, assim como quem está de TPM:
- Escuta aqui ó grumete de teologia aplicada às genéticas! Se eu quisesse que a fidelidade feminina fosse imprescindível, toda ejaculação masculina seria capaz de fertilizar todos - eu digo TODOS - os óvulos femininos, e a chapeleta do cacete capaz de sugar o esperma do antecessor... Mas não... Todo mês desce um óvulo feminino, que é tudo o que um macho temporário - e mensal - pode fecundar naquela oportunidade... Tirando os nove meses e os dois de resguardo, uma mulher poderia fertilizar dezenas de filhos de pais diferentes todos os meses. Mania de querermos endeusar as primeiras belas pernas que vemos num ônibus, ou a primeira grega, suportando uma cintura de tanajura, com bundinha e seios fartos, boca de favos de mel, olhos semicerrados de prazer... Úmida como a floresta amazônica, uma humana metida a deusa, cheia, como eu, de amor pra dar antes que ele se acabe. Ah... E aquele agarrar pelos ombros, por trás, e beijar-lhe o pescoço, senti-la amolecer, esmorecer, querer virar-se, apertar-me...
Quando acordei já estava sozinho, a Afrodite tinha desaparecido! As crônicas de Cold Cape começam de uma forma e sempre acabam de outra, dependendo do que se encontra pelo caminho. Cobra que não caminha, não engole sapo nem saboreia perereca.
Rui Rodrigues
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