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terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Os limites e o liberalismo

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Nem sempre acordamos da mesma forma. Hoje por exemplo, fui olhar o céu... Sempre olho o céu e se soubesse far-lhe-ia, todos os dias, uma belíssima poesia, como daquelas que Salomão fazia para as meninas de seu Harém... E eram muitas as meninas de seu harém, que raramente via a mesma mais de uma vez por ano, coisa que hoje o Estado lhe proibiria. Ninguém pode hoje casar nem com duas ao mesmo tempo, quanto mais com um harém...Um novo Salomão, surgido nos dias de hoje, ou um Jesus Cristo, ou um Maomé, seriam diferentes porque teriam outros limites. E olhando assim para algumas nuvens, e para o céu onde se espraiam, alongam, engrossam, escurecem, esbranquiçam, flocam, condensam e fluem, fico pensando se aqueles que por lá habitam o paraíso celeste, nos poderiam mandar assim uma chuvinha bem calibrada, gotas do mesmo tamanho, no melhor padrão do Mercado Comum europeu que estabelece padrões pra tudo, bem de acordo com as leis de Navier-Stokes, e mandar uns bons caminhões-cisterna aqui prá região dos lagos de aeração e decantação de esgotos no alvorecer de 21 de fevereiro do ano de 13,7 bilhões de nascimento deste Universo. Olhando tudo o que nos cerca e os céus estrelados, todos passamos nossas existências ou pelo menos muitas noites querendo saber quais serão os limites para algumas coisas sobre as quais ficamos curiosos ou nos interessamos. Nós mesmos poderíamos saber, mas ora por termos medo de ir para o inferno, ora por medo de ficarmos viciados, ou tarados, a verdade é que não testamos esses limites. Talvez por medo do desconhecido. Se a humanidade já tivesse testado "tudo", perderia o interesse. O interesse de viver. Qual seria então o limite da ambição? Ora não se pode ambicionar nada maior que ser o dono dos Universos que existem. O limite dos milagres é a realização do que se sabe ser irrealizável, como por exemplo, a regeneração de uma perna, de um braço. Afora isso, tudo é possível de "enganos", passível de engôdos. 


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Poderíamos falar de muitos outros limites, mas um bom exercício de auto-análise seria imaginarmos quais os nossos próprios limites, o que nos satisfaria para nos sentirmos realmente felizes, extasiados, e até onde realmente sabemos que podemos ir... Depois passamos ali pela porta da consciência, mas antes, muito antes, teríamos que passar pelas portas de nossos medos pessoais. A humanidade tem esse lado ingenuamente acafajestado, pensando que ninguém percebe, e que nos veem como "queremos" que nos vejam, tais são  os esforços de dissimulação, contra-espionagem, propaganda, representação, que se representam em nossas vidas. 


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Limite, em matemática, é um conceito de um "lugar" que nunca se alcança, ou seja, de um lugar que não existe, de onde não sairíamos sequer, porque não podemos chegar neles. Limite na verdade é uma "tendência"... Diz-se que um numero "tende a infinito". Desse conceito desenvolveu-se o cálculo diferencial, o cálculo integral, e as fórmulas de Einstein não existiriam sem ele. Nossas leis nos impõem limites. Alguns de nós fazemos leis. Nelas termina a nossa vã esperança de um liberalismo sem limites, e o liberalismo sem limites se transforma num "paradoxo"... 

Se quiser ser livre, liberal sem limites, então toque seu barco pra um  planeta só seu. Pra ser seu, tem que ser capitalista para poder comprar ou tomar sem liberalismos na força das armas, "no braço"... A força da razão não é um modo de ser antiliberal, nem o conhecimento matemático e astronômico da teoria dos limites significa um atentado ao liberalismo. Todo liberalismo limitado é um pouco antiliberal quer em relação  a  cada limite, quer em relação ao conjunto de limites que nos limitam a liberalidade. 

É que tudo tem seus limites neste ilimitado universo, e o limite da vida, por não sermos eternos, não tem nada de liberal, e nossa vida muitas vezes se encurta por causa das pressões dos que querem sua liberdade e nos limitam a nossa que julgam lhes limite a deles. 
Mas então vem o cair da ficha que nos faz meditar sobre o que somos...

Descobrindo quem eu sou... Parte I de multipartes, tantas quantos os universos em paralelo e concluo que o mundo anda descarrilado em linhas de trilhos de bitola curta, agora imagine quando se olha bitola larga... Tudo é o mesmo, mas sentados nos trilhos a coisa não rola, sobre os trilhos depende da locomotiva... Sou cético, céltico, descrente e abstêmio de tabaco, mas bebo quase que desalmadamente... As mulheres para mim são parceiras, os políticos desnecessários, porque bastaria o concelho de anciãos, e transporte publico o melhor transporte... A melhor rádio, a "r
ádio peão", a melhor Pátria aquela em que me sinto bem... A melhor Igreja aquela que não seja, a pior a que quer ser a melhor e ter os melhores tapetes sem mulheres que se ajoelhem e façam parte, as melhores mulheres são as que escolho, o resto se discute, resguardados os interesses populares do povo no qual me incluo...


Mas sobre o Paraíso... O meu Paraíso fica aqui... Por que para aqui vim eu... O seu não sei onde fica, mas não pode ser aqui, porque aqui vivo eu, e meu lugar não tem que ser o seu...

Paraíso fica no coração da gente e só cabe mais gente com coração...


Rui Rodrigues  

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