A Wikipédia define assim o que é Illuminati:
“Illuminati (plural do latim illuminatus, "aquele que é iluminado"), é o nome dado a diversos grupos, alguns históricos outros modernos, reais ou fictícios. Mais comumente, contudo, o termo "Illuminati" tem sido empregado especificamente para referir-se aos Illuminati da Baviera, uma sociedade secreta da era do Iluminismo fundada em 1 de maio de 1776 ”. A ordem foi fundada por republicanos, livres pensadores, com o nome de “Antigos e Iluminados Profetas da Baviera” na cidade de Ingolstadt, Baviera, atual Alemanha.
E prossegue com o seguinte esclarecimento:
“Nos tempos modernos, também é usado para se referir a uma suposta organização conspiracional que controlaria os assuntos mundiais secretamente, normalmente como versão moderna ou como continuação dos Illuminati bávaros. O nome Illuminati é algumas vezes empregue como sinônimo de Nova Ordem Mundial, Muitos teóricos da conspiração acreditam que os Illuminati são os cérebros por trás dos acontecimentos que levarão ao estabelecimento de tal Nova Ordem Mundial, com os objetivos primários de unir o mundo numa única regência que se baseia em um modelo político onde todos são iguais”.
Além do que consta na Wikipédia é necessário esclarecer que alguns “profetas” tentaram denegrir o estudo do conhecimento e da humanização da sociedade, associando este modelo político a um suposto Anti-Cristo. O medo de sermos todos iguais perante a lei e de todos nós termos realmente os mesmos direitos á vida e ao conhecimento, assusta compreensivamente os que vêm nos cidadãos um imenso pasto para suas riquezas e suas sedes de poder.
Acredito que até o lançamento dos livros de Dan Brown, “O Código Da Vinci” e “Anjos e Demônios”, e anteriormente o de Humberto Ecco “O nome da Rosa”, o conhecimento deste assunto era restrito a uma diminuta parcela da sociedade mundial. Os livros primeiro, e depois os filmes, vieram popularizar o clima de mistério secular que colocou em lados opostos a Igreja Católica tradicionalmente contra o conhecimento que lhe podia derrubar os conceitos de fé pura sem conhecimento, e de outro a sociedade do conhecimento que se espalhava pelo mundo, formada em Universidades e que se perguntava sobre a razão das coisas e como funcionavam. A Igreja Católica proibia as perguntas.
Para impedir este conhecimento, a Igreja Católica fundou a Diabólica Inquisição , queimou cidadãos em fogueiras, promoveu cruzadas contra os povos árabes, e perseguiram aldeias, povos, livros, pessoas, nações. Os EUA e o Canadá formaram-se com famílias que fugiam da perseguição religiosa da Igreja Católica. Judeus e famílias portuguesas amantes do trabalho, da paz e do conhecimento, colonizaram o nordeste brasileiro e o Rio Grande do Sul. Este pesadelo da Inquisição é assim descrito na Wikipédia:
“A Inquisição medieval, da qual derivam todas as demais, foi fundada em 1184 no Languedoc, ao sul da França, para combater a heresia dos cátaros ou albigenses. Em 1249, implantou-se também no reino de Aragão, como a primeira Inquisição estatal e, já na Idade Moderna, com a união de Aragão e Castela, transformou-se na Inquisição espanhola 1478 - 1821, sob controle direto da monarquia hispânica, estendendo posteriormente sua atuação à América. A Inquisição portuguesa foi criada em 1536 e existiu até 1821). A Inquisição romana ou "Congregação da Sacra, Romana e Universal Inquisição do Santo Ofício" existiu entre os anos de 1542 e 1965”.
Daí vem o tradicional embate entre ciência e religião, colocando-as em lados opostos quando na realidade estão muito mais próximas de que se imagina: Para construir um Universo como este, repleto de leis complicadas da Física, da Química e da Genética, não teria Deus que ser um cientista mais do que perfeito?
Sigmund Freud fez um estudo sobre o comportamento das multidões que embora discutido ainda, é normalmente aceito como uma excelente base para a avaliação do comportamento humano quando isolado, e quando reunido em grupos, sociedades e nações. Compreende-se então que, a pesar de todos aqueles que já passaram pelo mundo tentando controlar esses grupos, sociedades e nações, a humanidade sempre segue o seu caminho. Um caminho que somente sabemos qual foi, quando já passou e sentimos o quanto avançamos. Grupos parecem momentânea e temporariamente dominados, assim como sociedades e nações, normalmente por efeito da ação de pequenos grupos que dominam a riqueza e os exércitos. São grupos temporariamente prevalecentes, que passam ferindo, retardando, privando, mas desaparecem na história como se nunca tivessem existido como palavras largadas ao vento e rasgadas em letras dispersas que já não têm efeito.
O grupo dos illuminati da Baviera, que chegou a ter cerca de 2.000 participantes, foi fundado em 1761 pelo professor de lei canônica e jesuíta Adam Weishaupt , (falecido em 1830) e pelo barão Adolph von Knigge e banida em 1784, mas foi o suficiente para iluminar a imaginação das sociedades do futuro. A vontade do saber, do conhecer, é intrínseco da humanidade e desde o fim da Inquisição, já não se precisa esconder de nada nem de ninguém. Todos os que já passaram pelos bancos de universidades, escolas, cursos, são Illuminati.
O mundo é um farol aberto, ligado, iluminando o imenso mar do conhecimento onde navegamos os nossos neurônios com pequenos pares de remos a que chamamos de sinapses.
Não existe uma Nova Ordem Mundial... Há sim, uma vontade muito forte de alguns dominarem o mundo pela ignorância, e uma vontade ainda maior pelo conhecimento, por parte da humanidade, em não ser dominada...
Rui Rodrigues
[1] Para mais detalhes, consultar: http://pt.wikipedia.org/wiki/Illuminati
[2] Para mais detalhes, consultar: http://pt.wikipedia.org/wiki/Inquisi%C3%A7%C3%A3o
[3] Foto da direita
[4] Foto da esquerda