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terça-feira, 23 de agosto de 2016

Humanos: Uma segunda opinião!

I- Indícios de que nossa humanidade...Tem restrições




Todas as opiniões que temos sobre nós são de humanos. Há milhões de livros sobre o assunto. E embora de vez em quando apareçam profetas que nos dizem sermos diferentes do que pensamos ser, ainda assim, achei que precisássemos de uma segunda opinião e iniciei minhas pesquisas com cachorros, gatos, cavalos, animais de estimação, buscando suas reações a nossos estímulos. A maioria dos animais nos têm medo, o que  não é boa recomendação pra nós. Dirigi-me também a abatedouros de aves e animais e tentei analisar os animais antes do abatimento, mas estavam extremamente estressados e a maioria já não respondia a estímulos. Alguns estavam completamente sujos de fezes e urina, expressavam medo. Parece que, a não sermos nós mesmos, o mundo vivo que nos cerca não tem lá muito boa impressão de nós, e para piorar as coisas, aqueles de nós que ascendemos ao poder, achamos que os que ficaram para trás - e abaixo - e a que se chama comumente de "povo" são todos idiotas por elegerem aqueles que vão mandar neles e conduzi-los a guerras e a banca-rotas, muitos à pobreza, muitos à morte. 
Há tratados sobre isso e afirmativas de Bismarck e outros generais, reis e politicos, que afirmaram que suas populações eram de porcos, deviam ser tratadas como porcos e coisas piores. Stalin ordenava a morte de milhares, milhões de pessoas para diminuir a demanda por alimentação. Suas listas são famosas, porque não era nada pessoal. Não havia nomes. A ignorância de certos "lideres" que na maioria das vezes não são lideres, por serem odiados, os faz tomar atitudes das mais simples e fáceis porque não confiam em ninguém (sempre por ignorância) e acabam por prejudicar as populações. Por ignorância ou por qualquer outro motivo, são perniciosos ao desenvolvimento humano. Defendem-se com policiais e forças armadas.  
   
II - Forma de obter uma segunda opinião sobre nossa humanidade.




Fiquei pensando como poderia obter uma "segunda opinião" sobre a humanidade e encontrei a resposta. Bastava que eu não tivesse nem pena nem  de mim mesmo e sem me defender de defeitos e de virtudes me orgulhar, os expusesse livremente, impondo  uma condição: Minhas criticas a mim mesmo e minhas virtudes, teriam que ser comparadas a outras pessoas que conheci na vida. Se coincidissem, as tomaria como "válidas". Depois meditaria sobre as conclusões para decidir antes de afirmar. Imaginei-me, na verdade, como um extra-terrestre olhando de cima e superficialmente uma humanidade muito complicada. Isso foi há cerca de dez anos atrás. Depois fui esquecendo. Mas sabem aquela coisa que você nunca sabe como acontece, mas que nos leva a acreditar que de tanto pensar numa coisa ela acaba por acontecer? Pois bem... Um dia destes acordei e me lembrei de um sonho. Isso sempre foi muito raro, isto é, me lembrar de meus sonhos. Aí vai o sonho, contado mais ou menos tanto quanto me posso lembrar.


III - O primeiro encontro do primeiro grau com extraterrestres.




Estava dormindo, eu sabia, (porque depois acordei) mas estava acordado no sonho. Eu estava sentado vendo televisão, e de repente a luz foi-se embora, o som da TV sumiu, tudo ficou escuro na cidade, era um "apagão". Foi coisa de uns dois minutos e tudo voltou ao normal. Ao normal não. Havia uma leve difração da luz de tal forma, entre eu e a TV, que me deixou confuso. O ar ficou como que feito de gelatina e num breve instante não percebi se era do programa de TV ou outra coisa qualquer. Vi a forma de um rosto do outro lado. Era de mulher tal como eu gostava (parece que tinham adivinhado) e falava a minha língua.

- Sim.. Sou uma extraterrestre... Agora pode desligar esse seu ar de espanto e me responder. Quer dar uma volta conosco por umas duas horas? Traremos você de volta feliz de contente e com meia dúzia de respostas... É pegar ou largar. Não vai doer nada e ainda ganha 20.000 libras das boas. 

Não havia nada que me desagradasse na proposta. Topei com a maior satisfação, e logo me senti empurrado, sorvido melhor dizendo, para uma câmara como aquela de regularização de pressão dos submarinos, ou das usadas em camaras e estações espaciais . A moça me esperava. Igualzinha a nós. Quer dizer... Igualzinha a nossas mulheres terrestres. Ela me atalhou os pensamentos:

- Esta minha aparência é uma adaptação corporal para não assustar vocês. Quer saber como somos ou acha que vai perder o tesão por mim? 
- Podemos transar?
- Claro... Pra isso que trouxemos você aqui. Queremos recolher suas informações genéticas, e tudo o que pudermos saber...
- Então transamos logo e me mostra como são por dentro depois. Pode ser?

Aquele foi meu primeiro encontro com extraterrestras. As 20.000 libras ficaram lá como crédito pessoal. Ela tambem ganhou o dela, porque todas as atividades deles são remuneradas. De graça nem respirar. Se não ganharem para o oxigênio, morrem sufocados. Os preços do essencial são controlados pelo Estado. Das poucas coisas. A partir dai, volta e meia eles apareciam. Por visita eu recebia 20.000 libras. Uma libra deles não valia nada aqui. Eu nunca quis saber como eram por dentro. Por fora estava bom demais. Mas fiquei sabendo que têm pés, mãos, pulmões, braços, dedos,sexos, tudo... Ela ia me chamar de idiota, certa vez, mas se conteve e disse:

- Já imaginou uma civilização com gente que não tivesse mãos, pés, e todas essas coisas, e um cérebro pra pensar? Não poderia existir porque não poderiam fazer nada de tecnológico... Nem acender fogo nem correr pra apagá-lo! Viu porque não podemos ser tão diferentes de vocês? E finalizou:
- Nós somos normalmente transparentes, podendo ficar de qualquer cor pra efeito de camuflagem. Quando estamos transparentes é apenas pra ver como estão nossos órgãos internos.
Eu não precisava ver nada daquilo... 

   
IV - Os outros encontros imediatíssimos do primeiro grau.





Houve depois, durante alguns meses, vários encontros. Ela estava sempre presente, e podíamos transar mesmo durante passeios, conferencias, em qualquer lugar. Eles tinham um aparelhinho de "delay" que gravava tudo e depois do sexo passava um pouco correndo em replay de forma a nos encaixarmos novamente no "tempo certo". Soube que eles tinham reis e raínhas que não mandavam nada, deputados e senadores que não mandavam nada. Colocavam leis para aprovar, votavam por um processo de redes sociais, e os deputados e senadores faziam cumprir tudo que fosse aprovado através de pessoal dos órgãos públicos. Quem fazia as leis era o povo mesmo e as submetia a aprovação popular. Não havia corrupção porque todo o dinheiro era contabilizado, todas as transações anotadas eletronicamente e os valores tinham que fechar ao final do dia como numa enorme planilha geral de contabilidade. Todo cidadao tinha direito a instrução e serviços de saúde grátis. E de grátis mais nada!...A alimentação era efetuada através de produtos injetáveis. No estômago deles não cabia nem cachorro quente de criança. Mas podiam comer um de vez em quando, coisa que evitavam por causa do mau cheiro na saida. Tudo o que eles injetavam lhes saía na urina ou no suor, bem perfumado. Uma indústria ou loja de papel higiênico iria à falência por lá. Eles não derrubam árvores mais do que as que plantam. 
    

V - O fim dos encontros e a segunda opinião sobre a nossa humanidade.




Antes de me desligar deles, ou de me fazerem perder o interesse por eles (não sei como foi, mas perdi o interesse até por ela), eles me contaram que basta um erro para a nossa civilização "implodir", ir pra "casa do Afonso"... E que passamos o tempo todo brigando uns com os outros e querendo mandar em todos, de tal forma que não contribuímos para um "bem e fim" comuns... Desperdiçamos esforços em vez de nos concentrarmos. Com isso desperdiçamos tempo, dinheiro, progresso, e ainda arriscamos a nos explodirmos numa guerra. Perguntei-lhes quem tinha a culpa. Eles me disseram:  

- Desde os primórdios de vossas civilizações, cresceram om mentalidades de sobrevivência tal como em cquaisquer outras do Universo. Até aí tudo bem.  O problema é que vocês nunca consideraram se unir numa só nação, abrindo mão de "vantagens" sobre as outras. Das vezes que tentaram, cada país tentou levar para a união seu lado corrupto de tirar vantagens... E isso vem de cada um. São todos corruptos desde os primeiros passos. Uns mais e outros menos. Podem corrigir-se, mas o mais certo a esperar é a aniquilação. Atentem para os detentores de moral que são as religiões: Quantos por cento do que arrecadam serve para fazer o tal "bem" e quanto para os seus dirigentes viverem como reis e nababos? Que moral é essa que passam para as crianças? E as empresas que ensinam os  empregados a roubar? E os politicos que mentem desde as campanhas e mesmo assim há quem vote neles? Quer dizer... Vossa civilização vai pro vinagre. Quanto mais tenologia desenvolverdes, mais próximos estareis do fim...

Nem vou dizer mais nada!...  A segunda opinião me fez sentir um lixo. Quem herdar a Terra vai herdar um deserto. E não acredito em extraterrestres.

    

® Rui Rodrigues     

segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Porque Deus não fala conosco?





Descobri como reflexo de um pensamento filosófico "maso-sadista" mais pra neutro que para ativista:

Adão e Eva sabiam mais-que-perfeitamente, que não podiam desagradar a Deus porque iriam perder tudo, tudo, tudo...

Então não desobedeceram... Eles eram fiéis...

O que aconteceu foi uma grande discussão entre Adão e Eva... Daquelas de sair faísca, raios e trovões, por aqueles certos dias... E o que mais perto havia para jogar no Adão...Era uma maçã ... Justo da árvore que eles nem repararam ser a dos frutos proibidos...

Então, no desespero, perdidos por cinquenta perdidos por mil, repararam que estavam nus e se consolaram ali mesmo, um ao outro, e viram que isso era bom demais, e saíram do paraíso com a cabeça erguida, felizes da vida, dando uma banana para o Senhor... 


Foi assim que chegaram numa aldeia de Homo Sapiens, que usavam peles de animais para se cobrirem. Puseram então umas folhas de parreira para se cobrirem também.
Foi o que escreveram os Homo Sapiens sobre Adão e Eva quando os encontraram pelados, com folhas de parreira como tapa-sexo.

Por isso que Deus não fala conosco até hoje...


No entanto, há quem vá mais longe. Dizem que Deus transava com a Eva, e que Adão os viu e começou a transar também com ela quando Deus se ausentava do Paraíso. Foi então que Deus, quando descobriu, expulsou o Adão. E a Eva disse: - Se ele vai eu também vou!... E foram os dois.


Perguntei: - Que prova vocês têm que Deus transou com Eva? E eles me responderam


- Ninguém tem prova de nada. São tudo indícios, assim como Deus ter transado com Maria e dele ter nascido Jesus, o Cristo... Sabe-se assim que Deus gostava muito de mulher... E Deus não vem aqui embaixo tirar as duvidas por estar envergonhado, quem sabe arrependido...

Respondi-lhes: - Deus não se arrepende do que faz... E sabem o que me disseram?
-  Ah é? Então leia sobre o diluvio...  


® Rui Rodrigues

domingo, 21 de agosto de 2016

Ensaios fabulosos do primeiro grau

I- A formiga e
a água do Senhor





Formigas não catalogam nada, não deixam registros, nem pretendem ir à Lua. Aliás, as formigas não sabem de muita coisa e nem enxergam. Quando andam em filas enormes, comunicam-se através de substâncias químicas para as quais têm um excelente faro. Elas não se alimentam do que levam para os formigueiros. Tudo o que levam para lá serve como adubo para cultivar fungos. Comem os fungos. Estão organizadas de tal forma que possuem "soldados" para manter a ordem, consertar as entradas, ventilações, matar inimigos. Morrem de forma altruísta e nem ganham medalhas. Porém, morrer sem ser por uma causa deixa-as confusas. Quando sentem algo vivo, de "faro" orgânico que seja muito grande, atrapalhando-lhes a passagem ou destruindo o formigueiro, atacam-no impiedosamente. Cada corpo desses que lhes atrapalha a vida é um tipo de demônio. Não conhecem nenhum Deus. Tudo são demônios ao seu redor. Incrível como fazem pontes vivas para possibilitar a passagem da "tribo". Elas parecem ter um "manual" de instruções que seguem à risca, estritamente. Sem problemas com sexo. Operárias e soldados não têm sexo. Uma rainha fecundada passa a vida botando ovos. Nenhum de nós aguentaria muito tempo vivendo como formigas, e muito menos ficando sujeitos a uma igualdade irritante em que a menos da especialização entre oper
árias, soldados e rainha, todos são iguais, absolutamente iguais e não poderia ser diferente porque a mãe de cada uma é a rainha comum. Os membros dessa comuna assim formada pela natureza são todos nobres, burgueses e irmãos. Apesar disso, elas conseguem viver e sobreviver sem alegrias nem tristezas. Elas também não têm um sistema nervoso central. Por isso também quando isoladas, sem odores de comando, ficam perdidas sem rumo, e sua única função, porque nem preocupação têm, é encontrar um "cheiro" para que possam fazer alguma coisa para a qual estejam programadas. Uma dessas formigas, iguais a todas as outras, foi parar talvez carregada pelo vento numa xícara de café quente do senhor sentado a uma mesa na calçada em frente a uma cafetaria. Mexeu-se a esmo numa tentativa de não afundar na água. Formigas estão programadas para as enchentes nos campos ou quando são apanhadas por filetes de água corrente mas não para o calor. Aquela água estava muito quente. Foi assim que a formiga foi sorvida por um furacão e desceu às profundezas do inferno onde aos poucos foi perdendo os movimentos. E de repente imobilizou-se como se nunca tivesse existido. No formigueiro não fazem registros de nada. Nunca souberam ou se preocuparam com aquela formiga exceto quando lhe deram mecanicamente feromonas para que entendesse para onde ir e o que fazer, mas sem contudo a identificarem, nem com um simples numero sequer. Uma trabalhadora nobre, burguesa, socializada... Sabiam apenas que a identificavam como "viva e operacional". Ninguém contabilizava ninguém. Para o senhor, com ou sem formiga, o café não mudou em nada. Poderia ter sido naquele dia, ou no anterior, ou no que viria e nunca chegou. 

Por onde andaria o Grande Contabilizador que nos mantém com memória na memória, enfim... Vivos? Todas as formigas do mundo, têm seu Grande Contabilizador como a Grande esperança do amanhã e todos eles são diferentes, mas não  contabilizam nada.

II- O Mosquito
Camikaze da ZIKA


Estava justamente vendo um filme de aviação da segunda guerra mundial quando senti algo me incomodando. Parecia que tinham atirado em mim, no braço por que estava ardendo. Então dei um pause e no silêncio que se fez, tentei ouvir algum som. De repente ouvi como se fosse um motor ao longe, e tentei divisar o inimigo, mas estava camuflado.


Ajustei o meu ângulo de visão para mais ou menos as dez para as dez, um pouco abaixo e olhei... Minhas mãos voaram uma contra a outra e quando as abri, lá estava o inimigo: Um mosquito das forças aéreas da ZIKA. Olhei bem as mãos... Tive que ir ao banheiro lavá-las. O piloto estava morto, ensanguentado. O aparelho danificado, o trem de pouso completamente quebrado, as asas uma pra cima e outra pra baixo...
Voltei ao filme mais tranquilo, mas o braço mostrava os danos que ele me causara: Um calombo. Sou alérgico. Uma amiga me disse:

- Sabes o que é bom pra picadura de mosquito?
- Naão... O que é?
- Bundinha de mosca!!!!

Então me dei conta que de repente se parou de falar em mosquitos, Zika, Milagres que não se explicam assim tão facilmente.... Os santinhos de presépio benzem-se... E assim de repente temos que esperar o senso pra saber se havia moscas suficientes para acalmar os mosquitos.

® Rui Rodrigues

sexta-feira, 19 de agosto de 2016

A virada sexual do pós-guerra

Introdução.
(do verbo introduzir... Sexo sem introdução, principalmente depois dos prolegômenos, não é dos melhores)

Cada qual entende as coisas como quer ou como pode entender. Se tem muito conhecimento geral entende de uma forma, se tem muito conhecimento especifico entende de outra, e se não tem conhecimento nenhum, mas pensa que tem, compreende tudo de forma a mostrar que não entendeu nada quando questionado... Para dirimir essas duvidas, existem os exames vestibulares. Em países decentes, os examinadores são conhecedores específicos. Em países indecentes, os examinadores são do partido e têm uma lista de quem aprovar dependendo se pertencem ou não ao partido. Para estes o mérito não importa nada. A fidelidade fala mais alto.  Isto posto, para que se entenda do mérito de entender sobre a humanidade e suas necessidades mais prementes, falemos de sexo, que todo mundo entende mesmo sem professor... Falar de amor neste contexto, não... Amor nada tem a haver com sexo. Amor leva ao sexo, mas o sexo nem sempre leva ao amor e aí...Aí exatamente que está o busílis da questão, e muita gente se deita e depois custa a se levantar...

1 - O desejo sexual


Está até na Bíblia, em "Cânticos" de Salomão, a maior apologia aos prazeres do sexo, não interessa o quanto os sacerdotes atuais queiram mostrar um lado diferente santificado. Também está em todos os "livros sagrados" de todas as religiões ... Também não interessa o quanto os sacerdotes queiram nos convencer que o "vinho" que Jesus obteve da transformação da água era "diferente". Todos os antigos egípcios. judeus, muçulmanos, etc, tinham mulheres "a dar com um pau" (em todos os sentidos) reunidas em haréns e tomavam cerveja ou vinho... Isso em Roma era normal... Mas vedavam o conhecimento a crianças... Mas ainda no meu tempo de esconderem livros de sexo, já na era moderna, o assunto que mais abordávamos em nossas conversas particulares - nós crianças - meninos e meninas, pelos quatro anos de idade, era sobre sexo... Todo mundo queria fazer sexo... O problema era que meninas podiam engravidar... E para os efeitos deste texto, homens não engravidavam, como os eunucos... Estão começando a perceber, né? O harém , que sempre existiu de forma legal ou não, religiosa ou não, parece que tinha mais portas a se abrirem pela madrugada. Por outro lado, meninos conviverem com meninas era vedado para lhes garantir a virgindade, e meninos com meninos, ou meninas com meninas, podiam conviver sem maiores problemas. Ora isto promovia a separação entre os sexos, a segregação, e o treino ou aproximação sexual entre crianças de mesmo sexo.  A infância e a adolescência masculina eram uma seara onde os mais "fracos" física ou mentalmente, ou por qualquer outro motivo eram "reduzidos" a meninas. Acontece em sacristias não tão raramente por coerção, intimidação... E os hormônios gritam por sexo... Quando não se pode mais "segurar a barra", a vontade de transar é tanta que fica difícil se segurar... Mas vamos adiante, porque com uso de preservativos a segurança está garantida, "lavou está novo", ninguém tem que se meter na vida de ninguém, mas ninguém gosta de trabalhar, juntar dinheiro, imoveis, para sustentar ou dividir com amantes. E com incertezas, a segurança e a motivação para formar famílias perde-se nas baladas. 


2- A guerra  



Houve muitas guerras na antiguidade em que os soldados eram obrigados a passar muito tempo fora de casa. Uma delas foi a guerra dos cem anos. Mas eles levavam mulheres para cozinhar, meninos como escudeiros, gente para todo o serviço. Feios podiam não ter sexo, mas no meio das hordas, os mais belos e ferozes tinham... Quem com quem, dependia mais da disponibilidade do que da qualidade, depois de vencidas as "relutâncias". O importante era esvaziar o saco, acabar com aquela vontade que indisciplinava, que desviava a atenção. A pior das guerras foi a primeira mundial mais que a segunda. Não havia mulheres no front. Na segunda guerra houve uma mudança importante: Serviços mais leves, do front para a retaguarda, começaram a ser executados por mulheres. Agora sim, o sexo nos acampamentos começava a aliviar as tropas... Mas eram muito poucas mulheres para um enxame de homens. Muitos homens passaram a ser mulheres por um milhão de motivos, não apenas porque "nasceram no corpo errado"... Uns sim, outros não, outros intimidados, outros para se sentirem protegidos, outros para se sentirem "amados" ou importantes, outros para se sentirem "fortes" e poderosos na companhia dos maiorais... Outros ainda para se vingarem mais tarde!... De tudo um pouco, mas não - apenas - porque nascessem num corpo errado. Sexualidade é uma coisa muito complicada. Não se pode reduzir a "corpo errado"...  Mas na segunda guerra mundial as mulheres foram também para o front. Evidentemente que nenhum soldado poderia voltar do front dizendo que era gay porque não havia mulheres no front e tivera que "ceder"... Mas muitos cederam... 


Os exércitos sempre foram majoritariamente masculinos, e na marinha nunca haviam permitido mulheres a bordo desde os tempos das galés, para não ocasionar brigas por ciúmes. Num paralelo de "proibições arrazoadas" a Igreja católica não permite que padres se casem, na verdade, para que não juntem dinheiro das esmolas e o deixem para as esposas... Mas como sexo é - mais que naturalmente - prazer, com alguém terá que ser... Mais ou menos como no front, porque a vida é uma batalha, e há que ter alguns prazeres senão resta o suicídio ou a revolução, que nada mais seria, no caso, que uma forma de suicídio social! 
O que parece ser muito provável, é que num isolamento restrito a um único sexo, como em prisões, uma boa parte tenha o seu "par" de quem recebe carinho, atenção,prazer, e sirva de judas para aliviar a tensão... Em alguns exércitos deve ser assim também. Como os comandantes poderiam admitir isto publicamente, sendo o exército de machos... E a opinião pública? Quem mandaria seus filhos para as forças armadas? Mas imagine-se num sistema idiossincrático em que as mulheres não possam ter relações sexuais a não ser com seus maridos, podendo até serem mortas e apedrejadas... Neste caso, e durante toda a puberdade e adolescência, e mesmo durante o inicio da fase adulta, meninas vivem apenas com meninas e meninos com meninos. Podemos imaginar até que ponto irão as amizades, e nada havendo em contra, não se toca neste assunto, como se fosse tabu. Deve ser muito grande a masturbação particular e acompanhada por amigos de forma altamente secreta e confidencial. O que sedimenta ainda mais a amizade e o companheirismo.      

3- A revolução sexual

(Na foto Phill Bloom, a primeira mulher a ficar nua num programa de TV- 1967) 

Meninas e meninos sempre andaram lendo nas bibliotecas paternas, e passavam a informação para os outros. Meninas fingiam não saber de nada para não estragarem a reputação. Não se pode imaginar que o noivo ou o marido perguntassem: Onde aprendeu isso?  Então, homens podiam ter haréns - de mulheres- mas as mulheres não podiam ter "haréns" de homens guardados por eunucos porque não podem existir "eunucas" a menos que cortassem o clitóris pra não ter desejos homossexuais ou heterossexuais ou o que quer que seja... Mesmo que todas as mulheres do mundo assumam todos os postos masculinos do mundo há certas coisas da natureza que jamais poderão ser mudadas. Somos fruto da natureza e não das vontades individuais e temos limites. O artificial não é igual ao natural. Se não houver haréns de homens, haverá de mulheres, ou dos dois. Caminhamos para um mundo em que o harém é "universal" e todo mundo participa, a menos que haja uma "reviravolta": Assim como os Bonobos, uma tribo de macacos africanos, que praticam o sexo como forma de eliminar as dissidências internas (pensávamos que já havíamos ultrapassado essa fase simiesca, mas parece que voltamos). Fatalmente haverá a necessidade de prevalência da verdadeira moral, aquela que mais se identifica com a natureza no que tange a um processo evolutivo natural tal como a natureza determina. A humanidade vai para onde for e não para onde a mandam ou querem mandá-la, alguns "educadores" comprometidos com a politica ou com particularidades de cunho próprio e particular sem estudo cientifico apropriado.


A segunda guerra mundial veio dar uma importância ao sexo feminino que antes não tinha. Independentizou a mulher, porque ela provou que poderia ser igual ao homem, e onde faltasse a força, o progresso tecnológico a supriria. Agora temos que ter muito cuidado com as mulheres, nós homens... Elas agora nos escolhem como sempre escolheram, mas tomam a iniciativa. Eu explico... Antes da segunda guerra mundial faziam de tudo para ter a seu lado os homens que queriam no estado de namoradas, noivas, casadas ou amantes... Hoje não precisam fazer de nada. Nem satisfações dão!... Escolhem os mais bonitos, os mais sarados, os mais inteligentes nem tanto, mas os menos dotados podem escolher entre as menos dotadas, ou seus homens também, ou serem eunucos, porque se castrarem na infância para serem meninos de coro, como era prática italiana para garantir a vida confortável dos filhos no Renascimento, já não se usa. Os últimos parece que chegaram com D. João VI.      

4- Conclusões para o futuro. 




Se olharmos a história Universal, podemos verificar que aquilo a que chamamos de "moral", de cunho sexual, vem se libertando de tabus dia a dia no que pese a renitência de algumas religiões que não se adaptam ao mundo que evolui, não acompanham a evolução da humanidade sem perceberem que a humanidade vai e as religiões morrem. O mundo "virtual" está cheio de deuses mortos desde muito antes de 12.000 anos atrás quando os sumérios inauguraram a primeira civilização de que se tem noticia. Religiões são como a evolução de uma espécie. Olhando por três ou quatro gerações, pouco se nota, mas ao longo de milênios, as diferenças são enormes. Muitas religiões estão perdendo fiéis. Outras embora ainda cresçam, mostram uma tendencia a diminuir. Outras religiões surgem, tentando corrigir os erros das que vão definhando. 
No entanto há outros fatores que levam por vezes a uma retomada de um caminho abandonado no passado por se verificar a necessidade de se voltar a padrões em prol do que se possa entender - no inconsciente coletivo - como de beneficio geral. Pode ser que um dia se volte a dar importância, por exemplo, a um hímen intacto. Um hímen pode parecer um absurdo da natureza, mas a natureza - e não a religião - não tem nada de absurdo. 


Cada coisa que existe tem sua razão de ser e é importante. Talvez algum dia através da manipulação genética consigam produzir seres humanos sem umbigo e sem hímen. Não creio, por outro lado, que se tenham estabelecido paralelos entre o aumento do consumo de drogas, e o decréscimo da satisfação sexual pela sua banalização, mas apostaria que o aumento do consumo de drogas se deve a banalizar muitas das coisas desta vida que devem ser mais "comedidas". Mas, de qualquer forma, é sempre bom saber quem está debaixo de uma burka: Se é Ana, Francisca, ou um outra coisa.   
Sexo é um "mecanismo" da natureza para a reprodução, baseado na atração e compensação por prazer. Qualquer coisa fora disso deve ter outro nome: Sacanagem parece apropriado... Sacanagem é o sexo descompromissado, por puro prazer... Muçulmano ortodoxo, por exemplo, não deve fazer sacanagem... Ou faz? Sexo seria um termo puramente cientifico.   



® Rui Rodrigues

domingo, 14 de agosto de 2016

Sopa muito de piranha de mini-saia e meia arrastão...





1) - Três cabeças pequenas de pargo e duas postas de peixe-espada também nada grandes.. Bote pra cozinhar assim sem mais coisa, em pouca água... Reserve a água...

2)- Se vire e separe as espinhas da carne... Reserve a carne, acerte as espinhas numa cesta de 3 pontos na cesta do lixo... (Vai sobrar muita carninha de peixe para duas pessoas que pretendem ir pra cama juntas...)

3) - Numa panela bote uma cebola picada, quatro dentes de alho picados, um pedaço de coentro, e refogue... Quando alourar, jogue a água do cozimento, e a carne do peixe... Acrescente água até a "quantidade" que achar que o casal vai trucidar...

4) - Quando ferver, acrescente uma pitada de sal e umas 4 a 5 gotas de pimenta da braba, ou então, apimente como lhe der na gana.. Pimenta no dos outros é refresco..

Putz... Já falei que tinha que abrir a cerveja e ou o vinho? Não.. não falei... Deveriam ter aberto e estar quase no fim por estas alturas... Abra mais então...

5)- Quando ferver tudo, vá juntando farinha de mandioca torrada até ficar um caldo grosso - E NÃO UM PIRÃO... Escutou ou já tá de porre?

6) Sirva na temperatura que desejar, salpicando uma salsa picada sobre o caldo...

7- E então? Depois digam se a transa do caldo de piranha com mini-saia e meias arrastão estava boa ou não... Para quem for trabalhar, que amanhã é segunda feira, recomenda-se óculos escuros...

® Rui Rodrigues

Retalhos de um tudo solto de um sólido quase nada...



Foi em Cabo Frio no ponto de ônibus em frente à Rodoviária, no sentido centro. Uma senhora proporcional de corpo, muito elegante, com botas de montaria, gabardine curta dos anos 60, luvas... Realmente a temperatura tinha baixado na cidade, mas não a ponto de cobrir os dedos. Não me lembro de que lado chegou no ponto de ônibus, mas logo saiu a caminho da rodoviária. Há momentos, pessoas, situações que poderiam ficar mais tempo em nosso campo de visão. Agradam tanto por qualquer motivo ou mesmo sem nenhum,  que nos deixam saudades e uma lembrança. E nem mostrou o rosto porque o curto tempo que por ali ficou, ficou de costas para mim. Tenho certeza que não me viu quando chegou. Fiz um ca lá pelas quatro da manhã, quando me lembrei dela. Por vezes é bom não ser fotógrafo, estar sem câmara ou estar com o celular mas ter coragem de não bater a foto para não estragar a imaginação. Pode ter tirado as roupas do bau, ou passado numa dessas lojas de roupa usada e ter feito uma extravagancia barata. Poderia estar esperando alguém, ou ter desistido de pegar táxi ali perto do ponto - na realidade ela estava um pouco afastada - e ter resolvido pegá-lo no ponto de táxis drodoviária. Onde iria? Coisas sem importância na vida, mas se atentarmos para questões de importância, qual a que realmente tem a vida? Se tivesse, todos os que  viveram estariam na lembrança de todos os que vivem. Na verdade ela me pareceu a parte viva de 1960, inserida numa paisagem de 2016. Perguntei-me se por acaso não teria olhado a senhora através de um portal do tempo, assim como em universos paralelos que não creio que existam. Pensei em me dirigir aos outros passageiros e perguntar-lhes se tinham visto a tal senhora, mas abandonei a idéia, porque eu tinha certeza de a ter visto no mundo real, ali mesmo, antes de embarcar. E não fui atrás dela porque não tinha cabimento. Ainda diriam que se tratava de assédio sexual, e não passaria eu por uma vergonha dessas. Arrependi-me, ou não, de não ter batido palmas. Ela merecia e tenho certeza que todos os transeuntes concordariam de bom grado em lhe bater palmas, mas as pessoas são tãsusceptíveis, tão melindrosas e sensíveis, que ela poderia pensar que se tratasse de gozação. Mas não. Não. De forma alguma. Por breves instantes ela reinou sobre as ruas e o inverno de Cabo Frio, provavelmente sem nunca chegar a saber que reinou. Tento lembrar-me da idade que aparentava, mas diria que princesa não era nem rainha-mãe. Estava na idade de não pensar na idade e foi pena não lhe ter sentido o perfume. Estava muito longe de mim e não tenho o faro tão bom como o dos amigos caninos, desses que andam pelas ruas e se amam ali mesmo sem a menor cerimônia e depois vai cada um para seu lado. Baladas são assim. Seres humanos têm lugares adequados para serem respeitados e para não serem. Quem quer vai pra lá, quem não quer fica descansando para quando quiser ir, e se não for ninguém sentirá sua falta por muito tempo, ou quase nada. Ela não olhou nem para trás nem para os lados. Nada lhe interessava. Por isso não me viu e isso teve uma importância relativa na minha vida, porque se me tivesse olhado quem sabe o que poderia acontecer... A minha vida e a dela poderiam ter mudado completamente ou continuarmos com a vida assim solta, sem nada sólido a prender-nos, cada dia um retalho a juntar para a grande colcha da vida.         

   
® Rui Rodrigues