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sábado, 25 de fevereiro de 2017

Previsibilidade...Calma...Estamos quase lá...

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Creio ter entendido ao longo de mais de 70 anos, que tudo, absolutamente tudo, sem exceção, tem um princípio, um meio e um fim. Parece estar escrito em tudo que se olha e estuda. Nosso planeta e o Universo estão cheios de exemplos, como se fosse uma mensagem, uma regra, uma lei. Nem precisaria comprovar. Nosso planeta e o Universo são exemplos de que surgiram, tiveram uma "vida" e... Terão um fim, "morrerão", como tudo morre! Einstein disse que Deus não joga dados e deve estar certo (Einstein não estava certo quanto à constante cosmológica), porque tudo é previsível até mesmo no caso do "entrelaçamento quântico", quando se colocam duas partículas em contato e depois  se afastam por quilômetros, e quando se troca a rotação de uma, a outra  automaticamente a troca também, numa velocidade de resposta que excede infinitamente a da luz.   

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A natureza em que vivemos deixa-nos mensagens sempre à vista. Precisamos interpretá-las. Por exemplo o "caso dos rios". Mas antes... Como aparecem? Aparecem pelo acúmulo de água, gota a gota. E depois, para onde vão os rios, como vão, e por que vão? Os rios vão sempre "para" o centro da Terra atraídos pela gravidade que age sobre cada gota de água. Como não podem ir de forma direta, vão por onde podem, de cada milímetro em que se encontra cada gota para um milímetro mais baixo. O mar não os faz acabar. O mar os absorve, e quando na nascente e ao longo de seu percurso o clima seca drasticamente, os rios acabam. Temporária ou definitivamente. No contexto do fim de nosso planeta, todos os rios acabarão também. 
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Mas não são apenas rios que surgem e acabam. Os primeiros astros que apareceram no universo, foram as estrelas, constituídas de hidrogênio e hélio. Um dia, vencidas pela gravidade que elas mesmas criaram, e sem o combustível cujas explosões as mantinham ativas, explodiram em super-novas, mas criaram outros elementos mais pesados que o hélio e o hidrogênio, que se juntaram e formaram outras estrelas, mas agora com planetas em suas órbitas. Partículas surgem e desaparecem a todo o instante. Espécies surgiram e desapareceram da face deste planeta, como os dinossauros. 

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Em termos de "coisas" inertes ou "vivas", a nível atômico, molecular, ou estelar, podem aparecer, evoluir, mas têm seus dias contados pela forma como se formaram e evoluíram. A sensação que temos é que se trata de uma "guerra" de fagia entre tudo, mas não há guerra alguma. Lavoisier disse que "na natureza nada se perde, nada se cria, tudo se transforma". Creio que ele não sabia o completo alcance de sua lei, a caminho da "previsibilidade completa universal". Hoje podemos calcular quanto tempo durará uma estrela, ou seja, ela tem seus "dias" contados praticamente a partir do momento em que se forma. Um dia aprenderemos a calcular o tempo de existência de galáxias e do próprio Universo, de cada ser vivo. Hoje já podemos avaliar quanto tempo ainda resta a certas espécies para que ainda existam em nosso planeta até se extinguirem. Carl Jung disse a Sigmund Freud que ele estava "criando" um câncer, e foi disso que faleceu. Disse-o em função do estilo, do histórico de vida que Freud levava. 

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Creio que a nossa humanidade se extinguirá quando tiver "aprendido" quase tudo sobre este universo e poucas forem as perspectivas de "novidades". Somos uma espécie viva que busca novidades e odeia o tédio. O conhecimento causa a previsibilidade como se a Natureza jogasse xadrez, de tal forma, que se soubéssemos tudo poderíamos prever o futuro de qualquer "coisa". Nossos conhecimentos e nossa tecnologia aumentam de dia para dia, a uma velocidade exponencial, caminho do nosso "fim". É bem verdade que nosso fim pode ser a Eternidade" ou a extinção, mas sem calma nada se faz. Portanto, calma.... Estamos quase lá, mas ainda temos muita coisa para fazer, muitas "novidades" para descobrir. 

Rui Rodrigues  

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

À procura de um milagre qualquer...

Verso prósico prosaico 

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Medita Um, 
Dança todo mundo

Olhar o céu à procura de um milagre qualquer,
Qualquer milagre, não importa qual, 
Que se precisam de tantos, um deles, só um,
Já nos seria de grande valia.
Mas o céu nunca nos trouxe milagres, 
Embora as catástrofes, todas elas, 
Tivessem perdido a importância.
Nunca nos lembramos dos vencidos,
Por vezes só dos rastros,
Quando e se, a última vez nem lembramos!...
Em que desgraça de forma de poder
Estaríamos agora atravessando, 
Que de tantos nomes que lhe chamam
Faz parecer os filósofos políticos de cordel.

Grita Um, 
Cantam todos

Nem um pássaro nos céus, todos espantados,
Não era procissão, que essas passam devagar, 
Eram ruas vivas, pulsando, como coração
Que move pernas, braços, cabeças, cópulas,
Ali mesmo, no beco, na praia, Apê ou Motel,
Ao som batucado de andores sem santos,
Mas com anjas desnudas, peitos arfantes, 
Mancebos e anjas, do céu, que os infernos,
Esses, não fazem parte das notícias,
Nem ninguém transmite em direto, 
O inferno é aqui, sem milagres, 
Pode ser em qualquer lugar, qualquer tempo
Independente de idade, para qualquer um. 


Sem padres nas Igrejas,
custa caro manter e orar. 

Imensa a procissão dos calados, 
Gente da moda que pára para ver novidades,
Mas não compram, apenas comentam,
Morrem agarrados a mortalhas, 
Preguiçosos do pensar, ativos no julgar,
Há sempre um corvo nos céus, uma gaivota
Sob as nuvens, um carneirinho pra contar, 
Uma hiena na pradaria, uma carcaça de gnu
Mostrando as cavernas de nau expostas ao mar.
Um carro batido, um morto perdido na bala,
Drogas citadinas fazem da cidade uma droga,
Ministros duvidosos assinam sem preocupação, 
Porque quem nomeia retribui os favores,
E ir nas Igrejas pra tomar bençãos, orar,
Pedir a Deus pelos pobrezinhos como ricos, 
Com tudo tão caro, incluindo a manutenção,
Sugestione-se, assim como em sexo a sós,
E ore pela Igreja Virtual, que Deus nunca,
Mas nunca mesmo, proporciona show ao vivo.

O rebanho

O rebanho engordou, continua pastando,
Sempre sobre duas pernas, mas engordou,
Pesa muito mais, dizem-lhe para comprar,
Compra em dobro, dizem pra vender, também,
Dizem pra responder não sabem, 
Falta-lhes conhecimento, mas não admitem,
Torneiros inexperientes podem presidenciar,
Motoristas de caminhão também, e viúvas
Cocaleiros, bandidos, escroques e vilões,
Chamam-lhe de democracia, que burrice seria
Se não lhes faltasse o conhecimento,
Daquele que não se aprende nas escolas, 
Mas o da conformação pelas Igrejas e templos.
O fiel é sempre fiel, pode ajudar sempre
Enquanto não mostrar as costelas, depois, 
Por ai em qualquer lugar, por falta de lar
Se pode morrer como anjo decaído...
E ir para o céu.
Diga Amém, mas só se for de Ontário,
Que a culpa não é dos outros!
Os milagres não chegam dos céus.
Nos céus há nuvens, estrelas, aviões. As aves estão morrendo!
Carnaval, gente bonita, ruas emporcalhadas.  

Rui Rodrigues

terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Os limites e o liberalismo

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Nem sempre acordamos da mesma forma. Hoje por exemplo, fui olhar o céu... Sempre olho o céu e se soubesse far-lhe-ia, todos os dias, uma belíssima poesia, como daquelas que Salomão fazia para as meninas de seu Harém... E eram muitas as meninas de seu harém, que raramente via a mesma mais de uma vez por ano, coisa que hoje o Estado lhe proibiria. Ninguém pode hoje casar nem com duas ao mesmo tempo, quanto mais com um harém...Um novo Salomão, surgido nos dias de hoje, ou um Jesus Cristo, ou um Maomé, seriam diferentes porque teriam outros limites. E olhando assim para algumas nuvens, e para o céu onde se espraiam, alongam, engrossam, escurecem, esbranquiçam, flocam, condensam e fluem, fico pensando se aqueles que por lá habitam o paraíso celeste, nos poderiam mandar assim uma chuvinha bem calibrada, gotas do mesmo tamanho, no melhor padrão do Mercado Comum europeu que estabelece padrões pra tudo, bem de acordo com as leis de Navier-Stokes, e mandar uns bons caminhões-cisterna aqui prá região dos lagos de aeração e decantação de esgotos no alvorecer de 21 de fevereiro do ano de 13,7 bilhões de nascimento deste Universo. Olhando tudo o que nos cerca e os céus estrelados, todos passamos nossas existências ou pelo menos muitas noites querendo saber quais serão os limites para algumas coisas sobre as quais ficamos curiosos ou nos interessamos. Nós mesmos poderíamos saber, mas ora por termos medo de ir para o inferno, ora por medo de ficarmos viciados, ou tarados, a verdade é que não testamos esses limites. Talvez por medo do desconhecido. Se a humanidade já tivesse testado "tudo", perderia o interesse. O interesse de viver. Qual seria então o limite da ambição? Ora não se pode ambicionar nada maior que ser o dono dos Universos que existem. O limite dos milagres é a realização do que se sabe ser irrealizável, como por exemplo, a regeneração de uma perna, de um braço. Afora isso, tudo é possível de "enganos", passível de engôdos. 


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Poderíamos falar de muitos outros limites, mas um bom exercício de auto-análise seria imaginarmos quais os nossos próprios limites, o que nos satisfaria para nos sentirmos realmente felizes, extasiados, e até onde realmente sabemos que podemos ir... Depois passamos ali pela porta da consciência, mas antes, muito antes, teríamos que passar pelas portas de nossos medos pessoais. A humanidade tem esse lado ingenuamente acafajestado, pensando que ninguém percebe, e que nos veem como "queremos" que nos vejam, tais são  os esforços de dissimulação, contra-espionagem, propaganda, representação, que se representam em nossas vidas. 


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Limite, em matemática, é um conceito de um "lugar" que nunca se alcança, ou seja, de um lugar que não existe, de onde não sairíamos sequer, porque não podemos chegar neles. Limite na verdade é uma "tendência"... Diz-se que um numero "tende a infinito". Desse conceito desenvolveu-se o cálculo diferencial, o cálculo integral, e as fórmulas de Einstein não existiriam sem ele. Nossas leis nos impõem limites. Alguns de nós fazemos leis. Nelas termina a nossa vã esperança de um liberalismo sem limites, e o liberalismo sem limites se transforma num "paradoxo"... 

Se quiser ser livre, liberal sem limites, então toque seu barco pra um  planeta só seu. Pra ser seu, tem que ser capitalista para poder comprar ou tomar sem liberalismos na força das armas, "no braço"... A força da razão não é um modo de ser antiliberal, nem o conhecimento matemático e astronômico da teoria dos limites significa um atentado ao liberalismo. Todo liberalismo limitado é um pouco antiliberal quer em relação  a  cada limite, quer em relação ao conjunto de limites que nos limitam a liberalidade. 

É que tudo tem seus limites neste ilimitado universo, e o limite da vida, por não sermos eternos, não tem nada de liberal, e nossa vida muitas vezes se encurta por causa das pressões dos que querem sua liberdade e nos limitam a nossa que julgam lhes limite a deles. 
Mas então vem o cair da ficha que nos faz meditar sobre o que somos...

Descobrindo quem eu sou... Parte I de multipartes, tantas quantos os universos em paralelo e concluo que o mundo anda descarrilado em linhas de trilhos de bitola curta, agora imagine quando se olha bitola larga... Tudo é o mesmo, mas sentados nos trilhos a coisa não rola, sobre os trilhos depende da locomotiva... Sou cético, céltico, descrente e abstêmio de tabaco, mas bebo quase que desalmadamente... As mulheres para mim são parceiras, os políticos desnecessários, porque bastaria o concelho de anciãos, e transporte publico o melhor transporte... A melhor rádio, a "r
ádio peão", a melhor Pátria aquela em que me sinto bem... A melhor Igreja aquela que não seja, a pior a que quer ser a melhor e ter os melhores tapetes sem mulheres que se ajoelhem e façam parte, as melhores mulheres são as que escolho, o resto se discute, resguardados os interesses populares do povo no qual me incluo...


Mas sobre o Paraíso... O meu Paraíso fica aqui... Por que para aqui vim eu... O seu não sei onde fica, mas não pode ser aqui, porque aqui vivo eu, e meu lugar não tem que ser o seu...

Paraíso fica no coração da gente e só cabe mais gente com coração...


Rui Rodrigues  

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

Rio bitrocentos graus


Soneto aprosado
Rio bitrocentos graus
O inferno é la fora mesmo!!!
O Ziriguidum tá danado!!!
Salva-se a praia....
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As janelas estavam fechadas, mas resolvi, timidamente, entreabrir uma delas, um pouco, como quem olha por buraco de fechadura, fresta de porta...

Entrou-me o inferno janela adentro, uma canícula brilhante, iluminada, junto com o mormaço, a quentura, a soalheira, a solama e o sufoco de um calor abrasador de um dia indeciso em que ser verão ou outono lhe dá no mesmo, porque nesta altura do ano nada se leva a mal por ser Carnaval...

Quis fechar a fresta, tapar o buraco da fechadura, mas com este calor, o melhor que se faz é ficar na brisa da sombra de casa onde a temperatura é bem mais baixa, cuidando da malemolência do remanso do lar.
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Sucos, cubos de gelo, folhas de menta, gotas de orvalho suado no copo, uma ducha de vez em quando e um pouco dela que sabe, e ela sabe...

Rui Rodrigues

Percepção- Episódio II- O exército da discussão

Prólogo do episódio I- (que ora se repete porque continuamos perceptivos):

Muitas vezes desejamos dizer algo que achamos importante, mas "faltam-nos" palavras ou não sabemos exatamente por onde começar. Nesta fase, antigamente, os escritores costumavam encher seus cestos de papel com papéis amassados com meia dúzia de palavras escritas. Boa parte servia para acender a lareira. Quanto a mim e desta vez, tentarei não me preocupar com o início nem com o fim, mas com o meio, porque há coisas que nunca se sabe como começaram nem porque terminaram ou como vão terminar. As épocas podem ser quaisquer, porque enquanto houver vidas, a percepção persiste. O prólogo vale para todos os episódios de percepção de vida.

O Exército da Discussão
Algures no Rio do Tempo

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De vez em quando as palavras nos saem da boca ora como mel, ora como fel. Por vezes não queremos que pareçam nem mel nem fel, mas nos saem azaradas, por vezes azedas, outras vezes sutis, dúbias, vingativas, acusadoras, como exércitos de sons que podem ser traduzidos em letras, armados com machados de "tês", lanças de "is", ganchos dolorosos de interrogação, amarras de aspas, e as gritantes vogais que nos buzinam a paciência. Em alguns casos, trata-se de "ato falho", como assim classificava o Sigmund Freud. Nem percebemos que deixamos abertos uns certos portões da prisão do cérebro. Outras vezes queremos alertar, machucar só um pouco, mas acabamos por fazer um tremendo estrago, muitas vezes irreparável, ao mandarmos para os ouvidos dos outros a tropa de sons, ou uma simples guarda avançada. Parece uma tropa de choldraboldras. Quem sabe, melhor seria fechar a porta do quartel e não dizer nada, ou montar um serviço de inteligência para a tropa de letras choldraboldras.

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- Ó Júlio...
- Pôxa, pai... Já disse que Júlio é o marido da sua filha! Porque não me trata pelo meu nome, Salsedo?
- Desculpa... 
- Pois é, pai... Tudo bem! Mas volta e meia o senhor repete isso.

- Carlão!... Estou tentando contactar o pessoal da nossa turma para o segundo jantar de confraternização, depois de quase 30 anos depois da formatura. Desde 1971. Ano passado foi um sufoco pra juntar pela primeira vez. Uns podem num dia, outros em outro... Mas este ano está mais difícil...
- Éramos apenas 27 mais 5 da segunda época. Uma pena que não se consiga juntar esse pessoal. Parecíamos tão amigos. Porque tem que ser sempre você, caro Jacob, a juntar a turma? Acho que se eles não querem, a coisa fica forçada... 
- Vou desistir dessa merda, porra!...
- Então vamos repetir a cena do dia em que confirmamos a formatura: - Partimos do Campus de Engenharia da UFF, e vamos parando em tudo que for bar de um lado e do outro da rua e em cada um tomamos um "traçado" pra comemorar!!!!...

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- Aqui não se come queijo todos os dias!...
- Ora ele nunca tinha dito isso para seus filhos, e sempre levava queijo. Totalmente injusto e despropositado. Porque diria a filha isso? Freud poderia explicar... Quem sabe a mamãe. Cabeças fazem-se ao longo de anos. Anão com alforge de gigante é sempre o "must da bagaceirada", mesmo tendo os alforges carregados pelo comedor de queijo, o mesmo que tinha sido o dono da mina dos ricos bens que possuíam... Sobretudo, além de "revanchismo" inexplicável, tresandava a mesquinharia. Não seriam elas "difíceis", ou melhor, eram mesquinhas????

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-E como seria um bom exemplo para a seleção natural do Darwin?
- Deve ser como ele... 
1- Das crianças da sua aldeia, que brincaram com ele até os 11 anos, porque passou algumas férias lá desde os 4 anos, não se sabe, mas pelo que consta muitos emigraram e ele não sabe dos outros. Nunca os encontrou nas redes sociais. 
2- Dos seus 22 amigos que deixou em Lisboa, um morreu de ataque cardíaco ainda muito jovem, e os outros 21 como soldados no Ultramar.
3 - Do cursinho de pré-vestibular, ele foi o único que passou...
4- Dos 450 alunos que começaram o curso universitário de engenharia, ele foi um dos 27 que conseguiram economizar um ano por crédito de matérias...
5- O único que trabalhou para as duas maiores empresas de engenharia do mundo em cargos de chefia.
Mas isto não se escreve nos currículos. Um dia ele foi na Promom (uma empresa de consultoria de gerenciamento de construção), ali de frente para a Urca, para procurar emprego. O chefe em sua mesa no meio do salão, tripudiou do sujeito, dizendo em voz alta:
- Escuta esse currículo aqui, pessoal... Empresa tal, chefe disto, empresa qual chefe daquilo, gerente... Diretor... Gerente... Cara!!! Lamento muito, mas com esse currículo, tu vai é me tirar deste emprego... Lamento, cara, mas não tem vaga prócê não... Escutou-se a risada geral dos puxa-sacos do chefe!

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- O que precisamos é saber que cada povo, cada comunidade, cada família, tem um "mapa" cerebral que a diferencia das outras. Você não pode dirigir, negociar, se não trocar as senhas de seu mapa e se os outros não trocarem seus mapas mentais com você... Não haverá nunca acordos. Haverá guerras!... 
- Então, mestre... Qual o segredo do sucesso pleno? 
- Não há! Não são os donos e detentores da excelência que galgam o topo das pirâmides do mundo. Os melhores, os excelentes, são da periferia, felizes em seu isolamento, incompreendidos pela maioria ignota... Para galgarem o topo devem ser inocentes úteis, que sirvam a alguém, algum grupo. Politico por exemplo, é um holograma... Melhor, é um "Holograna"... Ganha grana para ser artista na arte de defender quem pagou sua eleição, sem deixar de, aparentemente, representar o povo!

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Havia coisas, ou há coisas, que jamais se esquecem, e que somente outros percebem. Foi quando os dois irmãos foram no apartamento da Tijuca. O pai dele disse para o irmão, o tio dele, referindo-se ao filho dele:
- Olha, pelo tipo, ele não se parece muito com ele.
E disse o tio dele:
- Qual nada... Ora tu não vês as pernas cabeludas dele... 
E fica aquela coisa... A percepção... A percepção que coincide com velhos pensamentos, com viagem até a Argentina, o hábito adquirido no prazer de traicionar e de gozar... Realmente pernas cabeludas não é como se fosse uma impressão digital... 
O pai já morreu! 
Inquirida, sobre a dúvida, a anã paraguaia, disse certa vez: - Nossa ... Já faz tanto tempo!... 

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Não sei se entenderam a tal da percepção... Mas se sua esposa não tiver câncer de útero, qualquer coisa pastosa e branca que saia da sua vulva, não é gozo... É esperma do "Ricardão" que acabou de sair de seu apartamento onde também estava sua esposa não faz mais de duas horas... E o guri  vai de visita sozinho na Argentina onde a mamãe dele tinha ido de férias 9 meses antes dele nascer... 

Histórias destas colhidas ao longo de corridas como pião de trecho fazem supor que por vezes nem se precisa ir na Argentina para se ter uma  aventura... Pode ser o colega mais feio, que joga vólei com você... Como ela mesmo dizia, a mulher  dele, "trair e coçar vai só do começar" - parecia  uma questão de honra como se ela acreditasse que ele não acreditava, tantas vezes repetia, nos tempos em que já chutava o pau da barraca e perguntava assiduamente se se separasse, como ficaria a divisão dos "bens"... Mais que pra mais de meio pra ela, naturalmente, disse ele, considerando a economia da parte dos advogados, que seria o justo a pagar pela lei, mas não pela justiça divina, para se ver livre de satanás de quem tem nojo eterno, te arrenego 3 vezes 3 vezes... O que vale é a felicidade de cada um, porque quando falam de egoismo, falam os egoístas que não dividem sua própria felicidade com ninguém, assim como os socialistas nada dividem, porque o que querem é mais ou tudo dos outros,possa o Estado ou não.
"Constrói-se"! Dia a dia, domingo a domingo, entre amigos, uma "imagem" do diabo que casou com a mostrenga... Ou vice-versa... Depende sempre de quem fala mais... A propaganda é a alma do negócio, quantas vezes uma injustiça que corrói filhos e amigos, anos a fio... Todo mundo trai...  Basta coçar!!!!    

Aleluia!!!!!

Segue-se o Episódio final de No III, de percepções que, a  serem verdades, teriam que ser indecifráveis.   

Rui Rodrigues 

domingo, 19 de fevereiro de 2017

Noticiário, Divino-Estrombólico-Escalafobético

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Me desculpem, meus amigos, mas hoje acordei com meu humor lá em baixo, talvez pela nova e repetida troca de horários de verão e de inverno, na sola dos pés.
Rebusquei os jornais esperando algumas noticias sensacionalistas, algumas nacionalistas, outras não, espremi jornais pra ver se saía sangue (como no "The Mirror", Extra, Le Monde, Der Spiegel...)Necas!...
Nenhuma noticia do tipo:

- Papa sofre atentado mas na hora agá foi salvo por anjinho de asas grandes que o carregou céu acima, na direção do Sol... O sol deixou a população ofuscada e impossibilitada de ver quem era o anjinho...


- Cidadão com  larga divida no cartão de crédito, desesperado, entra numa Mesquita árabe e explode-se matando 400 fiéis muçulmanos. Salvou-se um "kilim" turco em fundo azul turquesa. 


- Bandidos perigosos,julgados e condenados em gestões anteriores, fugiram esta manhã de prisão de Segurança minima em Tribobó, e raptaram a frágil e medrosa presidente do supremo. Nosso repórter foi até a caverna de morcegos para onde a levaram, e ela se recusa a sair de lá... Diz que nunca gozou tanto na vida!


- Visando a reeleição, dando início a sua campanha para 2018, Lula da Silva, agora Marquês do AVC, devolveu todos os bens que roubou do Palácio da Alvorada, e fará delação premiada na Lava-Jato, informando quem eram os receptores dos propinodutos que montou e dos que "alargou". Esperam-se mais de 2,5 trilhões de reais devolvidos aos cofres públicos - O 13o PIB do ano. 


- Governo vai montar uma NASA nacional visando a participação genética do povo brasileiro na conquista de Marte e do sistema solar que se avizinha. Sem esse programa nossos netos ficam em Terra apanhando meteoritos na cabeça, brincando com detritos de bombas atômicas e sendo carcomidos por cânceres de radioatividade.


- Gleisi briga com o marido porque este descobriu quem comiam o seu marrom glace e virou uma fera incontrolável. Em vez de quebrarem pratos, rasgaram notas de libras, dólares, voaram diamantes pela janela. A policia conseguiu reunir todas as provas, a pedido de partidos políticos, juntou tudo num saco e mandou pra casa do juizado. Não se sabe qual o juizado, mas parece que não foi o dos menores.



- Ex-reclusos e reclusos fugitivos, pessoal de bocas de fumo, bicheiros, enfim, toda a classe da contravenção e do crime em geral, acompanhados de esposas, familiares e filhos incluindo os de outros, desfilaram hoje em S.Paulo enchendo a Avenida Paulista, em apoio àquela ministra do STF que lhes permitiu reclamar por prisões não terem quartos com piscina e ar condicionado como os de Hotel com direito a atendente, e munidos de cartazes e gritos de ordem, exigiram que todos os policiais sejam julgados e presos. A população, face a tantos roubos impunes, pensa em não comprar mais bens porque não quer sustentar vagabundos nem bundas vagas, e a equipe econômica, preocupada, tem que resolver este grave problema de arrecada ação, senão o país pára por completo e, sem impostos não se sustentam vagabundos.

Mas só por curiosidade...

Alguém esqueceu de atrasar o relógio uma hora????
Porque a partir de hoje, com o horário de inverno, espera-se chuva todo o dia, os dias quase vão desaparecer porque vão ficar cada vez mais curtos, e desta vez vai nevar em Copacabana... São as tais mudanças que esperamos do governo...
Ainda hoje o Sol, logo no primeiro dia de invernada, ficou encoberto entre nuvens, e aproveitou uma mais distraída que parou um pouco no céu pra coçar o artelho, e me perguntou:
- Agora posso ????
E eu disse que não, porque o governo ainda não tinha feito as reformas que se esperam, ou seja, acabar com os corruptos... Então o Sol abriu a boca no tamanho de um "O" enorme igual a ele, e num sorriso amarelo me disse:
-Eles querem fazer o contrário!.... Encobrir e legalizar os roubos!!!!

Pensando bem, Copacabana não ficaria a mesma com meia duzia de gatos pingados, gente de esquis, todos encasacados, esquiando pela orla da praia, com sois de inverno jorrando flocos de neve...

Quando vão pôr em cana, coercitivamente - tem que ser coercitivamente pra ficar bonito e agradável - os caras que roubaram o Rio de Janeiro, incluindo os dos perfis de ferro do viaduto demolido???

Rui Rodrigues

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

A percepção - Episodio I- A percepção dos Mamutes

Muitas vezes desejamos dizer algo que achamos importante, mas "faltam-nos" palavras ou não sabemos exatamente por onde começar. Nesta fase, antigamente, os escritores costumavam encher seus cestos de papel com papéis amassados com meia dúzia de palavras escritas. Boa parte servia para acender a lareira. Quanto a mim e desta vez, tentarei não me preocupar com o início nem com o fim, mas com o meio, porque há coisas que nunca se sabe como começaram nem porque terminaram ou como vão terminar. As épocas podem ser quaisquer, porque enquanto houver vidas, a percepção persiste.

Europa, cerca de 40.000 anos atrás, paleolítico. 
Os mamutes do gelo. 

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"O que sulca". Era assim que me chamavam na tribo, porque usei terras coloridas misturadas com água e gordura animal para desenhar os animais que  caçávamos  nas paredes da caverna onde vivíamos a maior parte de nossos dias. Ao pintá-los, a minha maior preocupação era captar a vida desses animais, o que os fazia respirar, ter o mesmo líquido vermelho, tão igual ao que corria dentro de nós. Viviam pastando grama e não se preocupavam quando lhes aparecíamos por perto. Mamutes não vivem no gelo, porque no gelo não há nada que possam comer. Vi muitos deles morrerem durante nevascas muito fortes, mas vi-lhes também um alento muito mais forte, e não havia diferença alguma entre eles e nossa tribo, mas eles tinham uma força muito maior. Precisávamos comer. Comemo-los! 

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Nós os matávamos, é certo, mas muitos de nós morriam nessas empreitadas. Caíamos, quebrávamos costelas, pernas, cabeças, e isso significava a morte que não era mais difícil porque nos davam mandrágora amassada. Íamos para onde se vive eternamente sem dores. A tribo gostava muito de mim por meus sulcos pintados nas cavernas onde vivemos enquanto havia pastagens. Achamos que "aprisionamos" o espírito deles ao desenhá-los, ao comer o interior de seus ossos. Quando a neve que caía deixou de recuar no tempo quente, e os pinheiros começaram a secar, saímos mais para o sul. Comentava-se na caverna que jamais voltaríamos para   trás. Fazia muito frio, já não havia caça, nem frutos, nem arbustos. Por causa de minhas pinturas não me deixavam ir caçar com eles. Eu ficava com as mulheres e as crianças na caverna e me divertia com elas. Com as mulheres sempre às escondidas de uma forma, e com as crianças de outro. Um dia, numa ida ao rio para acompanhar as mulheres, uma cobra me mordeu. Jogaram-me numa cova no gelo frio, fora da caverna, e me jogaram flores. Eram lindas. Depois  fui adormecendo com o  frio, vi o meu mundo ir ficando apagado até que finalmente desapareceu no baço da paisagem branca e cinza, sem cor nem volumes e tudo ficou em silêncio. Não sei onde estou, não vejo nem sinto nem ouço nada. Não sei há quanto tempo estou assim. Não tenho notícias da tribo. Não tenho nada, mas não sinto falta de nada. Absolutamente nada! Os mamutes eram herbívoros. No gelo não poderiam comer nada! Eu não poderia ter desenhado mamutes no gelo. 

Rui Rodrigues

O último a sair da praia, por favor desliga o Sol...


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Boa tarde.....O dia amanheceu vivo e bem disposto, com Holofote na temperatura de forno de microondas, a roupa pintada de azul esbranquiçado, e com cheiro de fim de semana, isto é, de churrazzzzzco e cerveja petista cheirando a azedo no copo...

Vou na praia pela manhã cedo, ou depois das quatro da tarde, fico meia hora no máximo e cisco fora... Quem gosta de ficar secando no sol é Bacalhau!!!! Não uso filtro. Além de caro, faz mal para a minha saúde, porque a gente não passa filtro adoidado, a todo o instante, e acaba por perder o efeito, deixando-nos assim mais pra bacalhau que pra camarão !

Sendo isto o que demais importante tinha para lhes contar sobre álgebra desarmada, apresento-vos minhas condolências pela justiça deste pais que tantas gavetas tem e tantos coelhos consegue tirar das cartolas. 

Antigamente os cartolas eram do futebol, mas depois que aprendemos a ser técnicos, ficamos contentes em vaiar e pronto... Os vaiados agora andam por aí nos vaiando, como se fosse sua vez... A justiça agora trata de outros assuntos, de como legalizar as roubalheiras e indenizar os condenados. A população inteira vai querer ser presa, seus presos tratados como presos políticos... Costumamos copiar uma ou outra parte boa de outros países, mas essa parte, a de nos desenvolvermos, não entra na cachola, quer deste lado, quer do outro lado do Atlantis)

O último a sair da praia, por favor, desliga o Sol...

Rui Rodrigues

17 fev. 2017

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Três coisas do "arco da república" que a velha já morreu..

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1- Difícil na política 


Toda iconografia política nacional ou internacional tem sempre um pilantra que a ridiculariza. 

O que nos faz diferentes do mundo inteiro é que dos nossos são quase todos e ninguém os consegue tirar de forma democrática, e isto, sim, ainda é mais ridículo que eles.

Temos uma sociedade esbarrondada, que se caracteriza pelo saque a descoberto dentre outas instituições, da Santa Casa da Misericórdia, da Petrobrás, do Senado, da Câmara, do STF, do INSS, de tal forma que a população vai perdendo a pouco e pouco a segurança, a saúde pública, as forças armadas, a educação, e a identidade como nação.

Procuradas as causas, trata-se de altíssimos índices de corrupção, uma máquina administrativa inoperante e sobrecarregada que atua como cabide de empregos para pagar favores, altos salários administrativos acrescidos de benefícios como cala-boca, e acórdãos entre partidos que em vez de os dividir proveitosamente entre posição e oposição, os une nos desperdícios, para que não se ataquem mutuamente.

 15 anos, desde que o PT assumiu o poder começou o esbarrondamento. Querem acabar com a distribuição de todos os centavos dos impostos para a população, e dividi-los entre políticos e beneficiados.


Continuamos sem esquadras no Pacifico, sem programas espaciais, sem centros avançados de pesquisa, sem fabricarmos nada de importante com industrias próprias que se exporte, parece que pagam a nossos políticos para que não nos desenvolvamos. 

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2- Difícil no misticismo 

Tempos difíceis estes, em que para se ter alguma coisa se tem que ter diploma, ser político, servidor do Estado ou pastor, sacerdote, líder espiritual, ter um emprego e não usar drogas ou ser alcoólatra senão a grana vai embora. Comerciantes e industriais têm dinheiro provisoriamente, assim como assalariados. Os mercados sobem e caem, e são muitos os mercados, e os bens trocam de mãos, a maioria vai parar no prego, leilões, ou na mão de concorrentes.

Não há mãos a medir e tudo é, ou lhes parece, válido para se ganhar dinheiro. O nome de Jesus Cristo por exemplo... Usam-no de uma forma que, a ser deus, é usado em vão. Carros batidos com a frase "Jesus é fiel", ou lojas chamadas "Al Shadai" todas derrubadas com cartaz de "vende-se", panos de prato que acabam limpando o chão com o nome de Jesus.  

Como se usa o nome em vão quando a vida parece fácil...    

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Unidos e com outros, querem  vencer o povo brasileiro... 

3- Uma semana do tempo...

Calor... Secura... Sol forte... Fui olhar lá fora... Se visse algum camelo, ou seria nordeste ou África...

Nem vivalma... Senti-me meio "planet alone" e me perguntei pelas 19:30...
- Mas pra onde foi todo mundo, pra que planeta e em que nave?...

... Claro... Não estamos sob regime nem tem toque de recolher. ...

Depois que me dei conta que todo mundo já está recolhido em casa a essas horas. As sombras da noite andam perigosas neste regime em que todos podem roubar e falta dinheiro para segurança pública...
Se espirrar morre-se de pneumonia e não há médicos para nos atender!


Rui Rodrigues

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

Peró - Passeio na praia e receita de Fusili para Verão.

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Fui ali na praia a uma distância de três ou quatro inspirações, expirações, e quatro resfolegares e vi um casal indeciso com um isopor debaixo do braço, lixo da carrocinha dos pastéis, o mar carregou um bocado de areia e esculpiu um declive das dunas com mais de metro e meio de altura. Vi no céu uma fragata, com seu corpo e asas negras em ângulo. Esperança porque haviam sumido. As ondas hoje pareciam jogar creme de chantili na areia.  
Coisa boa ou não sei, nestes tempos preocupantes, de cinco casais que vi, com vários propósitos de "praiar", havia umas trinta crianças e não se tratava de passeio escolar ou colônia de férias. Não sei se convidaram vizinhos, se esqueceram de usar camisinha, ou nestes tempos conturbados, se era um campo de concentração de crianças. Cheguei em casa, liguei o radinho cúbico e escutei a musica que fingem ser ao vivo, cheia de gente gritando e uns caras berrando mas no ritmo.... Como precisava de uma boa desculpa, pensei:
-Eu vou mas é comer que está na hora do crepúsculo dos deuses, as deusas estão com tudo e se não agradar, cr
éu... Janto sozinho com o Leão do Imposto de Renda...
Nestes tempos de calor, anote ai pra comer e ter prazer com ou sem a deusa... Receita válida para as mulheres que pensem o mesmo dos homens, se souberem cozinhar.  
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Temos que navegar nesta vida de forma sempre feliz, tanto quanto se possa. Esse barco inglês encalhou por aqui. Então...

(Se puser sal pode estragar)
- "Fusili" quanto queira, ferva, tire a água, separe passe-lhe azeite extra-virgem para não grudar.
- Junte-lhe nacos de carne de peixe frito, ou de camarão, ou frutos do mar, ou nacos de frango, o que quiser, ou nada....
- Junte-lhe pimenta do reino ou da República, cebola cortada em cubos muito finos, salsa picada, coentro se desejar, tomate em cubos pequenos do mesmo jeito da cebola...

(Destes ingredientes tire os que não gostar e ponha os que gostar... Vai  ficar bom do mesmo jeito)
- Junte umas gotas de "Aceto balsâmico" ou de limão e depois de esfriar leve na geladeira... Espere ficar na temperatura do vinho, mais ou menos uns 19 graus... 


Pode cometer um "crime", acompanhando com creme cracker, torradinhas, e guardanapos... Vai que ela... E tem que ser muito rápido...

Isto é da Tonga da Mironga do Cabuleté... Como bati pá tu, tu pode batê pá tua patota... Morô ???
A propósito... Cad
ê o Moro, o japonês, e o Lula, a Dilma, a Berenice, a Graça Foster... Um bando enorrrrrrrrmeeeeee... 

Não vi na praia!!!

Rui Rodrigues

terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

O homem, o ambiente politico, e a realidade.

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Quatro cabeças, quatro políticos, quatro inutilidades e quatro fotos... Quem faz o opositor é a equipe, quem faz o político é o povo.

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A oportunidade faz o homem... Quando Fidel Castro venceu em Sierra Maestra, aproveitou-se de uma situação pol
ítica em Cuba. Ele decidiu ser "comunista" depois de uma viagem aos EUA em que não foi recebido pelo presidente americano quando ele queria. Mas ele não estava preparado para ser "comunista" no governo em vez de "comunista" na oposição. 

Hitler foi outro que se aproveitou da situação e não estava em condições de governar.

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Hitler tinha sido muito bom de papo, na oposição... Quando quis extrapolar, já convencido que o povo queria "aquilo" que ia dentro da cabeça dele, começou uma guerra que deu no que deu. Trump é outro... Ele vai para onde o povo americano o empurrar... Ele não tem idéia, hoje, do que vai fazer amanhã... Nem nós sabemos.

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Ah! ... E o Obama... O Obama foi um excelente artista de "Hollywood", dos simpáticos, que disse meia dúzia de coisas, acompanhado de uma mulher simpática coadjuvante, que deixaram as coisas correr sem grandes atitudes... São novos e tentarão voltar. Poder é uma droga que embriaga e permite um nem sempre confortável fim de vida...


Em todo caso fica a dúvida: Se o homem faz o povo ou o povo faz o homem. There is the Question.

Rui Rodrigues 

Hoje dando uma de Xeikispier.