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quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

Mensagem de Ano Novo - Tenha boa vida em 2018...

Feliz vida em 2018 
Mensagem de ano novo entre a ficção, a religiosidade e a realidade.

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Há muitas estrelas no céu. Parecem virtuais, uma ficção, mas são reais, enormes, estupidamente quentes, absurdamente longínquas, realmente inalcançáveis. Somos um produto de virtualidades estúpidas, absurdas e inalcançáveis, embora pensemos que a realidade se possa misturar com virtualidade para que o mundo nos pareça um sonho "docemente realizável" com a certeza de que, se cairmos pelo caminho, iremos para um céu ou paraíso... 

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As mais antigas referências estão nos livros religiosos. Neles, no começo de tudo, havia uma luta entre o bem e o mal, anjos heróis e  decaídos... O ser humano nem existia ainda. Não vamos discutir como que seres humanos que escreveram os livros puderam saber dos tempos em que não havia seres humanos, falando de algo "lá em cima" sem saberem o que existia lá... O pessoal que cheira, fuma ou bebe vê coisas incríveis que hoje chamam de "onda"... A onda pode ser boa ou má, assim como antes do início dos "tempos"... Viam-se seres fantásticos, com bom transe se podia falar com mortos. Histórias lindas nunca nos saem  da memória. E isto se verifica também na ficção científica, onde há sempre a luta entre os heróis do bem contra os "heróis" do mal. Heróis do bem e do mal... Heróis do mal não existem nas virtualidades religiosas nem havia na nossa precária realidade. Naquela só havia os bons que tinham heróis e os maus que só tinham eles mesmos sem heróis. 

Lutavam sempre entre si, em todos os reinos, e ainda lutam... 

... Mas agora os maus têm heróis porque a horda dos maus cresceu muito, perderam a vergonha, o medo, e agora elegem seus heróis. 

Se eu estiver certo, e temeroso de que os maus ganhem a batalha em todos os três reinos, então ao lerem este texto saberão quais os heróis e os bandidos que detectaram  em todos eles: No religioso, no da ficção e na nossa realidade. Uma luta que parecia não ter fim desde que o homem surgiu caminhando sobre duas pernas e mãos livres para comer, caçar e atirar pedras nos vizinhos, mas que, por algumas décadas parece que terá um grande interregno que parecerá um oceano sem fim: O mal está vencendo enquanto nos divertimos com o pouco que nos restou e com o pouco que ainda temos. 

Estamos vivendo o "aqui e agora", vendendo e largando todos os bens materiais, dando nossa vida a bandidos. Que importa que haja falta de empregos se os bandidos ainda têm o que roubar e ainda não assaltaram nossa casa porque ainda há muitas casas para assaltar, e vai demorar até chegar na nossa?

Ficção e realidade se confundem e se misturam confusas. Para passar bem, esqueça tudo, acredite que as notícias são falsas, "fake", que os bandidos são coitados e merecem passar férias pagas em casa, que depois da morte há um paraíso e que por isso não importa morrer, que devemos fazer o bem ao próximo ainda que o próximo seja um bandido... Quem sabe, devemos fazer fila de todos os estupradores, assassinos, e lavar-lhes os pés, dar-lhes beijinhos e presentes de Natal e Ano Movo... 

Também lhes podemos pagar imposto paralelo para que não  nos assaltem nem machuquem... Quem sabe, podemos até formar um exército de contemporizadores intermediários, dispensar O Superman, o Batman, o Papa, o Dalai Lama, Papai e mamãe que tanto nos avisaram  para praticarmos o bem, sem  passarmos por  trouxas...

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O mal está vencendo a parada... Em breve o que era o "bem" será o mal, sem heróis, e o que era mau será o bem, cheio de heróis armados, dando uma "mãozinha" a quem cooperar. Divirtam-se com os fogos de fim  de  ano, vista calcinhas e cuecas amarelas, mande oferendas pelo mar, dance até cair, e depois visite seu Banco... A CREFISA, com os juros explosivos mais "bonzinhos" faz o papel de boazinha, a Globo é só alegria, o planalto está cheio de "projetos", seu candidato eleito nem sabe que você existe nem o que você quer. O mal parecendo o bem, cenário de teatro mambembe... Líderes religiosos continuam orando e pedindo aos céus, exatamente como fazem há mais de 12.000 anos. Desejar um "feliz ano novo", é meio dúbio... Pra quem ó "observante"?  Bons e maus só são felizes com coisas opostas, simétricas, diametralmente opostas... Para os amigos desejo que tenham uma boa vida. Para os bandidos que a larguem e a pendurem no chaveiro do inferno depois do bailarico de fim de ano... 

Mas lembrem-se: Seres dispersivos,  desanimados, não levantam espadas contra o  mal... Transformam-se em estupores entorpecidos.


Rui Rodrigues

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