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sábado, 14 de abril de 2018

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Besteirol não tem compromisso nem pressa nem retenção urinária nem juiz que aja como advogado. Besteirol é muito legal e desopila sem precisar ser apiloado em pilão ou em almofariz de almoxarife à luz bruxuleante de uma almotolia, mesmo sem bruxas malvadas, ou catitas ou alopradas, complacentes ou abstêmias de tudo que não preste. Agora, se tudo isso apoquenta, não esquenta nem sai de cima, imagine ficarem no mar durante dois anos numa ilha, um hétero e uma trans, sendo ela muçulmana e ele ateu, ambos amantes de ler Shakespeare e Agatha Christie, sem saberem cozinhar nem tocar flauta. Nada a haver né??? Mas nesta história de cordel que poderia ser de bordel, eles se casaram e tiveram 3 filhos, sendo um angicanense, outro bizantino e o outro de carcanhol que tinham em comum gostar de carapaus fritos e bolotas assadas na brasa da caruma. "Louco, louco, louco", gritou-lhe a velha tia vociferando ferinas e histéricas críticas cheias de gafanhotos de inodora saliva, repetindo como se fosse um LP de 48 rotações arranhado:

- Como ousas escrever tanta besteira, filho de mãe desnatada, que te abandonou ainda imberbe numa cratera lunar onde tive que te ir apanhar interrompendo meu sonho de casar virgem... Ficas proibido de escrever besteiras!!! E dizendo aquele impropério mortal, escreveu um bilhete que enfiou numa garrafa, enfiou-se e tamponou-se dentro, e rolando lá foi ladeira abaixo ao som de fados e vidro batendo em calhaus assentados como pavimentação de ruas, cheios de cusparadas, ranhos, fezes de baratas, ratos, gatos, cachorros e de milhares de pombos. E a garrafa rolou até o Tejo de onde ganhou o mar e sem velas, apenas empurrada por correntes, lá se foi ao encontro de uma praia no litoral da Bahia, onde aprendeu a batucar num berimbau perneta sem dó maior nem si bemol ao subir até o pelourinho. E dizer que ainda hoje há quem se preocupe em encontrar fósseis de bosta de baleias assim como quem tenta decifrar Carl, tanto faz se é o Jung ou o Marx. O que não se pode encontrar é bosta fóssil de baleias, de cujo leite às toneladas, não se faz queijo por impossibilidade de sentar em banquinhos em mar de pequenas vagas, imagine-se com grandes. Mas balelas as há de montão, porém balelas de baleias, nem em baladas nas Baleares. Feliz quem tivesse três olhos, que poderiam ver o passado, o presente e uma visão do futuro, mas só com dois, somos como camelo em folha de papel que não pode ver a página seguinte. Pior, um camelo habitante de uma duna numa folha de papel que comesse uma maçã, se dividiria em duas partes: A de cima e a de baixo, parecendo óbvio que a de baixo fique debaixo da de cima. Então corre-se para o quarto da mamãe gritando Eureka que eu descobri, e acabamos perguntando quem é aquele cara que está com ela na cama no lugar do papai, obtendo por resposta que é o "senhor" massagista. Ela na parte de cima como se fosse ela a massagista. 


Ora eis aqui o final da historieta ao som de bela corneta tocada por um destro maneta, canhoto perneta de teimoso que foi na guerra da Crimeia onde tudo o que mais se comia era geleia de mocotó feita pela mulher pelada do Pedro Bó com cara de dar dó, que gritava sem parar: 

- Basta, bosta besta! 

Avisos:
1- Se não gostou, pode dobrar e jogar na lixeira mais próxima do banheiro
2- Este besteirol vence quando não perde, melhor ler logo.
3- Se os sintomas não passarem até o vencimento, consulte seu psiquiatra, principalmente se continuar aparvalhado após 3 dias da leitura

Rui Rodrigues  

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