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sábado, 4 de maio de 2013

Desvendado o mistério da Atlântida!





Atlântida - A verdade à luz de Platão.

A verdade é que a Atlântida nunca existiu... Ooopsss... Mas Platão disse que sim, e ele tem “peso” de credibilidade.
Platão – ou Arístocles - o filósofo e matemático grego, sabia da verdade, mas apenas ele sabia se a Atlântida existira ou não. Foi o fundador da Academia de Atenas, discípulo de Sócrates e criou os fundamentos da moderna filosofia. Vejamos como ele chegou à Atlântida, porque certamente esteve “lá”. Quer ela existisse de fato, ou apenas em suas “idéias”.
Sigamos os passos de Platão e tentemos “viver” como se fossemos ele, em seu tempo, cercado das suas realidades e interpretemos os fatos à luz de sua filosofia.

Estátua de Platão                                                                                  
  1. A Grécia e o mundo de Platão.
Grécia: Um pequeno país, uma potência mundial na península do Peloponeso.  
Como lidar com isto a nível psicológico nos idos de 428 AC, com uma outra potência, Roma, ali bem ao lado em uma outra península, a Itálica, rosnando todos os dias pela disputa de territórios e mercados?
Era preciso organizar tudo na vida dos gregos: Os empreendimentos, as campanhas, a preparação com treinos físicos, a mente com exercícios, o soldado ateniense e espartano tinha que ser o melhor, o que tinha mais instrução, o mais bem armado e organizado. A ordem deveria prevalecer sobre o caos. Sócrates tinha suas próprias idéias e a transmitiu a seu melhor aluno: Platão. Mas Platão também tinha sua própria filosofia. Vivia num mundo em guerra em que raro se faziam prisioneiros, e não havia a menor consideração com velhos, mulheres e crianças. Quando Platão nasceu, Péricles o grande general vencedor ateniense tinha falecido no ano anterior. Os ecos das disputas e guerras ainda ecoavam pelas ruas de Atenas, que buscava um substituto para Péricles.  

  1. Platão e sua filosofia
 Universidade de Atenas- Pintura de Rafael Sanzio
Para ele havia que romper com a superficialidade das coisas e penetrar na realidade mais profunda. Sua preocupação maior era com a justiça e o ser humano. Para se ser justo, havia que conhecer todas as coisas não pela sua aparência, mas pela realidade imutável (realidade inteligível), esta sem os “adornos” (ou realidade sensível) que nos desviam a atenção – conhecida como a “teoria das idéias”. Esta filosofia era tão séria e importante para Platão que criticava e menosprezava as artes, que via como representações da realidade, e não a realidade em si, por mais belas que fossem. Para ele as artes não tinham a importância que a realidade deveria ter na vida. Podemos dizer que Platão tinha demasiadamente os “pés no chão”, a vida era uma coisa séria e muito importante. A realidade intrínseca das coisas, para Platão era atemporal, não sensorial. Os nossos sentidos podem enganar-nos[1]. A guerra para Platão deveria ser um instrumento de defesa, não de ambição. A república deveria beneficiar os cidadãos, não apenas particulares. Contrariamente a Sócrates era um homem de família e sempre discutiu a relação pais e filhos sob o ponto de vista de ter como finalidade a educação para que os filhos viessem a ser bons cidadãos.

Em “Platão, carta sétima, 326b” ele afirma sobre a política: "Os males não cessarão para os humanos antes que a raça dos puros e autênticos filósofos chegue ao poder, ou antes, que os chefes das cidades, por uma divina graça, se ponham a filosofar verdadeiramente”.

E, sobretudo, quando Sócrates disse “conhece-te a ti mesmo”, Platão ainda seu discípulo entendeu que o conhecimento era o conhecimento da alma, não do resto que se “vê”, e que encobre toda a verdadeira realidade.


  1. A Oligarquia (tirania) dos trinta e a perseguição a Platão e a Sócrates.

Trinta tiranos de famílias ricas, pró Esparta, estabeleceram uma oligarquia e passaram a dominar em Atenas. Restringiram os direitos, apenas 500 cidadãos poderiam participar de cerimônias legais, e 3.000 podiam usar armas ou receber um julgamento com júri. Os demais eram escória que não valia nada para os oligarcas. A pena de morte normalmente, largamente aplicada, se cumpria pela ingestão de cicuta, um poderoso veneno que causa morte lenta. Milhares de cidadãos foram exilados. Condenados pelo sistema, Platão foi salvo por amigos que lhe pagaram a fiança[2]. Sócrates preferiu a morte pela cicuta. Foram acusados de “corromper” – na verdade apenas politicamente - a juventude.

Atenas vivia momentos de guerra com outras potências, uma guerra de unificação de ideais entre Atena e Esparta pelo predomínio da península, e uma ditadura representada pela Oligarquia dos Trinta. Numa época em que o Acordo de Genebra ainda estaria longe de ser aprovado pelas nações da terra, o ambiente era de puro terror, de incerteza pelo dia de amanhã. Completa insegurança. E isso porque razão?

No entendimento de Sócrates e Platão, porque os governantes não analisavam as realidades intrínsecas, voltadas para o cidadão e a família, e se fixavam na aparência das coisas. Nenhum governante era suficientemente conhecedor de filosofia, e nenhum deles aceitava a divisão da alma em três partes como Platão: A racional, na cabeça; a irascível no tórax; a concupiscente no baixo ventre. E muito menos, por mais difícil de entender, que havia três virtudes aplicadas ao Estado: A sabedoria, que deveria (estar na cabeça) ser o governante, que deveria ter caráter e dominar a razão; a coragem que deveria ser o peito do estado, ou seja, os soldados imbuídos de vontade; a Temperança que deveria estar no baixo ventre do estado, isto é, nos trabalhadores com seu desejo das coisas sensíveis.
Morte de Sócrates por cicuta -com seus amigos 

  1. Como dar aulas de filosofia, ou expor idéias e ideais, num ambiente como o de Atenas no tempo de Platão?

Cerca de 488 anos depois de Platão, quando este tinha 30 anos, outro homem de 30 anos sofria o mesmo problema na palestina. Como falar ao povo que se devia unir para impor a ordem na palestina, derrubar o monstro romano, ter a paz divina na Judéia? Jesus Cristo acreditava que o fim dos tempos do domínio romano estavam no fim. D’Us, seu pai, o ajudaria no empreendimento, não fosse ele o Messias. Para não apressar sua morte, Jesus falhou-lhes, aos discípulos – não fossem traí-lo - por parábolas. Assim falava também ao povo nos seus sermões. Jesus não temia os sacerdotes do templo, porque estava destinado, por ser da tribo de Levy, a sumo sacerdote do templo de Salomão. Temia os romanos que o poderiam crucificar. As parábolas tiravam a conotação de discurso político e asseguravam que não pudesse ser julgado como terrorista ou dissidente, ou revoltoso.

Jesus já ouvira falar de Sócrates e de Platão. Platão fizera o mesmo em Atenas para não ser condenado à morte sem apelação: Contara a parábola de Atlântida.


  1. Atlântida – a parábola de Platão.
Atlântida tal como descrita por Platão 
Em duas obras suas Platão se refere à Atlântida: no Timeu, ou a Natureza, e em Crítias ou Atlântida. Nelas Platão descreve uma ilha situada para “além” das colunas de Hércules, que um sacerdote egípcio da cidade de Saís teria contado a Sólon, um legislador, jurista e poeta grego, considerado um dos sete sábios da Grécia antiga. A história teria acontecido há 9.600 anos atrás. A ilha era rica em ouro, cobre, minerais, e num metal cor de fogo chamado de “oricalco”. Era dividida em círculos concêntricos atravessados por pontes. Nela havia uma jovem órfã chamada clíto [3] , por quem Poseidon se apaixonou. Habitaram no centro da ilha numa casa cercada de muros e fossos aqüíferos, e tiveram cinco pares de gêmeos[4]. Ao mais velho, Poseidon chamou de Atlas. A ele lhe deu o controle da ilha rica também em vegetais.
O sacerdote egípcio contou mais: Que se reuniam os governantes, todos filhos de Poseidon, para falarem de si, entre si, sem lutas, quando aproveitavam para maltratar um touro e beber-lhe o sangue em comemoração. Não há referências a como vivia o povo, os atlantes. A ilha desabou e mergulhou no oceano, num dia e numa noite, devido a uma catástrofe.
Colunas de Hércules, ou seja, Gibraltar
Porque razão considerar a história de Atlântida contada por Platão como uma parábola? Por alguns motivos lógicos - seguindo a filosofia de Platão -  e muito simples.

  • Platão não podia falar abertamente sobre sua filosofia. O Estado poderia mandar matá-lo definitivamente, e ele não tinha pretensão de agir como Sócrates que aceitara de bom grado a própria morte, envenenando-se com cicuta na frente de seus seguidores. Platão nem foi à solenidade, alegando estar doente.
  • Atlântida tinha invadido Atenas – Como as histórias verbais – tradição oral - transmitida ao longo dos séculos não era do conhecimento dos atenienses?
  • Onde ficava exatamente a Atlântida? A única informação do Egípcio é que ela se situava para “além” das colunas de Hércules, mas dependendo de onde estava o sacerdote egípcio, a situaria para dentro ou para fora do Mediterrâneo, já que as colunas de Hércules correspondem a dois maciços ou montanhas, uma de cada lado do estreito de Gibraltar que separa o Mediterrâneo do Atlântico[5]. Platão, ou o Egípcio não pretendiam informar a localização exata. Poderia até ser num reino vizinho à Grécia se fosse o caso de uma parábola para instrução dos atenienses.
  • Atlântida era uma nação organizada, rica, coberta de ouro, tudo o que um povo pode desejar. Por isso se lutava, no mundo real, num esforço incessante em ter tudo o que os “olhos” vêm: Poder, riqueza, paz e tranqüilidade. Será isto uma “coisa” alcançável? Não era este o problema dos governantes espartanos e atenienses?
  • Segundo o sacerdote egípcio, contado por Platão, os deuses helênicos partilharam a terra: Atenas ficou para a deusa Atena e para Hefesto, e a Atlântida para o reino de Posidon, o deus dos mares. Como não entender que se refere a Atenas e a Esparta, se a própria Atlântida fazia parte da herança dos deuses helênicos?
  • A história é contada por um sacerdote egípcio – que tinha credibilidade no meio helenístico – e não por Platão por motivos óbvios já expostos. Para os efeitos da “censura” da oligarquia, Platão estaria apenas contando “uma história”.
  • Que importância poderia ter a festa em que matavam um touro – ou qualquer outro animal - e lhe bebiam o sangue, em Atlântida, não fosse pelo valor intrínseco de chuparem o sangue de algo? O povo, por exemplo!...
  • E as cores das casas fabricadas com pedras amarelas, vermelhas e brancas, poderiam ser de outra cor qualquer que não mudaria a moral da história. Mas para quem vê apenas a superficialidade das coisas, a paisagem identificaria a Atlântida com um país qualquer, como por exemplo, a ilha de Creta - Civilização cretense - onde a fama de tourear já era conhecida.
  • A implosão da ilha e de todos os seus habitantes sem deixar rastro, não é uma prova mais do que evidente de duas coisas? Ninguém sobrou para contestar ou suportar a história de Platão; E que todas as civilizações têm um fim, porque se fixam nas aparências (a realidade sensível) e não na realidade imutável (a inteligível).

Não encontrei nenhuma referência a que a história de Atlântida fosse uma parábola de Platão, mas fiquei convencido de que só poderia ser. Jesus conhecia as obras de Platão que tinha vivido cerca de 480 anos antes. Dos 12 aos 30 anos não se conhece a história de Jesus nem de sua influência com a seita de Quram. Esta também conhecia os escritos de Platão cujas obras estavam, em cópia, em Alexandria. E, definitivamente, nossos ancestrais humanos da época de Platão eram realmente tão inteligentes quanto nós somos. Seus conhecimentos é que ainda eram restritos. Platão foi o terror da Igreja católica medieval e foi proibido de ser lido. Entende-se a razão: a fé não é uma razão e muito menos uma realidade inteligível: É sensível. O pensar era igualmente proibido, baseado na célebre frase sem sentido “faz o que te digo, não faças o que eu faço”. Ficou até nossos dias.

Rui Rodrigues


[1] Nos tempos modernos, votar em J.F. Kennedy porque é um homem “bonito”, ou em Lula que promete de forma simpática e paternal, ainda que não cumpra e desperdice mais do que está destinado ao povo do que o que lhe dá.
[2] Não esquecer que Platão era filho de famílias ricas e influentes, com contatos inclusive com Ciro, rei da Pérsia.
[3] Possível nome do qual derivou clitóris.
[4] Jesus também seria fruto de uma relação entre a mãe e D’Us. D’Us jamais faria uma coisa dessas com um homem tão santo quanto José, esposo de Maria.  A semelhança é originada da mitologia grega e romana em que deuses transavam com seres humanos. Algo como nos dias de hoje, extraterrestres transarem com “abduzidas”.
[5] O Oceano atlântico é assim denominado devido à Parábola de Platão sobre os atlantes, que habitavam a Atlântida por sua localização – se olhássemos apenas o superficial e não a alma de Platão. 

sexta-feira, 3 de maio de 2013

O futuro político do Brasil – Sem muita filosofia.



O futuro político do Brasil – Sem muita filosofia.
 Votar apenas para legitimar ???
Já chegaram os tempos frenéticos da propaganda política. Lula e Dilma – o casal 13 da política – já começaram a propaganda. O Senado continua sendo tão problemático quanto as câmaras de deputados e os demais poderes da Ré-Pública. Ré-pública, porque deveria estar no banco dos réus, publicamente, sendo julgada. Há divisões gritantes entre os poderes, e não são por divergência política, mas por corrupção. E corrupção não é uma filosofia política. É uma deturpação da ética, da moral, da filosofia, execrável até nos antigos países comunistas onde ela corria solta, e nos sistemas capitalistas onde ainda é um modo de “crescer” na vida... Parece estarmos assistindo a uma inversão total dos padrões morais e éticos. Não se pode pensar de forma diferente vendo condenados agindo livres no Congresso, dando a impressão – e a certeza – de que a lei mudou. Mudou para pior, tirando dos cidadãos o resto de confiança que tinha em seus governos. Grande parte dos congressistas, eleitos por força de compra de votos e enganos políticos sobre uma população que sofre de falta de instrução, nem sabe no que vota nem no alcance das propostas a votar. Vota por “fidelidade” aos partidos.

Há um aparente alinhamento do PT, agora no governo, com sujeitos como o presidente da Síria Bashar Al-Assad que dinamita bairros matando indiscriminadamente; o primeiro ministro do Irã Ahmadinejad falastrão que odeia o ocidente; com o Hamas palestino desejando a independência da Palestina sem, entretanto, lutar com o mesmo ânimo para que este reconheça o Estado de Israel; com o “chavismo” que só existe na cabeça de um grupo de venezuelanos e que ninguém sabe exatamente de que se trata; além de simpatias “políticas” com regimes falidos como o da Argentina, do Peru, da Bolívia, e de Cuba, onde sob todos os “n tons de cinza” de regimes ditatoriais, os mesmos políticos se perpetuam no poder sob o rótulo de “eleições democráticas”. Claro que, usando as verbas públicas para comprar votos e as forças policiais para conter multidões de indignados, vão ganhar sempre. As demais prioridades de estado não têm a menor importância porque os povos já estão habituados à falta de tudo, e até de democracia. Tal como os crentes, os petistas “populares” montam no povo como almocreve em burro, acenando com a cenoura da “revolución”, mas mantêm tudo como estava, desmentindo através de propaganda como no tempo do Stálin. O PT não tem filosofia política. Usa a filosofia da esquerda da guerra-fria para se perpetuar no poder. Os russos queriam dachas e vodka, os petistas querem direito a casa sem trabalhar, a salários sem trabalhar, a diplomas sem estudar, a status sem educação... É o “socialismo besta”, sul-americano – único lugar do mundo onde existe - nos anos 2.000. Os empresários protegidos agradecem, os outros vão à falência. O povo, iludido, reza ao PT como se Jesus tivesse ressuscitado. É a “alopradação” da política, a esperança na “promessa”, a fuga da realidade. O crime anda à solta pelas ruas das cidades sul-americanas: os partidos no governo não podem atacar e reprimir os seus simpatizantes que podem vir a ser de grande utilidade em caso de futura “luta armada”.

E o que temos para combater isto?
Não temos nada! Usaram a democracia para comunizar. O poder tem as forças armadas que são obrigadas a atender uma constituição remendada com uma infinidade de remendos a que chamam de MP - Medida Provisória. A constituição que as forças armadas juram, é a original sem emendas. Mas nem esta está atualizada. Deveria ser substituída por outra submetida a voto popular, item por item, para ser realmente democrática (uma proposta que pode agradar a gregos e troianos, está emhttp://conscienciademocrata.no.comunidades.net/).

Não temos políticos novos. Todos estão “velhos”, alguns de antes do tempo da ditadura, senadores vitalícios. Parece incrível, mas é verdade. Há senadores e deputados vitalícios no Brasil, sem necessidade de aprovações no Senado como aconteceu com Pinochet no Chile. O Brasil parece um rebanho de ovelhas tocado por cães “pastores”, obedientes convictos. O rebanho acredita na “palavra”, espera a qualquer instante que Jesus volte em todo o seu esplendor. Depois do feijão com arroz, o que movimenta a nação brasileira é a fé. Fé em qualquer coisa. Então, agora, que chega a nova oportunidade de expressar nas urnas a vontade popular, novamente se comprarão votos. E quem está com maior poder de compra? O PT, que está no governo. Já compraram votos com a bolsa-família e outros engodos, porque o bolsa-família não tira ninguém da pobreza. Pode tirar da miséria, mas não da pobreza. A propaganda e os shows pagos a peso de ouro, enganam muito. Tudo parece bem, mas a crise financeira internacional vai cobrar seu preço e os desperdícios governamentais irão aparecer em toda a sua perversidade. Os próprios adeptos do PT acabarão com o PT, mas para isso será necessário que a nação chegue ao fundo do poço, para que se veja e entenda. Hoje, a falta de instrução não permite ver nem entender. É preciso que se “desenhe” o fundo do poço.

José Serra, além de fazer parte de um partido associado – financeiramente - ao PT, não goza de popularidade e tem alto índice de rejeição. Não é candidato. Marina Silva, com sua candura de política infantil está longe de resolver os problemas da democracia, mas seria uma bela opção para pelo menos se tentar. Aécio Neves deve uma fábula à justiça, coisa de bilhões de reais. De modo geral, os Partidos políticos nos “empurram” os candidatos que querem, sem consultar os cidadãos. E os políticos que nos “empurram”, são sempre as mesmas “putas velhas”, os mesmos “macacos velhos” que vêm na política a sublimação de suas ambições que jamais seriam conseguidas com trabalho honesto e duro. Num país de cego, quem tem um olho, pelo menos, é político. Lula sabe disso.

E a propósito de Lula, e de Dilma, provavelmente ganharão as próximas eleições, com o apoio do povo, mas o povo não ganhará nada... Só mais propaganda para continuar tendo fé no futuro, que um dia Jesus Cristo ressuscitará, e iluminará os políticos. Talvez possamos receber alguma ajuda dos intelectuais do PT que já o abandonaram. Não sobrou nenhum, prova de que o PT não é um partido de “ideologia política”.

Até lembra a antiga oração: “Deus... Convertei a Rússia”... E como a Rússia não se convertia, a Rússia viu o fundo do poço de seu capital, ficou sem dinheiro e se converteu!...

Que venha logo o fundo do poço. Vamos lá, PT...Mostra-nos o fundo do poço, para podermos logo recomeçar a resolver a nossa vida como cidadãos democratas, livres, construindo o Brasil do futuro e não do passado masoquista da esquerda "ideotógica"! Uma grande demonstração de inconformidade seria a ausência maciça às urnas, tirando do governo a força da representatividade.

Rui Rodrigues

quarta-feira, 1 de maio de 2013

Feminino masculino ou as histórias de Hatshepsut e Joana.


Feminino masculino ou as histórias de Hatshepsut e Joana.

Pasmem, senhoras e senhores, com a história que lhes vou contar, pois que tem mais de verdadeiro do que possa parecer, e que em tudo sendo verdade, não faltará quem a recrimine por lhe balançar a fé, mas também que, a analisarem a fé, verão que o que os olhos não podem ver e a mente avaliar, por fé se poderá entender o que se desejar, assim a alma se sinta confortável, prescindindo-se da veracidade. Mas esta história é verdadeira, e há que rever a intrincada urdidura do tecido da fé para se entender porque razões plausíveis não poderiam as mulheres, desde o começo dos tempos, terem sido iguais aos homens em tudo, poupando-nos milênios de discussões fúteis para gáudio de enriquecidos advogados. A palavra aos senhores dos “livros sagrados”. Aos leitores, o meditar sobre “como se interpreta este mundo”, e o que realmente vale a pena, quer no passado, quer no presente.


  1. Num deserto poeirento em 1482 AC.

 Vista aérea das pirâmides de Gizé
O sol escaldante do meio dia fazia arder a pele. Quem podia desfrutar de sombra em suas casas, da temperatura amena de seu interior, eram poucos. Muitas tinham jardins, pequenas fontes ornamentais de água que refrescava e relaxava. Nestas, seus proprietários dormiam a sesta. As outras eram simples, e só tinham mulheres, crianças e velhos sufocados pelo calor. Os homens geralmente estavam trabalhando na fabricação de tijolos, construção de pirâmides, na lavoura, exercitando-se para a guerra. Mas não nos templos e nos palácios, onde a riqueza e o bom gosto na decoração eram a representação do paraíso. Comum a todas, a preocupação: Tutmés I, seu faraó, havia falecido recentemente. Era necessário substituí-lo ao final das cerimônias de enterro, e havia um grande problema para a fé egípcia: Tutmés I só foi aceite como faraó por ter casado com a irmã de Amen-Hotep I, Ahmose, sendo ele mesmo filho de Amen-Hotep com uma concubina do pai, não sendo assim seu sangue tão puro como deveria ser, embora fosse aceitável. Para os egípcios, os faraós tinham uma ascendência divina, sangue de deuses, que não deveria ser conspurcado. A aceitação de sangue menos puro se dava geralmente por falta de sucessor que tivesse feito um filho homem com mulher ambos descendentes de faraós. O sangue dos faraós egípcios precisava ser purificado o mais breve possível, através do casamento de uma de suas duas filhas, ou de um dos seus dois filhos. Mas não era tão simples assim.
                 Hatshepsut Faraó egípcia
Nos templos, por todo o Egito, e pelos lares, não se falava em outra coisa: A sucessão do trono. Os sacerdotes de Amon não perderam muito tempo e resolveram apoiar Tutmés II. Para resolver o problema, bastava que Hatshepsut casasse com seu meio-irmão, ele um pouco mais jovem do que ela que tinha entre 14 e 17 anos, mas para uma esperança de vida de cerca de 35 anos, era considerada como uma mulher adulta. Então casou e se deitou com seu meio-irmão de quem foi esposa “principal”. A esposa secundária era Mutnefert, a quem Tutmés II fez um filho, o futuro Tutmés III, bastardo como o pai, mas que já nessa época, pelo que podemos entender, não tinha nada de pejorativo: Os bastardos apenas ficam em segundo plano na sucessão de tronos ou na divisão de heranças. Não se sabe ao certo quando o termo “concubina” deixou de ser aceite nas sociedades modernas e passaram a ser “a outra”, mas pelos vistos, as sociedades antigas curtiam concubinas como se fossem “as outras”, e certamente também não poderiam garantir de quem era o filho, se dele ou dos “concubinos” das “outras”, porque não existia ainda o exame de DNA. A humanidade é promíscua desde o tempo de Adão, mas somos muito lentos para aceitar que sim, que isto é verdade. No dicionário o termo “concubino” nem existe, o que é uma falha machista de primeira ordem.     

E Hatshepsut se deitou com o meio-irmão e tiveram dois filhos. Ele teve três: Neferure e Neferubiti (duas moças) e Tutmés III, este com a “outra”. Tutmés II durou pouco como faraó. Apenas cerca de 03 anos para uns historiadores e para outros 13, e logo após a sua morte, o Egito voltou a ter a mesma preocupação: Quem governaria em nome de Tutmés III, filho de uma concubina? Os sacerdotes não tinham dúvida alguma, e ajudaram com suas prédicas nos templos, para que Hatshepsut fosse aclamada regente até a maioridade do enteado, o filho da “outra”. A certeza dos sacerdotes em apoiá-la residia num fato sólido: Tutmés II tinha uma constituição fraca e não sabia governar. Na realidade, durante seu reinado, quem reinou mesmo fora Hatshepsut, sufocando uma revolta na Núbia, acabando com o reino do Kush, e outra de beduínos ao sul da Palestina.
 Hatshepsut
Era a primeira vez que uma mulher governava, de fato, a maior potência do planeta, algo como os EUA de hoje. Por isso foi “devagar” na administração. Quando se sentiu mais forte, logo após a morte de Tutmés II que se apressou a legitimar a sucessão de seu filho bastardo em testamento para impedir a ambição de Hatshepsut, assumiu uma nova postura: Aplicou em seu queixo feminino as barbas postiças que todos os faros usavam, como costume, e passou a usar roupas masculinas. Tanta determinação e desembaraço, certamente lhe deu a condição, como filha dos deuses, de ter seu próprio harém de mancebos, porque não se pode explicar que passasse a usar barba postiça e roupas masculinas, se não tivesse seu próprio harém. A menos que tivesse passado a ser, não só a primeira faraó mulher da história como também a primeira faraó lésbica. Mas parece que não. Ela gostava mesmo era de homem. Administrou muito bem o Egito, assumindo mesmo, com o apoio dos sacerdotes de Amon, o título de faraó.

Fez um ótimo governo, diferentemente de Dilma Rousseff, porque nunca se deslumbrou com o poder, nem precisava atender aos pedidos de nenhum crustáceo analfabeto que nunca trabalhou na vida[1]. Durante os 22 (vinte e dois) anos de seu reinado, o Egito conheceu enorme prosperidade econômica paz em todo o reino.
 Múmia de Hatshepsut
Um brinde a Hatshepsut, que antes de acabar seu reinado, trocou seu nome para Maatkare (Ma’at significava a ordem no Cosmos para os egípcios). Morreu de uma infecção na gengiva. Os dentes eram um problema. Ramsés III, o grande faraó, morreu também de uma infecção dentária.


  1. A papisa do Tarô num nebuloso dia do ano de 855 DC.
 Arcano do Tarô - Papisa
O Tarô é um baralho especial que não tem naipes. Tem arcanos, que resumem propriedades da idiossincrasia humana, ou fatos mais correntes do dia a dia. Acreditam os especialistas que, ao embaralhar as cartas e dispondo-as segundo agrupamentos pré-estabelecidos, o consulente transmite seus segredos, sua vida ao baralho que então, ao ser lido apropriadamente, revela os segredos que se deseja saber. Uma dessas cartas, um arcano, é a papisa, e significa por ela mesma a sabedoria, o conhecimento, a intuição e a chave dos grandes mistérios. Mas isso tem uma razão, já que neste mundo nada é por acaso nem o próprio mundo foi feito por acaso: A certeza desta afirmação é que seria necessário muito acaso para que o mundo fosse apenas uma casualidade. Neste mundo de incertezas, com muita ou pouca fé, muitas vezes ficamos em cima de um muro imaginário sem podermos decidir para que lado deveremos cair. É o caso da história da papisa que originou o decano do Tarô. Uns dizem que realmente existiu e mostram até documentação de fontes fidedignas. Outros dizem que nunca existiu e que é apenas uma lenda, mas das duas uma: Ou o eleito era afeminado ou extremamente frouxo na administração, ou a papisa foi eleita.

Capa do livro de Lawrence Durrell - A papisa Joana 
Naquele ano de 855 DC a igreja católica tinha muitos problemas. Desde o ano 200 DC, data em que o Papa Natálio foi considerado antipapa por se opor ao Papa Zeferino - com quem posteriormente se reconciliou - até o ano 855, nada menos do que 14 papas tinham sido considerados antipapas. O ultimo deles exatamente naquele ano de 855. Era o papa Anastácio III por oposição a Bento III, que sucedia a Leão IV. Morreu envenenado pelo próprio clero de Roma. A história da eleição dos papas sempre foi conturbada até recentemente, pontilhada de assassinatos de cardeais candidatos, de compra de votos, de eleições por pressão de imperadores de potências internacionais, de outros interesses alijados da fé que por duas vezes já obrigaram papas a renunciar. Alguns foram “eleitos” por pressão de populares.

Mas, o curioso daquele ano de 855 e os três seguintes, é o fato de Anastácio III ter governado até ser considerado antipapa. Nem seu antecessor, nem ele, nem Bento III teriam nada de afeminados, a julgar por suas obras, época em que os Papas tinham exércitos e combatiam o povo muçulmano. Contudo sabemos como é a plebe, como todos nós somos quando não gostamos de alguém: Atacamos nos predicados morais, físicos, intelectuais, em que se julgam mais fortes. Então, a partir de algum momento, por estes anos a notícia começou a correr de boca em boca e se tornou lenda: O papa era uma mulher! Mais exatamente, Joana. Referir-se-ia o povo a Anastácio III?  Mas há uma outra história, segundo a qual, Joana, nascida como Giliberta em Constantinopla, ou em Mainz, na Alemanha, e neste caso, filha de pais ingleses, se teria apaixonado por um monge a quem seguiu até a Grécia e depois até Roma. Ilustrada, com conhecimentos de teologia e filosofia, usava roupas masculinas e tornou-se cardeal com o nome de Johannes Angelicus, (de Ângelo, anjo, bento), o que até poderia levar a supor, pela forma critica da plebe, que identificavam o papa Bento, que sabemos ter sido realmente muito calmo, de falas mansas, boa gente, como a papisa Joana... Esta teria sido desmascarada numa procissão entre o Coliseu de Roma e a Igreja de Roma, quando deu à luz uma criança que seria filho - ou filha - de um guarda suíço. Teria sido morta por apedrejamento.

Mas neste caso, não importa se há ou não verdade (e parece que não há) nesta lenda. O que importa é o “subconsciente coletivo” da “populaça”... O que teria de errado uma papisa na igreja? Não havia mulheres no meio reclamando do fato de terem sido enganados e em vez de Papa terem uma papisa? E se olharmos mais pela realidade, isto é, não havia nenhuma papisa e se tratava de “crítica” a um papa existente, então há muito mais coisas para se colocarem em cima da mesa, principalmente dogmas, conceitos, preceitos, preconceitos e até onde a Igreja tem realmente o poder que apregoa sobre seus “fieis”...

Mas voltando ao feminismo masculino de Hatshepsut e da papisa Joana, é de pensar... Quantos séculos foram necessários até que mulheres fossem aceitas como governantes? E quantos mais serão necessários para que possam ser papisas?


Rui Rodrigues

Se desejar, assista o filme “A papisa Joana”, grátis – legendado, em:http://www.onlinefilmes.net/assistir-a-papisa-joana-legendado/



[1] O povo brasileiro sabe muito bem quem é o crustáceo que nunca trabalhou, que tem aposentadoria gorda, participou do mensalão e ainda ganha outra por não ter um dedo que perdeu numa época em que tinha fama de beber cachaça. Dizem que ele perverteu a ordem no Brasil, sufocou o progresso e que indicou a Dilma.

segunda-feira, 29 de abril de 2013

O semeador de painço de olhar perdido nas estrelas


O semeador de painço de olhar perdido nas estrelas




plantação de milho paínço 

Nas planícies do Oriente Médio, há cerca de sete mil anos atrás se cultivava o painço[1] , uma espécie de milho, a única conhecida. O pão dos egípcios e desse povo todo que constituía a humanidade, era feito de farinha de painço. Havia planícies cultivadas com este cereal por toda a China, Oriente Médio até o mar de Aral, e também no Egito e na Mesopotâmia. A humanidade não conhecia outro tipo de milho. Por entre os cultivos crescia a papoula, uma planta daninha que reduzia a produção de painço. Era preciso separar este joio[2] do painço. Depois veio o trigo e também do trigo era necessário separar o joio. Muito do joio era de papoulas que invadiam os campos.

Zarath nasceu perto do mar de Aral, numa vila com casas de adobe por volta do ano 1.700 AC. Seu pai deu-lhe um camelo (Ushtra) quando ele tinha ainda sete anos de idade. Era precoce, um menino diferente dos outros. Fraco, magro, tinha o olhar perdido nos astros pela noite, e durante o dia seu olhar continuava perdido no céu como se os pudesse ver mesmo com toda aquela luz ofuscante do Sol. Logo começaram a associar Zarath ao camelo que sempre o acompanhava[3]. Incompreendido em sua aldeia e em sua família, sem servir para nada de útil, logo percebeu que seu lugar tinha que ser longe da sociedade, das pessoas que viviam no lugar onde nascera. Aos vinte anos passou a viver numa caverna. Ali perto não havia propriedades cultivadas. Com a ajuda de seu camelo passou a plantar seu painço numa das margens do rio. Nunca comeu carne.
                          Criação de papoulas no Afeganistão 
Zarath tinha que separar o joio - as papoulas - do painço em sua cultura, e o fazia no começo da primavera quando as plantas já têm estatura suficiente para que se possam diferenciar umas das outras. Já ouvira falar dos poderes da papoula, mas não a experimentara. Sabia dos sacerdotes e de seus pais que poderia ver os deuses que os sacerdotes também viam se os usasse, mas teria que estar preparado, porque somente o poderia fazer uma única vez em toda a sua vida. Se isso se tornasse um hábito seria tomado pelos demônios que jamais o largariam. Eram conselhos de sacerdotes egípcios, iranianos, judeus. Todos sabiam que o poder da papoula dominava a vontade dos mortais e os reduzia a um lixo que se deteriorava pelas esquinas das ruas, pelos campos, rejeitados por toda a sociedade.

Havia mais de dez anos que saíra de casa de seus pais para se confinar à caverna. Ficaria lá até que sua mãe o viesse buscar. Mas nunca voltou. Chegar aos trinta e cinco anos era difícil naqueles tempos. Zarath sabia disso. Ou se morria por armas de exércitos ou de bandidos, por febres, feridas que se transformavam em pústulas, por acidentes fatais. Era muito difícil chegar aos trinta e cinco anos, e embora alguns vivessem muito mais do que isso ficavam velhos, de cabelos brancos aos trinta. As águas de nascente pertenciam aos grandes senhores aquemênidas, e a água que se consumia era de poços que muitas vezes eram poluídos pelas fossas das casas, e trabalhava-se desde o nascer do dia até o chegar da noite. Os dias de verão eram os mais difíceis pelo calor do sol e pela duração dos dias, bem mais longos do que as noites, quando mais se trabalhava.  Sobretudo, o que incomodava Zarath era a forma como o descriminavam por estar sempre com o pensamento longe da realidade. A sociedade e principalmente sua família não o aceitavam dessa forma. Queriam um Zarath concentrado na realidade, nas coisas da vida.
                Ahura Mazda
Em sua trigésima primavera resolveu comunicar-se com os deuses, como o faziam os sacerdotes.  Buscava as razões da vida, algo que explicasse o mundo em que vivia, a justiça. Numa tarde, depois da hora do almoço, quando o Sol estava a pino, recolheu a seiva dos bulbos das papoulas nos quais fizera incisões dois dias atrás. Era uma seiva branca que logo ficara marrom. Depois enchera uma pequena taça de argila e levou um pedaço recolhido com o dedo à sua boca. Era um gosto amargo. Ficou olhando a sua seara verde, ainda palmilhada de papoulas, para lá das margens do rio onde se encontrava, perto da caverna. Esperava os deuses. Sentiu uma onda de felicidade, muito maior do que a que o vinho lhe costumava dar. E então o viu e ele lhe falou. Disse chamar-se Ahura Mazda. Era brilhante, como uma névoa branca em meio a brancos raios de luz. Mas não era nenhum dos deuses conhecidos. Este era diferente: Sorridente, paternal, transmitia confiança, tinha o límpido e firme olhar dos justos fortes. Só um deus poderoso poderia ser calmo, tranqüilo, sem se arrepender de sua obra. Viu-se então transportado para um lugar muito belo onde o esperavam sete seres magníficos. E lhe disse que tudo o que precisava saber estava dentro dele mesmo. Bastava olhar o mundo à sua volta, e perceber seus movimentos e suas razões. Então lhe indagou da razão de ter sido escolhido para essa conversa, e ouviu como resposta dos sete seres em coro que era porque Zarath tinha boas ações, bons pensamentos e boas palavras. Nos sete dias seguintes limpou todo o joio do painço. Jamais deixaria de plantar[4]. Então Zarath pegou em suas coisas, saiu da caverna e voltou para casa, para a aldeia. Vinte e dois [5]o seguiram, convencidos de suas palavras. Os outros queriam matá-lo por ter um novo deus e acharem que os seus se podiam melindrar. Nem repararam que Zarath usava como base os mesmos deuses que então faziam parte do panteão aquemênida, herdados dos indo-arianos, conforme o Rig Veda: os ahuras, do bem, e os daivas, do mal.

Perdeu dois anos tentando convencer Vishtaspas, rei da Báctria, no atual Afeganistão, a seguir a nova religião com o deus único que descobrira, Ahura Mazda, e nos anos seguintes toda a região a adotava. Por essa época já o chamavam de Zaratustra[6], o menino do camelo. Os gregos o chamavam de Zoroastro, o homem que observava os astros. Um livro sagrado foi escrito: O Avesta, do qual fazem parte 16 versos, os Gathas, a parte mais importante do livro.  Como era comum a todos os sacerdotes, também Zoroastro precisava comunicar-se com Ahura Mazda. Aproveitava para fazê-lo na primavera, quando o joio das papoulas invadia as suas plantações de painço. E foi assim que começou a alargar o seu panteão, segundo o qual Ahura Mazda passou a ter deuses menores, exércitos de anjos no céu. Já não era único, porque não se bastava a si mesmo. Precisava de pequenos deuses, exércitos de anjos. Zoroastro acabara por admitir que havia algo neste mundo que dificultava a “vida” do deus único: Era o mal, Arimã, representado por uma entidade na forma de serpente que descobriu através de seus transes com a seiva da papoula, o joio do painço. Anjos guerreiros, depois de mais algumas mascadas de seiva de papoula se transformaram em pequenos deuses, os Amesha Spentas.
                      fumando tabaco
Se alguém quiser seguir os passos dos sacerdotes antigos, dos quais nem os pacíficos egípcios escaparam, basta ir num campo de trigo, milho, ou painço, pela primavera, extrair a seiva dos bulbos de papoulas, mascar e passar uma semana nisso. Verá coisas horripilantes mas também paraísos com sete virgens que esperam heróis, virgens gays que esperam heroínas, mancebos que esperam heróis e mancebos que esperam heroínas. Verá de tudo. Sacerdotes que fumavam tabaco descobriram Manitu; os que tomavam o Peyote, que dá ondas terríveis, macabras, descobriram que era o Sol o deus a adorar, ávido por corações humanos pulsantes depois de extraídos do peito dos fiéis. Quem fumava maconha descobriu os deuses dos Vedas.

A Torah judaica seria compilada e estabelecida quase mil anos depois do Avesta pela época do profeta Josias, e certamente deve ter sofrido influência, porque até então o povo judeu não tinha uma noção assente, solidificada, sobre o monoteísmo. O cristianismo, baseado na Torah e no monoteísmo, também evoluiu tal como o Zoroastrismo, para um panteão de santos e imagens. Enquanto viveu Zoroastro foi lançando sementes de seu painço. Somente vingaram as que foram lançadas no Irã, mas por pouco tempo. Outras religiões chegaram à região. Hoje persiste ainda em reduzidas comunidades da Turquia (zerviches) que ainda vêm Ahura Mazda quando dançam com sua roupa branca, rodopiando a cabeça e o saiote até ficarem em transe.

Rui Rodrigues.



   






[1] Sobre as características do painço, ver em http://vidaequilibrio.com.br/painco-conheca-os-beneficios-desse-cereal
[2] Nos tempos de Jesus também de separava o joio do trigo.Mas então se cultivava mais o trigo do que o painço.
[3] Zarath passou a ser conhecido como o “Zarath do camelo” ou Zaratustra. Quando os gregos souberam de sua existência o chamaram de Zoroastro, o menino que observava os astros.
[4] Os seguidores de Jesus, os apóstolos, largaram o trabalho que tinham. Zarath achava que se podia evangelizar e também cultivar o sustento. Uma atividade não prejudicava a outra.
[5] Jesus tinha 12 apóstolos. Boa parte era de familiares.
[6] Zaratustra foi casado duas vezes e teve vários filhos. Faleceu aos setenta e sete anos assassinado por um sacerdote.

quinta-feira, 25 de abril de 2013

A ilha de Páscoa, um exemplo da sustentabilidade na Terra.




A ilha de Páscoa, um exemplo da sustentabilidade na Terra.

 Ilha de Páscoa
Uma ilha é uma porção de terra cercada de mar por todos os lados. A ilha de Páscoa é isso mesmo: Uma pequena ilha cercada de mar imenso, nada à vista no horizonte. Quem tivesse nascido lá há milhares de anos não veria nada mais a não ser o mar até os confins do horizonte. Seus habitantes, os Rapanui, julgavam-se sós no mundo. Sós, não. Sabiam por tradição oral de seus ancestrais que havia terras para lá, bem longe, da ilha. Mas era-lhes impossível navegar. As pirogas que possuíam só serviam para a pesca. Seus ancestrais tinham vindo para a ilha, de forma determinada, carregando mudas de bananas, cães, porcos, galinhas, entre 300 DC e 400 DC.

Em algum momento descobriram a religiosidade e perceberam que alguém deveria ter “feito” a ilha. Chamaram-lhe de Hotu Matu’a, e o entenderam como um deus. Olhavam o horizonte e desejaram voar como os pássaros da ilha, e rezavam a um outro deus, a quem chamaram de Tangata Manu para que lhes dessem asas, mas este deus nunca os ouviu, e os rapanui nunca tiveram asas. Então descobriram que deveria haver uma “entidade” superior, misteriosa, a quem deveriam rezar para que os outros dois deuses os ouvissem, não fossem ficar mal vistos perante uma entidade que não conheciam. Chamaram-lhe de Make-Make.

A ilha, quando a descobriram os Rapanui, era coberta de florestas. Sua população aumentou. Passaram a temer que fossem invadidos antes que pudessem atravessar o mar oceano, a que chamamos Pacífico, ou antes que Tangata manu lhes desse asas. Então, como lhes sobrava tempo, construíram enormes estátuas de pedra para afugentar os possíveis inimigos que, tal como eles, poderiam chegar navegando pelo mar. Mas para construir essas estátuas, os Moais, e transportá-las para lugares estratégicos da ilha era necessário cortar as árvores. Sabiam que existiam correntes marítimas, porque elas haviam trazido seus ancestrais até a ilha mas não de seus efeitos sobre o clima, e quando no domingo de páscoa do ano de 1722 o navegador holandês Jacob Roggeveen chegou na ilha, viu os gigantes de pedra, uma população decadente e em vias de extinção, subnutrida, que vivia essencialmente da pesca.  Já não havia bananeiras, nem porcos, nem cães, nem galinhas, nem árvores.
       os Moais da Ilha de Páscoa 
Em grutas da ilha viram ossadas humanas com evidência de canibalismo. Talvez por adoração a seus deuses, ou por necessidade de se alimentarem. Nos cento e cinqüenta anos seguintes 53 expedições foram mandadas á ilha. A cada uma cada vez mais havia estátuas destruídas pelos rapanui, tombadas sobre a grama da ilha. Os rapanui abandonavam os seus deuses nos quais haviam confiado tanto e com tanta devoção. Foi um curto percurso, na escala do tempo, desde que haviam deixado suas origens na ilha de Mangareva, usando as de Pitcaim e Henderson como trampolim usando suas pirogas de navegação à vela: Uma viagem de apenas 17 dias.

Em 1888 o governo chileno concedeu a exploração a uma empresa escocesa que introduziu gado ovino na ilha. Os rapanui passaram então à condição de escravos que trabalhavam em troca de bens e víveres que recolhiam no barracão da empresa, em vez de dinheiro. Em 1914 revoltaram-se. Somente em 1966 foram reconhecidos como cidadãos chilenos.  A ilha é formada pela junção de três vulcões adormecidos. Reza-se para que não eclodam, mas as preces já não são dirigidas a Hotu Matu’a, nem a Tangata Manu, e muito menos a Make-Make.
                Estamos sós no espaço
Nosso planeta é uma ilha na imensidão do cosmos. Temos nossos deuses, mas já nos restam poucas florestas. Poluímos as águas, infestamos os ares, conspurcamos a terra com radioatividade. Olhamos para o Cosmos e não vemos outras ilhas de onde possam vir a tempo de salvar-nos. Muitos deuses já foram abandonados e jazem no esquecimento. Somos os Rapanui do Cosmos, divididos em partidos políticos e religiões, cada um arrecadando o máximo que pode de dinheiro no barracão dos cofres públicos: O canibalismo humano moderno.

Rui Rodrigues

Coletânea 3 – PT, humanidade, Gordon Ramsey, e outros


Coletânea 3 – PT, humanidade, Gordon Ramsey, e outros

Não é inteligente ser PT

Há países como os EUA, os da União Européia, a Rússia e a China que não se podem contestar sob pena de passarmos por burros, idiotas ou analfabetos... Em nenhum deles existe o comunismo (em alguns já houve mas foi abandonado), e o Socialismo dessas nações é capitalista...

Não há que recriminar. Há que copiá-los e podemos até ser melhor do que eles. Basta esquecermos o PT, O PcdoB e outros partidos que só existem para dar boa-vida a políticos de carteirinha...



Humanidade que não reclama



O silêncio atual da humanidade é mortal... Uma humanidade em estado catatônico observa em estado de choque como uma humanidade, posta a nu pela liberdade que a nova tecnologia proporciona, pode ser tão perversa que se mostre agora contestando a "'antiga ordem" e o liberalismo atordoante tome conta do dia a dia. Mas não se iludam... A humanidade costuma acordar de seus "catatonismos " periódicos, e levantar-se, enraivecida, contra aquilo que acaba por escolher como imprestável. Só não sabemos o que a humanidade escolherá num futuro que se desenha bem próximo. Parece ser a Democracia Participativa. 



Gordon Ramsey e Lula



Acabei de ler o livro de Gordon Ramsey – Chocolate Amargo.

Não costumo ler livros destes – autobiografias. A ultima que li,semelhante, foi há décadas, sobre um crápula do jornalismo: Assis Chateaubriand. Este crápula, dono dos “Diários Associados”  pedia donativos para ambulâncias que não entregava (e isto me lembra o Criança Esperança), e tinha laivos de demência,como quando apertou a mão da Rainha da Inglaterra depois de a ter passado na urina que vazava para uma garrafa de refrigerante sob o sobretudo (sofria da próstata).

O que me levou a ler este livro foi o fato de conhecer Gordon como grande chef da cozinha internacional e constatar que tivera uma infância pobre e problemática, de um pai que batia na mãe, e mesmo assim tivera sucesso na vida, tornando-se num guru da cozinha de “gente fina”, de classe, da nata do primeiro mundo. Fala várias línguas e um palavrão a cada palavrinha.

Então me lembrei do Lula. Ele também veio de uma classe pobre. Seus pais tinham problemas de convivência, mas enquanto Gordon venceu na vida com o seu trabalho, Lula nunca trabalhou. Só fez discursos que outros lhe preparavam. Sabia decorar os textos.

E finalmente tive que me lembrar, a contragosto, de um ex-familiar que montou uma série de bares com sócios ávidos pelo sucesso. Aos poucos ia pentelhando a vida deles de tal forma, que eles se viam obrigados a sair da sociedade.Comprava barato a parte deles que revendia para novos sócios. Hoje tem uma fortuna imensa que começou com uma sociedade com meu pai que nunca lhe viu o dinheiro investido.

Dos três, Gordon é o único que vale a pena ler. Os outros dois nem sabem escrever.


Onde que eu estou?

há uma fase em nossas vidas muito interessante: É quando percebemos que não temos mais nada a perder quando "botamos a boca no trombone", e mesmo que tenhamos isso já não tem a mínima importância, porque "valor mais alto se alevanta"...

Então eu rio...Rio às gargalhadas... 

Como é possível que o New York Times convide Lula (ou este está pagando?) para uma coluna mensal. Ora... Todos sabemos que Lula não escreve nada e toma decisões esdrúxulas que só têm eco numa comunidade mais pobre de instrução e cultura do que propriamente de recursos ( o bolsa família e outros benefícios, cuidam para que não haja pobreza).... Mas porque rio eu ?

Porque o New York Times esqueceu o Fernando Henrique Cardoso... Onde kotô ?



Cravos secos e idiossincrasia no 25 de abril. 



Nós, portugueses, não somos um povo verdadeiramente unido. São raras as vezes em que unimos nossas vozes em uníssono para mudar um “status quo”. A última, importante, foi em 1974, exatamente num dia 25 do mês de abril, quando o dragão da ditadura já estava morto. Enquanto vivo, o mundo português estava dividido entre os que viviam ao sol e os que viviam à sua sombra. Foi a revolução dos cravos.  Os cravos secaram há muito tempo !

Esqueceram o velho ditador e permitiu-se que outros ditadores, os partidos políticos, ditassem suas regras nos corredores do poder. Nossa constituição revista em 1976, foi redigida e aprovada por políticos que viram nessa oportunidade uma porta aberta para a “sua vez” de governar. Já vai pela 6ª Revisão. Nada se perguntou aos cidadãos: Empurraram-lhes uma linda constituição, goela abaixo, mas que permitia o governo – sem contestações- por parte de uma elite a que se chama vulgarmente de “política”. Ser político é ter uma profissão, não uma obrigação de servir a pátria, os portugueses. A constituição lhes permite que governem “em nosso nome”. 

Essa constituição está tão seca como os cravos de 25 de abril de 1974. 

Precisamos de nova constituição, de nova revolução para impedir o abuso de políticos: A revolução da Democracia Participativa da vontade cidadã. Sem armas, sem tiros, mas com muita vontade.

http://conscienciademocrata.no.comunidades.net/index.php?pagina=1290597993  

Rui Rodrigues.

domingo, 21 de abril de 2013

A tragédia portuguesa – A verdade



A tragédia portuguesa – A verdade
 Futuro com divida a 30 anos?
A revolução dos cravos pretendia-se ser uma revolução socialista. Punha fim a uma ditadura de extrema direita. Era compreensível. Porém, em 1975 as economias da URSS e da china já davam mostras de fraqueza. O comunismo em geral já não era tão forte como antes da “guerra dos mísseis” envolvendo Cuba, URSS e EUA. Fidel Castro sofreu um bloqueio do qual não se livrou até hoje. O bloqueio não é contra o povo cubano. È contra Fidel Castro. Mas há um agravante que contribuiu imensamente para o declínio do espírito socialista da revolução dos cravos: A corrupção dos governantes portugueses, tradicional, endêmica. Não se aprova nada na junta sem uma “propina”, não se tem bom tratamento hospitalar se não se der uma propina para a enfermeira chefe, não se consegue um bom trabalho sem um “padrinho”.  Obtém-se passaporte falso pelas esquinas, o contrabando vindo de Espanha ainda não acabou, governos sucessivos fazem contratos com empresas estrangeiras  pela simples troca por empregos, as contas de telefone vêm com valores de chamadas que nunca foram dadas e com duração de chamadas que em muito ultrapassam a realidade. O governo não vê nada, não escuta ninguém, não se manifesta em nada. O presidente da República é um pequeno rei que desfila nu cheio de sorrisos de artista de cinema e quando fala, não diz nada de interessante. Podia passar os dias na casa de banho que ninguém notaria sua falta.
 A polícia faz parte, tanto dos cidadãos quanto do Estado
O mal de tudo? A Constituição e as leis decorrentes herdadas da ditadura de Salazar, a falta de educação cidadã do povo, que, por mais instruído que seja não tem educação suficiente para reclamar: Fazer-se de “não afetado pela situação” dá status, coloca os indivíduos numa situação de nata sobre o leite azedo. Mas como alterar a Constituição se os políticos, confortavelmente instalados no governo nem por hipótese consideram essa possibilidade? Indo para as ruas e pedindo uma para ser aprovada pelos cidadãos a exemplo do que fizeram alguns países do norte da Europa (o que pode facilmente ser encontrado na net em detalhes). Neste link pode ser encontrado um modelo baseado na constituição suíça - http://conscienciademocrata.no.comunidades.net/index.php?pagina=1290597993

Mas a que propósito vem tudo isto se o povo está calmo, tranqüilo, vendendo tudo o que economizou para poder sobreviver e manter as aparências – outra característica idiossincrática mórbida de nossa tradição secular?

Porque nada se modifica neste mundo, nem em nenhuma sociedade, sem atuação explícita que demonstre a insatisfação, e porque não é possível que os cidadãos portugueses estejam satisfeitos ou minimamente confortáveis devendo a bagatela de 346,8% do PIB[1]. Provavelmente não têm noção de quantos anos serão necessários para pagar esta dívida que mede grosseiramente o desperdício da administração pública de todos os governos desde a revolução de abril. Não têm noção de como “sair dessa crise”. Há túnel, sombrio, sem a mínima luz ao seu final. Nem de mera e simples vela. Somos um povo obediente, orgulhoso, inteligente, instruído, exemplo da classe trabalhadora e empreendedora em todo mundo, infelizmente carentes de determinação para contestar. Somos capazes de morrer secos e tísicos se precisarmos “pedir” algo a alguém, e levamos 48 anos para nos livrarmos da ditadura de Salazar. Somos muito lentos. Não acredita? Então lembremo-nos da Inquisição que durou “apenas” 285 anos: Desde 1536 quando o rei D.Manuel a pediu nas Cortes, até terminar em 1821 em sessão das Cortes Gerais. Somos lentos e tempo é dinheiro. Perdemos dinheiro que é do que todos precisamos.
O momento não é para desanimar. É para lutar 
Nossa tragédia é moral, financeira, política, industrial, comercial, institucional. Poderíamos pagar a dívida contraída por nossos governantes e instituições em uns dez anos, mas temos que levar em conta a situação econômica internacional, e com um mundo entre a recessão e o insipiente crescimento, não o poderemos fazer em menos de vinte. Nossos filhos herdarão a dívida e já se prevê o decréscimo da população portuguesa para a casa dos sete milhões e meio para os próximos anos. Nunca se vendeu tanto ouro como nos últimos três anos. Ouro particular, das economias pessoais. O sinal foi dado quando uma ministra, para encobrir o sol com uma peneira e manter os privilégios dos políticos vendeu da noite para o dia, no mercado internacional toneladas de ouro. No tempo do “bochechas”. Não foi a única[2]. Nem nas pesquisas podemos acreditar: Somente trinta e seis por cento dos portugueses disseram ter preocupações com a situação econômica, mas 51 por cento disseram que temem a falta de emprego. Ora como se pode ter preocupação com o emprego e não com a situação econômica se esta depende do emprego? O povo português volta a emigrar em massa. Importamos quase tudo. Somos auto-insuficientes. Os preços das mercadorias não dependem da nossa produção. Atravessam-se as fronteiras para nos abasteceremos em Espanha onde os impostos são menores: Ajudamos a melhorar as condições econômicas de Espanha e prejudicamos as nossas porque o governo é estupidamente insistente em manter altos impostos em relação aos nossos vizinhos. O governo quer dinheiro não importa como, mas sem se importar com o “como”, arrecada cada vez menos.

Como mudar esta tragédia, em que carecemos de saúde pública, empregos, desenvolvimento, auto-suficiência?
 Este é o maior motivo para mudar
Os que estão no governo não permitirão mudar nada. Mudarão o que desejarem porque lhes demos permissão para tal. Dizem eles que nos representam.  A solução estará, sempre, nos cidadãos agindo em uníssono, sem a presença de Partidos políticos: São estes que orientam, treinam os políticos que temos para que se elejam e depois lhes cobrem as atitudes. Veja como em

Governo que não cuida dos cidadãos não serve para nada!

Rui Rodrigues

Coletânea 2 . - Maduro, West Fertilizer, comunismo e socialismo



Coletânea 2  .  - Maduro, West Fertilizer, comunismo e socialismo


Maduro
A eleição de Maduro me fez refletir... Há fortes indícios de que as eleições venezuelanas foram manipuladas, com venezuelanos fora da Venezuela impedidos de votar nas embaixadas, e pelo que tudo leva a crer, por manipulação dos votos.

A Venezuela merece este desastre, a Argentina, Cuba, Brasil, e todos os que aderem a uma falsa idéia de que os lideres desses países desejam realmente um socialismo ou um comunismo, apelando para as vestes vermelhas e frases de efeito. A corrupção reina por lá e por aqui... 

E porque merecemos?

Por que nos acomodamos. Não reclamamos nas ruas, aceitamos a corrupção, crendo em milagres ou na impossibilidade dos falsos se instalarem no poder. 

Tirar gente honesta do poder é fácil. O problema é tirar do poder um corrupto. Ele falsifica tudo. Compra a moral, a ética e enterra as verdades.
- Fidel Castro ainda não bateu as botas (continua meio calado, meio em delírio, meio sorumbático, mas o esqueleto dele continua andando)

- Tudo calmo ainda na Coréia do Sul. A do Norte ainda muito agitada mas indecisa: Nem defeca nem solta pum... Quem sabe um supositório de cavalo não resolveria esse problema intestinal do Kim III ?

- O Afeganistão continua sendo um campo de papoulas. Agora na primavera do hemisfério norte os campos estão cheios e logo fabricarão ópio e heroína. Até parece que as forças da Otan garantem a produção e a exportação. Os talibans continuam ativos.

- O Maduro assumiu mesmo com a contagem de votos em questão. Aquele mecanismo de votar eletronicamente e depositar voto de papel na urna em simultâneo para conferir, serviria apenas no caso do maduro não conseguir ganhar as eleições. 

- As obras do PAC continuam engolindo grana e estão atrasadas... Com esta inflação que temos, quarenta milhões de brasileiros voltaram a ter fome. Anda todo mundo esfomeado, principalmente de tomates. (parece que a falta de tomates se deve a uma reserva estratégica para atirar na Dilma e no Lula nas próximas campanhas)

- Neste momento, em alguns lugares deste Brasil, "alguéns" não estão trabalhando e se dedicam a roubar verbas públicas. Se souber de algum caso denuncie à Policia Federal. Não adianta reclamar com os chefes deles (Eles também fazem parte do esquema).

- Portugal, Espanha, Grécia, Chipre... Bom.. Para simplificar (eles são 27).. Só a a Alemanha não está pedindo penico financeiro. O resto está na lona, no desespero... A Europa bota panos quentes sobre a "lona" em que está... Todo mundo duro mas valente. Trocar o sistema político nem pensar, ainda. Faz parte da tradição, e tradição há que manter "custe o que custar"... 

Comunismo

Ainda temos muita gente neste Brasil afora vivendo na idade da pedra. Não sabem, por exemplo, que:

1. A guerra fria nunca esquentou
2. O muro de Berlim virou pedrisco e foi vendido como lembrança
3. As estátuas de Lênin e de Stalin foram derrubadas fundidas e delas se fizeram isqueiros com o nome de Perestroika gravado.
4. O livro de Mao foi rasgado folha por folha e usado como papel higiênico
5. China e Rússia competem com os EUA como duas potências capitalistas
6. E nem entendem que estrela é aquela do PT, nem porque Dilma e Lula se vestem de vermelho. Por ideologia não é mesmo... 

O Brasil parou de tentar entender?


A Explosão da West Fertilizer no Texas

A Explosão da West Fertilizer no Texas, a Monsanto, a cidade de S. José dos Campos e a Imprensa Nacional (Brasil)

1- A explosão se deu numa fábrica que estocava produtos da Monsanto. Há um relacionamento estrito entre a West Fertilizer e a Monsanto, e os proprietários em principio são desconhecidos por algum tipo de lei que os protege no Texas. A empresa é representada por advogados. 

2- A Monsanto tem uma fábrica altamente perigosa na cidade de S. José dos Campos. Uma fábrica da Monsanto já foi pelos ares causando grandes danos há muitos anos nos EUA.

3- Há um plano de evacuação da cidade de S. José dos Campos para o caso de vazamento de gases, mas todos sabemos que nem sempre será possível acionar o sistema em tempo útil de salvar vidas. Há um projeto para mudar de lugar a Fábrica, mas não se sabe quando nem se vai ser implementado.

4- Há qualquer coisa de podre na nossa Imprensa, que não divulga os fatos em pormenor e não vai atrás da origem dos fatos nem dos envolvidos.. 

http://blogs.wsj.com/corporate-intelligence/2013/04/18/before-the-blast-west-fertilizers-monsanto-lawsuit/


Limites do Socialismo

(Considerando que ser socialista a 99% não é ser socialista. Tem que ser a 100%) 

Vamos ao método do absurdo e cheguemos à conclusão de que tudo pode ser dividido: os bens materiais, os salários, os veículos disponíveis e que tudo fique igualmente dividido sem faltar grão, folha, laje ou pneu... E que ninguém seja preguiçoso, contando apenas com o trabalho dos outros para ser dividido. 

E o conhecimento, as invenções, a bondade, o amor, a abnegação, coisas que estão “lá dentro”, em nosso cérebro, em nosso sentimento, em recônditos que ninguém pode acessar? Estas “imponderabilidades” não podem ser divididas. Então vem a inveja. Todos teriam “direito” á divisão de um diploma conquistado, de um Quociente de Inteligência (QI), mas também deveriam estar dispostos para dividir uma doença, uma tara, uma indecência... 

Poderá o socialismo exacerbado, como o comunismo e as formas mais “qualquer coisa” do chavismo, do Cristanismo, do Mujiquismo e do Fidelismo, que nada têm a haver com socialismo ou comunismo, nos imporem a atrofia cerebral ou nos relegar a um equalismo do qual não nos sobre a mínima vontade de progredir seja no que for? 

A vontade de dividir e a abnegação já deram mostras de não serem motores de desenvolvimento da humanidade nos regimes comunistas que se apagaram na história. A vontade de chavistas, cristinistas, mujiquistas e fidelistas não pode prevalecer sobre a mente humana impondo-nos suas idéias que apenas levam ao conforto que têm no poder enquanto seus povos sofrem no anonimato de desalojados e parias da sociedade, vivendo em cada maior número pelos vãos de portas, debaixo de viadutos... Estes países não crescem. Encolhem. 

E nós, Brasil, para onde vamos?

Rui Rodrigues