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terça-feira, 17 de novembro de 2015

Um pouco sobre o ISIS- "Estado Islâmico"- Origens.




Na verdade não é nem um Estado, nem Islâmico na verdadeira acepção da fé muçulmana...

Neste momento, nem discuto de onde vem os terroristas, nem sua ascendência genética, nem religião nem nacionalidade... Mas a terem uma origem determinada, parece mais originada das guerras coloniais de independência da Argélia, Tunísia e Marrocos Francês, a partir de 1950...


As atrocidades que se cometeram na época, de parte a parte, foram imbuídas de ódio mortal, daquele que se encasqueta e nunca mais sai dos comentários familiares e entre amigos, no dia a dia.

Nos últimos anos , com o fim do comunismo na China, na URSS, Alemanha Oriental, o crescimento do socialismo - para preencher o vazio deixado pelo comunismo - foi considerável no mundo ocidental, Norte de Africa, etc.... E o capitalismo viu-se obrigado a fazer acordos com os socialistas. França, Paris, continuam sendo os símbolos maiores da "vie-en-rose", do bom gosto, da arte, da moda, do mundo ocidental- embora na verdade a vida seja tão difícil como em qualquer outro lugar para qualquer cidadão.

Ha muitos "movimentos" pelo mundo movidos pelo "Agora...Nossa vez", revanchistas, revisionistas!

O ódio parece não ter acabado num mundo de altíssimas desigualdades, beirando os oito bilhões de habitantes cada vez em maior competição. Quando a onda vem de uma borda do navio, quem está dentro corre para a borda oposta. O ISIS, em seu extremismo, parece pretender acabar com tudo o que represente o "Ocidental-way-of-Life". O oposto do mundo ocidental, atualmente, não é o comunismo. É o modo islâmico de se comportar no mundo, uma forma especial de comunismo religioso onde quem manda não tem oposição e mulheres servem para obedecer... E por incrível que possa parecer, esse modo de vida, similar ao comunismo, parece servir aos ideais juvenis de Liberdade, Igualdade e Fraternidade entre todos pelo mundo inteiro...

Os mais jovens não se lembram!!!

Assim falo eu sem ser Zaratustra.


Rui Rodrigues

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Virgens Maias, a Lua, a Terra, o Antropoceno e...A alma dos herdeiros!




As pirâmides Maias foram erigidas como templos de adoração ao sol. Os Maias sabiam que, a haver um "deus" esse seria o Sol porque mantinha a vida de plantas (milho), "animais" e seres humanos. Era o responsável pela manutenção da vida. E ainda é!...Quando o clima mudava, ofereciam-lhe virgens - não defloradas - que atiravam num poço de água. Talvez os sacerdotes as deflorassem previamente, - para conferir porque sacerdotes são sempre muito espertos!


A Lua no entanto, meio pálida, tem função primordial na manutenção dos mares vivos, dentre outras mantendo as marés, mas se afasta de nosso planeta!... Um dia perderemos a Lua!... As mudanças no clima serão impactantes, e se não tivermos saído daqui, até as virgens Maias terão morrido em vão. Um desperdício sexual e genético! A civilização Maia se extinguiu por causa das mudanças climáticas impedindo os cultivos, ou porque as virgens não o eram, ou porque o Sol não pode escutar...

O Antropoceno é uma nova era de nosso planeta Terra caracterizada por um clima de paz, tranquilo, prolifico, mas está indo pras cucuias!!!!! Estamos arrasando com o planeta!

A Terra é completamente AUTOSSUSTENTÁVEL... (e agora vou baixar o nível) ... Ela está "Cagando e andando" para nossa espécie humana... Se acabarmos com o clima da Terra, ela continua o seu processo evolutivo e nós paramos o nosso, Vamos pras cucuias assim como as virgens maias foram para o fundo do po
ço...  

Para quem acha que "deus" fez este mundo como o conhecemos, não se esqueça que quem vos ensinou também acha que depois da morte nossa alma vai para o céu, como uma compensação por nos pedirem a vida para "grandes empreendimentos"- deles, claro- aqui na Terra!... Mas não herdaremos a Terra porque o clima vai mudar... Outras esp
écies irão aparecer e nos substituir. Já aconteceu outras vezes... 

Somos muito imediatistas!

Ah!... Esqueci do PT... Com o "que "esse partido se parece nesta evolução terrestre ????


Rui Rodrigues

domingo, 15 de novembro de 2015

O mundo em que vivemos...



O mundo em que vivemos...

Imagine uma casa onde viva uma família:

- O pai é machista
- A mãe judia
- O tio jihadista
- A tia Evangélica
- O filho, empresario
- A filha feminista
- Os primos, do PT
- As primas freiras do Vaticano
- Os avós traficantes
- Um tio avô presidente da China


Não poderiam viver na mesma casa... poderiam?

Assim é o mundo em que vivemos....Então vivamos em liberdade com o máximo que for possível de Igualdade e fraternidade...A França e o mundo já enfrentaram dias bem piores...Por exemplo, durante a Inquisição...




Rui Rodrigues

Socialista? De verdade? Caia na Real....



CAIA NA REAL...


O PIB de todo o planeta é de 50 trilhões de dólares (ver link)
Nossa população, 7,5 bilhões de seres humanos...


Imaginando um mundo SOCIALISTA PERFEITO, com 7,5 bilhões de seres humanos, onde tudo seria distribuído igualmente entre todos, caberia a cada ser humano a fortuna de 67 dólares anuais (268 reais, menos de um dólar por dia)...Quem ficaria satisfeito em ganhar esta fortuna por ano? os gregos, os troianos, ou os petistas?

Alguém avisa os nossos partidos socialistas e comunistas, por favor, e principalmente aos nossos políticos ????

Será  por isso que políticos roubam e mentem tanto????

Rui Rodrigues


http://revistagalileu.globo.com/…/0,,EMI122321-17775,00-QUA…

To whom it may concern. Subject: Islamic state




World has five main questions:

1- No one knows who provides weapons to the IS?

2- How the IS makes money?

3- To whom IS sells petroleum and/or products to make money?

4- Why the airspace of those territories dominated by the IS have not been closed yet?

5- Why ports dominated by IS have not been blocked yet?

It seems that the answers to these questions are known already, but it seems too that this situation is "welcome" for a lot of "important" people and/or nations.

How do they get money? nobody knows? everibody all over the world became stupid sudenly, Intelligence Agencies 
mainly ?

Rui Rodrigues


quarta-feira, 11 de novembro de 2015

SOMOS UMA CIVILIZAÇÃO DE HOMO SAPIENS.... E DAI ????







Por muitas cargas d`água, depois do diluvio, achamos que somos uma espécie superior dotada de alma... Isso nos aqueceu o ego... Até nos achamos "semelhantes" a Deus... Que pretensão mais idiota !

Agora se respondam a vós mesmos, que importância isso tem para a Natureza que rege e regula o nosso planeta e o Universo? A mesma natureza que aniquila espécies, destrói estrelas (e destruirá o sol e a Terra), elimina Galaxias, destrói a vida em planetas?



NENHUMA !!!!!!!!!!!!!!!


Estamos a cerca de 4 bilhões de anos desse acontecimento inevitável...Nossa importância para a natureza nos advém da falsa "impressão" de que somos IMPORTANTES!!!...

E ha quem ganhe dinheiro com essa falsa impressão, por uma razão adicional muito simples: Somos ainda cientificamente muito atrasados em nossa maioria. Por não sabermos quase nada, acreditamos em quase tudo o que cabeças de pescoços engravatados nos dizem lendo livros que mal entendem.... Nossa vergonha da ignorância e nossa tolice de nos julgarmos inteligentes, nos empurram para a perdição...Porque somos apenas uma especie que se reproduziu excessivamente e que poderá sufocar a si mesma nos dejetos que produz !

Rui Rodrigues

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Minha origem e sentimentos - dois paragrafos


1.   Dos sentimentos:

Podem me desprezar, ou simplesmente contestar, mas tenho isto como verdade...

Emoções, incluindo o amor, a amizade, necessidade, a fé e a esperança são tudo produto da química cerebral... Uma mistura de hormonas, feromonas, por falta, excesso ou dependência... Daí surgiram os pecados e as virtudes... Já o desejo sexual, é um produto da memoria genética... A subjetividade escrota a serviço dos sete pecados capitais morreu realmente na Desunião Soviética, tao desunida quanto a Yugoslavia do Tito, ou qualquer corriqueira família com mais de dois membros (incluindo amantes) onde cada um queira fazer valer os seus direitos: "Se tu tens, também quero ter", desprezando o mérito e se concentrando no imediatismo... A premência oprime...Ainda mais quando desiludida!


2.  Agradecimentos ao meu mais paleonto-remoto progenitor...

Quero deixar aqui registrada minha mais completa e sincera gratidão a meu ancestral mais paleonto-remoto, cuja lapide naturalmente preservada em xistos, está lá nas montanhas rochosas do Canada....

Trata-se da Pikaia Gracilens, como na foto... Agradeço também a uma lei especifica do Universo segundo a qual tudo evolui, incluindo o próprio Universo... Sem eles e as leis eu nada seria...

Os que "evoluíram" para lulas e antas, na verdade regrediram um bocado! Ou melhor...Não conseguiram evoluir nadica de nada....

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Nossa humanidade vive um PARADOXO



Nossa humanidade vive um PARADOXO...Nem sei como ainda não nos extinguimos...

A salvação da humanidade - sob o aspecto social - passa obrigatoriamente pela redução populacional até que as pressões econômicas, de sobrevivência, etc... possam diminuir... (não é o mesmo que sustentabilidade)...Mas perder-se-ia a economia de escala e a população teria que voltar a aumentar....Um PARADOXO...

Vivemos num mundo REAL que se auto-equilibra, não sabemos exatamente em que "ponto", e todas as filosofias de que já ouvimos falar são puras UTOPIAS...Nenhuma leva em conta a AMBIÇÃO humana... Embora tenham sido forjadas por ambição... Qualquer uma, por exemplo, a de se tornar eterno por ter "salvo" a humanidade, ou lhe mostrar os caminhos!E quem disse que ambição não passa pela vaidade?




® Rui Rodrigues.  

domingo, 27 de setembro de 2015

O velho das águas.


Não se pode fugir do silêncio do nada. É preciso ir ao seu encontro, aninhar-se na escuridão, escutar e ver com os ouvidos e os olhos da alma. Então o velho procurou nos livros que leu. Todos os livros são sagrados, porque sua origem é sagrada. Não fez Deus o homem – e a mulher – á sua imagem? E não são estes que escreveram os livros? E o velho assim fez. Cercou-se do silêncio, abriu todos os livros que tinha lido e deles juntou algumas idéias porque o todo lhe é impossível e a ninguém possível, senão seria Deus. E entendeu ouviu e viu uma parte do todo que define a totalidade. Já era alguma coisa. E viu um tímido quanta de luz correr célere pelo nada e era só o começo. Precisava de luz.   

1.  Do Gênesis


Primeiro viu o animal, e quando chegou ao fim, lá estava o animal evoluído agora quase imberbe, vestido, refinado, com alguma educação. O animal agora tinha mais conhecimento, andava em duas pernas e não em quatro patas e podia até corrigir a obra de Deus, e o velho se perguntou se alguma vez existira esse Deus. Porque corrigir algo neste mundo ou permitir que o façam, se Deus é Deus e tudo que fez foi definitivo e perfeito como os astros e as coisas e corpos que vemos? Não houvera tantos deuses, todos diferentes, alguns parecidos entre si e uns poucos quase gêmeos, um que se divide em três e ressuscitou? Onde andará esse, que para desaparecer, melhor não tivesse ressuscitado, que não se pode ser Deus apenas naquele tempo quando as cidades ainda floresciam. E se perguntou porque acreditavam os fiéis, e a resposta foi “a fé!”. Então se lembrou que por fé tinham afirmado muitas coisas. Afirmaram que a Terra era como uma bolacha sustentada por tartarugas, que o Sol girava em torno da Terra, e continuam afirmando porque a fé tem que ser cega. E surda, mas não muda. A fé tem que ser propagada. Porque propagam a fé não importa, mas o velho se perguntou porque acreditam “por fé”, e porque crêem se não por tolice, que saber não sabem de nada, nem uns nem outros. Os que sabem não acreditam, não porque não tenham fé, mas porque não há comprovação e são muitos os deuses que se entendem por este mundo, cada um como cada qual o interpreta e teriam que escolher um, porque não pode haver dois. Qual escolher? O mais forte, o mais inteligente, o mais bondoso, qual tem todos e os melhores predicados? Então proíbem os livros que falam de outros deuses? Acaso é tão fraca a fé? Onde o homem – e a mulher – se perderam então, se aquilo em que tinham fé se desdobrou em erros?



2.  A perdição.    



Olhando mais ao fundo da escuridão, o velho viu o nascimento da Terra, ígnea, o choque de um asteróide, o nascimento da Lua, e viu que por bom tempo o caos reinou sobre a Terra até que o homem se fizesse. Mas agora já conhecia um pouco do homem e as trevas não eram tão escuras. E já não via um homem e uma mulher e viu uma porção, depois uma tribo, muitas tribos, nações, e, desde uma porção até uma nação, havia obediência. Obediência ao mais forte primeiro, depois ao mais forte de justiça imediata e ao mais forte na fé do além de justiça a qualquer tempo, que já eram dois. Este fazia justiça com raios, inundações, vulcões, tornados, terras que desmoronavam, secas, com feras e por vezes com doenças terríveis das quais poucos se salvavam, a maioria morria.E isso era de sua intermediação com Deus. Então o velho sentiu o medo. A existir Deus, nele havia bipolaridade. Não tinha Deus se arrependido e afogado toda a humanidade menos a de uma arca com todos os animais? Porque razão não se separaram os peixes? Não seria justo que a humanidade pecadora tivesse sido exterminada de outra forma – e não pela água - para que todos os animais, incluindo os marinhos, tivessem que ser salvos? Não, não. O velho não estava questionando Deus, que nem sabia qual o verdadeiro de tantos que eram e são. O que ele questionava era a lógica, assim como a da bolacha Terra sustentada por tartarugas, em busca da perfeição de Deus. Não tem Deus que ser perfeito? Mas se é perfeito, porque existe a evolução? Então o velho pensou que a evolução é obra de Deus. E se tudo evolui, os livros têm que ser revistos para que reflitam a Verdade: Deus não fez. Deus mandou suas leis fazerem e desapareceu ou se esconde em outras águas para lá das que se vêem. Pois que a “verdade” é uma atribuição divina. Só um Deus sabe toda a verdade e é verdadeiro, e a natureza do universo se corrige segundo as leis da evolução. Mas isto não fazia sentido para o velho. Onde o homem e a mulher se tinham perdido? No Dilúvio? Não. Foi depois. Isso ele podia saber, porque foi muito mais tarde, depois que tudo parecia imutável, que as nações se encheram de humanidade. O homem se perdeu no medo e na ambição, logo que foram largados os machados de pedra que todos tinham, e se criaram os exércitos que dominavam pelos metais, pela pólvora, pelo medo, por conta da ambição. Deus não é o Senhor dos Exércitos. Isso o velho tinha percebido, porque está na história que não importa qual o Deus, exércitos sempre perdem pelo tempo. E o velho viu que se fez mais luz nas trevas, e já ouvia sons desde os do vento aos dos exércitos. Nas escolas não eram todos que aprendiam, que se fossem, quem faria o trabalho mais vil? Então não se pode ter um mundo só de pobres nem só de ricos, nem só de ignorantes, nem só de cultos. Não faria sentido. E o velho entendeu que a política com os exércitos fazem uma associação letal. A perdição veio antes de terem feito as primeiras moedas. Então as moedas já podiam ser inventadas porque a humanidade já estava quase domada a caminho da perdição. 


3.  A quinta água.



E Deus criara as águas e as separou, e eram três, uma superior leve que era o ar, outra mais embaixo e mais pesada que era a água, e a terceira era a Terra, a mais pesada de todas. Aos poucos a quarta água apareceu em todo o seu tranqüilizante esplendor verde. E logo depois a quinta água. E o velho viu bem quando aquilo que era apenas homem e mulher passou a nações, e já perto do fim, se transformou num mar de carne ávido por conhecimento, comida, roupas, saúde, casa e moedas. Não tinha Deus então construído uma Terra com a quantidade certa de todas as águas onde já se podia voar, navegar e transitar? E quanto mais o mar de carne precisava comer, mais se deteriorava o mar verde vegetal e se substituía por vegetais ralos, mais se poluía a água das águas, e a terra evoluiu mais uma vez, mas não por si. Foi porque a mudaram e o velho entendeu. Fazia as contas, mas o balanço não fechava, porque quanto mais se criavam condições, mais o mar de carne aumentava, e sobrevinha a fome, não havia comida para todos, nem saúde, nem segurança, e toda a civilização que haviam construído estava ameaçada de ruína, porque as fronteiras se romperam, e de onde as condições eram piores, vieram em ondas para dividir o que tinham por muitos mais, ou desbastar ainda mais as águas verdes, as águas do mar, poluir o ar, para produzir mais alimento. Assim como um buraco, do qual quanta mais terra se tira, maior fica. Essas nações, das que viviam melhor, entenderam a ciência e a usaram. Tiveram menos crias, desenvolveram a tecnologia para produzir mais com menos gente. Sentiu o velho que era uma nova era das trevas, um retrocesso. À sua volta, o mar de carne crescia sem ter o que comer, onde trabalhar, o que produzir. Pensou em sair do silêncio do nada, que já não era tanto, mas não o fez. Quem o ouviria numa época em que já não havia profetas para convencer pela fé, e os que sabiam de ciência não podiam vencer os que se apoiavam nos exércitos para suportar sua ambição? 



Então o velho enrijeceu os músculos, levantou-se e ficou despreocupado. Não podiam culpá-lo por não poder lutar contra exércitos, contra a ambição, contra o medo.Um dia todas as águas se juntariam, e seria a volta do caos, em meio de troares horrendos, calor, frio, inundações, terremotos, vulcões, e muitos esqueletos secos, expostos ás areias trazidas pelos ventos. E talvez não sobrasse nem um homem e nem uma mulher.

4.  A profecia.


Não eram os religiosos que expunham os bem sucedidos aos outros e entre aqueles se faziam acolher, para dizerem: Eis que Deus os ajudou e prosperaram? Quantos entre milhares, milhões, bilhões prosperaram? Pois que não fizeram as contas, e por não entenderem, quiseram prosperar como se fosse fácil a Deus que lhes seria fiel apenas pela fé. Deles viviam os imediatistas, ambiciosos senhores dos exércitos. Antes tiravam a vida, depois as moedas. Agora não precisam tirar-lhes a vida, porque basta tirar-lhes as moedas. A mesma fé entre todas as religiões, os mesmos templos em que mudava a arquitetura e o Deus. Então mostraram doentes que disseram estar curados e lhes disseram: Dá o teu testemunho. E logo apareceram tantos testemunhos, que por fé se convenceram os outros que era melhor pagar aos dos templos do que aos médicos. Da mesa tiravam o que comer para se vestirem o melhor que podiam. E tiravam eles da educação e de tudo o que precisavam para assistir a tocadores de instrumentos, ir a bailes, pagar adereços e pinturas, alegria, alegria, alegria. O sofrimento advinha no trabalho mesmo quando não lhes era disponibilizado. E drogas, pelo desânimo de seguir lutando. De lutar contra um mar de carne que parece ter o que eles não têm, que se locomovem em máquinas que poluem, consumindo produtos que poluem e desbastam e destroem todas as águas e o velho viu a luz que se fez num estalo, do nada... O mar de carne teria que regredir, deixar as águas se limparem e se voltarem a espalhar pela Terra. E se o mar de carne não o fizesse, a natureza, que não conhece Deus, o faria. Então disse a outro velho: Vai e conta-lhes! Que se preparem, porque a cada dia a vida lhes será mais difícil se não se prepararam para enfrentar as dificuldades. Que não deixem para Deus a tarefa de os salvar que nem exércitos salvou antes. Eles, os que mandam, sabiam e não o fizeram. Se perguntarem se ainda há tempo, diz-lhes que na dúvida, o haverá, com soluções para hoje, que quanto mais adiarem o amanhã, mais impossível parecerá e será. Boas palavras de conforto não resolvem. O que resolve é a crítica nua dura e crua.


E o velho se recolheu á caverna não se sabe por quanto tempo. Mas não durará até que as águas se voltem a unir: A natureza que mata para que outros possam viver, se equivocou. Sempre nasceram mais do que os que morrem. E a quinta água, a da carne, herdou a Terra. Herdou, mas não cabe toda. Herdou demasiado por ser imediatista, ambiciosa, medrosa, e se perder na fé. “Há que cuidar preferencialmente deste mundo”, disse o velho, do lado de lá, dos fundos da caverna.


® Rui Rodrigues.   

Brincando com besouros antes da grande fuga.


Uma das grandes agonias da humanidade – é realmente uma agonia – reside na preocupação sobre “nossa vida” após a morte. Este campo do conhecimento humano é pantanoso, produto de ciência e fé. Quem se arrisca a escrever encontra apoio em qualquer um dos lados, e críticas também. Os livros da fé e da ciência não se negam, mas não passam atestado um ao outro. Para a fé, basta um sopro de vento para se acreditar que “foi um sinal”. Para a ciência o sopro não basta. Para mim, amante da ciência, mas não sem fé, sou cheio de dúvidas. Se eu soubesse mais, talvez pensasse diferente, mas não poderia aprender mais de um lado do que do outro, e há limites para a fé e para a ciência. Por enquanto!...
Neste texto não procurarei fazer citações a respeito de Freud ou algum outro estudioso da “psique” humana ou animal, nem de livros religiosos. De ambos os campos já li bastantes. Dirão que ler não é suficiente, é certo, mas sempre procurei entender. Foi essa a minha intenção, a de entender, quando os li.

Será possível sentir algo depois da morte?

1.  A Infância da vida.



Quando somos crianças tentamos aprender o mundo que nos rodeia. Fazemos todo o tipo de experiências. Vemos as pessoas se moverem de um lado para o outro e ainda engatinhamos. Tudo se move até pelo vento. Uma coisa estranha para nós. 
- Rui!...- Gritou minha mãe – Não mates o bichinho que não te fez mal nenhum...
O pequeno besouro brilhante já estava de patas para o ar. Com o mesmo dedo com que o virei de costas, o desvirei e ele seguiu seu caminho. Nem pensei na época, se o besouro falava alguma língua desconhecida, me agradeceu (ou a minha mãe) e eu não o ouvi. Besouros, por causa do tamanho, deveriam falar muito baixinho ou em língua diferente daquelas que pessoas estrangeiras costumavam falar. Fiquei feliz ao ver o besouro se afastar. Quis compensá-lo pela perda de tempo, peguei-o novamente e o coloquei uns metros adiante na direção em que ia. O besouro parou por uns momentos como que perdido. Depois caminhou em outra direção. Eu também não sabia o que fazer a seguir. Não tinha um “programa” definido. Assim guiei meus passos para perto de minha mãe e lhe fiz perguntas que não teriam respostas satisfatórias. Isso foi há muitas décadas, quase sete... Havia um grande caminho até encontrar pessoas que me dessem respostas certas que fizesse sentido, isto é, que eu aceitasse. Eu e minha mãe éramos dois besouros humanos enormes e os sacerdotes não poderiam nos ensinar o que queríamos saber...Eles se preocupam com outras coisas que se podem aprender em casa ou nos estabelecimentos de ensino.



2.  O aprendizado.


Levei um peteleco de meu pai porque achei cinquenta centavos com os quais poderia comprar meia dúzia de rebuçados que o pai de meu amigo Mário, dono do pequeno armazém da vila, me vendeu abaixo do custo por amizade que não percebi. Meu pai disse-me que todo o dinheiro da família era usado de forma comunitária, e que antes de gastá-lo deveria ter-lhe perguntado. Além do mais, se alguém perdeu essa moeda não era minha. Ninguém joga dinheiro fora. Quando ele precisou dinheiro emprestado, ninguém lhe emprestou. Teve que trabalhar duro para comprar as passagens para a oportunidade de um lugar onde houvesse trabalho mais bem remunerado. Depois achei Deus esquisito porque proibia um montão de coisas boas, e permitia outro montão de coisas ruins. Pessoas, mesmo de família, sempre diziam que Deus “não gostava” disso ou daquilo. Os padres diziam que masturbação era coisa feia, mas um já tinha sido afastado da paróquia da vila por molestar crianças do catecismo [1]. E Deus tão poderoso que tinha feito o universo, separado as águas, construído o planeta terra, permitia pobreza, indecências, roubos, assassinatos, guerras e misérias sem fim. Não era possível que Deus se tivesse interessado apenas em construir mundos e não zelasse por sua obra. Concluí que Deus tinha feito a construção, se cansara e se fora para todo o sempre, porque durante toda a minha vida nunca vi Deus aparecer neste mundo para corrigir alguma coisa. Entregues á própria sorte e ao livre arbítrio, foi a minha conclusão baseada na percepção do tudo o que via e sentia. A melhor forma de viver bem seria não fazer mal aos outros para que não me fizessem mal também. Melhor ainda, se pudesse fazer bem aos outros, talvez eles me fizessem bem também, mas pela experiência que meu pai me passou, parece que a segunda via não funciona direito. Podemos fazer o bem numa sociedade sem professarmos esta ou aquela religião. Dei então, certo dia, meu aprendizado como aceitável, mas não concluído, lá pelos 28 anos. Casei e tive dois filhos maravilhosos. Mas ainda faltava uma questão: Como nos salvarmos?   



3.  A única espécie ainda viva no Planeta que pode salvar.



É fácil concluir, para qualquer criancinha ou adulto, principalmente entre os mais desvalidos, duas coisas que são muito importantes: 1 - Que há uma vida depois desta, onde se fará justiça porque esta é injusta, e onde tudo se compensará. Deus é justo!... (Mas pelos vistos somente seria possível lá na outra tal vida, porque nesta não é nada justo); 2- Que o comunismo ou o socialismo podem tornar todos os homens e mulheres iguais (mas onde foi usado o comunismo não funcionou e foi uma desgraceira de mortes, pobreza, e sucumbiu. Quanto ao socialismo, ele funciona – mal, mas funciona – no interior de fronteiras. Um mundo socializado é como o comunismo. As invasões de migrantes na Europa vão provar que ao não haver nações ricas, todas serão pobres). Ninguém se iluda: Num país sem ricos, a ambição muda de rumo do dinheiro para os benefícios. Disputa-se uma maçã, um cargo público, qualquer coisa.



Tenho hoje a forte impressão que somos uma espécie que apareceu num planeta girando num universo á deriva. Andrômeda é uma galáxia igual á nossa que se aproxima de nós. Será a extinção para quase toda a vida das duas galáxias. Então, temos que primeiro, sair deste planeta, de forma que todos possamos sair e não apenas os “protegidos” de sistemas ou religiões, e depois sair de nossa galáxia em direção a alguma outra que não se esteja aproximando... Ora isto significa que temos que ter muita pressa. A cada dia a galáxia para onde se poderá fugir fica ainda mais longe. Para quem não se interessa pela humanidade e apenas tem interesse em passar “bem” sua estadia neste mundo, minhas preocupações não têm o mínimo sentido. São pessoas imediatistas, e não são “castigadas” por isso. Nem eu por lhes ser contrário.  As igrejas, por exemplo, arrecadam doações, são ricas, apregoam o desprendimento dos bens materiais, mas continuam ricas. Isto coloca ainda mais á deriva a nossa humanidade que não tem nem plano “A” nem plano “B” para uma convivência construtiva no sentido de tornar este planeta confortavelmente habitável e gastar a grande energia e inteligência humanas em preparar a GRANDE FUGA. Não há "canjas" nem "almoços grátis" suficientes para todos neste mundo. O relacionamento humano e baseado em trocas. Cuidado com os que te pedem - ou exigem -dinheiro e não te dão nada que seja comparado com o valor que deste.     



4.  A Grande Fuga.


Se conseguíssemos eliminar a política – vamos imaginar que sim, só para simplificar – e apenas as religiões governassem o mundo, teríamos lutas terríveis. Cada fiel acha que sua religião é a melhor, e sem política, não há conversa nem freios. Acenar com outro mundo melhor depois de mortos, em vez da convivência pacífica, é desviar a humanidade, os povos, da sua razão da vida e para a qual foram feitos: Viver aqui, no planeta, da melhor forma possível, a sua própria vida como achar melhor que é para si. Isto envolve um pensamento comunitário: Entregue a egoísmos, cada egoísta lutará para manter seu egoísmo, que é como uma droga. Não há religião nem política que mude isto. Somos assim. Só a lei e sua aplicação e controle corretos podem corrigir.



Para a grande fuga, é preciso que se pense com muita propriedade, objetivamente e com determinação. Não temos muito tempo, porque as viagens espaciais demoram muito tempo pelas distancias interestelares e galácticas. É preciso enviar sondas, equipamentos, pessoas, preparar o terreno para o recebimento, e levar a humanidade para lá. É um trabalho hercúleo que poderia regenerar e modificar a economia mundial, mas que tem que ser feito em etapas. Uma viagem a Alfa de Centauro que está a apenas 4 anos luz, duraria 80.000 anos – só de ida - á velocidade atual de nossas naves. Hoje estamos preocupados com industrias que visam o consumo e a guerra. Nosso consumo não se prejudicaria se a economia fosse voltada para o espaço exterior. Pelo contrário, teria crescimento fantástico. Mas cuidado... Não podemos ser tantos. Temos que reduzir a população mundial para caberem todos nas naves, e para isso o mundo em que vivemos deve ser reformado e ter outro sentido de vida. Tentar acomodar cada vez mais gente neste planeta, em vez de melhorar a qualidade de vida, é um erro de bondade extrema que nos pode causar a extinção. Este não é um pensamento egoísta. É uma realidade da ciência. Não é preciso matar. Basta controlar a natalidade de forma adequada pela educação. 



Que haja paz entre os seres humanos, que o planeta seja agradável a todos, que a vida seja uma bela estadia, e que trabalhemos para a salvação da humanidade. A salvação está na fuga. Na GRANDE FUGA!... E não pensem que o tempo que temos é eterno e que devemos deixar esse problema para as gerações futuras. Se bobearmos, a partir de algum momento no futuro elas não terão tempo algum... Aqui vivemos, cuidemos primeiro do lugar onde vivemos e de nossas vidas agora. Depois da morte é outra história. Nem temos certeza se quem morreu ainda raciocina, coisa difícil com os miolos comidos pelos besouros e vermes da natureza. Quanto á “alma”, suspeita-se que esteja no DNA e nos nossos miolos. Quanto aos besouros, como têm asas, não sentiriam "vontade de voar". Não teriam necessidade de foguetes. 


® Rui Rodrigues









[1] Fornelos, Trás-o-Montes, Portugal,  nos anos quarenta, cinqüenta. 

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Quem são eles? - Um ensaio sobre Snowden e Assange.



1.  Simpatias e repulsas

Nós, humanos, somos seres dotados de uma inteligência estranha. Normalmente nos guiamos por atos imediatos para nos classificarmos uns aos outros, e, alem disso, de nos adjetivarmos, ora guiados pelo raciocínio ora pelo instinto. Em função disso nos apoiamos uns aos outros, ou nos rejeitamos. Nações, religiões, clubes esportivos, instituições, são grupos de linhas de pensamento ou de simpatia que tanto nos podem separar quanto unir. Nós somos todos assim, com maior ou menor ambição, maior ou menor capacidade, maior ou menor fé. E somos competitivos. Todos gostamos de ganhar, e mesmo quando isso não interessa, ninguém gosta de perder. Porém, nada mais nos separa ou une mais do que a “guerra” ou a hipótese de que possa vir a acontecer. Nosso problema, como nação, é que raramente sabemos onde pode começar uma. Nosso temor por guerras é de tal ordem que mesmo com a verdade á frente de nossos olhos, sempre tentamos evitá-las. A mais triste notícia histórica que temos desta demora em tomar atitudes, aconteceu alguns anos antes de Hitler tomar o poder – até de forma democrática – na Alemanha. Nossa esperança de evitar uma guerra se estendeu até 1939, quando Hitler já estava demasiadamente forte. A guerra se tornou cruel, altamente letal, destruidora. Podemos ter certeza que tanto os serviços de inteligência quanto as forças armadas de todas as nações do mundo devem ter jurado que uma guerra assim, da noite para o dia, deflagrada sem aviso prévio, jamais voltaria a acontecer. A Organização das Nações Unidas parece hoje um enorme elefante branco. 
 

2.  Paranóia ou Realidade?

Podemos entrevistar qualquer pessoa na rua, em alguma instituição que não seja das forças armadas ou da inteligência, sobre a possibilidade de uma guerra mundial ou de ataque a grande potência, que a resposta será negativa. Quando muito, como já houve muitas, dirão que é possível, mas se perguntarmos: - Acredita realmente que estejamos na eminência de uma? – Dirão que não! Ninguém acredita numa terceira guerra mundial nos tempos modernos. Que países devem temê-la? As que têm grandes territórios e grandes economias e as que são medianas. As demais podem alegar sempre a neutralidade até serem eventualmente invadidas. Mas, a ser possível, que nações as poderiam deflagrar?
Uma guerra mundial somente poderia ser deflagrada nos dias atuais por nações com armas atômicas dirigidas por algum presidente ou rei, ou chefe supremo das forças armadas que fosse suficientemente desequilibrado para fazê-lo, e temos alguns candidatos. Há que descartar, porém, os que usam a “bazofia” para conseguir uma ou outra pequena vantagem. Recentemente tivemos o senhor Tsipras que queria uma indenização de guerra da Alemanha para pagar as dívidas do governo da Grécia que não soube gerir as verbas públicas; o senhor Quim II da Coréia do Norte que ameaça sempre em lançar mísseis sobre o mundo ocidental; O senhor Putín que invadiu a Criméia e já andou invadindo a Geórgia; A China costuma ameaçar a respeito de zonas de influência como na disputa de uma ilha com o Japão, mas de modo geral não tem demonstrado a belicosidade russa, nem de longe. E há os grupos extremistas que depois do “Hamas” e da “Al-Qaeda” proliferaram. Seu crescimento tem aumentado depois do 11 de setembro, quando os EUA mostraram uma eventual fragilidade, culminando no atual Estado Islâmico. Afora isso, as disputas se resumem a revoluções internas, ou a um ou outro país sem projeção mundial. Mas o perigo existe. Não é paranóia. É realidade. A humanidade estará sempre em guerra.  


3.  O Rebanho de Hackers.



Como se move um exército, uma flotilha, uma força aérea? Isto é o que todo o general, almirante ou brigadeiro gostaria de conhecer antes de uma batalha com força inimiga: Quantas unidades e de que tipo, qual o poderio de fogo, a velocidade de deslocamento, e o moral das tropas. E devem proteger suas próprias forças mantendo-as ocultas da inteligência inimiga tanto quanto puderem. Por outro lado forças que não se comunicarem não se desenvolvem bem, a contento como programado, no terreno, no mar ou nos ares. E a velocidade de informação é fundamental para rever táticas e movimentos. 
Foi assim que nos primeiros tempos de guerra as mensagens viajavam a cavalo, depois com pombos correio, mais tarde ainda com radares e agora com satélites de informação. E há os códigos que não deveriam ser decifrados, mas que são porque para todo o veneno tem que ser descoberto o antídoto. Aconteceu com a máquina "enigma" alemã que codificava mensagens. Uns dizem que foi o inglês Alan Turing quem conseguiu descodificá-la, outros que foi no Central polonesa de deciframento, a "Polish Cipher Bureau". Como descobrir o que se tenta encobrir e manter em segredo? É aí que entram os espiões de campo, e os espiões de gabinete, estes sentados em frente a enormes computadores decifrando mensagens dos “inimigos” em potencial, aprimorando os próprios códigos de informação. Entre estes, estão os Hackers que se infiltram em programas, empresas, segredos de Estado.



4.  Snowden e Assange – Mocinhos ou parte de um esquema?


Bin Laden que dizem ter fundado a Al-Qaeda, fugiu, escondeu-se por um bom tempo. Foi apanhado, se é que existiu mesmo (parece que sim) e executado. 
Com tantos satélites dotados de câmaras potentíssimas acima de nossas cabeças poderíamos dizer que não há lugar onde alguém se possa esconder por muito tempo neste mundo. Dizem que vivia pacatamente como se ninguém o conhecesse de frente para uma construção militar no Paquistão, no meio de seus inimigos. Estaria sendo protegido, o homem das fotos não era o verdadeiro terrorista? ou realmente ninguém o percebeu? Não importa. O que importa é que, real ou ficticiamente, Bin Laden já não existe. Assange e Snowden existem. Não andam por aí escondidos onde ninguém os pode ver. Edward Snowden vive na Rússia, Julian Assange vive na Embaixada do Equador em Londres como se vivesse numa exígua estação espacial transformada em asilo político.


Assange, um australiano, com dupla nacionalidade na Suécia, foi acusado de estupro e abuso sexual na Suécia. Assange nega. Não é esse o ponto deste artigo. É o fundador do Wikileaks, uma organização que coleta informações e as divulga. Estas informações estão relacionadas com corrupção e abusos de poder. Ele se julga a si mesmo como libertário.
Snowden está na mesma linha de Assange. Trabalhou para a CIA e a NSA americanas e denunciou a vigilância americana sobre comunicações pessoais ao redor do globo.


Tanto Assange quanto Snowden aparentam ser “pessoas não gratas” aos governos ocidentais, mas têm atualmente liberdade para agir. Se apanhados terão prisão perpetua ao que tudo indica. Mas porque não são apanhados?
Provavelmente porque “servem” ao sistema de forma direta, como membros de alguma organização agindo a mando, ou de forma indireta, sem ligações, porque os seus serviços atendem “necessidades”. Tanto podem apanhar gente das próprias fileiras, como oficiais, espiões, contra-espiões, corruptos do ou com o governo, ou gente estranha, como pessoal do Estado Islâmico, Boko-Haram, e outros.

Mata-Hari, Eli Cohen, Kim Philby, Juan Pujol, Valerie Plame, Josephine Baker, Virginia Hall, Klaus Fuchs, Robert Philip Hanssen, Dussan Popov, famosos espiões do passado, se vivessem hoje e fossem experts em computadores, talvez não prestassem o serviço que Assange e Snowden já prestaram. E quem pode jurar que estes dois não sejam elementos “perseguidos” para serem bem aceitos pelo “inimigo”, ou por quem possa delatar inimigos?

® Rui Rodrigues  
      

     

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

As admiráveis baleias!


Há três países que ainda caçam baleias: Japão, Noruega e Islândia. Para eles o recado abaixo:
“Caçar baleias é um ato deplorável e vergonhoso para a humanidade”.
- 捕鯨は、人類のために嘆かわしいと恥ずべき行為です。
- Hvalfangst er en beklagelig og skammelig handling for menneskeheten.
- Hvalveiðar eru deplorable og skammarlegt athöfn fyrir mannkynið.


Minha formação universitária se limita ao campo da Engenharia, porém, desde o primário que não desgrudo dos livros de todas as demais ciências por querer entender o mundo ao qual me trouxeram. Seria uma idiotice de minha parte viver num mundo sem o conhecer, vivendo apenas por viver. Por isso, depois de estudar as obras de Darwin e Jay Gould á mistura com Freud e Carl Jung, e uma porção de outros estudiosos, creio profundamente numa mais que “memória genética”:Na “Inteligência genética”, que faz com que os genes aprendam a adaptar-se às mudanças climáticas e ás alterações do Ambiente em maior ou menor grau de inteligência [1]. Segundo esta minha teoria, há um tipo de inteligência nos genes que permite reconhecer as alterações do ambiente e provocar uma adaptação. Lenta, certamente.   

A Teoria de Darwin mostra a cada dia que está no rumo certo. As espécies evoluem, o que estiver adaptado ás mudanças da natureza sobrevive, o que não, se extingue, mas temos vários e grandes problemas. Um deles é que espécies extintas não têm condições de voltar a existir, porque mesmo que fossem reproduzidas geneticamente em laboratório, descendentes sem trocas genéticas tendem á extinção por degeneração dos genes. Outro problema, é que normalmente as espécies se extinguem por que o Ambiente mudou. Trazê-las de volta, a ser possível, não resolveria o problema a não ser que as mantivéssemos em redomas de Ambiente adequado, ou seja, como era antes de se extinguirem, porque em caso contrário se extinguiriam novamente. As espécies podem parar no tempo, mas a natureza seguirá adiante sem se importar com quem fica. Olhe-se para trás nos arquivos da paleontologia e se constatará.
Evoluir juntamente com as alterações do ambiente não é tarefa fácil, embora este mude normalmente muito devagar. O problema das espécies é que evoluem ainda mais devagar do que o ambiente, e quando as condições se tornam adversas, não há mais condições para viverem, e o tempo para a adaptação se esgotou. Mas há uma exceção fantástica. São as baleias.    

Toda a vida na Terra se originou [2]há cerca de quatro bilhões de anos na água, uma época em que os dias duravam cerca de dez horas, a Lua bem mais perto do que está hoje. Foram as marés que proporcionaram á vida marinha a diversificação, o aparecimento de florestas, o surgimento de animais que se adaptavam da vida marinha á vida terrestre, porque sobre a terra encontravam alimento. Destes animais teria surgido há 48 milhões de anos o Indohyus [3], um mamífero que para fugir a predadores se foi habituando á vida na água. Este processo de transformação durou milhões de anos.


Então apareceu esta espécie nefasta chamada “nós”. Eu também, até porque já fui um predador [4] bem idiota. Embora o Homo “Sapiens” sempre tenha provocado a extinção de espécies, e tenha o mérito ainda que duvidoso de ter preservado outras – para criação – o fato é que com os descobrimentos o homem pisou em continentes munido de armas de fogo e de uma ignorância sobre a natureza a toda a prova. Extinguiu [5] dentre muitas outras espécies o Dodô (em 1681), o Tigre da Tasmânia (1936), a foca monge do caribe (em 1932) e o periquito das Seychelles (em 1.900). Podemos entender a ignorância desses tempos e por isso devemos também entender que não se possa mais admitir nos tempos atuais que exista a caça á baleia, por exemplo, animais em extinção. 


O Japão que defende a caça destes cetáceos para fins de estudo, acaso já fez o estudo do genoma das baleias que caçou? Não temos notícias sobre esse “feito científico”. Parece muito mais uma desculpa para comerciar carne de baleia do que para “altos” estudos do ambiente e da vida na Terra. Acaso os chineses já pararam de comer chifre de rinoceronte em pó crentes que se trata de um afrodisíaco, ou mãos de chimpanzés? Que organismo decente mundial se dispõe a enfrentar nações armadas de armas e mercados econômicos? Que porcaria de moralidade é esta em que vivemos? Que políticos indecentes governam este mundo? Porque os elegemos?


Há uma resposta para estas questões, diminuindo o poder dos políticos, com o poder de lhes retirarmos o voto dado. Nosso mundo é muito mais importante do que os interesses pessoais ou particulares de indivíduos, empresas, ou governos. Ou pelo menos deveria ser. Há que mudar a educação nas escolas, revisar nossos conceitos de moral, de ética, e nos voltarmos para o interesse comum da preservação de nosso ambiente, da natureza em que vivemos. 
Veja como mudar o mundo, sob esta perspectiva em http://conscienciademocrata.no.comunidades.net/

® Rui Rodrigues  





[1] Seria o caso das baleias, que de peixes com guelras evoluíram para mamíferos terrestres, e destes para mamíferos marinhos de volta ao ambiente marinho. Não fosse a ação humana, elas teriam acertado em cheio, porque os grandes mamíferos terrestres se extinguiram. Esta minha teoria não invalida as de Darwin nem as críticas de Jay Gould.
[2] Pode ter sido através de descargas elétricas de raios em meio a uma sopa primordial, ou por simples raios de luz que incidiram sobre moléculas orgânicas (esta teoria é reforçada pelo fato de os seres vivos só processarem alimentos dextrógiros, isto é, que desviam a luz polarizada para a direita).
[3] Descoberto o fóssil em Cachemira. Segundo o chefe da pesquisa, professor Hans Thewissen, do Departamento de Anatomia do Colégio de Medicina da Universidade Northeastern de Ohio, Estados Unidos.
[4] Andei praticando caça “esportiva” em Minas Gerais e Rio Grande do Sul nos tempos em que isso era “bacana”, e as “caturritas” e pombos da mata eram detestados por comerem milho e soja. Eu me julgava um espantalho atirador. Não acertei um cervo em Minas por pura sorte. Meã Culpa, que a natureza, os leitores, e minha família me perdoem.  Eu tinha a obrigação de saber que isso era errado.
[5] Se procurarem na Net ou em livros específicos ficarão aterrorizados com a quantidade de espécies extintas pela ação do homo Sapiens. Pior ainda, sem termos aprendido com elas através de seu comportamento e genética de adaptação. Algumas nos poderiam ter dado pistas para cura de doenças, imunidade, etc.