Evolução humana - Como seremos em 2.500
DC
Há cerca de dois milhões de
anos atrás, nossos ancestrais machos tinham cerca de 130 a 144 cm, e as fêmeas
cerca de 70% da altura. Hoje, a média é de 175 para os machos e para as fêmeas
a porcentagem da diferença subiu para cerca de 92%. As mulheres estão ficando
cada vez mais altas. Por volta de 2.500 CD
poderemos chegar a uma altura média masculina de 190 e a diferença para as
mulheres de apenas 95%.
Sabemos que o meio cria
resistências ao crescimento das espécies, principalmente pela falta de recursos
para manter esse crescimento. Apesar disso, em 8.000 AC, a população mundial era
de cerca de cinco milhões. Hoje, em 2012, somos já cerca de 7,5 bilhões. A ONU
prevê para 2050 a marca de 15 bilhões de seres humanos se a curva de
crescimento se mantiver. Da mesma forma, poderemos chegar a 2.500 com o planeta
completamente cheio de gente, ombro a ombro, ocupando todo o planeta. Mesmo
concentrando-se a população no entorno das cidades e criando-se a cada dia mais
edifícios gigantescos com centenas de metros de altura, sobrará muito pouco
campo para cultivar e criar vida para consumo. Faltará água, principalmente. Nas ruas circularão automóveis que não poluem, mas nem todos poderão acessar todas as ruas de uma cidade, porque o trãnsito dificil consome tempo precioso para um conforto questionável de ter uma atuomóvel. O mundo que no inicio da humaniade parecia imenso, é agora um lugar demasiado pequeno e restrito, e em breve, em vez de acolher, irá agredir as sociedades humanas. Nosso "lar", este planeta, pode tornar-se um inferno.
Enquanto por volta de 8000
AC a vida média de um ser humano era de cerca de 30 anos, hoje a esperança
média de vida atinge os 80 anos nos países mais desenvolvidos. Espera-se para
2.500 DC uma esperança de vida de 120 anos, com a cura de doenças como o
câncer, o Alzheimer e outras doenças, com as correspondentes vacinas.
Parece assim que buscamos a
longevidade por um lado, mas que por outro não teremos recursos para que todos
possam atingir esse estágio de vida. Existem alguns recursos que não poderão
estar ao alcance de todos nós. O que separa os que os podem ter dos que os não
podem, é a capacidade de ter dinheiro para comprar os recursos. O capital
torna-se assim o bem e o mal dependendo de quem o tem e de quem o não pode ter.
Nossas sociedades se dividem, face à sua postura e capacidade financeira de
sobrevivência, em grupos:
1- Os que têm capacidade para gerar dinheiro e se
aplicam nessa função;
2- Os que não se importam com isso;
3- Os que não têm essa capacidade;
4- Os que, tendo ou não essa capacidade matam e roubam
para consegui-lo;
Diremos que o mundo sempre
foi assim. É verdade. Mas o aumento populacional e as diferenças sociais e de
perfil dos seres humanos, cria grandes problemas que há 10.000 anos atrás não
eram problema. Refiro-me especificamente à segurança. Enquanto há 10.000 anos
atrás existiam cerca de cinco soldados para cada ladrão ou criminoso, em 2500
DC teremos uma população a ser “controlada” de alguns bilhões, e isso é
demasiado para a administração das nações, quer em manter uma força de combate
ao crime com todos os recursos necessários, quer em construir áreas de
segurança com presídios para conter essa população. Como tudo se paga,
inclusivamente a educação, cada vez haverá mais ignorantes e analfabetos no mundo.
A solução não parece ser criar forças da
lei, nem relaxar a leis, e construir presídios, mas educar, tornar a educação
acessível a todos os cidadãos.
A água potável, talvez o
primeiro recurso vital a ser esgotado no planeta, não poderá ser vendida, mas
distribuída por cotas. É urgente que se socializem as sociedades, sob pena de
perecermos nas mãos dos que assaltam e não têm tendência alguma para produzir e
construir. Nossas sociedades familiares, nacionais, mundiais, não podem chegar
a 2.400 DC pensando que podem resolver o problema. Estes tipos de problema têm
obrigatoriamente que ser resolvidos desde cedo, desde agora, para que haja
tempo suficiente de adaptação para as necessidades. Os recursos deste planeta
são severamente limitados e estamos atingindo rapidamente os nossos limite de
crescer. A história nos diz que quando faltam recursos se declaram guerras.
Temos que ser mais inteligentes do que os nossos antepassados, sob pena de
concluirmos que não estamos fazendo os nossos trabalhos de casa. Não se podem
permitir ladrões espertos no governo que se elegem para tirar as suas próprias
vantagens, escondendo-se atrás de constituições que se dizem aprovadas de forma
democrática. Democracia não é isso. E se fosse, nenhum desses se poderia
esconder de uma turba malta esfomeada que lhe atacasse a casa, a família, e lhe
depredasse o que roubou, já que a lei se corrompe da mesma forma que os
políticos se corrompem.
A humanidade não é um
rebanho de ovelhas. Tem sido por períodos curtos deixando que lhe tirem algumas
vidas do rebanho, que as tosquiem e lhe tirem o leite, mas tem demonstrado
também que se revolta contra os governos quando as taxas de juros excedem o
limiar da usura, os impostos lhe tiram o pão da mesa e as classes que “mandam”,
ou pensam que mandam, passam bem enquanto o rebanho passa mal.
Somos uma humanidade ainda
infantil, em plena adolescência do crescimento, cheia vaidades, orgulhos e
amores próprios, que maneja o poder como um esgrimista esgrime sua espada.
Precisamos ser mais adultos em nossa forma de raciocinar como parte de uma
sociedade humana planetária e não como sociedades “nacionais”, pensando que sob
nossa bandeira existe o “melhor e mais forte” povo do mundo que jamais será
dominado e que dominará eternamente.
Tanto quanto se sabe, nenhuma nação do mundo até hoje se pode orgulhar disso. Todas foram derrubadas por outras ao longo da história.
E a história se repete para desespero dos que se tentam impor quando perdem as batalhas finais.
Rui Rodrigues
PS- Sobre crescimento populacional
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