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segunda-feira, 29 de julho de 2013

Weimar 1919 e Brasil 2013 - Um paralelo


Weimar 1919 e Brasil 2013 - Um paralelo

Traçar um paralelo não significa que os dois assuntos tenham a mesma origem, se desenvolvam do mesmo modo e terminem da mesma maneira, mas simplesmente que existe algo em comum, como poderemos ver a seguir. Mas, seja o que for, não parece se solução para os problemas que se enfrentam nos dias de hoje.
Buscando a isenção, decorrerei sobre Weimar deixando aos leitores e leitoras o comparar com a situação política dos dias atuais. Certamente encontrarão paralelos entre situações, políticos, até mesmo cidades, movimentos e partidos políticos. Basta ler pausadamente e com atenção.

  1. 1.      A cidade
Weimar é uma cidade alemã, atualmente patrimônio da humanidade, com uma característica muito particular: É uma cidade independente, isto é, tem o estatuto de Distrito (para leitores portugueses) e de um Estado (para leitores brasileiros). Nela viveram Goethe, Schiller e posteriormente Nietzsche (quando já em estado adiantado de demência). Em 1919 fundou-se a Universidade da Bauhaus. É uma cidade preferida de “seres pensantes”. A 6 km de distância fica o campo de concentração nazista de Buchenwald destoando da paisagem e da cidade.
Sua história de cidade independente inicia-se em 1918, logo após a Alemanha perder a primeira guerra mundial, com um sistema parlamentarista democrático. As forças armadas alemãs, conhecidas por sua liderança autocrática e conservadora, empurraram as negociações de paz (a derrota na guerra) para o SPD – O partido Social democrata, no governo de Weimar. A partir daí ficou no povo alemão a imagem de um partido socialista democrático que negociara (mal) a derrota, e o saudosismo de uma nação outrora poderosa no tempo dos imperadores. Sebastian Haffner chamou a Weimar “uma republica sem republicanos” e Kurt Tucholwsky “O negativo de uma monarquia” porque não era o imperador Wilhelm II que mandava e sim o Reichstag. O imperador abdicou.
 Weimar
  1. 2.      A relação entre os dirigentes da nação Alemã e os seus cidadãos.

Os EUA não eram uma potência bélica mundial até um par de anos antes do ataque nipônico a Pearl-Harbour. Eram, e são, uma democracia que visa em primeira instância o bem estar geral da nação. Foi a partir desse ataque que passaram a ser uma potência bélica, iniciando um processo de armamento por força de movimentos internos que aproximavam a nação americana contra as forças do eixo, a favor de sua aliada a Grã-Bretanha. A Alemanha, até antes do fim da primeira guerra mundial, tinha um conceito diferente da relação governo e povo, tendo por este um profundo desprezo. Diz Harold Kustz “Frederico, o Grande, chamava o povo de uma nação de escravos. Bismarck, o criador da Alemanha moderna, afirmava que não podia suportar o povo, a não ser que houvesse bebido depois uma garrafa de champanhe. A maioria dos impropérios do Kaiser Guilherme contra o povo não podia ser impressa. Mais tarde Hitler diria que os alemães não eram dignos de sua grandeza. Não sabemos o que passa pela cabeça de Ângela Merkel, mas até podemos adivinhar. O exército alemão adotava a filosofia segundo a qual todos os recrutas deveriam ser despojados de seu ”espírito de porco” e de sua condição humana, domesticados até um nível quase animal. A figura do sargento era um dos arquétipos alemães, que deveria manter a população em seu lugar : Escravos e porcos. Até hoje, a educação alemã reflete essa rigidez militar. Governos que não se importam com o povo, por mais populares que sejam, mais cedo ou mais tarde acabam por demonstrar os seus princípios, torpes sem dúvida.

  1. 3.      O tratado de Versalhes e as conseqüências previsíveis
 Tratado de Versailles
Entre perda de terras, impossibilidade de formar forças armadas e uma pesadíssima multa a ser paga como indenização de guerra, o futuro alemão era previsível: Desordem total porque as metas eram inalcançáveis. A inflação bater-lhes-ia à porta. Quem sabia disso perfeitamente era John Maynard Keynes, que participou das negociações de Versalhes como observador. A França chegou a invadir a Alemanha, no Rhur, apesar do tratado de paz, para conseguir pagamento de parcelas atrasadas. Não demorou muito para o povo alemão ir para as ruas pedindo empregos, menos inflação, redução da dívida ou mesmo dar o calote, melhores serviços públicos. A Alemanha ficou a um passo da guerra civil. Altas dívidas externas e internas, juros altos, economia em queda, corrupção têm, um efeito devastador no moral e na confiança das populações. Keynes sabia disso. Quanto ao governo alemão da república de Weimar, democrata e socialista, sabia que era necessário acalmar o povo. Mas como?

  1. 4.      Surge Adolf Hitler de um dualismo entre a social democracia e a extrema direita.
 Hitler odiava o povo alemão
Já em 1918 se sufocara pela força das armas uma tentativa de implantação do socialismo através de forças revolucionárias de esquerda lideradas por Rosa Luxemburgo e Karl Liebknecht[1]. Aproveitando a instabilidade e o descontentamento, Hitler viu a oportunidade de voltar aos tempos imperiais, antidemocráticos, como a base de sua plataforma política para alcançar o poder e implantar o nazismo. Velhas cenas filmadas de seus discursos mostram a “força” e a determinação dos tempos do Império alemão, uma expressão corporal clara da intenção de domar os “escravos e os porcos” de sua nação. A proposta de Hitler não era a de uma democracia, mas a de um governo forte que colocasse tudo nos eixos. No dia 09 de novembro de 1923, Ludendorff e Hitler promoveram o seu desfile golpista pelas ruas de Munique. Não deu certo, voltou mais tarde
Na verdade, a fraqueza da republica de Weimar instituída em 1919 contribuiu para a expansão dos movimentos radicais e o surgimento do nazismo. No entanto, é notável como Hitler - cuja única virtude foi a de ser esperto durante algum tempo – chegou ao estabelecimento do nazismo: Através de emendas à constituição, sutis, uma após a outra. Hitler iniciara sua carreira política como chefe do pequeno Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores alemães. Por essa época, Goebels já fazia parte da assessoria de Hitler.
No Brasil, e no inicio, o Partido dos Trabalhadores não era socialista, o que veio a acontecer quando elementos terroristas de um socialismo do passado se lhe associaram.
Alterações à constituição, ainda que com o “beneplácito régio” de um senado que pode e foi comprado por mensalidades, tem o mesmo feito das alterações provocadas na constituição alemã por partidários de Hitler.
Com o leitor fica a decisão de estabelecer – ou não – os paralelismos com a República de Weimar, ou melhor, no que ela se transformou, considerando as forças políticas envolvidas e os meios utilizados para transformação da Alemanha de uma democracia que buscava os seus caminhos, numa ditadura que encontrou outros e desastrosos caminhos.

© Rui Rodrigues


[1] Os dois foram assassinados. 

domingo, 28 de julho de 2013

A neve de verão

A neve de Verão.


Parei de respirar, depois parei de ouvir qualquer coisa, meus pensamentos pararam por completo. Não havia nada e havia tudo à minha volta. Uma luz imensa e forte, invisível, estava lá em algum lugar de meu cérebro enquanto meu corpo e minha alma pareciam prestes a explodir de emoção, de prazer, de glória infinita. Então, de repente, explodi em gozo ao som de uma fanfarra de gaitas de foles, sentindo o perfume de flores do campo que acabava numa cascata de águas límpidas e ouvi dela o arfar do relaxamento do prazer. A paisagem, os sons, a cascata, esvairam-se de repente sem deixar sinal. Era um dia de Verão. A vida era de prazeres sem um amanhã a definir. Despedi-me e levei-a até a porta. Ela estava com pressa.

Quando voltei ao interior da casa para tomar mais uns goles de vinho, e ao abrir a porta de vidro que dava passagem para a área de churrasqueira e para o jardim, vi uma osga colada no vidro. Estava imóvel, parada, a cabeça levantada, os enormes olhos atentos em mim, aguardando os meus movimentos. Suas pontas de dedos em forma de bola e sua figura esguia, elegante e fugidia, davam-lhe um ar de inteligência e esperteza que não se notam numa vaca, por exemplo, embora o tamanho dos cérebros seja um abismo de volume. Inquiri-me sobre minha própria inteligência e o que tenho feito com ela, e foi inevitável deixar de pensar coletivamente: O que fazemos com nossa inteligência, que parece estar tão intimamente ligada ao prazer, à felicidade que o prazer nos dá?



Podemos juntar tudo o que pudermos, desde algum tipo de comida, alguns eletrodomésticos, um iate, um apartamento e oferecer a uma vaca. Podemos garantir que não desejará nenhum. O que uma vaca deseja, e é feliz com isso, é pasto, água, um lugar à sombra para se proteger do sol, uma relação sexual para procriar quando estiver no cio, dias calmos sem muito sol, sem muita chuva, sem muito calor, sem muito frio. A osga é exatamente igual à vaca, que é exatamente igual a todos os animais “irracionais” que conhecemos. Entre eles há dois sintomas constantes de infelicidade: Quando o predador está com fome e não encontra presa, e quando a presa teme os predadores. Afora isso, a felicidade é completa porque não há extremos de necessidades: Fome ou medo.

E é neste ponto que nos tornamos exatamente iguais aos animais e esquecemos toda a nossa inteligência. Momentos antes de iniciar este meu devaneio provocado pela contemplação sobre a atitude esbelta de uma osga, eu tinha passado por um momento de felicidade, com a mente completamente vazia como a de uma vaca, ou de uma menor e mais simples osga. Não sentia medo nem fome, apenas a felicidade do prazer. Minha felicidade era imensa. Ao retornar à contemplação da vida deixei de ser um simples “animal” e passei a ser um animal mais complexo, que pensa, que por vezes age em função do medo ou da fome. E isto faz toda a diferença.

Por medo, por exemplo, de sermos discriminados, aceitamos os ensinamentos de uma religião, e mesmo sem crermos muito nos deuses tal como no-los apresentam, unimo-nos ao grupo de crentes dos arredores de nossas casas, para mostrarmos que somos como eles e que fazemos parte do grupo. Por medo, por exemplo, de perdermos um emprego, aceitamos que se pratique a corrupção em nosso trabalho, e fechamos os olhos rezando para que ninguém descubra, mesmo não tirando qualquer vantagem dessa corrupção, e quando em data de ir aos templos, lá vamos nós, juntar-nos aos demais para fazer nossas orações. Seria hipocrisia se não fosse por medo.

Por fome de comida, de poder, se pode roubar desde uma galinha ou uma fruta de árvores dos vizinhos, que no fundo não faz falta a ninguém, até um carro forte, um banco, uma joalheria, ou o que é bem pior, as verbas públicas, que são destinadas a melhorar os serviços públicos, a prover água, esgotos, saúde  transportes e ensino públicos.  

A ambição advém do medo de ter medo e do medo de ter fome. A ambição é um lazer, uma distração de quem quer ter sempre mais e coleciona moedas, jóias, bens móveis e imóveis, mas não tem medo de que lhe assaltem a casa, de que lhes tirem os empregos, coisa de gente que concorre a cargos públicos, faz parte de partidos políticos, deseja viver isento de perseguições da lei e de suas punições. Este mundo seria muito melhor se tais políticos não tivessem o poder que têm, e se pudessem perder os bens acumulados com o poder e com a corrupção que sua ambição os faz aceitar como coisa “normal”, protegida pela lei.

Em algum momento que não percebi, a osga se afastou de mim. De mim, que jamais tinha a intenção de magoá-la, de lhe prejudicar a vida. Osgas são espertas e não se arriscam por muito tempo à espera de movimentos da vida que não conhece no seu entorno. Fogem antes que possam ser atacadas. Políticos não. Continuam lá em seus postos, protegidos por leis que só eles fizeram e aprovaram e que lhes dá a força das forças armadas com que atacam os cidadãos. Políticos são osgas protegidas pelas leis e pelas forças das leis. Frente a tudo isto, não passo de uma vaca, melhor, um boi de olho macio e perdido, ruminando sua felicidade parada sem sequer ter vontade de escolher o que mais gostaria de ter, porque o pasto parece-me suficiente.

Principalmente num dia de verão, em que não neva, não faz frio, e o calor não é muito. Mas como seria bom que nevasse, que a lareira tivesse achas queimando, o vinho tinto e seco estivesse a 19 graus, e as osgas fossem humanas. Então eu não seria um boi ruminante.


© Rui Rodrigues










    

sábado, 27 de julho de 2013

Fácil entendimento da relatividade e da velocidade da luz para leigos como eu.

A relatividade, a velocidade e o tempo para leigos como eu.

De olhos abertos não conseguimos ver nada. Ou melhor, vemos, mas nos perdemos na confusão da profusão do que vemos e dispersamos nosso olhar por uma paisagem rica em detalhes. Por outro lado, nosso pensamento é rápido e nossos olhos lentos. Albert Einstein tinha os mesmos problemas. 

De olhos fechados, não vendo nada, temos a vantagem de não dispersarmos o nosso olhar e de nos podermos concentrar numa imagem, visualizá-la de forma fixa e isolada sem perturbações. Então vamos lá, para a teoria da relatividade, tentar entendê-la da forma mais simples e de olhos fechados.

Antes porém de fechar os olhos, pense em algo desagradável que aconteceu em sua vida. O tempo demorou a passar, não foi? E quanto a coisas alegres, uma festa, por exemplo, ou as suas ultimas férias? Passaram rapidamente sem dúvida, mas para a média da humanidade, porém, o tempo decorreu sempre à velocidade de sessenta segundos por minuto. Nem mais nem menos. Ou seja, o tempo não mudou, mas “parece” que se alonga quando estamos vivendo um momento difícil e se encurta quando vivemos um momento feliz. A velocidade da luz tem algumas semelhanças com esse fato verídico.

Feche os olhos e imagine o que segue.

Agora se prepare para viajar numa nave muito especial: Ela é transparente, e você se vê solto no espaço, no vácuo, embora dentro da nave. Essa nave está solta, pronta para obedecer aos seus comandos e ela pode viajar a qualquer velocidade. Do lado de fora da nave, uma potente lanterna, um holofote poderosíssimo que você pode ligar a qualquer instante.

Dê a partida.  Pouco tempo depois, ligue o holofote e desligue... A luz emitida pelo holofote durou apenas enquanto o manteve ligado e depois sumiu sem rastro, tal como acontece normalmente: Quando o ligou, a lanterna disparou raios de luz a uma velocidade de 300.000 km/s. É natural que não tenha visto para onde os raios de luz foram, embora saiba que foram “em frente”, afinal a luz é muito “rápida”.

Então você decide igualar a velocidade da sua nave à velocidade da luz. Acelera e quando já está muito próxima dessa velocidade, ou seja, perto dos 300.000 km/s, você volta a ligar a sua lanterna. O que espera ver? Provavelmente a luz se afastar muito devagar da nave - já que as velocidades são quase idênticas - e poderia até perceber os raios ainda visíveis, quase emparelhados com a nave, mesmo depois de desligar a lanterna, mas não é isso que vê. O que vê é nada. A luz passou chispada à mesma velocidade de 300.000 km/s como se sua nave estivesse parada. A luz ignorou a velocidade de sua nave. E se pensou em virar a lanterna ao contrario, girando-a em 180 graus para que visse a luz viajar ao dobro de sua velocidade normal, engano seu: A luz chisparia em sentido contrario ao seu à mesma velocidade de 300.000 km/s.

Então pensaríamos que a Luz tem sempre a mesma velocidade de 300.000 km/s... Mas seria um engano lamentável... E para explicar, temos que voltar à comparação do tempo quando passamos por momentos felizes (quando parece passar depressa) e por momentos infelizes (quando o tempo parece andar muito devagar). 

Para a luz, todas as situações são de momentos felizes... Viaja sempre a 300.000 km/s em qualquer situação, exceto quando se encontra num momento infeliz, isto é, cerca de um buraco negro, ou de corpos celestes de grande massa (como o nosso Sol), em rota tangencial ou de colisão. Nestes casos temos que levar em conta que a luz se comporta ora como uma onda, ora como um corpúsculo, uma partícula, que, por menor que seja, tem massa, até mesmo porque se trata de energia e energia é massa e vice-versa. Sendo massa, está sujeita à atração da gravidade. Aos buracos negros se chama também de “singularidade”, exatamente porque são corpos singulares, únicos. Neles, e em suas proximidades, as leis newtonianas da física se modificam e entramos na física da relatividade de Einstein. Einstein provou que o espaço está intimamente ligado ao tempo. São indissociáveis. Não se pode separar um do outro. É nele que os corpos celestes se movem ou simplesmente “estão”. Um corpo celeste de grande massa como estrelas e planetas, por efeito de sua força de gravidade – ou de seu campo de gravidade – distorcem o espaço (entenda-se o espaço e o tempo simultaneamente). O campo de um buraco negro é tão grande, tão forte, que “atrai” até mesmo os raios de luz que reduzem sua velocidade até pararem por completo quando atingem a sua superfície, quando são absorvidos. Neste momento, o tempo pára os raios de luz, reduz-se a zero. O tempo pára, não há tempo numa singularidade, o espaço está tão comprimido que praticamente quase não existe: A massa do sol poderia caber na cabeça de um alfinete se fosse reduzida a um buraco negro. As dimensões de uma cabeça de alfinete comparadas às dimensões infinitas do Universo são praticamente igual a zero.

Apenas como curiosidade, se a sua nave se dirigisse a um buraco negro, ao chegar suficientemente perto, estaria sujeita à sua força de gravidade. Esta agiria sobre toda a nave, mas seria muito maior na cabine do que na cauda de sua “Enterprise”, para lembrar a série de televisão. A diferença da força agindo na cabine e na cauda seria de tal ordem, que sua nave –e você também – espicharia, rasgando-se em pedaços até não serem mais do que partículas comprimidas sem qualquer espaço entre si.

Não há luz nem tempo no interior de buracos negros, e todo o espaço se foi, agora ocupado por partículas comprimidas.


© Rui Rodrigues    

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Traição à Pátria

TRAIÇÃO À PÁTRIA.


O que é Pátria? Pátria é tudo o que existe em um território demarcado de uma nação, sua natureza, os cidadãos e cidadãs, os seres humanos acolhidos neste território, todos os monumentos, a água, a geografia, o subsolo, a plataforma continental, as tradições, os costumes, a Constituição e as leis, a idiossincrasia, a história, os ancestrais, tudo o que está relacionado com a bandeira que representa tudo isto, a Nação, que comporta a necessidade das forças armadas e das forças de segurança pública. Tudo isto, e muito mais, é a nossa Pátria.

O que é Traição à Pátria? Traição, em maior ou menor grau, é agredir a Pátria ou algo que a representa, por palavras ou ações (Emitir opinião não é traição nem sair para as ruas em manifestação contra o que se julga errado, que isso é exercer a cidadania).  Traição é prejudicar gravemente a Nação no seu interior ou no exterior. Podemos dar alguns exemplos de traição à Pátria:

  1. Em meio a uma guerra em que a Nação se defende, fugir do inimigo ou cooperar com o inimigo, ou agir em favor do inimigo.

  1. Usar de ações violentas para derrubar o patrimônio da nação quer sejam edifícios, ou meios de transporte, serviços públicos, pessoas, ou qualquer outro bem que esteja dentro das fronteiras da nação, incluindo embaixadas no exterior. Um breve ou profundo olhar pela História da humanidade pode constatar que a violência nunca, em tempo algum, resolveu de forma definitiva algum problema neste planeta.

  1. Uso indevido de verbas públicas, porque pessoas eleitas para distribuí-las de acordo com as necessidades da Nação, quer tenham instrução ou não, não podem alegar desconhecimento dessa transgressão, por se trata de falta de moral e de ética para as quais não existe diploma específico de qualquer universidade do mundo. Eleitores podem conhecer perfeitamente o que é moral e ética, e podem até saber discernir o que é ético ou não, mas não podem adivinhar se os candidatos que lhe são apresentados pelos Partidos Políticos atuam dentro da moral e da ética.

  1.  A compra de votos é uma traição à Pátria. Não pode ser apenas multada tal atividade, porque de onde veio o dinheiro para a compra, pode vir mais para pagar a multa, normalmente de baixo valor. É uma atividade que destorce, modifica, altera, a representatividade dos cidadãos. Compra de votos no Senado ou nas Câmaras, onde se decidem os destinos da Nação, é traição em primeiro grau, a mais grave de todas, só comparável à compra de votos dos cidadãos necessitados, que vendem seus votos em troca de alimento ou qualquer outro benefício que o próprio estado não lhes proporcionou e deveria proporcionar. Ministros que já foram demitidos e outros que o mereciam, como exemplo, podem atestar que é relativamente fácil tirar proveito do cargo, ou desviar verbas. A moral e a ética têm que, através de leis justas, serem separadas da capacidade de “comprar”, coisa que o Tráfico de Drogas, os desviadores de verbas públicas, e os que aumentam seus próprios salários através de leis que aprovam em conjunto, tirando partido próprio, sabem muito bem como fazer, como fazem, e como fazer.

  1. Assumir cargos em pastas sem educação específica para o cargo é traição à Pátria. Não se pode entender como justo que não seja um Economista experiente, aprovado por concurso público e por votação, a ocupar a pasta de Ministro da Economia, nem alguém que não seja militar a ocupar a pasta de Ministro das Forças Armadas, nem ministro da Saúde a alguém que não tenha curso de administração e de Medicina com experiência comprovada. A “confiança” em alguém que não esteja devidamente preparado, não é confiança: É ignorância, e não se pode ser governado por ignorantes nem por analfabetos. Analfabetos assinam qualquer coisa. Apenas com esperança e fé, se poderia eleger Maomé, Jesus, Moisés, Buda, Vishnu, ou o Rei de Jade, que eles governariam o mundo através da “inspiração divina”. Seria um absurdo. Este tempo já passou. A realidade é a realidade. Tudo o que não é real é outra coisa fora deste nosso mundo em que temos de nos governar a nós mesmos.

  1. Traição à Pátria, é alterar a Constituição através de Atos Institucionais ou Medidas Provisórias – Não se pode acreditar em Medidas Provisórias porque elas não têm prazo definido para viger, que até nisso nos mentem e nos tentam enganar. Como aceitar Medidas Provisórias se não dizem em que prazo elas serão aplicadas?  

Uma das piores traições à Pátria é manter no senado alguém que foi previamente condenado pela justiça, ainda que dependa, sua condenação, de avaliação de recursos, porque a Lei é a lei e enquanto em julgamento, a confiança, aquela que lhe deu os votos, se perde até a confirmação da pena ou de sua absolvição. Se absolvido, pode voltar ao senado. Enquanto não se esgotar o julgamento, o lugar de condenados não é certamente no Senado, uma casa que deveria honrar a Lei.


Nossa República nos trai e nos traiu, a nós, cidadãos brasileiros, de todos os partidos políticos e sem partido, muito mais nestes últimos doze anos, do que em toda a história do Brasil desde o ano de 1.500. Porquê? Porque perdemos um dos melhores períodos da História em que os paises emergentes aproveitaram para se desenvolver, e ficamos atrasados, parados,s estagnados, consumidos por inflação, desperdícios, corrupção, desvios de verbas. Nossa Nação parou no tempo por causa de vontades expressas por políticos desqualificados e sem instrução que não percebem os intricados mecanismos que regem as ciências, o conhecimento, os atos de governar. É uma vontade desqualificada, vazia, inexeqüível, que a ignorância não permite perceber. O povo percebe nos bolsos, na saúde, nos transportes, na educação, na segurança. Nada disto funciona e muito menos evolui.



© Rui Rodrigues

quinta-feira, 25 de julho de 2013

O meu perfil

O meu perfil



Nasci numa ditadura com uma forte polícia de inteligência duvidavel, mas com acurada capacidade de descobrir e inventar inimigos do regime. Pior ainda quando aos meus 14 anos ela entrou em guerra com cerca de sete países sem apoio algum da comunidade internacional. A ajuda financeira eram os depósitos dos emigrantes saudosos de suas terras que pensavam um dia poder voltar lá e remetiam tudo o que podiam para fazer um pé de meia, construir uma casa. Durante os tempos em vivi sob esse regime, pensei que estava em pleno comunismo, porque não havia diferença alguma. Fugido do regime, sem nunca ter votado em minha vida, vivi em outro país à sombra de uma democracia cambaleante que não durou mais de dois anos e foi solapada por uma ditadura bem intencionada, que mobilizou as famílias, arrecadou ouro de anéis e brilhantes para fortalecer a economia. Nunca se soube para onde foi o ouro, mas ficamos com a sensação de que nos cobraram um alto dízimo para nos livrarem do comunismo. Era uma ditadura messiânica que se esfarelou pela incompetência em gerir aquele ouro arrecadado às toneladas pelas ruas das cidades amontanhado pela recolha de impostos. Ficamos frustrados.

Quando a ditadura caiu, passadas décadas, vi que a alegria do povo estava esmorecida. Sinal de que o povo crescera politicamente e a constatação da realidade já não permitia o sorriso que incomodava em meio a tanto descrédito. Falava-se mal dos governos na nova democracia porque aparentemente não mudava nada dos tempos da ditadura. Uma ministra ninfomaníaca que se casou com um comediante depois de amar perdidamente um ministro resolveu confiscar todos os depósitos em poupança. Sucessivos planos econômicos geravam escassez, remarcação de preços, inflação que chegou à casa dos milhares por cento ao ano. Mas por essa época já me tinha formado em engenharia, estava percorrendo o mundo, trabalhando para as maiores empresas nacionais e do mundo, lidando com países democratas, capitalistas, socialistas, comunistas, ditaduras. E continuei sem votar uma única vez em minha vida por não valer realmente a pena. Votar nuns ou noutros era sempre a mesma coisa: O dinheiro ambicioso e fácil era sempre a meta política aliada ou não da religião ou da economia.    

Percebi que a diferença estava no palavreado, que todos gostavam mesmo era de dinheiro, quanto mais forte a moeda melhor, que política era um arranjo de frases de efeito para levar fiéis ao altar dos partidos. Uma mistura com religião, ou se desejarem, uma política religiosa, que mesmo assim conseguia ser melhor do que uma religião política. Como novidade, uma economia política só conheci nos últimos doze anos quando Lula conseguiu finalmente assumir a presidência do Brasil. Evidentemente com grande dose de fé inocentemente política por parte do povo ignorante na nobre arte de ler e fazer contas: vendiam os seus votos, para comprarem mais inflação que lhes comia os salários, menos saúde, menos segurança, menos infra-estruturas, menos salubridade, mais doenças, mais injustiças. Também nunca votei nestes regimes pelos mesmos motivos.

Estamos às vésperas de mais uma mudança significativa, e temos uma farta opção de regimes e partidos políticos para votar que não mudarão absolutamente nada, a não ser que se vote uma nova constituição que não permita, pelo menos, os mesmos tipos de erros a que temos assistido em nossas vidas, um dos quais é dar poder a políticos para aprovar emendas constitucionais seja qual for o nome que lhes deem  como as malfadadas Emendas Provisórias, os Atos Constitucionais eufemismizados.  Essa nova constituição teria que ser votada item por item pela população através das redes sociais.

O Povo sabe o que o povo quer. Políticos não querem saber do que o povo quer. Política, drogas e dinheiro competem com a cidadania.

Por um Brasil melhor onde se possa votar a cada dia a felicidade do dia seguinte.


© Rui Rodrigues


  

domingo, 21 de julho de 2013

Cabum !.. Preparação para nova guerra mundial?


CABUM
 Poderíamos prescindir disto se não houvessem loucos no governo

  1. Não sou vidente

Não sou vidente. Li tudo o que podia na História Universal e livros de todas as matérias, e não tenho por costume enganar-me, mas erro por vezes nos prazos. Algumas coisas acontecem antes, outra depois do “quando” em que previ que iriam acontecer. Ultimamente tenho me limitado a referir-me a longo, médio e curto prazo. São os sinais. São os sinais que analisados em conjunto, nos apontam o caminho, embora não bem definido, para onde o mundo, a humanidade, vão. A história se repete assim como a natureza se repete em folhas, rios, flores, com as mesmas características básicas, embora o aspecto seja sutilmente diferente, como entre uma rosa e uma tulipa, ou uma folha de álamo e uma de parreira.

Parece haver uma ordem no mundo e na natureza, também na humanidade, que não conseguimos ainda definir nem no mais moderno e mais potente computador. Essa ordem, constituída por leis, define os rumos, o caminho do mundo que nos cerca. Vejamos por exemplo, o caso do mundo na época de Hitler, em 1939, quando sob seu comando a Alemanha aliada à Áustria invadiu de forma imprevisível a Polônia e deu inicio à segunda guerra mundial.

  1. A desordem na metade do século XX

Naquela época, até um ano antes do conflito, mais ou menos, o mundo parecia estar saindo de uma recessão violenta que levou para as ruas em extrema pobreza, filas e filas de desempregados buscando algum tipo de emprego para garantir o sustento. Jornalistas que percorrem o mundo e tem seus contatos, alertavam sobre os perigos de uma Alemanha que, contrariando o Tratado de Versalhes, se militarizava e treinava suas tropas em outros países, já que estava proibida de fazê-lo. Todas as forças armadas de todo o mundo europeu sabiam sobre os acontecimentos, os cidadãos de todas as nações sabiam da instabilidade, do armamento, da pobreza espalhada, e os que alertavam pareciam não ter crédito. A vida continuava, algumas instituições ajudavam os mais necessitados, dançava-se o “Fox Trot” herdado dos anos 20 por todas as casas de diversão, os cinemas estavam cheios, havia glamour por todos os cantos do planeta. O mundo, apesar das notícias, era um encolher de ombros, uma descrença de desgraça. Quem falasse no perigo, era “pessimista” que incomodava quem queria viver em paz, longe desses assuntos, curtir a vida. Já se vendiam rádios ou goniômetros, que aliviavam a vida em casa, disseminavam notícias. As ruas já estavam cheias de ônibus, automóveis, lojas com as ultimas novidades da moda. Parecia que nada de novo poderia ser inventado, e as “invenções” que apareciam em gibis, eram pura ficção cientifica, impossíveis de serem fabricadas. Alguns cientistas e estudantes de universidades acreditavam, nas ninguém acreditava neles. Ainda se morria de pneumonia, de sífilis, pelas ruas crianças portavam aparelhos para permitir a locomoção, impedida pela paralisia infantil. O mundo parecia que não iria mudar sensivelmente. Os sinais de perigo pareciam boatos infundados, e mesmo que fossem verdadeiros o pior jamais aconteceria. Não tinham a mínima noção do que poderia ser o “pior”.

A humanidade é feita de sobressaltos que provocam saltos repentinos, mas também é muito paciente e desfocada até que venham os sobressaltos. Passa por cima dos sinais, que despreza. É como se a humanidade não tivesse adrenalina e não sentisse os sinais de perigo. A alienação parece ser conveniente para não perder os prazeres e confortos da vida. E quando chegam os tempos de guerra, adota-se o lema de que “é preciso viver a vida” mesmo sabendo-se de soldados mortos no front. A vida corre normal longe dele, como se a guerra não existisse. E poucos se lembram daqueles tempos recentes, pouco tempo atrás, quando não deram ouvidos aos sinais. A recessão poderia ter sido evitada, a guerra evitada.

Durante a guerra a humanidade viveu aos saltos e sobressaltos, e inovações tecnológicas ultrapassaram a ficção dos gibis. Surgiram foguetes, aviões modernos movidos a jato, vacinas, penicilina, e a energia nuclear, bombas nucleares. Cometeram-se atrocidades como o holocausto, e nem a guerra havia ainda terminado e dois aliados, EUA e URSS começaram a envolver-se em espionagem industrial, numa guerra fria. Na verdade, e muito mais do que isso, numa guerra fria entre o comunismo russo e o capitalismo ocidental. Fora o capitalismo ocidental quem vencera a guerra. Já no passado os “bárbaros”, em sua maior parte germanos, haviam invadido Roma. Durante as cruzadas foram parte presente e constante em todas as batalhas. Em 1914 declararam guerra ao mundo e perderam. Agora, em 1945, amargavam mais uma derrota assim como o seu aliado Japão e a irrequieta Itália, herdada de Roma. A guerra chegou irremediavelmente ao fim com o uso de duas bombas atômicas lançadas pelos EUA contra o Japão.

  1. A reposição da ordem e a preparação para a desordem.

O período do pós-guerra foi muito difícil, mas regado com a esperança de reconstruir um mundo novo. O mundo novo foi reconstruído sem que a humanidade houvesse parado com as guerras entre si. Foi difícil em meio a uma guerra fria incluindo a queda de braço entre ocidente e a URSS devido aos mísseis de Cuba, guerra na Coréia, no Vietnam, revoltas, genocídios em África, até a queda do muro de Berlim, a Perestroika, o fim do comunismo. O comunismo só sobrevive enquanto houver dinheiro disponível nos mercados que o sustentem. Sem dinheiro não é possível financiar projetos, comprar equipamentos no mercado exterior. O mercado de “trocas”, do gosto comunista, sem o uso de dinheiro, sempre dá vantagem ao outro lado que o tem. 

Todos os anos os jornais se têm enchido de noticias de guerra em todos os continentes exceto nas Américas. Não fugimos à luta por aqui, mas detestamos guerras. Houve uma guerra sim, entre a Argentina e a Inglaterra, que demorou mais a terminar pela distância que a Inglaterra teve que percorrer até chegar à Argentina. Afora isso, somos um continente em paz. Deveríamos estar orgulhosos disso, termos um progresso social que se pudesse constatar ao viajar pelos países, e não pelos números de progresso que as propagandas de governo alardeiam e que contrastam com a realidade visível, até porque não temos despesas de guerra. No entanto quer os EUA, quer a Europa, os mercados que sustentam o restante do mundo por seu poder de compra e seu espírito consumidor, estão em recessão técnica, com grande retraimento e compram menos no mercado dos países emergentes e nos demais. A crise foi provocada por erros do sistema bancário, posteriormente cobertos com verbas públicas praticamente doadas por todos os governos para evitar uma crise inevitável: A política, porque mesmo com a crise econômica resolvida, era de esperar uma crise política por deterioração dos serviços públicos e da oferta de emprego. A crise política chegou, mesmo antes de resolvida a crise econômica mundial.

  1. O começo de nova desordem mundial.

Acontecimentos ao redor do mundo nos mostram os preparativos para a desordem, dos quais podemos listar alguns mais importantes, por seu impacto no ideário mundial de ansiedade por um mundo de paz, de tranqüilidade, próspero com bem estar e emprego para todos (sem preocupação com ordem cronológica):

  • Movimentos de rua no Brasil, na Inglaterra, na França, na Itália, na Irlanda, na Grécia, na Rússia, na Espanha, em Portugal, na Venezuela, no Chile, a primavera árabe em quase todos os países do norte de áfrica.
  • A crise de credibilidade política por problemas ligados com corrupção que afetaram quase todos os países do mundo, a maior parte deles com governos socialistas.
  • O esvaziamento do campo na Europa e a corrida de cidadãos para as cidades em busca de emprego. Alguns países chegam a ter 40% de desemprego [1] entre a juventude. Recomeça novo ciclo de emigração para países onde ainda – AINDA - há trabalho.   
  • O aparecimento de cidades fantasmas na China [2], e a bancarrota declarada da cidade de Detroit nos EUA [3]
  • A propaganda (falsa) de governos que para se sustentarem usam a propaganda para mostrar que a economia vai bem, que tudo vai bem, quando se nota pela realidade que tudo vai mal. Isto  provoca ainda mais indignação popular e os partidos e os políticos perdem a credibilidade.
  • A mobilização social que desvenda os erros e a corrupção e desmascara a propaganda dos governos.
  • A busca de novo modelo de Constituição e da forma de governar que resolvam o que os modelos até agora existentes não conseguiram solucionar. Quem pede é a sociedade mais esclarecida, e agora, devido á crise econômica, também os partidos de esquerda e socialistas que perdem poder aquisitivo com a crise.
Para quem estuda história e lê tudo que esteja ao seu alcance, não é difícil entender que estamos no limiar de uma nova e verdadeira crise ampla mundial que envolve não só a economia como a política. É certo que é necessário melhorar a educação – sempre – em todos os países, mas o conhecimento atual da população mundial, grandemente proporcionada pelas redes sociais, já é suficiente para que se entenda que o mundo como está, não está bem e precisa ser mudado.

Eu proponho a Democracia Participativa [4] começando pela aprovação de nova constituição votada item por item pelas redes sociais. O povo sabe o que quer. Os governos devem obedecer, porque foram eleitos para isso.

O mais urgente possível, antes que aconteça novo CABUM... E o mundo se envolva novamente em conflitos nacionais e internacionais, iniciando novamente longo estado de instabilidade e violência. Para uma geração que não conheceu a guerra, outra seria uma desagradável surpresa. As guerras começam quando há muitos desempregados, não há perspectivas de vida decente em curto prazo, e qualquer outra atitude, que se pensa ser para “mudar”, começa a ser bem vinda...

© Rui Rodrigues

sexta-feira, 19 de julho de 2013

O PAPA FRANCISCO QUE SE CUIDE...





O PAPA FRANCISCO QUE SE CUIDE...



O momento nacional é de instabilidade. Infelizmente nos elegeram um governo que se cercou de antigos terroristas interessados em mudar os rumos da política sul-americana para transformar o cone sul numa ditadura "bolivarianesca" a todo o custo.

Conhecemos os métodos terroristas, agora ainda mais perigosos porque se aliaram ao capital para comprar votos no congresso: Extremistas, ex-terroristas, com capital, é um coquetel molotov político dos mais perigosos, únicos até o momento, e que ao longo de 12 anos já fizeram estragos consideráveis em nossa constituição.

Um atentado ao papa Francisco ou uma situação de maior risco, poderiam ser usados para impor uma ditadura começando por instituir um estado de sítio..

Com tantas verbas públicas que não são aproveitadas pelo governo para o bem-estar público e que não sabemos onde foram parar, podem ter servido para comprar a moral e a fé de senadores, deputados, vereadores, ministros.... Políticos agarram-se aos cargos e não ouvem a população.

Nossa república e nossa democracia - que se apaga a cada medida provisória e a cada ato do senado - correm perigo...

Forças armadas atentas.

₢ Rui Rodrigues.

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Sete bilhões de humanos procurando governo honesto.


Sete bilhões de humanos procurando governo honesto.
 
 
 Sete bilhões procurando governo honesto
 
Vivemos num planeta cheio de gente. Estamos praticamente entupindo este planeta, beirando uma eficiência só comparável com a dos insetos, os verdadeiros donos desta terra. Ou serão as bactérias? Acho que são as bactérias. Nosso comportamento para ter sucesso deveria então ser o mesmo das bactérias e dos insetos, ou esperamos algo melhor graças à nossa capacidade de entender o mundo que nos cerca? E é evidente que nosso sucesso – temporário, porque tudo é temporário na natureza – se deve ao fato de nos sabermos governar. Bem... Parece, mas não temos certeza. Como a evolução faz parte da vida natural, também será natural que os sistemas de governo evoluam. O mundo está em ebulição procurando algo novo.
 
Vejamos como andamos no grande bazar de sistemas de governo à venda pelo mundo inteiro e escolhamos o que mais nos agrada. À venda porque as propagandas de governo assim nos dão o sinal... Quem faz propaganda quer vender alguma coisa. Talvez uma falsa idéia de “interessante”. As ruas dizem que não é nada interessante, bem pelo contrário.
 
  1. Comunismo
 
É um sistema de idealistas sem muita instrução nem conhecimento que querem obrigar todo mundo a ser igual a todo mundo quando ninguém quer ser igual a ninguém. Surgido por volta de 1917, ficou estragado ao longo do tempo, restando apenas dois países atualmente que se intitulam e agem como comunistas: A Coréia do Norte e Cuba, mas ninguém quer ir para lá. Não há liberdade de expressão, ninguém trabalha seriamente porque não vale a pena, existem presos políticos, o pau come solto, não se pode ser “capitalista”. Além disso, os amigos do regime têm tudo o que precisam e de mais moderno, e os outros são “camaradas” ou proletários. Ninguém está comprando. O grande mal do comunismo é que geralmente e para o bem da nação, gritam, matam, prendem e arrebenta, distribuindo quase igualmente a pobreza, o sofrimento, a reclusão, a perseguição, tudo o que é ruim e ninguém quer. Os lideres dizem que vivem em republicas populares democráticas, mas ninguém são de cabeça acredita. No fundo é uma oligarquia “ideológica” que governa. Os cidadãos não têm voz ativa.
 
 
  1. Socialismo
 
Pensou-se o socialismo serviria para socializar tudo, algo muito parecido com o comunismo, mas com grande, enorme dose de capital. Na verdade o grande mal do comunismo era que todos queriam dividir tudo igualmente mas não havia capital para comprar nada. Então não havia nada para dividir. No entanto dá um ar de legalidade porque há eleições realmente livres, amarradas com muita propaganda política. Como não podem socializar tudo – já vimos isso – resolveram socializar uma parte, dividindo igualmente as “sobras”, os “imponderáveis”, os “disponíveis” entre os políticos e os partidos políticos, e se uniram aos banqueiros para ganhar mais algumas “sobras”, “imponderáveis” e “disponíveis”. Mas apertaram tanto, que os cidadãos estão indo para as ruas, impressionados na forma deplorável como estão sendo tratados e vendo esses políticos cada vez mais fazendo o que querem e passando muito bem de vida com as verbas públicas. Pelos vistos esta mercadoria está em desuso e sob forte pressão popular. Todos dizem que vivem em sistemas democráticos, mas alteram a constituição de tal forma, sem consultar o povo, que já ninguém acredita nisso. Governo é governo, governo faz as leis, aprova as leis, e se a constituição não for alterada não podem fazer o que querem. Então alteram a constituição e já podem fazer o que querem. O povo fica embasbacado, mas não pode fazer nada. Passou e assinou cheque em branco para a raposa que vai cuidar do galinheiro. O símbolo do socialismo é uma rosa. Deveria ser uma raposa. No fundo é uma oligarquia de políticos que governam. Os cidadãos não têm voz ativa.
 
  1. Capitalismo
 
Só não existe no comunismo. Em todos os outros sistemas existe o capitalismo, o capital, o dinheiro, as verbas. Quem pode ter mais, é mais bem sucedido. Todos querem socializar o capital, mas o capital não deixa. É fruto da ambição e cada um tem uma boa dose de ambição. Neste sistema, manda quem pode, quem não pode se sacode. Os que mais têm fazem os demais se sentir inferiores porque não conseguem o que os tais conseguem. Como já vimos, no comunismo eram todos pobres e quem reclamava ia preso. No capitalismo são todos remediados, ambiciosos corruptos servem a causa e não vão presos, quem perde o trem vira pobre e grande parte se droga. A culpa é sempre de quem é pobre e de quem se droga.  Se os que se drogam estivessem sóbrios teríamos uma enorme revolução social. Por isso os governos não estão interessados em coibir o tráfico de drogas, até porque uma grana extra vinda do tráfico agrada a muitos que estão no governo. Banqueiros choram com a situação, mas como é comum a gente rica, choram com a barriga cheia e em casa se esbaldam entre risos e festas. É uma mercadoria que está sendo contestada nas ruas, porque ao cuidar das contas bancárias, os políticos aliados, da base aliada, e da alienação descuidaram da saúde pública, da segurança, do ensino, das obras de infra-estrutura, dos transportes públicos. Periga ser mais uma forma decadente de governar, mas aconselho firmemente a não acabar com o capital. Sem ele não se faz absolutamente nada, mas tem que estar sempre associado com a moral e a ética como parte da justiça. Esta sim tem que ser socializada: Igual para todos do numero um ao ultimo dos cidadãos. E não o é. No fundo é uma oligarquia de capitalistas que governam. Os cidadãos não têm voz ativa.
 
 
  1. Democracias representativas.
 
Merecem referência as republicas, as monarquias, os impérios, as ditaduras. Junte comunismo, capitalismo e socialismo em menor ou menor grau com republicas, monarquias, impérios e ditaduras, bata no liquidificador que fica tudo com o mesmo sabor, cor e cheiro. Os cidadãos não têm voz ativa.
 
Como vimos, todas estas formas de governo dizem que representam os cidadãos, fazem o que querem. Os cidadãos, iludidos, votam de quatro em quatro anos e julgam-se democratas. Fazem festas em dias de votação, quando geralmente é feriado nacional. Desta forma, e com as forças armadas e a polícia do lado dos governantes, sempre que o povo vai reclamar para as ruas baixam o sarrafo. Dizem que o numero de manifestantes não é “representativo”, mas esquecem-se que o grupo do governo também não é representativo: Faltam gays, negros, amarelos, índios, mulheres, médicos, engenheiros, trabalhadores, de tal forma que o governo se torne representativo. Os corredores palacianos vivem cheios de marqueteiros, banqueiros, gerentes, presidentes de empresas, instituições, mas não se vê o povo fazendo loby. Entende-se mas só se aceita porque está nas constituições. Talvez fosse tempo de substituí-las por outras aprovadas pelos cidadãos.
 
 
  1. Democracia participativa
 
Tudo é votado pelos cidadãos a qualquer momento, de qualquer lugar, através de um site central nos moldes do facebook. Vota-se como quem escova os dentes todos os dias, uma preocupação cidadã. O voto pode deseleger, mandar embora funcionário ou servidor do estado, incluindo o presidente, eu não nomeia absolutamente ninguém, nem pode declarar guerra sem consultar a população. 
 
Num sistema destes, o que faria um presidente da república, senão ser um servidor público que fala pela nação, em nome da nação, o que a nação quer? E os demais políticos o que seriam senão servidores públicos destinados única e exclusivamente a fazer prevalecer as decisões dos cidadãos? Quem mandaria na população, senão ela mesma através de votação instantânea? E que poder teriam os partidos políticos – e os políticos – de fazerem acordos políticos se quem manda é o povo?
 
Afinal, não do povo que saem aqueles que elegemos para nos representar? Pois então que representem, mas deixem o poder com a democrática decisão popular. Nós sabemos perfeitamente votar tudo o que votam nas instituições. 
 
Para saber como e outros detalhes sobre a Democracia Participativa, por favor consulte  http://conscienciademocrata.no.comunidades.net/
 
© Rui Rodrigues.
 

terça-feira, 16 de julho de 2013

Uma hora de cidadão na democracia participativa.

Uma hora de cidadão na democracia participativa.

 Participando nos destinos da nação
Para efeitos de melhor entendimento do que é uma Democracia Verdadeira, Real, Participativa e a função imprescindível do cidadão.

A vida de uma pessoa moderna sempre permite uns minutos ou uma hora na Net para se ligar ao mundo. Jornais comuns normalmente “torcem” para um lado ou para outro e têm meia dúzia de “donos” que norteiam ou “suleiam” as opiniões neles impressas. As redes sociais permitem obter um maior número de opiniões, descobrir outras facetas de assuntos, filosofias ou fatos. Numa democracia participativa em que os membros do governo não podem tomar iniciativas que afrontem a constituição ou as leis porque correm o perigo de serem demitidos no decurso de um dia, o governo é obrigado a manter um site que versa exclusivamente sobre o governo, novas propostas, novos projetos, novas iniciativas.

Vejamos alguns exemplos de como um cidadão interessado poderia usar esse site:


  1. Votando num candidato e retirando-lhe o voto dado.

É talvez o ponto mais forte da Democracia Participativa. O cidadão que vota normalmente a cada quatro anos, agora vota a qualquer instante e se seu candidato perde a sua confiança, pode retirar-lhe o voto dado. Se muitos, bastantes, tiverem a mesma opinião, seu total de votos cairá de tal modo que já não poderá continuar no cargo: Fica automaticamente destituído. Mas como este suposto cidadão perdeu a confiança em seu candidato? Pelo que sabe através de amigos, da net, de jornais, da televisão... Em função do que sabe pela disseminação de informações. E como cidadãos que fazem parte do governo não têm o poder que têm hoje – são obrigados a cumprir a constituição e as leis e podem ser instantaneamente destituídos – não podem esconder nada, não podem fazer “tratos políticos”, acordos entre partidos. Partidos e políticos não mandam nada na Democracia Participativa. Nem podem declarar guerra a ninguém sem consultar os cidadãos... Nem perdoar dívidas externas, nem comprar votos. Para que lhes serviria a compra de votos se lhe podem ser retirados no dia seguinte e serem expulsos do cargo?

Um dos agentes do governo – já não haverá na Democracia Participativa realmente políticos na acepção antiga do termo, porque agora todos serviriam a constituição e as leis – que tivesse tirado vantagens pessoais do cargo teria por lei que devolver o dinheiro aos cofres públicos e o faria, mas paralelamente os cidadãos lhe retirariam o voto para que se anulasse o processo que o elegera. O voto é de confiança. Seria como um encerramento de um contrato que teria que ter um fim. A constatação pelas autoridades de que tivera usufruído do cargo para tirar vantagens, não seria uma armadilha dos “homens da lei”, mas teria que ser constatado por testemunhas que haviam feito a denuncia, provas recolhidas, e o sujeito iria a julgamento. Mesmo que no processo viesse a ser julgado inocente, haveria agora que lhe retirar o voto para impedir que continuasse em sua prática durante o processo. Imediatamente, no dia seguinte, quando o réu já não tinha mais do que cinco por cento dos votos que o haviam elegido, ele sairia do prédio onde trabalhava e tomou o caminho de sua casa aguardando julgamento.

  1. A construção de uma nova estrada.

Alguém deu a idéia de construção de uma nova estrada atravessando cinco estados. De modo geral todos eram a favor, conforme nosso democrata participativo tinha previamente verificado pelas redes sociais. Parecia haver um consenso de sua real necessidade para escoar safras, produção, permitir o transito de cidadãos. Ela atravessava grandes áreas de estradas vicinais cujo custo de manutenção já era elevado. Muitos produtores sem poder escoar safras a tempo, volume e horas. As estimativas apontavam para um custo razoável de km construído, e o custo para cada cidadão, diretamente adicionado ao imposto único era também razoável. Pela constituição o valor dos impostos jamais poderiam ultrapassar os 25% da renda de cada um, de acordo com os seus ganhos. Quem ganha mais paga mais. A economia de uma nação se pode inviabilizar se os pedágios, aliados a outros fatores de carestia ou de ineficiência, contribuírem para aumentar o custo do frete a ponto de tornar os custos tão altos que se perca a competitividade dos produtos no mercado internacional. Isso significa menos vendas, menos impostos recolhidos.

Analisados os fatores, nosso cidadão participativo votou a favor da construção da estrada, lançando no site do governo uma ressalva: Uma enorme curva da estrada, estendendo o percurso em alguns quilômetros para que a estrada não passasse por uma propriedade. Dias mais tarde viu que sua proposta de encurtar o percurso, mesmo tendo que atravessar uma propriedade, fora aprovada pelos cidadãos de seu estado. Tudo não levara mais de sete dias para ser aprovada a construção.


  1. Votando um orçamento da União para os próximos 04 anos.

Sempre houve na humanidade anos de vacas gordas e anos de vacas magras. Governos anteriores à Democracia Participativa sempre gastavam todas as verbas dos impostos fosse no que fosse. A população vivia sempre “apertada” financeiramente. Não havia ano de folga, um ano de férias de impostos.  A partir da implantação da Democracia Participativa, após serem aprovados os termos da nova constituição, item por item, pelas redes sociais, os cidadãos interessados começaram a votar em orçamentos para cada quatro anos. Em função destes orçamentos se estabelecia então o valor dos impostos a serem cobrados em escala de renda. Cidadãos de baixa renda pagavam menos impostos. Havia uma taxa mínima de impostos a ser cobrada para manter os serviços públicos, os investimentos, os créditos no mercado. Cada nação vivia de acordo com a sua disposição ao sacrifício, à sua vontade de se desenvolver, progredir. Não havia instituições de caridade, porque havia trabalho remunerado para todos. Em épocas difíceis, de crise, havia programas que garantiam o sustento mínimo, através de trabalhos comunitários. Havia sempre alguma coisa a ser melhorada, e que poderia ser remunerada pelos cofres públicos.

Como a maioria dos itens do Orçamento para cada quatro anos já tinha sido previamente aprovado por votação popular, a aprovação final dependia apenas das porcentagens a serem aplicadas em verbas relativas a forças armadas, investimento no mercado exterior, ajuda financeira a baixa taxa de juros para países mais necessitados (de forma a manter a estabilidade internacional), e mais uma meia dúzia de itens não aprovados anteriormente. Nosso cidadão participativo votou no orçamento para os próximos quatro anos, que lhe tirariam de sua conta bancária, mais duzentos reais por mês durante os próximos quatro anos. O país ia bem, era praticamente uma empresa financeira que trazia lucros para a nação e divida os dividendos com toda a nação. Como? Através de agradáveis e eficientes serviços públicos, alegria na vida, longevidade, natureza equilibrada e mantida.

  1. Votando uma lei do aborto.

Antes da Democracia Participativa esse assunto permanecia “entalado” nos congressos. De um lado, a ciência, com sua postura impecável científica, nem a favor nem contra, apenas constatando os fatos e fatores da ciência comprovada. De outro, os religiosos, na maioria sem base científica, mas embasados por crenças com maior ou menor verdade em relação aos fatos e em representar algo, alguma coisa, ou até mesmo os seus fiéis: Havia divergências em seu seio. Por outro lado ainda, a população, também dividida, entre a ciência, a religiosidade e seu próprio entendimento. Nunca antes se tinham atrevido a votar a lei em países de forte tradição religiosa.

Várias leis do aborto já tinham sido votadas e agora a que tinha tido maior aprovação, com algumas emendas estava sendo votada por apresentar alto grau de adesão e representação. Nosso democrata entendeu que, sendo a vontade cidadão livre dentro das leis, a lei do aborto proposta não obrigava ao aborto, mas o apresentava como solução, atendendo condições e prazos, às mulheres que o desejassem. Por isso votou a favor. O aborto passaria a ser possível, dentro dos termos da lei, somente para quem o desejasse fazer. Nada mais justo. Não se pode nem se deve obrigar ninguém a ser religioso ou a deixar de o ser. Os templos continuam abertos, entra quem quiser.


  1. Votando o salário e a indenização de um soldado


A constituição do país, aprovada popularmente item por item, tornava o país pacífico por natureza, mas não tímido. As forças armadas tinham a sua verba que aplicavam como desejavam. Eles que sabiam as armas de que precisavam e se podiam ser fabricadas no país ou no exterior. Havia porém um divisor de águas: Ministério da Defesa ou Ministério dos Ataques?

Antigamente se dizia que a melhor defesa era o ataque. O conceito tinha mudado seguindo as bases das artes marciais: Nunca buscar o ataque, mas estar preparado para a defesa. As forças armadas deveriam estar então preparadas para se defenderem dentro dos limites de suas fronteiras, para o qual não precisavam pedir autorização por voto popular, mas poderiam atacar em território estrangeiro se fossem verificados ataques consistentes e sistemáticos por parte de uma potência estrangeira. Mas assim mesmo, era necessária uma votação popular para declarar guerra a uma potência estrangeira. Coisa que não demorava mais de 24 horas para ser votada, convocada a população através do site do governo.

Havia um plano de cargos e salários para o pessoal das forças armadas. E havia também um estudo suportado e verificado, para a expectativa de vida, que agora estava em 87 anos em média. Por outro lado a constituição previa que cada cidadão protegido pela nação, contribui para a proteção da nação, sob todos os aspectos, inclusivamente o econômico. 

A nova lei propunha que, cada soldado morto em defesa do território, dentro dos limites das fronteiras, teria seu salário e benefícios normais. Se, porém, por qualquer motivo a nação se aliasse numa guerra internacional, fora das fronteiras da nação, cada soldado deveria receber o mesmo salário, porém no caso de falecimento em combate, ou em decorrência de combate – fora de suas fronteiras – deveria receber uma compensação a ser dada a seus familiares diretos, a sua célula familiar básica: tantos salários quantos fossem os meses que separavam o soldado no mês de sua morte, ao final do ano de expectativa de vida. Esse valor deveria ser pago quer pela população, quer pelos aos quais se aliasse a nação.

Era uma medida justa, porque a vida de um soldado não pode ser inferior à de uma arma ou equipamento de guerra, e a família deve ter uma compensação pela perda de seu ente querido, de forma a que tenha valido a pena a decisão de uma nação em apoiar alguma guerra fora de suas fronteiras.

Havia-se passado meia hora que nosso cidadão participativo tinha ficado em frente a seu computador cuidando da nação, fazendo a sua parte nos destinos de seus familiares, descendentes, amigos, no sentido de tornar a nação um lugar cada vez mais agradável para se viver.

Seu país não era comunista, nem socialista, nem capitalista, mas uma mistura de tudo isso e algo mais: Era um país também humano e natural, inserido quer na natureza do universo, quer numa humanidade que não pretende se destruir, mas seguir em frente para ocupar o Universo em paz e cooperação com os demais países deste planeta.

© Rui Rodrigues