TRAIÇÃO À PÁTRIA.
O que é Pátria? Pátria é
tudo o que existe em um território demarcado de uma nação, sua natureza, os
cidadãos e cidadãs, os seres humanos acolhidos neste território, todos os
monumentos, a água, a geografia, o subsolo, a plataforma continental, as
tradições, os costumes, a Constituição e as leis, a idiossincrasia, a história,
os ancestrais, tudo o que está relacionado com a bandeira que representa tudo
isto, a Nação, que comporta a necessidade das forças armadas e das forças de
segurança pública. Tudo isto, e muito mais, é a nossa Pátria.
O que é Traição à Pátria? Traição,
em maior ou menor grau, é agredir a Pátria ou algo que a representa, por
palavras ou ações (Emitir opinião não é traição nem sair para as ruas em
manifestação contra o que se julga errado, que isso é exercer a cidadania). Traição é prejudicar gravemente a Nação no
seu interior ou no exterior. Podemos dar alguns exemplos de traição à Pátria:
- Em meio a uma guerra em que a Nação se defende,
fugir do inimigo ou cooperar com o inimigo, ou agir em favor do inimigo.
- Usar de ações violentas para derrubar o
patrimônio da nação quer sejam edifícios, ou meios de transporte, serviços
públicos, pessoas, ou qualquer outro bem que esteja dentro das fronteiras
da nação, incluindo embaixadas no exterior. Um breve ou profundo olhar
pela História da humanidade pode constatar que a violência nunca, em tempo
algum, resolveu de forma definitiva algum problema neste planeta.
- Uso indevido de verbas públicas, porque pessoas
eleitas para distribuí-las de acordo com as necessidades da Nação, quer
tenham instrução ou não, não podem alegar desconhecimento dessa
transgressão, por se trata de falta de moral e de ética para as quais não
existe diploma específico de qualquer universidade do mundo. Eleitores
podem conhecer perfeitamente o que é moral e ética, e podem até saber
discernir o que é ético ou não, mas não podem adivinhar se os candidatos
que lhe são apresentados pelos Partidos Políticos atuam dentro da moral e
da ética.
- A compra
de votos é uma traição à Pátria. Não pode ser apenas multada tal
atividade, porque de onde veio o dinheiro para a compra, pode vir mais
para pagar a multa, normalmente de baixo valor. É uma atividade que
destorce, modifica, altera, a representatividade dos cidadãos. Compra de
votos no Senado ou nas Câmaras, onde se decidem os destinos da Nação, é
traição em primeiro grau, a mais grave de todas, só comparável à compra de
votos dos cidadãos necessitados, que vendem seus votos em troca de
alimento ou qualquer outro benefício que o próprio estado não lhes
proporcionou e deveria proporcionar. Ministros que já foram demitidos e
outros que o mereciam, como exemplo, podem atestar que é relativamente
fácil tirar proveito do cargo, ou desviar verbas. A moral e a ética têm
que, através de leis justas, serem separadas da capacidade de “comprar”,
coisa que o Tráfico de Drogas, os desviadores de verbas públicas, e os que
aumentam seus próprios salários através de leis que aprovam em conjunto,
tirando partido próprio, sabem muito bem como fazer, como fazem, e como
fazer.
- Assumir cargos em pastas sem educação específica
para o cargo é traição à Pátria. Não se pode entender como justo que não
seja um Economista experiente, aprovado por concurso público e por
votação, a ocupar a pasta de Ministro da Economia, nem alguém que não seja
militar a ocupar a pasta de Ministro das Forças Armadas, nem ministro da
Saúde a alguém que não tenha curso de administração e de Medicina com
experiência comprovada. A “confiança” em alguém que não esteja devidamente
preparado, não é confiança: É ignorância, e não se pode ser governado por
ignorantes nem por analfabetos. Analfabetos assinam qualquer coisa. Apenas
com esperança e fé, se poderia eleger Maomé, Jesus, Moisés, Buda, Vishnu,
ou o Rei de Jade, que eles governariam o mundo através da “inspiração
divina”. Seria um absurdo. Este tempo já passou. A realidade é a
realidade. Tudo o que não é real é outra coisa fora deste nosso mundo em
que temos de nos governar a nós mesmos.
- Traição à Pátria, é alterar a Constituição
através de Atos Institucionais ou Medidas Provisórias – Não se pode
acreditar em Medidas Provisórias porque elas não têm prazo definido para
viger, que até nisso nos mentem e nos tentam enganar. Como aceitar Medidas
Provisórias se não dizem em que prazo elas serão aplicadas?
Uma
das piores traições à Pátria é manter no senado alguém que foi previamente
condenado pela justiça, ainda que dependa, sua condenação, de avaliação de
recursos, porque a Lei é a lei e enquanto em julgamento, a confiança, aquela
que lhe deu os votos, se perde até a confirmação da pena ou de sua absolvição.
Se absolvido, pode voltar ao senado. Enquanto não se esgotar o julgamento, o
lugar de condenados não é certamente no Senado, uma casa que deveria honrar a Lei.
Nossa República nos trai e
nos traiu, a nós, cidadãos brasileiros, de todos os partidos políticos e sem
partido, muito mais nestes últimos doze anos, do que em toda a história do
Brasil desde o ano de 1.500. Porquê? Porque perdemos um dos melhores períodos
da História em que os paises emergentes aproveitaram para se desenvolver, e
ficamos atrasados, parados,s estagnados, consumidos por inflação, desperdícios,
corrupção, desvios de verbas. Nossa Nação parou no tempo por causa de vontades
expressas por políticos desqualificados e sem instrução que não percebem os
intricados mecanismos que regem as ciências, o conhecimento, os atos de
governar. É uma vontade desqualificada, vazia, inexeqüível, que a ignorância
não permite perceber. O povo percebe nos bolsos, na saúde, nos transportes, na
educação, na segurança. Nada disto funciona e muito menos evolui.
© Rui Rodrigues
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