Noite!
A noite é quente, nenhum ruído.
As músicas são antigas, das que gosto.
Dá saudade, dá vontade de viver de novo.
Dá vontade de dançar coladinho com ela
Dá vontade de beber um whisky com gelo,
Quatro pedras, num copo raso e largo,
De fundo grosso, pesado.
Dá vontade de andar sem rumo na noite,
Dá vontade de ter alguém agora.
Dá vontade de estar longe, num quarto enfeitado,
Num quarto de motel, banheira, som
As mesmas músicas, o mesmo whisky
O dançar colado, de olhos fechados,
A música que mata com suavidade,
Dá vontade de tirar a roupa dela, beijá-la.
Molhar-lhe os cabelos, na água quente da banheira.
Mais um whisky, mais gelo, mais músicas,
Outra vez promessas, outra vez crer,
Ouvir, crer, prometer, beijar, dançar, amar.
Pena ser impossível voltar, dizer de novo.
Traria de volta os bons momentos, os risos.
Traria de volta as promessas, os sentimentos,
Os perfumes, as músicas, os bailes, as noites de cheiros,
De abraços, de beijos, de orgasmos.
Traria de volta mentiras, das quais me livrei.
Das quais a vida me tirou, me salvou.
A solidão de uma noite me torna confuso,
Muito confuso, com a música a me confundir mais,
Sem o whisky pra me fazer dormir.
Confuso, muito confuso!!
Um imenso abraço, Paulo César Pacheco, 12/12/09!
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