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sábado, 24 de março de 2018

Minha entrevista com Sir Stephen Hawking



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Num sábado à noite em que esperava uma tempestade vinda do sul peguei um daqueles livros do Stephen que costumo abrir a esmo de forma a relembrar, para não esquecer, qualquer ponto de suas observações. Cada frase é um elo para o conhecimento quase completo do que nos cerca e do que somos feitos. Já passava da meia-noite. Antes de abrir o livro "Uma breve história do tempo", refiz mentalmente o perfil do meu ídolo: Excelente em raciocínio matemático, uma visão cinematográfica em 3D, um espírito sempre indagativo, toda a física conhecida do universo dentro de quase 4 quilos de massa cerebral inserida num crânio dolicocéfalo.

Vale lembrar que costumo reler estes tópicos aleatoriamente para me avaliar, porque para entender o que leio tenho que me lembrar do que antecede o tópico assim como de suas consequências. E como costumo fazer isto no banheiro, arreei os shorts, sentei no vaso, abri o livro e reli:

- "... Isto significa que se deve excluir completamente da Teoria o Big Bang e quaisquer eventos anteriores a ele, porque não provocam efeito sobre o que se observa. Espaço-tempo teria limites e um começo na grande explosão."...

E refletindo, eu pensei alto dizendo: 

- Acho que te entendi, Stephen... Acho que te entendi...

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Incrivelmente o banheiro se encheu de repente. Estavam ali na minha frente o Stephen, em pé, inteiro sem cadeira nem sintetizador de som, simpático  e faceiro acompanhado da Marilyn Monroe fazendo boquinhas, olhinhos piscos de menina marota. Ele disse-me:

- Então ele é isso. Isso não é?
- Sim... Acho que sei. 
- Então ir em frente. Diga isso para mim.

- No livro você quis dizer que se o Universo não tem limites, tem que "tender" a infinito quer para o futuro, quer para o passado...
- Egzatamente...
- Vou dizer mais claramente: O Universo pode ter um fim, mas está tão longe, que podemos dizer que um tempo infinito decorrerá até que possa ocorrer, e enquanto isso a outra componente, espaço, se expande também indefinidamente, e quanto ao começo, poderia ter havido um começo, mas tão pra trás no tempo, que já existiria há um tempo infinito, num espaço ínfimo, diminuto...
- Egzatamente... Egziste há um tempo infinito e durará um tempo infinito... Sempre existiu!!!!
- E se sempre existiu, não precisa de um Deus que o tivesse feito...
- Egzato...
- E como você está aqui com a Marilyn? Vieram do Paraíso?
- Olha... Por vontade dos religiosos nem piranhas nem viados nem gays nem boiolas nem ricos nem políticos nem comerciantes ricos nem banqueiros nem ladrões nem assassinos nem traficantes nem drogados nem comunistas nem capitalistas exagerados nem adúlteros nem ladrões... Nenhum destes iria para o céu, para o paraíso...
- Só alguns padres, algumas freiras, alguns sacerdotes de outras religiões, criancinhas que não tiveram tempo de pecar, a maioria esmagadora longe dos pais por serem adúlteros e outras coisas, um ou outro general que defendeu as religiões, e todos os que sofreram demência desde a infância, por serem pobres de espírito... Um céu muito pequeno.
- E uma cáfila de camelos... Disseram que eles passariam mais facilmente que os ricos...
- Agora faz sentido que não tenha sido necessária a existência de nenhum deus que também não deve ter feito nenhum Éden nem o Adão, nem o expulsou nem precisou aturar demônios, anjos decaídos, que poderia ter eliminado num estalar de dedos em vez de ficarem torrando o saco da humanidade...
- Agora me diz pra quê deus, que não precisaria existir, iria precisar de dedos, mãos e pés... Pra fazer o quê e caminhar aonde?
- Sim... Mas explica a tua aparição e a da Marilyn...
- Somos hologramas de uma outra dimensão. 
- E como chegaram aqui?
- Viajando numa corda (da teoria da grande unificação)tal como a  luz se transporta por fibra ótica...
- Caraca!!!! 

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E lá se foi o casal se beijando, dançando mambo e saracoteando até desaparecerem num fio de luz multicolorida pelo buraco da fechadura. Levantei-me um pouco para espiar pelo buraco da fechadura e vi a bela vizinha, 36  anos, chegando da praia, de biquíni ... Resolvi ficar mais um minutinho ...

Rui Rodrigues

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