O ciclo do comunismo – ascensão e queda.
(similar ao do nazismo [1])
Este mundo nunca foi justo, justamente por causa de ambiciosos e oportunistas.
O comunismo parecia a solução para que todas as riquezas fossem distribuídas entre todos de forma mais justa, mas das cerca de 90 nações do mundo que já foram comunistas, restam apenas duas: Cuba e Coréia do Norte. O que deu errado? Parece haver um “ciclo” para este tipo de ideologia.
- O surgimento
Surge em épocas de crise, quando o equilíbrio da pirâmide social sofre modificações importantes ou violentas, normalmente em função de crises econômicas, guerras ou regimes de governo. Por mais que as pirâmides sociais sejam achatadas ou verticalizadas, há um equilíbrio nas camadas sociais que mantém a ordem, o progresso e a paz nas nações. Nesses momentos de crise, a indignação popular cresce e fica preparada para qualquer coisa “diferente” na forma de ser governada, que lhes melhore a vida. A propaganda é importante, a criação de “símbolos” de unificação de vontades, adquire uma importância fundamental nem que para isso se use a mentira, porque a verdade começa a ser oculta pelo impedimento de liberdade de expressão dos meios de comunicação. É o momento oportuno para o surgimento de “líderes” que lhes indiquem o caminho. Os cofres públicos e as riquezas particulares confiscadas são o baú inicial para a “distribuição” social das riquezas. Até aqui não há diferença entre nazismo e comunismo.
- O estabelecimento e o auge
Quando se fala em dinheiro raramente se associa este termo a “elemento de troca”, mas dinheiro ou moeda pode ser qualquer coisa, desde conchas a moedas, desde moedas a cupons de racionamento e distribuição de bens pela “coletividade”. Porém, e de forma geral, comunistas principalmente são avessos à moeda, ao dinheiro, porque o vêm como um símbolo “capitalista”. Uma vez imposto o comunismo como forma de governo, mantêm uma moeda fictícia, fora da realidade para as trocas internacionais, e internamente a mantêm, tirando-lhe a importância pela redução do uso: Distribuem cupons de racionamento que distribuem de forma desigual pelos lideres, militantes, simpatizantes e povo. As prisões começam a esvaziar-se de ladrões, traficantes e bandidos e começam a encher-se de “inimigos do regime”. Forma-se uma bolha “nacional” na qual só entra a informação que interessa ao regime e da qual nenhuma informação saia sem que seja previamente submetida a censura. Sem governo totalitário, o comunismo não germina, não progride, mesmo que o totalitarismo seja obtido através de alterações à constituição. O auge do comunismo, e o inicio de seu declínio acontece quando uma enorme porcentagem da população recebe uma educação mínima, porque universidade só serve para quem tem capacidade e não há venda de diplomas, e todos têm pelo menos garantido um quarto para viver e comida no prato. As artes são desenvolvidas como forma de amenizar a vida. Nem todos têm TV, computador ou celular, automóvel é para poucos, geladeiras, ares condicionados, e bens de primeira linha, somente para lideres e protegidos do regime.
- O declínio e o fim
Após o auge, vem sempre o declínio de qualquer coisa neste mundo. O melhor exemplo somos nós mesmos que já começamos a morrer desde o dia em que nascemos. Passamos por um auge e declinamos porque não conseguimos manter sempre o mesmo fator de produção e distribuição de energia. Os órgãos começam a falhar. No comunismo é assim também. Logo após a implantação do sistema, os hábitos são alterados, a ambição reduzida e controlada, a vontade de querer alguma coisa diferente se esvai como que por encanto, mas não morre. Apenas fica adormecida, porque é uma condição natural da humanidade. Os líderes do comunismo têm ambição e nesse sistema continuam a tê-la, e á vontade, porque a censura não permite reclamações. A necessidade de controlar é tão grande, principalmente em países de grandes populações, que qualquer iniciativa passa obrigatoriamente por uma estafa de perguntas, respostas e verificações – a que chamamos de burocracia – que dificulta a sua consecução e provoca perda de vontade de fazer alguma coisa. Numa sociedade sem incentivos de produção ou de melhoria de salários, o esforço pessoal se iguala ao do parceiro de trabalho, porque trabalhar demasiado sem compensação à altura não é motivação. A produção começa a decair, a qualidade se deteriora, e só os programas tecnológicos do governo seguem adiante com mais ou menos demora. As trocas comerciais com o exterior começam a diminuir a capacidade de comprar o que é necessário para a nação, incluindo alimentos, artigos importados, itens tecnológicos que permitam acompanhar o desenvolvimento nacional. Logo os cupons comprarão menos do que no ano anterior até se chegar a um grau de insatisfação popular que atinge pouco a pouco os altos escalões do governo, tal e qual como nos períodos anteriores à implantação do comunismo. É então chegada a hora de abandonar o comunismo e buscar outra forma de governo que possa dar “mais certo”.
O Brasil está na primeira fase através de “sonhos de criança” de um grupo de ex-terroristas assaltantes de bancos quando faltou o apoio financeiro de países então comunistas como a China e a URSS, e precisaram de dinheiro...
Comunista precisa de dinheiro e muito, porque normalmente não sabe lidar com esse símbolo e prova disso temos aqui em casa com os governos Lula e Dilma. Como em todo o planeta há uma crise mundial geralmente criada por um excesso de “poder”, talvez seja a hora certa para tentarmos um novo tipo de democracia que foi descoberta há cerca de 3.500 anos por Sócrates, um grego filósofo, e que agora tem “pernas para andar” através de redes sociais: A Democracia Total, Verdadeira, Participativa[2] .
© Rui Rodrigues