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quinta-feira, 27 de agosto de 2015

“Experimentalis Homo”.


Os ventos do pensamento por Terra mar e grei.



Primeiro veio a semente com os ventos mais agradáveis: O continente único e enorme chamado Pangea havia-se separado para dar lugar a mares pequenos, em vez daquele mar gigante a que chamaram  Pantalassa  e a novos continentes, menores. Foi o dia em que o planeta decidiu que não queria nada de grande e enorme em sua superfície. Até o Thetis, enorme oceano no interior de pangea abriu caminho para outros oceanos e se chama hoje Mar Mediterrâneo. Os dinossauros haviam acabado também. A semente não foi uma semente física. A semente nasceu no cérebro, num esforço tremendo para se adaptar ao meio em que vivia. Foi a semente do homem. O símio levantou-se em duas pernas e partiu, já homem e mulher, para conquistar o mundo que viam. Uns foram por mar, outros por terra, e surgiu a grei, a que se chama também de humanidade. A humanidade é constituída por seres ridiculamente pequenos, mas com uma alma tão grande que conquistou a terra, os mares, os ares e o espaço onde nem se pode respirar de forma convencional. A grei continua em franca adaptação ao ambiente e a outros ambientes. Evolui. Rasga-se o velho, descobre-se o novo para conquistarmos as estrelas. É uma questão de sobrevivência. Está escrito em nosso “complexo reptiliano” ou “bulbo raquidiano”, em nossos genes, e por mais estranhos que pareçam os caminhos, nada nos segura. Vamos conquistar o Universo, chegar aos seus confins, viver em outras terras, outros mares, outros ares, e se encontrarmos passagem, outros espaços e universos.
 Esta foto é de guerra convencional interna- Líbano.

Ou pereceremos numa estúpida guerra mundial, porque o que temos de sensatos, determinados e inventivos, também temos de ambiciosos, ignorantes e loucos. São os sistemas de governo que decidem os nossos destinos, e se nos apresentam loucos, ambiciosos e ignorantes para neles votarmos, então que não votemos até que percebam que não nos agradam, por não sermos como eles.

Não somos como eles?

Nenhum ser humano suporta ser tocado como gado, submeter-se a outrem ou a algo, principalmente quando não admira esse alguém ou esse algo. Se o rejeita, surge uma revolução e isso é apenas uma questão de tempo ou oportunidade. Para se admirar alguém ou algo, é preciso que tenha qualidades. Porém, se lançarmos fortes propagandas destruindo o conceito dessas “qualidades”, logo estaremos com produtos vencidos em nossas prateleiras do pensamento, e somos “padronizados” numa questão de tempo [1]. Depois, evidentemente, abole-se o que não interessa e se recomeça de onde se parou antes da propaganda. Isso é perda de tempo. A humanidade não percebe de antemão em que atoleiro se mete. É uma espécie terráquea experimental. Vive de sonhos e experimentação. Se o sonho parece lindo, experimenta. Não temos laboratórios de simulação de futuro. Fazem-nos muita falta. Já não somos nem nunca fomos Homo Sapiens. Somos “Homo Experimentalis” por completa falta de visão de consequências. E o mais importante é o substantivo. Deveria ser “Experimentalis Homo”... “Sapiens Homo”... O homem não é importante, mas o que faz e como faz.



Pequenos grupos humanos, porque cada ser humano tem uma “especialidade” e se juntam segundo uma linha comum de pensamentos, olham horrorizados para as grandes massas, como correm para precipícios atraídos por tocadores de flauta, como se fossem flautistas de Hamelin [2].  Estranha democracia a que temos, que nos põe nas mãos do voto das maiorias, normalmente sem vastos conhecimentos, imediatistas em mundo que se constrói tão devagar, ambiciosos em mundo em que quem pode mais consegue sempre mais, sem visão de cosmos e da necessidade que temos de nos prepararmos para um futuro sombrio na questão de sobrevivência como espécie. Pensando assim, desviamos recursos necessários ao desenvolvimento da ciência, de viagens espaciais, do bem estar social, para atendermos a industria da guerra, o enriquecimento de companheiros de partido, para a corrupção, que tal como qualquer droga produz estragos que só nos atrasam em nosso percurso ao desenvolvimento da humanidade. Tudo isto passará um dia, porque as sociedades se revoltam ao constatarem que não deveriam ter seguido os flautistas de Hamelin, muita gente morre e sofre entretanto, mas a história mostra que é assim: A humanidade se revolta e muda os rumos que lhe quiseram traçar. O problema é que perdemos tempo. Já estamos caminhando em zigue-zagues (e para trás e para frente) há quatro milhões de anos como “homo” e há cerca de 200.000 anos como “Sapiens”... Somos “Experimentalis Homo”, não me restam dúvidas.

Passo pelas redes sociais e vejo como correm para as notícias em busca de imediatismo; flautistas de Hamelin; mulheres barbadas; anões de congressos; novidades para pintura de unhas; cuecas sutiãs e meias cheias de dólares enquanto continuam roubando em iates, aviões, navios caminhões e trens; assinaturas para liberação de verbas; ver danças com famosos como se a fama fosse algo importante atribuído apenas a artistas, como se não estivéssemos todos "dançando" neste país; Almoços com "estrelas"... E há uma casa cheia de gente medíocre em busca de aplausos que, aliás, são a cada dia mais “ adicionados” por propaganda paga para o programa ter “audiência”... Que mundo merece o substantivo de real e qual merece o de falso? A que grupo pertencemos cada um de nós? Qual a sua resistência á tentativa de nos “massificarem”, pagar por idiotices quando nos falta o pão em casa e não temos dinheiro para pagar médicos fora do sistema do SUS? Famosos e estrelas carecem de sentido.É mundo de ilusão... 



Se atentarmos para a nossa responsabilidade sobre os governos que mantemos no poder, mesmo sabendo que estão explorando a população, porque defendemos quem não sabe o papel que deve desempenhar na vida, se aproveitou dos que elegeu, porque nessa época seu imediatismo e ambição o levou a votar nesses flautistas, e hoje paga – com o dinheiro do qual se aproveitou – para pagar a traficantes de almas que o levem para a Inglaterra e a Alemanha? Quem tem cinco mil dólares hoje na Síria para pagar a traficantes de “navios imigratórios” [3]?

Quem irá entender o que escrevi?... E isso importa? Claro que não importa. Sempre há quem, desculpa após desculpa, erro após erro, ainda acredite que são ilibados os flautistas de Hamelin. E Jesus Cristo deverá ressuscitar (ou vir ao mundo assim como Dom Sebastião, o rei bonitinho amado pela populaça) novamente por estes dias. Talvez num dia de nevoeiro, mas antes de uma eventual catástrofe mundial provocada por inculto e bronco presidente de alguma nação "democrata".  

® Rui Rodrigues

PS- Depois de concluído este texto fui verificar se alguém já teria descoberto a ideia de um "homo experimentalis"... Já... Um monte... Que bom que existe mais alguém que já tenha abordado essa característica de nossa humanidade Sapiens.Um dia lerei para saber da "idiossincrasia" do grupo. 





[1] Como nos tempos de Mao Tse Tung, quando todos usavam a mesma roupa, e o livro vermelho do comunismo era lido em todas as casas, lojas, eventos, por toda a China... Mesmo assim, o comunismo sumiu da face da Terra, limitando-se hoje a saudosistas sonhadores, daqueles que se arrepiam por todo o corpo ao rever o filme “ Red” e o hino da Internacional Socialista... Se fosse por saudosismo, logo estaremos de volta ao topo das árvores coçando sovaco, projetando o lábio inferior para frente, e urrando... Banana, a fruta preferida.
[3] Em comparação com ‘navios negreiros” do passado. Porões cheios, irrespiráveis... Antes não havia motores. Com os motores de hoje, no porão gente morre por excesso de gás carbônico, anidrido carbônico... Parece que só evoluimos bastante em motores...

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Sinopse de uma viagem a Cabo Frio - 26 de agosto.



Disse-me Josefo, que mora no Jardim do Peró, filho pródigo da cidade, com a mania de cronista verbal sobre o que se escuta e ninguém costuma falar:

“Saí para comprar um presentinho, uma lembrança, de aniversário para minha filha e pagar umas contas. Bom que não devo nada a ninguém, ninguém me rouba no banco porque não tenho nem cartão de crédito e nem uso a net para fazer pagamentos. Crédito o banco diz que tenho só para me “atrair” tal como costumam fazer as meninas do “Boulevard” e que têm sempre uma bolsinha pra rodar. Vão rodar a bolsinha com a mãe deles, cambada de vagabundos. Falo dos ladrões, não das meninas. Os ladrões gostam muito de assaltar vizinhos. Todos já foram cabos eleitorais e sabem como se rouba muito bem. Também não guardo dinheiro em casa. É que tudo o que recebo tenho que gastar e não sobra nada nem pra mim.  
Por outro lado, como a Prefeitura não cumpre com suas obrigações, entramos com ação na justiça e suspendi meus pagamentos que nestas circunstâncias seriam completamente INDEVIDOS e ilegais... Pago impostos em troca de alguma coisa, como serviços, por exemplo. Sem serviços não tem pagamento.
Quem tem crédito é que tem que ter caderneta. Por isso tenho várias cadernetas. Minhas “economias” estão nas lojas onde costumo comprar. Pago sempre a mais e tenho crédito com eles. Por vezes compro sem pagar nada por já ter pago antes. Eles anotam direitinho na minha caderneta “creditícia” e não "creditária".


Passei na loja da grande família chinesa onde falam mandarim e comentei sobre o Yuan e a queda da bolsa enquanto comia um pastel estaladiço, cheio de queijo, acompanhado de um suco de cana de açúcar. Eles sorriram em português, discutiram em mandarim e encolheram os ombros em esperanto. Porque razão achava eu que eles tinham se mandado da China? Mas me avisaram que liberdade é muito boa, jamais pode ser perdida, mas Brasil também não investiu em infra-estruturas, e podemos esperar problema igual. O sotaque deles é de carioca e não de Cabo Frio. Em mandarim não têm sotaque nenhum. Já nasceram falando assim. Por causa dos ladrões, vou escolher outra pastelaria para não criar “hábitos”... Qualquer dia teremos mais assaltantes do que gente honesta. É a Pátria Educadora mais preocupada com o gênero de criancinhas até seis anos de idade, e verbas para contar historietas de pessoas como Marighella, o heróico genoíno cobardolas, Vana rabo de foguete, zecadiralho o caixa zureta e Lula  o molusco escorregadio, do que em resolver o que realmente é problema. Algum desses foi e continua sendo X-9, delator dos companheiros... Devem ter sido dois, porque esses dois continuam intocáveis e têm tanto de comunistas revolucionários, quanto Maluf e Collor. Traíram desde pequenininhos e não seguram o rabo de ninguém. Que pena que o helicóptero do general capotou, e do Ulisses sumiu... Eles deveriam saber! Arquivo morto sempre vira herói!Quem sabe até o Juscelino sabia.... Quem não sabe de nada, nunca, são os tais dois.


Não há lula á venda em Cabo Frio, e é proibido caçar antas, até por sentimento democrático, mais que humanista ou ambientalista. A grana pra serviços públicos está maluffada, collorida, e se os dois que ninguém toca, nem sopra, aparecerem, vão ter que escutar palavrões misturados ao som de batucada com panelas, frigideiras, coro de meninos, meninas, idosos. A banda da marinha estaria presente para tocar o hino nacional em desfile embandeirado. Nesse dia os traficantes da cidade dariam injeção na veia. Não se sabe se na deles mesmos ou de graça nas comunidades da desgraça onde para ter alegria a família não é suficiente e até atrapalha porque não deixa de comer para lhes servir as notas com que pagam a droga.  Não há um só vivente que fale bem deste governo,seja federal, estadual ou municipal, exceto por uma meia dúzia que se ajeita onde foram colocados por “serviços pessoais prestados”.

Há quem proponha uma nova bandeira do Brasil: Com a palavra “Libertas Que sera Tamen” logo embaixo de Ordem e Progresso. Verde, azul, amarela, branca. Só pra quando esses desgovernos largarem o osso."



® Rui Rodrigues 

terça-feira, 25 de agosto de 2015

Entrevista com o professor Angstrom Von Shneider.


Ella Athal é a minha bela e competente secretária, gerente, jornalista, e o que há de melhor no Bar do Chopp Grátis. Além do mais, ela pratica artes marciais e tem uma queda por mim. Sempre treinamos juntos. Não fossemos tão aventureiros, e já estaríamos casados há muito tempo, cheios de filhos até pelos corredores e do salão até o hall, o mais velho me pedindo uns trocados para montar a sua empresa, o mais novo no meu colo, lavando o bumbum dele, mas minha avó paterna foi enfática: Não se pode dar o passo maior que as pernas. Apliquei isso ao bolso, e nunca gasto mais do que o bolso tem. Perguntem a Ella Athal, que sempre me chama de “pãum durru” mas quando vamos comprar sorvete, cada um paga o seu. Produtos de lavagem e perfume vaginal, camisinhas, toalhinhas e essas coisas femininas, até o batom, quem paga sou eu. Ela argumenta que eu é que uso os produtos que compro pra ela. Afora isso, dividimos muitas coisas. Certa vez em que a rua estava em obras, tiramos uma semana para irmos a Viena, Áustria, quando também por coincidência, conseguimos umas passagens tão baratas que pensamos que o avião seria algo parecido com o Bagatelle do Santos Dumont. As passagens realmente saíram por uma bagatela. Quem não sente a Áustria e Alemanha como uma Anschluß[1], formando uma só nação? É uma injustiça pensar assim mas talvez não seja tanto.

1. Áustria, a capital cultural da Alemanha.


Se já experimentou desembarcar em Viena de Áustria deve ter se sentido numa “Alemanha” cheia de cultura, como se fosse a capital da industrial Alemanha. Colocaria a República de Weimar num chinelo. A língua e o povo são praticamente o mesmo. Viena, então, é ainda mais silenciosa, musical, intelectual, digamos até imperial do que qualquer cidade da Alemanha. E mais cara também. Freud viveu lá. Como era verão, Ella Athal resolveu se refrescar em frente ao Palácio Imperial de Hofburg puxou uma revista, deitou-se na grama e pediu que lhe batesse uma foto. Depois se levantou e caminhamos até um restaurante que tinha umas cadeiras do lado de fora, perto do Bosque de Viena. Pedimos duas cervejas. Na mesa a nosso lado estava um senhor solitário tomando uma bebida mais forte. Era bem idoso. Um homem e uma mulher o olhavam na mesa ao lado. O idoso estava sentado numa cadeira de rodas. Foi ele quem puxou conversa em inglês perfeito.

Na foto o professor em Quichinau- 1944 
- Viena é linda, não é?
- É sim. Séculos de cultura, experiência, guerras...
- É verdade. Não reparem nem olhem, mas aquele senhor e aquela senhora na outra mesa não falam inglês. Cuidam apenas de mim.
É muito raro que eu saia de casa por causa da minha idade. Eles só me deixam tomar um drinque e mais nada. Sei que o drinque já vem batizado com água lá de dentro, por ordem daqueles dois, mas não posso fazer nada. Vocês vieram de onde?
- Do Brasil.Ela é minha secretária, jornalista.
- Ah... Jornalista...
- Algum interesse particular senhor...
- Professor! Angstrom Von Shneider. Fui professor secreto na Universidade de Quichinau, capital da Moldávia.Secreto, porque naquela altura se estava em guerra e só meia dúzia de pessoas de Stalin sabiam que eu trabalhava lá. Nem os alunos sabiam. Para eles eu era um secretário do Partido adido á Universidade. Há muito tento passar informações, mas ninguém me dá crédito. Acham que estou ultrapassado e que sou gágá... Se puderem, publiquem. 
- É sobre o quê, professor? 
-Macro-Economia política, visando á conquista de mercados ou á sua destruição.
Ella Athal a partir daí assumiu a conversa que se transformou numa entrevista.

2. A MACROECONOMIA GEOPOLÍTICA.

O professor começou a explicar onde queria chegar.

- Nas Universidades aprende-se economia e macroeconomia, mas é nos escritórios secretos do governo e de banqueiros que se aprende como invadir mercados e até destruí-los, se bem que a economia é uma dama tão sensível, que qualquer ato fora de ordem pode acabar com o amor.
- Pode ser usada então como uma arma? Quero dizer, de certo modo...
- É esse exatamente o caso. As forças armadas de cada país estão unidas em torno de governos porque os governos protegem o capital. É este capital que produz serviços públicos de qualidade, forças armadas fortes, ensino de primeira qualidade. Quem consegue um status razoável não deseja que ninguém o destrua. Quando alguém destrói a economia de seu país, ou é para levar vantagem, ou incompetente. A terceira opção para a incompetência seria estar a serviço de nação estrangeira. Mas isso seria uma traição á pátria. Naquele tempo a Alemanha tinha arrebentado com a sua economia, e a Russia era comunista. Temia um confronto futuro com os EUA. Pensou-se então numa guerra econômica. 
- Faz sentido isso...Mas parece que a Russia a perdeu se é que alguma vez fez esse tipo de guerra.
- Já viu comunista que odeia o capital, que acha que este mundo pode ser gerido sem o dinheiro, gerir bem o capital? Isso é nonsense... Não tem sentido, mas os russos tentaram sair do aperto econômico do mundo ocidental. Tentaram sim...Mas não tiveram visão! Nos tempos de vacas gordas deve comprar-se para fazer estoque para o tempo das vacas magras...
- Como tentaram, professor?
- Não tenho nada contra gente pobre, e até os admiro porque conseguem sobreviver. Esses são os melhores economistas do mundo. Simples, mas entendem de uma economia ainda mais simples: A da sobrevivência. A Russia sempre teve uma economia da sobrevivência. Não era competitiva. Nenhum país comunista ou socialista tem economias competitivas.A Russia lutava por um lado para sobreviver internamente mantendo um padrão mínimo á base de distribuição de cupons de racionamento, e por outro lado tinha pretensões para conquistar a corrida espacial, manter as republicas socialistas sob sua botina, estender o comunismo a Cuba, a África... É a economia do "pobre" que se tenta vestir como se fosse rico e acaba por gastar mais no supérfluo do que alguém de classe média, esquecendo o principal e a poupança segura. 
- Então, professor a queda do comunismo na Russia foi produto de uma incompetência ou de uma conspiração?
- Diria que das duas. Veja as bolsas da China. Estão caindo muito. Isso vai dar o que falar. A China pode até entrar numa revolução. China e Russia erraram no mesmo ponto: Mão de obra barata, quase escrava, por conta do "comunismo", quando o camarada trabalha para o partido por ideal. Quando os mercados externos balançam, esses países precisam baixar ainda mais sua mão de obra... Como? Não pagando nada a quem trabalha? Já a Igreja Católica se aproveitou da queda do comunismo e disse que tinha sido devido a rezas e que isso estava na carta de "Lúcia"... A Igreja Católica também é política. Quem não é?  
- Mas a China está sob ataque ou também é por incompetência?
- Olhe, menina...Todos os países comunistas acreditaram erroneamente que uma "Pátria Educadora" pode mudar o perfil idiossincrático da humanidade e transformar um povo em doador anônimo. Não podem. O ser humano gosta de progredir, ter um sentido de vida. Hoje caçar com machado de pedra, amanhã com um de bronze, depois com um de ferro, até possuir uma bomba atômica e ir para casa de automóvel do ano. Quando em 2008 o mercado teve um baque por causa de três bancos que iriam á falência nos EUA, a China e os emergentes começaram a crescer enquanto o mundo ocidental se retraía por ter percebido que ainda sentiria falta de dinheiro. O mundo ocidental economizou e passou a consumir menos. Qual economista digno de diploma e de nome não sabia disto, não poderia prever o futuro? Nem que fosse louco. Ladrão ou chefe de ladrões, sim, passaria batido por cima da situação porque não é esse seu interesse. Seu interesse é esvaziar cofres e distribuir pelo politburo e amigos dependentes que lhes garantam o poder. 
- Fala do Brasil, professor?
- Do Brasil e de quem se forma até em Harvard mas não atende o cargo pela nação e sim por interesses próprios ou pelos interesses a quem, indiretamente, deve beija-mão.Já estive até no Brasil uma vez com um grupo de alemães. Viajei pela Varig...


Mesmo em época de crise os países ocidentais podem continuar comprando petróleo e estocando em poços vazios... Comprar minério de ferro e estocar em pilhas. Eles têm os bancos e o dinheiro. Podem fazer estoques baratos com vistas á produção futura. Comunistas dizem que exploram, que são isto e aquilo, mas não... É trabalho limpo, fruto de inteligência, de mérito. A vantagem é a qualificação, o mérito, a moral e a ética. Dar ninguém dá... Mas voltemos á Russia, quando ela quis fazer tudo ao mesmo tempo e não tinha dinheiro...
- Sim, professor... O que fez a Russia?
- Ajudou Angola em troca de diamantes. A filha do homem que ele ajudou, o atual presidente há já quarenta anos, é a mulher mais rica de África, a Isabel... Em troca de ajudas, na maior parte inócuas, recebia matéria prima dos ajudados por todo o mundo e até açúcar de Cuba. Dava "apoio" aos regimes e recebia matérias primas quase de graça, de amigo para amigo. Mas não desenvolveu a economia, sistemas produtivos competitivos, e continua não desenvolvendo. Para o presidente deles está bom. Tem todo o conforto, toda a riqueza que quer e até submarino particualar. A Russia não mudou muito. 
- E os EUA? vão para o socialismo com o Obama, ou continuam capitalistas depois dele? 
- Aos banqueiros não importa para onde vão os EUA. Podem sair de lá e ir capitalizar outro país, a Alemanha, por exemplo. Sempre estiveram em todos os países do mundo. Ser capitalista é ser humano e ter sucesso com o dinheiro ainda que isso possa representar um tremendo insucesso no relacionamento pessoal, mesmo com as mulheres, como pensam os comunistas, mas isso é uma epidemia quando se põe primeiro a profissão e depois o conforto e o relacionamento.Mas muito em breve as mulheres serão banqueiras também, generais de exército, almirantes, brigadeiras...
- Tem algumas fotos, professor?
- Tenho... Ando sempre com elas. Tirem fotos das fotos e me devolvam que só tenho essas...
- Tá... E esta crise atual quando acaba, professor ?
- Se não der em guerra, não termina antes de 2028... Garantido... Se houver guerra, nem se preocupem... A guerra acabará com a crise, porque sem humanidade não há crise... Os ratos herdarão a terra. Já andam roendo economias em nome do comunismo, uma baboseira sem tamanho, uma cretinice,uma cabotinada em que só quem for muito ignorante pode acreditar. Já não existe nenhum país comunista e eram mais de cem... Mas quanto mais "pobre" mais acredita na ressurreição de Jesus, em Papai Noel, em duendes, e na fraternidade humana... Quem dá, diziam, emprestava a Deus... Deus não se sabe se ficou mais rico, mas quem pedia, e ainda pede, ficou... Basta ver a riqueza que têm.
- Só para finalizar, professor... Poderíamos dizer que aquele problema dos três bancos falidos em 2008 foi uma conspiração?
- Bem... Em 1929 os banqueiros resolveram conspirar vendendo ações para depois recomprarem a custo menor e desencadeou uma tremenda guerra porque todos os países foram atingidos, grande desemprego, fome, miséria, suicídios... Em 2008 quem pode dizer se foi se não foi? Pode ser que os banqueiros tenham dado um golpe para conseguirem dinheiro público em suas contas a custo quase grátis... O povo perdeu o dinheiro, evidentemente. Em todo mundo. Os bancos ficaram com os cofres mais cheios... 

Esta Não é Ella Athal. Pediu-me para não a mostrar. É uma amiga muito parecida com ela. 

Despedimos-nos do simpático professor Angstrom Von Shneider que nos disse ter 105 anos... Acreditamos, mas continua lúcido.

 ® Rui Rodrigues


[1] Acordo entre o governo nazista alemão e o Austríaco para se juntarem num só país alegando a língua, os costumes e os interesses, como base para o acordo. Dizem que Hitler invadiu a Áustria. Não estamos tão certos disso. Hitler anexou assim a Áustria e a empurrou para a guerra que iniciaria contra o mundo. Os alemães daquela época não pensavam bem. E alguns hoje também não. 

domingo, 23 de agosto de 2015

A Invasão- Pesadelo Besteirólico alienígena.

Atenção...Não é filme. Ligue a TV e assista ao vivo, todos os dias. É uma série real, que já passa há 13 longos anos.
 
  1. A invasão alienígena.

Vocês não sabem o que é uma invasão besteirólica alienígena. Nunca queiram ver. Dá uma angústia que nem imaginam. Aquelas naves todas que não vemos, mas sabemos que estão lá, enormes, cheias de tubos de canhões, tambores enormes de gás pimenta, arsenal de balas de borracha, carros-pipa cheios de jatos d’água que deve ser do volume morto contaminado, janelas que nem sabemos quem nos olha do lado de dentro, cheias de soldados prontos para nos dar bordoada. E deram bastante, mas depois que se aprende a reclamar sem lhes dar motivo para nos baterem não têm alternativa por causa da enorme influência de uma Organização Liberal Internacional chamada “Opinião Internacional”. E ficam quietos. Pior que eles, os alienígenas, não têm soldados deles, alienígenas, no duro. Usam os nossos próprios. Volta e meia fazem pronunciamentos pela Televisão. Só então se vê que usurparam os nossos corpos. Eles conseguem parecer-se conosco. Parecem iguaizinhos, mas falam mal como se não tivessem educação, tomam atitudes erradas, só pensam em dinheiro. Devem ter estranhado a tal de “Opinião Internacional”, mas se explica. Os alienígenas só invadiram a Zona do Brasil, a Zona da Venezuela, a Zona da Bolívia e a Zona da Argentina. Só atacam em zonas, como se não tivessem mãe com telhado de vidro onde se possam jogar pedras. Primeiro chegaram de mansinho para montar uma base e daqui conquistar o mundo usando métodos copiados das extintas URSS, Alemanha Oriental, China antes do capitalismo selvagem, Cuba antes de reatar amizade com os EUA. Depois partiriam para conquistar o planeta.



Entre o sonho e a realidade, basta abrir os olhos levantando-se de berço esplêndido, ou fechar os olhos e deitar-se em cama de bagaço de cana com formigas á mistura, e ter pesadelos. Os pesadelos eram diários com os alienígenas. O dinheiro sumia, ministros eram demitidos antes mesmo de investigados, grandes companhias nacionais foram sugadas até o tutano, obras faraônicas foram pagas com concreto a peso de ouro, amigos dos alienígenas ficaram riquíssimos, Bancos foram depenados para financiar amigos e até amigos de amigos, os juros tornaram-se escorchantes, a inflação comeu o jantar de muita gente e o almoço de outros reduzindo a alimentação, os milhões de pobres tirados da miséria por um único passo, voltaram á miséria entrando por ela em três, bandidos tornaram-se donos das ruas, a população retirou-se para suas casas, o comércio caiu, a industria começou a fechar as portas, a saúde pública reduziu-se a mortes em filas para atendimento, salários atrasaram, os fundos de pensão sumiram. A impressão que se tem é que os alienígenas vieram atrás de dinheiro, nada mais do que dinheiro, porque até num programa de “minha casa minha vida”, os imóveis eram vendidos através de anúncios em jornal, muitos foram tirados de suas casas á força e tudo ficou por isso mesmo. Até no perdão de dívidas a outros países, sem justificativa, o dinheiro publico sumiu. Aterrorizada pela violência policial, a população da Venezuela calou-se e nem comida tem para viver. Comem dia sim dia não, e por vezes dia não e no outro também. Na Argentina, a representante dos alienígenas calou-se. Para que se tivesse peninha e muita compreensão popular, começaram o mandato com câncer que se curou em meia dúzia de dias. O da Venezuela foi se curar em Cuba porque tinha a melhor medicina do mundo e voltou morto num caixão. Foi substituído por um motorista de caminhão muito bronco, também alienígena disfarçado. Como o antecessor teve câncer, este a quem chamam de Imaturo, não teve doença ainda. Já no Brasil, quando o povo começou a ir para as ruas, todos os corruptos denunciados tiveram problemas com o coração. Fundaram todos um Foro em São Paulo, cujo Foro Íntimo se destinava á coleta de pixulecos para suportar os regimes. Prometeram, os representantes dos alienígenas, ajuda mútua até com forças armadas. O Brasil Livre usa palavrões para definir a atuação dos alienígenas e os manda tomar no cu. Eles não gostam e dizem que é ódio. Uma autoridade local já disse alto e bom som: Ódio é o Caralho, cambada de vagabundos. Vão trabalhar. Mas eles preferem roubar e deixar que roubem. O Brasil tornou-se numa espécie de Zona Franca. A de Manaus está morrendo. A nova Zona Franca do Roubo espalhou-se pelo Brasil como lojas do Mcdonald’s antes que com dinheiro público os sindicatos passassem a contratar os serviços de lojas que vendem pão sem mortadela, ou pão sem manteiga para manifestações a favor dos alienígenas.   

  1. A estratégia dos (e os) processos.

Aparência dos alienígenas quando não estão disfarçados para aparecerem em público.

Os alienígenas não entendem nada de matemática, economia ou física. Ficou comprovado dentro do processo global secundário, que era o de se apossarem dos países da região. O processo global principal era conquistar todas as Américas e depois os outros continentes, fazendo renascer o Comunismo, mas não pelo comunismo e sim pelo poder, uma idéia sentimental cinematográfica, a que a população nem assistia mais nem queria ver por perto, por ter rejeitado tal comportamento anti-social. O mundo enjeitou da mesma forma e com igual intensidade o nazismo, tudo baseado na aspiração de levar ao poder o trabalho braçal, dar-lhes diplomas iméritos, casas, carros, iates, empresas, e pôr na prisão e debaixo da ponte os empresários, os cientistas, os diplomados que sabem fazer. Como os alienígenas não sabem matemática nem física nem economia, tomam os tesouros, gastam, e depois tentam arranjar desculpas ou explicações. Um ou dois erros até passariam, mas erros todos os dias começou a dar coceira na população como se tivesse sido infestada por uma praga de chatos, aqueles bichinhos que deram origem ao apelido de Barba Ruiva ao pirata dos sete mares. A barba dele era chamada de passa-piolho, mas piolhos não são tão chatos quanto os alienígenas nem quanto os chatos. A primeira vez que a população do Brasil se tocou que sua presidente era alienígena foi quando ela foi inaugurar uma enorme estátua que até ficou incompleta e mal acabada de um alienígena e ela disse que gostava de alienígenas. Aí caiu a ficha da população. Depois se comprovou que realmente ela era alienígena. O próprio modo de falar, pensar, é alienígena. Nomeou ministros da economia para lhes perguntar onde poderia conseguir dinheiro para equilibrar a economia. Eles fizeram contas pra cá e contas pra lá, extraíram os noves fora e informaram. Ela ia lá ás fontes e roubava o dinheiro para dar a construtoras que nunca tinham que pedir duas vezes que ela dava tudo, até as calcinhas, porque parte do que dava, voltava para ela, e suas obras, que não eram da Legião da Boa Vontade. Pelo contrário, era tudo negócio aprendido com um tal de Collor - O Impichado, e Maluf – o Procurado da justiça, pela Interpol, e que nem pode sair do Brasil para não ser preso.  Os processos se baseavam, todos, em pagar para receber uma parte. Quanto mais pagassem, mais recebiam e isso lhes permitia comprar votos, pagar a gentes para se manifestarem. Dividas perdoadas quer interna quer internamente, devem implicar no mesmo sistema. O devedor com a dívida perdoada, diz em seu país que pagou, e devolve uma parte a quem perdoou. Os alienígenas enxugaram tanto os cofres que não sobrou nada para os serviços públicos. O povo urra, está a ponto de romper pelas comissuras, rugas e dobras da pele, mas parece que os alienígenas estão de partida, todos, para a Planeta Papuda, criada só para eles, e de nome muito sugestivo, para quem fazia política só “de papo”.

Sua dança preferida, quando ficam em espera para partir para esse planeta, é a dança de Thriller do Michael Jackson, todos batendo o pé no chão, se espojando, girando com uma perna em volta da outra amarrada por tornozeleira chipada. Se tentarem fugir, são apanhados como porcos em chiqueiro.  

  1. A retirada dos alienígenas.

Distribuindo dinheiro público por sindicatos, amigos, empresas, e o escambau, tudo e todos comprados, os alienígenas são os donos do poder. Tudo o que fazem de errado mandam a lei esconder, aprovar, escamotear. Aqueles que apoiaram os alienígenas quando eles eram “bonzinhos” e prometiam mundos e fundos, agora com a realidade triste e dolorosa, passaram-se para o lado dos humanos. Só cerca de 7% ainda apóiam os alienígenas, porque são beneficiados, mas com a exaustão das verbas públicas, o dinheiro vai faltando e logo os amigos se reduzirão a uns dois por cento. Vieram pelo dinheiro, gastaram-no todo e se retirarão por completa falência de todos os órgãos que geram dinheiro. Não há outro modo. Algo mais violento daria oportunidade a que os alienígenas soltassem todos os soldados fiéis contra a população, usando todo o arsenal de balas de borracha e algumas verdadeiras, alguns aviões ainda em fabricação, um submarino nuclear que está para ser construído há uma década ou mais e nunca termina (talvez em 2023 se não chover e ficará obsoleto), seus foguetes que explodiram e devem ser reconstruídos não se sabe quando porque fez acordos com países que foram invadidos ou estão mal na economia ou na fotografia internacional, além de lançarem mão de todo o arsenal de tambores de gás pimenta misturados com gás hilariante para dar a impressão á mídia internacional que o brasileiro é acima de tudo feliz e alegre.
 

Tal é uma invasão alienígena besteirólica nos tempos do parolismo, uma forma de falar do Caribe, usada entre piratas para fazerem acordos.Nada que fazem constrói. Sua missão é destruir para ficarem eternamente no poder. Praia, sombra e água fresca, tudo pago pela escravidão em que querem transformar os cidadãos deste país. Gastam dinheiro em projetos mirabolantes que nunca saem do papel ou são interrompidos, ou não funcionam. A generala dos alienígenas tirou diploma de economista da UFRGS- Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Não se sabe de que prateleira.   


® Rui Rodrigues       

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

A história dos deuses para crianças..


  



Já viram o Sol, não foi? Emite tanta luz, que nos deixa cegos. É muito forte. Olhamos para ele e só vemos luz. Parece um mistério. É a luz dele que permite o nascimento e crescimento de plantas. Das plantas os animais se alimentam. Nós, seres humanos nos alimentamos do que o Sol permite que cresça. Todos os animais e todas as plantas evoluem, mudam as suas formas, adaptam-se ás mudanças, porque nosso planeta está sempre mudando. Nós nem sempre fomos assim como somos quando nos olhamos no espelho. Já fomos bem mais cabeludos, homens e mulheres, nossa inteligência se desenvolveu muito devagar.



O calor do sol faz a água virar vapor (assim como se vê quando a panela com água está ao fogo no fogão e sai aquela nuvenzinha meio cinza clara) que se eleva aos céus, e quando o vapor esfria, chove. Chove água que alimenta os rios, os rios correm para o mar, o mar está sempre cheio de água. Rios, lagos e mar têm peixes que servem para nos alimentarmos. Nós vivemos num mundo lindo que parece ter sido feito pelo Sol e só para nós. Mas... Só para nós? E quem fez o Sol? Hoje sabemos como a chuva ‘é feita”, mas ainda há tribos de índios que pensam que são os deuses que mandam a chuva e fazem danças em homenagem aos deus para que façam chover. O Sol proporciona vida a tudo e a todos neste nosso mundo redondo. Vivemos num planeta!

Havia tantas perguntas sem resposta que os humanos pensaram que para fazer tudo isso era preciso que houvesse um ser enorme de forte, inteligente, poderoso, que pudesse fazer isso tudo como se fosse uma mágica. Resolveram chamar a esse ser, essa entidade, Deus. A notícia de que havia um Deus correu o mundo, muito devagar, porque não havia aviões, navios rápidos, automóveis. Nessa época as pessoas andavam a cavalo, em barcos de remos e não havia nada que pudesse voar. Voar era um milagre.Não havia motores ainda. Milagre é acontecer alguma coisa que seja impossível. Por exemplo, perder uma perna por atropelamento de um trem, e a perna “renascer”, voltar a crescer. Ou um dedo. Ou mesmo a nossa cabeça. Nunca ninguém fez isso, nem milagres desses ainda... Os milagres que fazem são reações do próprio corpo ou não comprovados. Mas a notícia que havia um Deus foi se espalhando muito devagar. Cada um pensava num deus a seu modo.


O homem, sempre curioso, procurou saber o “porque” das coisas. Mas quem acreditava nesses deuses, não precisava procurar saber. Tinha uma explicação, sabia de tudo: Foi Deus!... Assim, quando precisavam de chuva pediam aos feiticeiros para que dançassem a dança da chuva. Se chovesse, interpretavam como se Deus os tivesse ouvido e eles se sentiam pessoas protegidas por Deus. Se não chovesse, faziam sacrifícios aos deuses porque não se sentiam merecedores da proteção de Deus. Matavam galinhas, porcos, bois... E alguns pegavam em criancinhas e as matavam. A fé faz com que as pessoas pensem que se morrerem agora em sacrifícios, encontrarão um paraíso depois de mortas. Isto não é fé. Por fé se acredita em qualquer coisa, até que os mortos ressuscitam. 

Achavam que esse sacrifício seria percebido por seus deuses. Um dos primeiros deuses que se conhece foi exatamente o Sol. Pensavam que o Sol era Deus. Milhares de deuses foram “aparecendo” nas sociedades humanas de acordo com o entendimento de cada um. Ainda hoje a terra está cheia de países, nações, tribos, grupos, onde cada uma tem seu Deus preferido. Podemos chamar Deus quantas vezes quisermos que ele não aparece para ninguém. E se alguém disser que “viu” Deus, podemos ter a certeza que não viu. Pensa que viu, diz que outros viram. O mundo está cheio de pessoas que se enganam, e muitas vezes nem podem voltar atrás e confessar que se enganaram.
 Mas... Quem fez o Sol afinal? E o que acontece com quem procura saber os mistérios que ainda não têm respostas? Se foi Deus, que tamanho teria Deus? Tinha que ser muito grande... Não poderia ser um ser assim como os duendes, pequeninos que só são vistos por quem diz que “viu” mas nunca nos chamam para vermos também. Não os veríamos nem vemos fadas. Só em filmes. 

O Sol é uma estrela. Vivemos num planeta, este onde levamos nossa vida, que gira á volta do Sol. E á volta dele giram mais sete, de vários tamanhos, nenhum podendo suportar a vida como ela é hoje e a conhecemos por aqui. São todos nossos. Podemos ir lá, para viver, quando quisermos. Hoje não, porque ainda estamos numa fase de conhecimentos que, embora seja suficiente para mandar foguetes com gente para lá, não temos como manter a vida por falta de muitas condições. Precisamos estudar muito ainda. Há muitas coisas para descobrir e Deus não nos aparece com um livro de instruções ensinando como fazer. Temos que estudar, descobrir por nós mesmos. Mas que Deus faria isso? O Deus dos hindus? O dos judeus? O dos cristãos? O dos muçulmanos? O dos Sioux? O dos Evangélicos? O dos chineses? Os da Umbanda? O do Espiritismo? São tantos... Qual é o melhor deles e o mais eficiente?

O Sol é uma estrela. Tem oito planetas rodando á sua volta. Quando as religiões que apregoam Deus surgiram, pensava-se que Deus tivesse feito fogueiras no céu, as estrelinhas, e uma fogueira maior para nos iluminar, o Sol, e pensavam ainda que era o Sol que rodava em volta da Terra. Pessoas que não acreditavam em Deus, ou até acreditavam, mas queriam saber “como que Deus fez”, resolveram estudar e descobriram que era a Terra que rodava em volta do Sol. E antes disso éramos ainda mais atrasados. Pensava-se que a Terra era uma enorme bolacha que se apoiava sobre tartarugas enormes, e que nas bordas da bolacha a água dos oceanos caiam no espaço. Imaginavam que quanto mais se afastassem da praia, as águas ferveriam, que havia monstros marinhos que engoliam barcos, comiam pessoas. As pessoas amavam os deuses, por um lado e sentiam terror só de pensar no castigo deles, por outro. Nunca o viram como amigo, companheiro. Então, um dia, numa guerra, um general gritou a seu Deus para que o ajudassem numa batalha, e ganhou. Todos pensaram que esse deus era o seu amigo Deus. E ganharam outras batalhas, mas depois começaram a perder. Eles não sabiam que não se pode ganhar sempre. Não conheciam a matemática. A matemática prova que não se pode ganhar sempre. Trocaram de deuses com os mesmos resultados.

Mas e o Sol e os planetas? Só existe isso?

Não... Se contássemos todas as estrelas que existem no Universo, uma a uma, sem parar, sem dormir nem comer, aproveitando todo o tempo de nossa vida, não acabaríamos de contá-las... Nem que nossos filhos, netos, bisnetos, gerações a fio, continuassem a contar...

Podemos agora imaginar o tamanho do Deus se é que existe?


Mas há uma coisa que se descobriu através de estudos. Nosso Universo não foi sempre como o vemos, deste tamanho. Ele está se expandindo como se fosse uma bola de aniversário. Se incha, é porque já foi bem mais pequeno...Sim... O Universo já foi um ponto dentro de alguma coisa que já existia antes... Tão antes... Tão antes... Que se pode dizer que sempre existiu. Se sempre existiu, sempre, não seria preciso nada nem ninguém para o fazer... Não precisou ser feito. Nós? Seres humanos? Somos apenas conseqüências do Universo. Nossa importância se deve ao fato de pensar e nos julgarmos importantes. Há seres que viveram milhões de anos e já não existem. Se algum dia pensaram, devem também ter-se sentido importantes, feitos á imagem de Deus. Mas que imagem, se nunca viram Deus? Temos que nos cuidar para não deixarmos de existir. Guerras religiosas, por exemplo, nos matam. Nós mesmos temos que nos cuidar com leis e ciência. Religião é apenas um conforto que fala de uma vida para lá da nossa, e que não conhecemos, ninguém conhece. É como “ver” duendes...

A maior parte das guerras da humanidade aconteceram por causa das religiões. Cada exército pensava que seu Deus era mais forte e os ajudaria. Morreram por pensarem assim, e ainda morrem hoje. Algumas igrejas declararam guerras, queimaram pessoas em fogueiras por pensarem de forma diferente e por maldade, quererem que todos pensassem como elas. Ainda hoje matam por causa das religiões no norte de África e na Ásia. Fazem “buling” com as crianças, e mesmo crianças entre si, as que são de uma religião sobre as outras que têm uma diferente ou nem a têm porque não precisam. As pessoas devem ser livres para pensar, escolher se querem ou não acreditar em um Deus e em qual deles, mas apenas em idade em que saibam o que escolher e como. Deveria haver uma lei contra a Evangelização infantil.

Governos e Igrejas usam a evangelização para seu próprio proveito. Oferecem, em troca de apoio e contribuições, o que nem o próprio deus que apregoam oferece. Se Deus fosse realmente Deus, com todo o poder que tem, viria á Terra, ficaria aqui eternamente, dando o que quisesse, tirando o que quisesse. É fácil falar em nome de deus. Qualquer um pode fazer isso. Deus não aparece para os punir, nem para os abençoar.


Há uma lei do Universo – e existem muitas que até já desvendamos e podemos traduzir em matemática e física – que diz que tudo o que nasce morre. Isto é por causa do planeta que não pode “inchar” para caber mais gente, mais plantas... Quando encher de gente, temos que pular para outro planeta... Se algum de nós tivesse morrido e ressuscitado, não seria para morrer outra vez. Não faria nenhum sentido, não teria senso... Todos os que morrem são para nos salvar. Estaremos sempre salvos enquanto o planeta não se encher de gente.

Quanto ás religiões, ou já mataram ontem, ou matam hoje, ou matarão amanhã...Só depende de poderem ou não chegar ao poder de uma nação. As exceções estão entre as que nunca conseguiram chegar ao poder. Quanto aos "donos" das igrejas geralmente gostam de impor a "sua" religião por que lhes traz  todos os tipos de lucros, nem que para isso tenham que mostrar um novo deus proveniente de dogmas e conceitos anteriores. 


(No tempo da Inquisição não havia fotografias, Ficaram as pinturas e os relatos)
1 - Crianças que ficam insistindo com outras que devem seguir uma religião, deveriam ser chamadas á atenção por "Bulling Religioso"
2- Adultos que ficam buzinando no ouvido dizendo que temos que nos converter, deveriam ser chamados á atenção pelas autoridades que estão praticando "Assédio Religioso"
3- Adultos que ficam insistindo com crianças para seguirem esta ou aquela religião, deveriam ser punidos por lei, por "exploração de incapaz"


Imagine-se algum estranho chegar perto de nossas crianças e dizer-lhes: Seja PT... Seja PSDB... Seja PcdoB... Seja PSD... Não há diferença alguma e nenhum pai ou mãe gostaria. 

Deixem as crianças em paz! 

® Rui Rodrigues.