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sexta-feira, 16 de novembro de 2012

De olho em Dilma Rousseff




Dilma, Temer e Lula
De olho em Dilma Rousseff

Todo mundo sabe o que é o Mensalão. Não deve ter acabado. Deve ter feito uma plástica e ser pago de modo diferente. Lula diz que não sabia, mas ninguém acredita. Também ninguém acredita que Lula seja aquele dos milagres, mas este não pode fazer plástica. Já não vale nada no mercado nacional e internacional. Mas elegeu uma “aluna” da política: Dilma Rousseff. Elogiada, indicada por Lula em meio a tanta popularidade - que tinha – não vamos pensar que Dilma seja muito diferente dele. Um dia veremos que Dilma, eleita presidente em 2010, não é quem se pensa, pelo menos pelo andar da carruagem.

Por isso, vamos ficar de olho em Dilma. Mas vamos ver como anda a carruagem:

  1. Não se sabe como uma militante da luta armada tinha tempo para estudar, mas aparentemente, Dilma conseguiu. Iniciou sua militância política aos 16 anos, e passou para a luta armada, sendo presa e torturada em 1970, por três anos. Naqueles tempos, e naquela situação, aprendia-se a mentir. Era uma questão de sobrevivência. Quando emitiu o seu currículo escreveu que tinha feito pós-graduação em economia [1]. Depois foi obrigada a desmentir. No que mais terá mentido? Talvez no mérito de ter cumprido o curso de economia. Seria possível que os amigos lhe tenham viabilizado a presença e feito as provas.

  1. Não sendo formada em área relacionada com energia, nem tem curso técnico para isso, fez parte de uma comissão destinada a elaborar um plano de governo na área energética, quando teve contato com representantes das distribuidoras de energia elétrica.  Por isso, entre 2003 e 2005 ocupou, a convite de Lula, o Ministério das Minas e Energia, cargo muito mais adequado a um engenheiro de Minas e Energia. Mas como não havia nenhum à altura, e Lula também não entendia nada do assunto, ela foi a escolhida.


  1. Indicada por Lula candidatou-se à presidência da república em 2010. Ainda durante a campanha, a sua antiga auxiliar no ministério e então ministra da casa civil, Erenice Guerra é demitida [2]em meio a denúncias de corrupção. Dilma disse que não sabia de nada. Erenice diz que a denúncia se deveu a uma política de campanha. Lula também dizia – e de teimoso ainda diz – que não sabia de nada e que o mensalão não existiu. Não esquecer que o Mensalão comprou o voto de senadores. Só os corruptores foram indiciados, mas não se sabe, na verdade, quem eram, alternativamente, os corruptores ou os corrompidos.

  1. Nomeou como ministro da casa civil, Antonio Palocci. Em junho, foi demitido [3] em meio a denúncias de corrupção relacionadas com uma empresa sua (Projeto). Saiu, voltou a operar com essa sua empresa, e ficou tudo por isso mesmo. Não esquecer que o Mensalão comprou o voto de senadores. Não houve indiciados e não se sabe, na verdade, quem eram, alternativamente, os corruptores ou os corrompidos.

  1. Alfredo Nascimento foi nomeado por Dilma para Ministro dos Transportes. Por denuncias de corrupção foi demitido [4]juntamente com parte de sua equipe. Voltou para sua pasta no senado e ainda convidou parte dessa equipe. Ficou por isso mesmo. Não esquecer que o Mensalão comprou o voto de senadores. Não houve indiciados e não se sabe, na verdade, quem eram, alternativamente, os corruptores ou os corrompidos.

  1. Pedro Novais foi admitido [5] para o Ministério do Turismo por fatos relacionados com o mau uso de recursos públicos além de denuncias de corrupção conforme operação Voucher da polícia Federal. Voltou para a câmara. Ficou por isso mesmo. Não esquecer que o Mensalão comprou o voto de senadores. Não houve indiciados e não se sabe, na verdade, quem eram, alternativamente, os corruptores ou os corrompidos.

  1. Carlos Lupi saiu [6]do cargo como Ministro do Trabalho em meio a denuncias de corrupção. A comissão de Ética do senado achou por bem que se demitisse porque era indefensável a sua posição. Ficou por isso mesmo. Não esquecer que o Mensalão comprou o voto de senadores. Não houve indiciados e não se sabe, na verdade, quem eram, alternativamente, os corruptores ou os corrompidos.


  1. Orlando Silva foi Ministro dos Esportes. Em meio a denuncias de corrupção, saiu [7]do Ministério em função de Inquérito no Supremo Tribunal Federal - STF.  Ficou por isso mesmo. Não esquecer que o Mensalão comprou o voto de senadores. Não houve indiciados e não se sabe, na verdade, quem eram, alternativamente, os corruptores ou os corrompidos.

  1. Ainda se estende a CPI do Cachoeira [8], envolvendo políticos, contraventores. Depois do resultado do Mensalão no STF, onde se provou a sua existência e leva figurões do núcleo central do PT, como José Dirceu e José Genuíno, que irão para celas comuns, os envolvidos no esquema do Cachoeira temem por sua liberdade. Os partidos temem. O senado teme. Todos temem. Está em jogo a transparência da política nacional e a sua credibilidade. Não esquecer que o Mensalão – e, quem sabe, os envolvidos com Cachoeira - comprou o voto de senadores. Só os corruptores foram indiciados, mas não se sabe, na verdade, quem eram, alternativamente, os corruptores ou os corrompidos.

  1. Desde 2011 que policiais vêm sendo caçados e mortos em S. Paulo. Isto é inadmissível num governo que zela pelo “social”. Estima-se [9]que neste ano de 2012, até inicio de novembro, o numero de policiais abatidos tenha superado 2011 em cerca de 40%. Mais de 100 policiais mortos entre 01 e 15 de novembro... É um absurdo e demonstra descontrole do governo. 

  1. As obras do PAC estão emPACadas... A transição do rio S. Francisco que levaria água para o Nordeste onde há uma seca enorme, apresenta trechos trincados que precisam ser reparados, a iniciativa privada tão eficiente diz que não imagina a dificuldade, e o único trecho acabado é o que foi executado pelo exército nacional. Talvez fosse o caso de pagar ao exército para que possa pagar as suas armas, e largar os urubus e corvos da iniciativa privada para pastar em outro lugar. Ou, para manter o mercado, e a sua liberdade, trocar quem supervisiona as obras, isto é, a presidenta Dilma, pessoalmente.

  1. Não seria má idéia fazer o mesmo com as obras da Copa [10]e dos Jogos Olímpicos que receberam um decreto que afasta os curiosos de seu controle.

O Banco Mundial admite que quem vive com o equivalente a mais de dois dólares por dia, não seja considerado pobre nem miserável. Mesmo para quem diz que “lei é lei”, este valor não pode ser tomado como lei válida para definir o patamar a partir do qual somos pobres ou miseráveis. Mas pelo limite do Banco Mundial, não haveria pobres em nenhum lugar do mundo. Mesmo assim, apresentam centenas de milhões de pessoas como sendo pobres. São miseráveis!

Aqui no Brasil, decidiram por decreto que a classe C agora é classe média. Deve ser brincadeira de mau gosto. Dilma não está mudando nada de essencial do que sempre foi. Olhemos o futuro de olho na campanha de reeleição.

Rui Rodrigues



quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Feitos à imagem de Deus



Feitos à imagem de Deus


Disseram isto e muitos de nós acreditamos. Enchemo-nos de orgulho, cremos que somos umas grandes coisas, que até podemos mudar o mundo, a natureza, e saímos por ai, uns achando que são mais parecidos com Deus do que outros; uns pensando que são filhos legítimos de Deus e que outros são bastardos ou simples parentes.

Foi isto que construíram com essa frase: Somos filhos de Deus, feitos à sua semelhança. Até que não é ruim pensar assim. Há muitos – e muitas – que gostam de sentir-se assim. Faz bem ao ego, fortalece o espírito...

Mas estaríamos menosprezando a inteligência divina. Deus, Deus é muito mais inteligente do que pensamos que seja e nós mais ignorantes do que também acreditamos. Que deus faria seres que defecam todos os dias umas pastas mal cheirosas que fedem ao inferno? Mas são muitas, incomensurável o numero de diferenças – e não de semelhanças – entre Deus e nós, que seria bem mais proveitoso partirmos do princípio que somos fruto de uma Obra de Deus, dotada de inteligência, e que nada nem ninguém pode destruir essa Obra, motivo pelo qual, se não aprendermos a conviver uns com os outros em breve estaremos destruídos. Mas vamos analisar mais as nossas dessemelhanças, para que fixemos de uma vez por todas que somos pó, que voltaremos ao pó, e que a não ser por uma referência nem sempre credível, talvez um ou outro de nós sejamos lembrados num livro qualquer, mas mesmo assim com a certeza de que os lembrados poderiam ser um qualquer porque a referência não dá a imagem completa do indivíduo.

Como sermos semelhantes a Deus se precisamos urinar um líquido amarelado que fede ao fim de algumas horas? Não podemos ser semelhantes porque parimos, nos matamos uns aos outros, nos roubamos uns aos outros, olhamos o semelhante e não lhe damos a mão, vamos a templos, escutamos e nada mudamos. E não há religião que tenha feito o mundo mudar desde o seu início. Continuamos achando que estamos bem –enquanto estamos - e que o resto não é da nossa responsabilidade, mas quando estamos mal, perguntamos a DEUS que mal que nós fizemos para “merecermos” isso, como se Deus se importasse com quem reclama, se um ser humano ou um dinossauro, um sapo ou uma flor. Afinal, todos sofrem doenças, alguns nascem com deficiência, uns se curam e outros não, mas se somos feitos à semelhança de Deus este abriria um Consultório particular onde pudesse faturar por seus milagres.

Não, senhores e senhoras... Não somos feitos à semelhança de Deus. Nem lindos e maravilhosos somos, porque a idade não deixa. Nós envelhecemos e Deus, esse não. Nem morre!  A beleza dura apenas enquanto a fertilidade está no auge, como uma armadilha da natureza para que possamos procriar. Ele, o Todo Poderoso, não precisa disso. As mentiras só são verdades para quem não raciocina, e pode ser facilmente enganado. Outros concordam para não darem parte de fracos ou serem expulsos da comunidade dos que não entendem.

Olhemos à volta e vejamos se Deus maltrataria animais, desperdiçaria alimentos, mataria por uns trocados, declararia guerras levando jovens à morte por vaidade ou para encher os cofres de amigos, mentiria na política para se eleger, deixaria morrer de fome com os estoques cheios, pediria dízimo a quem tem que roubar para o pagar...

Triste humanidade que se julga semelhante a Deus e ainda escreve propagandas onde se lê “Deus é fiel”, se nenhum de nós Lhe é fiel. A vaidade faz parte do modo de nos governarem: Dizem que temos o que não temos e tiram-nos o que temos.

Rui Rodrigues

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Natal - Bacalhau à Rui Rodrigues



Natal de bacalhau - Receita simples econômica e saborosa.

Bacalhau à Rui Rodrigues

Os tempos estão difíceis, mas isso não significa que tenhamos de nos privar de uma boa bacalhoada no Natal, de excelente sabor, fácil de preparar, e bastante econômica. Para isso é necessário levar em consideração que:

- O bacalhau tem sabor muito forte, e por esta qualidade não é necessária grande quantidade para apreciar divinamente. Como vendem a granel ou em embalagens, escolha as lascas maiores.
- Os peixes que se vendem como bacalhau, nos mercados não são necessariamente bacalhaus legítimos. Qualquer peixe salgado ao sol tem um sabor muito parecido.

O paladar que se obtém de um prato deve ser tal que todos os ingredientes se sintam em separado. Os ingredientes compõem um sabor “geral”. Use os que desejar. Pode até substituir as batatas por arroz, porém garanto que esta receita ficará mais saborosa se mantiver os ingredientes propostos.

Então vamos lá à nossa receita:

Preparativos

As quantidades são ao seu gosto, disponibilidades e preferências. Nada é “fixo” nesta receita. Se sua família é grande e gosta de bacalhau, compre bastante. Se sua família é pequena, compre as quantidades de forma proporcional, com mais ou menos tempero. Deixe as lascas de bacalhau de molho de um dia para o outro.
Antes, porém, lave as lascas de bacalhau em água corrente numa peneira. Deixe de molho numa panela durante meio dia com água que apenas cubra o bacalhau, e o outro meio dia em leite. Não use o leite que usou.

O ideal é usar bacalhau, pré-coser, separar as lascas e usar a água do cozimento para cozinhar as batatas.

Os ovos serão cortados ás rodelas. O molho branco se faz de vários modos. Aqui damos uma receita comum.  Pensem no “tempo” de preparo para poder organizar a sua cozinha. Quando tudo estiver pronto para ir ao forno, use um pirex (ou vários) de tamanho adequado.

Se desejar acompanhamento (perfeitamente dispensável) faça um arroz de forno (ver receita ao final desta)

Ingredientes

Ovos, cebolas, alho, louro, batatas, lascas de bacalhau ou de peixe salgado ao sol, azeitonas, coentro, molho branco (Ingredientes:- 2 colheres (sopa) de manteiga;- 1 colher e meia (sopa) de farinha de trigo;- ½ litro de Leite quente;- 1 lata de Creme de Leite, noz moscada), louro, pimenta do reino, sal, queijo parmesão ralado, azeite extra-virgem (este é bem melhor e dá “outro” sabor) ou virgem. Se não gostar do sabor da noz moscada ou do coentro, não use, mas não substitua por qualquer outro tempero. Seria outra receita e sinceramente, não combinaria. Pão cortado em rodelas que pode levar ao forno ao final do processo de assar para ficar quente e crocante.

Como sugestão para 4 pessoas, meio quilo de lascas de bacalhau, 6 batatas grandes, quatro ovos. Um litro de leite.

Preparo

Estas etapas podem ser feitas em simultâneo dependendo do número de bocas do fogão.


  1. Pré-cozinhe as batatas e corte em rodelas grossas. Interrompa a cocção quando ao espetar o garfo perceba que estão quase cozidas. Cozinhe os ovos e corte em rodelas também. Separe.
  2. Numa frigideira coloque a cebolas cortadas às rodelas, alho picado, o louro, bastante azeite e as lascas de bacalhau. Pare a fritura quando tudo ficar levemente alourado. Fique certa da quantidade de sal e se necessário, adicione mais, mas lembre-se que o sal é inimigo de sua pressão arterial. Separe.
  3. Prepare o molho branco [1]: Aqueça a Manteiga em fogo baixo. Quando derreter, junte a farinha de trigo e deixe dourar, mexendo sempre. Quando adquirir a consistência de massa, coloque o leite quente aos poucos, misturando vigorosamente. Logo após, adicione o creme de leite, a noz moscada e o sal e misture bem. Aqueça sem deixar ferver. Separe.

Arranjo para ir ao forno

  1. No pirex coloque uma camada de batatas pré-cozidas em rodelas de forma a cobrir o fundo.
  2. Coloque uma camada da fritura do bacalhau
  3. Coloque nova camada de batatas e nova camada da fritura do bacalhau.
  4. Repita a operação até chegar quase ao topo do pirex. Dê uma “regada” adicional de azeite.

Sobre tudo, despeje o molho branco, polvilhe generosamente com queijo ralado, espalhe os ovos em rodelas e as azeitonas, salpique com pimenta do reino a gosto ( uma das “almas” do prato), folhas de coentro.

Leve ao forno e vigie. Quando o queijo ralado começar a ficar dourado ou a água parar de borbulhar no pirex, a receita estará pronta.

Acompanhamento

Não é necessário acompanhamento. Há quem goste de acompanhar com arroz de forno, que pode ser cozinhado juntamente em pirex separado.

O bacalhau tanto aceita vinho branco quanto tinto, desde que não seja vinho “suave” grande parte destes “feita a martelo”, ou seja, com tinturas, suco de uva e álcool. Prefira vinhos secos tintos.

Arroz de forno: Num pirex ponha arroz sem lavar, bastante azeite, dentes de alho cortados em rodelas, louro, tempere com sal, fatias de bacon (ou de lingüiça calabresa) e cubra com água mais ou menos dois dedos acima do arroz. Leve ao forno. Quando o bacon ficar dourado, ou a água desaparecer do pirex, o arroz estará solto, pronto.

Se gostar, me convide.

Abraços

Rui Rodrigues


FLAMENGO ATÉ MORRER !!!!!!!!!!!!



O que é ser flamenguista

O querido e amado Clube Regatas do Flamengo é um time carioca. Embora não seja necessário ser carioca, ou viver no Rio de Janeiro, para se ser Flamengo, o espírito tem que ser semelhante: Moderno, irreverente comedido, pluralista, bem humorado, gozador, esperto, inteligente, social, esportista, competidor, vencedor, e todos os demais adjetivos que fazem do time um time campeão, com torcedores campeões.  Tanto é assim, que o Clube tem a maior torcida[1] do mundo: São 39 milhões e cem mil torcedores e um dia seremos muitos mais.

É o maior clube do mundo!

E títulos [2]? São tantos, entre nacionais, internacionais, mundial de clubes, categorias de base, e tantos invicto, que não há como admirar – e até venerar – este clube. Mas isso nem importa...

É força, jeito, tradição, persistência, respeito, um clube campeão. Mas isto nem importa muito...

Jogadores mais famosos? Zico, Júnior, Índio, e tantos outros... Mas que importância podem ter, se entram e saem, mas nós continuamos sendo flamengo? E se deseja montar uma “seleção” do Flamengo com jogadores de todos os tempos, pode fazê-lo [3] em site montado para isso.

E que importam títulos, jogadores, bandeiras, se ser Flamengo é um estado de espírito?

Já foi num jogo do Flamengo, em pleno Maracanã? O agito, as cores, os gritos, os hinos, o ambiente, a torcida? Esquecer todo o dia a dia da vida, vendo o jogo, torcendo pelo Flamengo como o clube fosse tudo o que mais importa na vida, sair rejuvenescido (a) com a vitória, e confiante que se perdeu, amanhã ganhará como sempre foi? Não há nada comparável com esta sensação, em nenhum outro clube, porque não têm tanta certeza de ganhar muitas vezes, quase sempre. Por isso os trinta e nove milhões e cem mil torcedores ao redor do mundo, de Portugal á China, da América do Norte ao final da América do Sul. No Japão, na Austrália, e em breve na Lua e em Marte.

O Flamengo terá uma torcida no Universo!

Terá, porque o clube é maior do que seus presidentes, por maiores que os presidentes tenham sido. Um bom exemplo, talvez o melhor, é o de Márcio Braga [4], o presidente que mais vitórias deu ao clube.

E é o hino! O hino [5] que mora no coração de todo o flamenguista:
Uma vez flamengo,
Sempre flamengo.
Flamengo sempre, eu hei de ser.
É meu maior prazer vê-lo brilhar,
Seja na terra, seja no mar.
Vencer, vencer, vencer!
Uma vez flamengo,
Flamengo até, morrer!
Na regata, ele me mata,
Me maltrata, me arrebata.
Que emoção no coração!
Consagrado no gramado;
Sempre amado;
O mais cotado nos fla-flus é o 'ai, Jesus!'
Eu teria um desgosto profundo,
Se faltasse o flamengo no mundo.
Ele vibra, ele é fibra,
Muita libra já pesou.
Flamengo até morrer eu sou!
De vez em quando aparecem alguns presidentes, e agora uma presidenta, que não entende nada de futebol e afunda o time, mas o Clube de Regatas do Flamengo supera isso tudo. Patrícia Amorim passará, e o Flamengo continuará.
Que ela passe logo – flamenguistas não são machistas - antes que nos dê o vexame de um dia sermos rebaixados para a série B.

Há que honrar as duas camisas do Flamengo, desde o presidente ou presidenta à torcida !

Nobreza na vitória !!!!

E pra finalizar, o segundo hino do Flamengo que pode escutar em http://www.youtube.com/watch?v=eoca1Jb33Ts



Rh, ra, ra, ra, ra, ra, ra. 
Em homenagem a graça, a beleza. 
O charme e o veneno. Da mulher brasileira. 

Moro num pais tropical. 
Abençoado por deus. 
E bonito por natureza ah! 
Em fevereiro, fevereiro! 
Tem carnaval, tem carnaval! 
Tenho um fusca e um violão. 
Sou flamengo tenho uma nega. 
Chamada Teresa ah! (repete) 

Sambaby, sambaby! 
Posso não ser um band leader pois é! 
Mais lá em casa todos meus amigos. 
Mais camaradinhas me respeitam pois é! 
Essa é a razão da simpatia. 
Do poder do algo mais e da alegria. 

Por isso eu digo é que: 
Moro num pais tropical. Ah, Ah, ah. 
Abençoado por deus. 
E bonito por natureza ah! 
Em fevereiro, fevereiro! 
Tem carnaval, tem carnaval! 
Tenho um fusca e um violão. 
Sou flamengo e tenho uma nega. 
Chamada Teresa ah! (repete) 

Sou flamengo e tenho uma nega. 
Chamada Teresa ah. Eu sou flamengo 
E não desfaço de ninguém 
Mais em cinco brasileiros. 
Seis fãs o flamengo tem. Ra, ra, ra, ra. 

Mo, num pa tro pi. 
Abençoa por dê. 
E boni, por nature. “ma que balé” 
Em fevere. Em fevere! 
Tem carna, ye tem carna. 
Tenho um fu, e um vio. 

Sou flame, te um ne cama tere 
Sou flame, te um ne cama tere 
Sou flamengo tenho uma nega 
Chamada Tereza. 
Sou flamengo tenho uma nega 
Chamada Tereza. 

Sou flamengo 
E não desfaço de ninguém 
Mais em cinco brasileiros 
Seis fãs o flamengo tem 
Sou flamengo e tenho uma nega 
Chamada Tereza.




Rui Rodrigues, flamenguista até morrer!


terça-feira, 13 de novembro de 2012

A Democracia Participativa, a única e verdadeira



Abaixo o texto de abertura do site sobre a verdadeira, única e real democracia,http://conscienciademocrata.no.comunidades.net/ como funciona e como é fácil implantá-la. Nela não há lugar para a orgia política que conhecemos, nem desperdício de verbas públicas, nem para os perfis de políticos que conhecemos. Na Democracia Participativa, quem vota em tudo são os cidadãos e as cidadãs.


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Acreditamos na humanidade. Não acreditamos que a humanidade seja pecadora desde a nascença. Acreditamos na boa vontade entre homens e mulheres, Não acreditamos que a violência possa resolver algum conflito, porque nada nesta vida é eterno. A história Universal é prova do que dizemos.
Não representamos nenhuma ideologia em particular, nem partido político, nem nenhum político, filósofo, religião, empresa ou nação. Nem a nós mesmos nos representamos. Pelo contrário, cada um de todos nós, que compomos a humanidade tem a sua consciência do que deseja de bem para si mesmo e para a humanidade.
Acreditamos que o progresso do mundo, sem guerras nem violência de qualquer natureza, sem partidarismos, sem excessos, pode ser muito maior e proveitoso se os recursos dos impostos puderem ser canalizados para as maiores necessidades da população: Infra-estruturas, Saúde Pública, Trabalho, Transportes, Saúde, Pesquisa, Sustentabilidade, Educação. Tem sido enorme o desperdício de verbas em corrupção e guerras que atrasaram o progresso e a evolução da humanidade.
Não vemos outra forma efetiva de melhorar o mundo senão através da palavra de cada ser humano expressa pelo voto instantâneo, dado ou retirado a qualquer instante, podendo eleger/deseleger e aprovar/desaprovar.
Ideologias, algumas extremistas, e líderes que as seguem mais ou menos estritamente, demonstraram ao longo da história que não conseguiram resolver qualquer problema sério da humanidade.
A palavra deve ser dada à humanidade independente.
A humanidade espera a sua vez de falar e de se fazer ouvir.
O mundo tem que provar que pode ser melhor.

Como funciona a Democracia Participativa?

Se extraterrestres chegassem ao nosso querido planeta e comparassem as democracias que existissem tal como são hoje, com países onde se aplicasse a Democracia Participativa, não veria diferenças aparentes. Teria que se aproximar o bastante para ver o comportamento das populações nas ruas, no interior de suas casas, em seus ambientes de trabalho, no campo. As diferenças fundamentais entre as duas democracias estão na qualidade de vida, na felicidade dos cidadãos, na motivação, na alegria de saberem que estão construindo algo de útil sempre para o futuro da sobrevivência humana, do planeta, da vida em geral, e que não há diferenças sociais gritantes. Não há guerras, não há movimentos de reivindicação pelas ruas, que o policiamento foi reduzido, que os hospitais atendem normalmente e não há deficiências nos serviços. Nem em hospitais, nem nas escolas, universidades e centros de pesquisa. Nem há pobres mendigando pelas ruas. E que nesses países, onde  se aplica a Democracia Participativa, também existem grandes empresas, gente rica, mas não gente pobre nem miserável. Verão um planeta que sabe conviver com a biodiversidade, que tem as suas reservas para a vida selvagem, onde animais não são caçados nem maltratados.

Na Democracia Participativa, o governo se constitui dos órgãos que normalmente fazem parte de qualquer governo democrático do mundo. Cada povo poderá escolher qual o modelo que mais lhe convém, com os três poderes: Legislativo, Executivo e o judiciário. O sistema da democracia por voto direto pode ter quantos ministérios forem desejados pelos cidadãos.


Até aqui, valem os modelos democráticos tal como os conhecemos... o que muda?

 1.     Todos os membros são escolhidos por voto direto dos cidadãos interessados. Poderão eleger através de voto em Bancos 24 horas de Votação e por Internet grátis ou celular evitando-se assim “arranjos políticos” entre partidos ou proteção de qualquer natureza.
 2.     Os votos podem ser retirados (deseleger – desaprovar), o que amplia a cidadania democrática a muito mais do que votar apenas de quatro em quatro anos.

 3.    As leis são propostas ao Senado por qualquer órgão ou cidadão, para que sejam previamente aprovadas ou negadas por voto popular. Se a população achar que algum político ou ocupante de cargo no governo não atende os seus interesses, retira-lhe o voto dado e ele sai imediatamente sem necessidade de impeachment, quando a quantidade de votos que permanecem for inferior ao mínimo necessário para ocupar o cargo.

  4.   Qualquer lei ou ato de governo devem ser submetidos a voto, o que inclui mas não se limita a: declaração de guerra; percentuais de aplicação de verbas publicas em educação, centros de pesquisa, infra estruturas, preservação do ambiente, saúde, segurança pública, transportes;  taxas de impostos,  e tudo o que normalmente se vota nos senados, câmaras, governos estaduais, prefeituras.
 5.    O processo de implantação da Democracia participativa começa com a aprovação popular, via NET, item por item, de uma Constituição que somente poderá ser alterada também por voto popular, impedindo a manipulação de interesses escusos de políticos. 
Cada nação crescerá e se desenvolverá segundo sua capacidade e vontade popular de progredir, segundo o que acha mais importante.

Isto é a verdadeira, real e única Democracia que lhe merece o nome!

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Uma extraterrestre como nunca tinha visto


Uma extraterrestre como nunca tinha visto

Um dia recebi aqui no Bar do Chopp Grátis uma carta deixada sobre o balcão. Não vi quem a deixou lá, mas estava dirigida ao Bar. Deixei para ler depois que encerrasse o expediente. Como eram apenas quatro da tarde e o Bar não fecha, ainda era cedo para lê-la. Deixaria para mais tarde não sabia ainda quão tarde seria. Não deveria ser importante. Se fosse, teriam me dirigido a palavra. Estranhei o papel. Não era papel, não era plástico, mas era diferente. Talvez um novo tipo lançado na praça e do qual ainda não tivera notícia. Foi a primeira coisa estranha do dia. Depois foi o movimento do salão, um pouco mais tarde. Eram mais ou menos umas dez horas e o bar estava cheio. O pessoal só costumava começar a sair por volta da uma da manhã, mas lá pelas onze da noite começou a chover torrencialmente. Podia ver-se pelas ruas as rajadas de vento empurrando cortinas de chuva uma atrás da outra. O pessoal do Bar começou a pedir as contas e a sair. Talvez temendo uma inundação. Provavelmente eu não receberia mais fregueses. Com uma chuvarada daquelas ninguém se arriscaria a sair de casa para tomar uns drinques, jogar papo fora, comer uns belisquetes. Ás onze e meia não havia mais ninguém, quando de repente...

A porta do bar se abriu e uma morena entrou. Usava uma capa do tipo gabardine, com um lenço de seda enrolado no pescoço. Mesmo vestida podia-se avaliar as curvas do corpo. Sempre me perguntei quem determina as medidas para a escolha de miss Universo, e se aquela morena não estivesse com as medidas certas para ser a eleita, então as medidas teriam que ser revistas. Entrou, deu uma olhada a toda a volta, fixou o olhar em mim, e dirigiu-se a uma mesa. Os garçons aproveitavam o momento para dar uma limpeza geral, discreta. Dirigi-me para a mesa dela. Eu mesmo receberia o pedido. Fiquei tonto com os olhos e a cor dos olhos dela. Eram olhos ligeiramente maiores do que o normal, ligeiramente alongados, e de cor entre azul claro e violeta.  A pele lembrou-me o envelope da carta que haviam deixado sobre o balcão, mas achei que era uma idiotice minha. Era parecidíssima com a Sheron Meneses, o mesmo jeito alegre e desprendido, mas discreta. Não pude evitar pensar que aquela mulher numa cama devia ser uma loucura. Ela sorriu-me. Seria demasiado pensar que lia meus pensamentos.

- Estou com fome – Disse ela –... E com sede...  Vamos ver (e olhou o cardápio).

Fiquei ali, pasmado, vendo a beleza da Sheron Menezes, isto é, daquela mulher do outro mundo, de olhos violeta, com voz que parecia a da Íris Letieri dos anos 80, aquela que anunciava as partidas e chegadas de aviões ao aeroporto do Galeão...  Não pude evitar me sentir um perfeito idiota, desejando aquela mulher como se fosse um objeto, mas não era isso. Acho que quando se fala em mulher ou homem objeto, é muito mais do que isso. É um desejo de compartilhar não apenas o corpo, mas também a voz, os sentidos, o tato, o odor dos perfumes, os sentimentos, as batidas do coração e as ondas cerebrais que passam pelos olhos e comandam os movimentos. Não se raciocina quando se está nos braços de uma mulher. Se raciocinássemos não estaríamos em seus braços: Faríamos sempre um contrato antes para evitar encrencas futuras. Mas isso era um pensamento machista e deixei de lado. Ela era um pitéu. Interrompeu meus pensamentos e deu-me um sorriso maravilhoso. Será que ela sabia o que eu estava pensando? Será que as ondas cerebrais funcionavam? Senti que daria vexame se eu deixasse aquele monstrinho inflar minhas calças e inclinei um pouco a minha coluna para frente de forma a minimizar os sinais sexuais que meu cérebro não podia conter. Imaginei uma faca caindo do alto e o bicho foi para o lugar, recolheu-se.  Negócios são negócios e o Bar é um negócio.

- Pronto... Decidi!... (Disse ela com outro sorriso que também devolvi)... Quero Uma porção destas lulas recheadas cortadas em fatias, com queijo roquefort, torradas de pão de centeio e um suco gelado de manga, mas sem gelo, com uma medida de vodka.   

Nunca me tinha acontecido uma coisa daquelas. Uma paixonite aguda, instantânea, amor à primeira vista, um desejo quase irreprimível, vontade de ir com ela para onde fosse, largar tudo. Foi assim que me dirigi ao bar para preparar o pedido. Junto ao caixa estava lá a carta esperando para ser lida. Toquei novamente no envelope, curioso pela semelhança com a pele da morena. Enquanto preparava o suco, esperando pelo pedido da cozinha, imaginei-me com ela no sofá do escritório, fazendo misérias, beijando-a, tocando-a em todos os recantos, gozar com seu gozo, ir ao delírio dos céus. Caí na realidade depois que retirei o gelo do suco porque a manga não estava gelada e ela não queria gelo. Senti que a enganava, mas para atender o seu desejo de suco gelado de manga sem gelo tinha que ser dessa forma: juntar gelo ao suco, sacudir muito bem no shaker, e depois despejar no copo.

Quando cheguei à mesa, ela tinha tirado a gabardine e estava... Nem agüento pensar... Linda, com uma pele maravilhosa, seios bem desenhados, duros, os mamilos mais assanhados que o meu monstrinho que eu assustara minutos atrás para não aparecer demasiado. O decote da blusa era generoso, e o peito dela arfava. Já não sorria, porque concentrava seu olhar nos meus olhos. Eu fora apanhado. Estava perdido. Completamente perdido. Certamente ela havia passado o tempo de espera pensando em mim. Talvez até me estivesse observando de longe. Coloquei os pratos sobre a mesa, o copo com o suco.

- Quer me fazer companhia? (perguntou ela, enquanto se servia cuidadosamente). Parece que o bar está vazio. Estamos sozinhos. E me olhou com aqueles olhos que me entonteciam, que me paralisavam os meus. Chamei um dos garçons, o que estava mais perto e fiz-lhe um sinal. Ele sabia o que eu queria e me trouxe uma caipirinha de limão galego. Começamos a conversar.

- Hoje estou só – disse a morena – Precisava sair, espairecer, sentir-me livre. Com esta chuva não podia haver lugar melhor. Sinto-me bem, na sua companhia. Não sei porquê.

- Bom... Sempre procuro transmitir tranqüilidade e paz para meus clientes (disse-lhe eu). E para você em especial. Não sei porquê, mas é como sentir o que sente e tentar atender. É incrível, mas sinto que desejo fazer-lhe todas as vontades. Você me desperta esse tipo de sentimento.

Ela pousou a mão sobre a minha e me olhou nos olhos. A pele era igual ou muito parecida com a do envelope. E a partir daí não me lembro muito bem do que conversamos. Lembro-me de algumas coisas. De ter ido para o escritório, de termos tirado a roupa, de nos abraçarmos, nos amarmos perdidamente, mas por flashes, não de forma contínua como num filme. Seus lábios, suas pernas se abrindo, os gemidos quase imperceptíveis e o tremor quando atingiu o clímax.

Disse-me antes de sair:

- Meu deus! Passei da hora. Tenho que ir-me.

Vi-a sair pela porta depois que virou o rosto para trás e me olhou pela ultima vez nos olhos. Estava feliz, talvez tanto quanto eu estava. Olhei o relógio. Era uma hora da manhã. Avisei o gerente que poderia ir para casa. No seu olhar nem sinal de que sabia – e sabia – o que se tinha passado no escritório. Tinha dispensado o pessoal por causa da chuva como combinado para dias como esse. Relaxado, passei pelo balcão e voltei a ver a carta. A morena havia saído há momentos e já sentia saudades dela. Abri a carta e fui lendo, cada vez mais surpreso a cada linha que lia:

“Gosto de dias de chuva. Se olhar lá para fora, verá que passou de chover (olhei e a chuva tinha passado). Gostei muito de você, e como gosto de ser desejada, nada melhor do que ser desejada por quem se deseja também. Dizem que isso é amor. Creio que não, mas fiz com amor com você. Com amor é muito mais agradável. Perceberá que não sou daqui, e para onde vou levarei uma lembrança sua. Uma lembrança viva. Pode ter certeza que cuidarei muito bem. Talvez nos voltemos a encontrar. Eu gostaria muito, mas não todos os dias. Um enorme beijo. Durma com minhas lembranças. Dormirei com as suas. Para sempre! Quanto às lulas recheadas cortadas em fatias, se usar um pouco de ovo batido no recheio, ele se mantém dentro do anel de carne da lula. O resto, o queijo roquefort, as torradas de pão de centeio e o suco de manga com vodka, estavam também maravilhosos. Beijos! – P.S. - se desejar me escrever, escreva e ponha dentro do envelope. Espere uns minutos e abra novamente. Poderá ter uma resposta minha“.

Nessa noite não dormi.  

Rui Rodrigues




sábado, 10 de novembro de 2012

Como começa uma guerra mundial – Sinais



Mobilização alemã para a guerra de 1914

Como começa uma guerra mundial – Sinais
(Uma visão da atualidade com foco na segunda guerra mundial).
Somos uma humanidade muito complexa. Entre nós temos pessoas que por falta de oportunidade ou interesse não acompanham as notícias diárias; outras que acompanham mas não lêem as entrelinhas das notícias nem o que deveria ter sido dito e não foi; outras que sabem de tudo porque estão nos bastidores do teatro da política mas não dizem nada. Neste último caso, para nós, cidadãos comuns, é como estar sendo representada uma peça no teatro e não termos bilhetes para entrar. Por outro lado, e da mesma forma, ns oficinas bélicas constroem-se e projetam-se equipamentos, ferramentas, das quais não temos a mínima notícia, e quando aparecem num cenário de guerra nos admiramos dos enormes progressos.
Vivemos num mundo sempre atrasado em relação às invenções, inovações, e principalmente em relação à política. “Experts” formados em ciências políticas normalmente discutem sobre os fatos consumados e quando fazem previsões estão normalmente longe da realidade. Da mesma forma os futurólogos, principalmente os de desenhos animados, que sempre vêm o progresso num futuro muito perto no tempo.
Para começar pelos sinais de inicio de guerras, começaremos por 1918 para tentar explicar o que poderia ter sido notado e foi negligenciado. Por causa disso, a guerra foi uma surpresa, e o mundo virou do avesso em busca do tempo e do progresso perdido. A guerra poderia ter sido evitada, mas aparentemente havia quem tivesse muito interesse nela. Se você, leitor(a) reparar em sinais semelhantes ou em outros, não se apavore. O mundo progrediu muito para permitir uma nova guerra mundial, mas pelo sim, pelo não, caldinho de cautela não faz mal a ninguém.
Guerra de 1914-1918.



O tratado de Versailles[1].

Assinatura do tratado de Versailles


A idiossincrasia alemã, ou parte dela é de conhecimento de um bom público. Caracteriza-se pelo empreendedorismo, povo alegre para a vida, silencioso para os negócios. Pensam constantemente no dia de amanhã. Podem ir para o abismo, mas vão juntos, unidos, e a hierarquia é absolutamente importante. O povo inteiro é um enorme exército da vida civil. Quando perdem numa negociação ou em qualquer aspecto da vida, não podem ser tratados como perdedores comuns. Devem ser tratados com todo o respeito e consideração.
Não foi isto que se viu quando a Alemanha assinou o tratado de Versailles em 1919 após ser derrotada na primeira grande guerra mundial[2].
O tratado de Versailles assinado em 28 de junho de 1919 estabeleceu:
  1. Perda de parte do território para as nações fronteiriças.
  2. Perda de todas as colônias sobre os oceanos e sobre o continente africano
  3. Reconhecimento da Independência da Áustria (ela, a Hungria e a Alemanha faziam parte do Império austro-húngaro, uma reminiscência do Sacro Império Romano Germânico)
  4. Restrições ao tamanho do exército alemão.
  5. A Alemanha reconhecia sua culpa pelo início das hostilidades que originaram a primeira guerra mundial.
  6. Pesada indenização de guerra. O tratado foi ratificado em janeiro de 1920 pela Liga das Nações que correspondia às Nações Unidas de hoje, e que esta substituiu, e finalmente em 1921 foi estabelecido o valor da indenização: 33 milhões de dólares ou 132 bilhões de marcos alemães. Parece pouco, mas era extremamente excessivo para a época. A França, por a guerra ter sido realizada em maior parte em território francês era a nação mais intransigente com a Alemanha. Era tão excessivo que China e os EUA de Woodrow Wilson negociaram a paz em separado com a Alemanha e não entraram para a Liga de Nações.
As terras perdidas pela Alemanha foram as seguintes[3]:
- Alsácia-Lorena, os territórios cedidos a Alemanha no acordo de Paz assinado em Versalhes em 26 de Janeiro de 1871 e oTratado de Frankfurt em 10 de Maio de 1871, seriam devolvidos a França (área 14 522 km², 1 815 000 habitantes, 1905).
- A Sonderjutlândia seria devolvida a Dinamarca se assim fosse decidido por um plebiscito na região (toda a região da Schleswig-Holstein teve o plebiscito, sendo a Sonderjutlândia a única região a se decidir separar) (3984 km², 163 600 habitantes, 1920).
- As províncias de Posen e Prússia Oriental, que a Prússia Ocidental tinha conquistado nas Partições da Polônia eram devolvidas após a população local ter ganho a liberdade na Revolução da Grande Polônia (área 53 800 km², 4 224 000 habitantes, 1931).
- Hlučínsko, região da Alta Silésia, para a Checoslováquia (316 ou 330 km² e     49 000 habitantes)
- Parte leste da Alta Silésia para a Polônia (área 3214 km², 965 000 habitantes) apesar do plebiscito ter apontado que 60% população preferia ficar sob domínio da Alemanha.
- As cidades alemãs de Eupen e Malmedy para a Bélgica.
- A região de Soldau da Prússia Oriental a Polônia (área de 492 km²).
- Parte setentrional da Prússia Ocidental, Klaipėda, sob o controle francês, depois transferida para a Lituânia.
- Na parte oriental da Prússia Ocidental e na parte sul da Prússia Oriental, Vármia e Masúria, pequenas partes para a Polônia.
- A província de Sarre para o comando da Liga das Nações durante 15 anos.
- A cidade de Danzig (hoje Gdańsk, Polônia com o delta do Rio Vístula foi transformada na Cidade Livre de Danzig sobre o controle da Liga das Nações (área de 1893 km², 408 000 habitantes, 1929).
- O artigo 156 do tratado transferiu as concessões de Shandong, da China para o Japão ao invés de retornar a região à soberania chinesa. O país considerou tal decisão ultrajante o que levou a movimentos como o Movimento de Quatro de Maio, que influenciou a decisão final chinesa de não aderir ao Tratado de Versalhes.


Os reflexos imediatos do tratado de Versailles


Protesto alemão contra o Tratado de Versailles 
O povo alemão sentiu-se ultrajado não tanto pela perda dos territórios, mas principalmente pela pesada indenização, praticamente impagável. Os EUA e a China atestavam tal exorbitância. Como principal reflexo, cai a república alemã de Weimar em 1933 e Hitler sobe ao poder. Embora seja questionável se Hitler subiria ao poder mesmo sem a pesada indenização, o certo é que se referiu ao tratado em sua campanha e denunciou as causas da humilhação. Mas o certo é que a política internacional de Hitler, logo que assumiu o governo, foi reaver, um a um, os itens cedidos no Tratado de Versailles.
Para piorar a situação, em 1923, o governo francês avaliou mal as dificuldades alemãs para pagar a indenização de guerra e invade o Rhur com numeroso exército disposto a aumentar o valor. O maior problema da Alemanha e que a impedia de pagar a dívida era uma inflação galopante como nunca se viu, tendo os alemães que usasr carrinhos de mão para levar o dinheiro para fazer uma "feira" normal.  A Grã Bretanha foi contra esta atitude da França, e o aumento desejado. A França, também com graves problemas econômicos – imagine-se a Alemanha - retira-se do Rhur em 1925, reconhecendo o seu fracasso. A truculência da primeira guerra mundial estava ainda presente no espírito de toda a Europa e faziam-se acordos para evitar novos conflitos tendo a Alemanha como ponto principal.
França invade o Rhur

Assim, em 16 de outubro de 1925 assinou-se o tratado de Locarno[4] na Suíça, com o nome de “pacto de Estabilidade”, a zona da Renânia passaria a ser desmilitarizada dando os aliados em troca a garantia de que a Alemanha não seria invadida. Quiseram os aliados (Alemanha, Bélgica, França, Reino Unido e Itália) fazer um tratado semelhante em territórios orientais da Renânia, mas sem êxito.  De qualquer forma, para mostrar boas intenções sob o espírito do pacto de Locarno, a Alemanha foi admitida na liga das Nações em 1926. A França e a Tchecoslováquia firmaram tratado em separado para o caso de invasão por parte da Alemanha. Em 1930, os aliados saem da Renânia Ocidental. Justamente neste ano, Hitler assume o governo da Alemanha.
 Tropas alemãs invadem a Renânia
Em 07 de março de 1936, a Alemanha de Hitler com um pequeno exército invade a Renânia. Outros indícios de transgressão do Tratado de Versailles, por parte da Alemanha, vinham sendo observados desde 1930, tal como manobras com tanques de madeira, construção de navios de guerra de última geração, treinamento de aviadores em Portugal, projetos de fabricação de novos tanques (Panzer). Mas quem acreditaria que a Alemanha iniciaria uma nova guerra 20 anos depois de perder a primeira?

Em 1939, a Alemanha começou a invasão da Europa rumo a Paris, depois de reaver territórios que havia perdido pelo Tratado de Versailles, começando pela Polônia. A impressão que se tem é a de que a Primeira Guerra Mundial passou do campo de batalha físico - pelo tratado de Versailles - para o campo de batalha dos acordos e dos papéis dos tratados, recomeçando em 1936.
Mas como dissemos no inicio, há quem não veja porque não pode, porque não quer, porque não se interessa, ou vêm e “deixam pra lá”. Outros estão interessados, participam dos preparativos e os cidadãos nem sabem. É o que chamam de "segredos de Estado". Quando nos damos conta, nosso governo invadiu outro país - dizendo que nos representam - e estamos em guerra mesmo sem concordarmos. Dizem que é para o bem da nação. Imaginem se não fosse ... 
E por vezes nem se trata de guerra mundial. Pode ser uma simples revolução interna. Basta olhar para os indícios.
Rui Rodrigues.


[2]  Aliás, esta guerra deveria ter sido a II Guerra mundial, e a primeira, a Guerra dos 30 anos, que envolveu, além de boa parte da Europa, também a Alemanha. Ver emhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra_dos_Trinta_Anos