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quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Venha viajar de balão. É grátis.

Venha viajar de balão. É grátis.



Quem nunca passou por uma universidade não tem a mente suficientemente preparada para ter uma abrangência ampla e global do mundo, compreender as “leis” que o regem. Destes, que passaram pela universidade, uns usam o conhecimento adquirido de forma extremada em seu favor, não se importando se suas ações ajudam a melhorá-lo ou a afundá-lo ainda mais. Não têm o conceito da perenidade das civilizações, de seus enredos. Outros olham o mundo de forma oposta e, desde organizações de beneficência até instituições religiosas vão sofrendo a dor de se opor àqueles. Outros ainda, desanimados, com diploma válido, catam alimentos em latas de lixo para permanecerem vivos por mais alguns inconstantes dias, esperando a morte verdadeira chegar, porque a social já faleceu há muito tempo.

Dos que não freqüentaram as universidades, tendo ou não um diploma comprado, ajudado, compartido, muitos entendem perfeitamente o mundo que os cerca, mas se podem encaixar perfeitamente nas classificações do primeiro parágrafo, daqueles que freqüentaram e universidades e ganharam com mérito seu válido diploma. A diferença entre uns e outros é o conhecimento. O conhecimento geral e o de causa própria.

Mas para entender o mundo de forma global e ampla, é preciso subir num balão, tão alto, que se veja a Terra girar e todos os países do mundo nos passem pelos olhos, pelos ouvidos, pelo entendimento. Vamos lá? A viagem é completamente grátis.


  1. A partida

Na partida está a família e os amigos e ou uns ou outros. Entre frases de despedida para a viagem, ouvem-se as mais dispares que chegam a parecer não fazer muito sentido, como por exemplo, para se tirar fotos lá de cima, para se ter cuidado, para nos agasalharmos. Uma tia ou uma amiga nos diz que podemos ficar descansados porque cuidarão do cachorro, que aquela conta do Banco será paga e que depois lhe reembolsaremos. Que o chefe do escritório mandou lembranças. Que a mídia nos pagará uns trocados pelas fotos. Que o aeroporto mais próximo já está avisado que o balão irá partir em seguida. É um mundo pequeno, limitado, tão ínfimo que se não fosse pela mídia, ninguém saberia da partida do balão nem quem ia a bordo. Nesse mundo pequeno, notícia só é divulgada, e de primeira página, se a bordo estivessem o presidente da república, ou a presidenta do Republico, se falássemos de “governo”. E ao dizer isto, todos em volta, assistindo à partida ririam muito, com o melhor bom humor, das cretinices alheias.

  1. Subindo em baixo nível.

Subindo a baixo nível ou em baixo nível, podemos ver casas, cidades, campos, lavouras, reservas índias, fábricas, estradas, barragens, postos de saúde, estabelecimentos de ensino, e se estivermos perto, a cidade de Brasília e o Congresso, mas não os corredores do Congresso, porque são escuros, cobertos, tapados, e lá existe uma fauna muito especial sem qualquer representante do povo. Chamam a essa fauna de lobistas, mas o nome verdadeiro deveria ser o de conspiradores, “maracutaios”, “conluistas”. E sempre subindo... Lá está... Vê-se agora perfeitamente o Brasil inteiro sob nossos olhos, do Oiapoque ao arroio do Chui. Que lindo. Sem nenhuma nuvem vê-se tudo.

Vê-se uma seca imensa no Nordeste que desde os tempos da Sudene nunca foi resolvida e canais e obras do ultimo governo paradas, mal executadas, como prenuncio de que só serão concluídas algum dia, quando derem o calote nas empresas construtoras que serão indenizadas sobre preços de custo já por si astronômicos, por atrasos no pagamento, projetos mal rascunhados, garatujas de criança. As estradas esburacadas, de terra, apesar dos bilhões de moedas pagas para a sua construção e manutenção. Escolas com merenda roubada, estragada, sem merenda, prédios ao abandono de cuidados, e como os professores mesmo assim estão dando suas aulas, não podem ser vistos do alto por causa dos telhados. Vêem-se fábricas fechadas por causa da alta do dólar que dificultou a venda no exterior de seus produtos que assim ficaram mais caros. Vêem-se cidadãos desabrigados pelas cheias e pelas derrocadas de morros, por bueiros de água que arrebentam, pro falta de emprego. Vêm-se idosos nas ruas pedindo que não lhes baixem seus miseráveis pagamentos de aposentadoria, bandidos roubando á vontade, matando, invadindo a propriedade, e assentamentos que no inicio eram povoados pelos sem terra, e que agora estão na mão de meia dúzia deles, que os outros, os que saíram dos assentamentos, estão em movimentos para ocupar novas propriedades das quais venderão depois as suas partes. Vêem-se reservas índias invadidas, nenhum índio no senado, cemitérios de ambulâncias “zero quilômetros” sem uso apodrecendo ao tempo, equipamentos hospitalares que nem sequer foram desempacotados. Podem ver-se grupos imensos de pessoas drogadas, consumidas pelo crack, gente morrendo em filas de hospitais, médicos que recebem o salário, batem o ponto e vão embora.

Do balão, a esta altitude, vê-se o que se quer ver, lê-se o que se quer ler. Muitas visões e leituras incomodam.

  1. A alta altitude.

Começam a aparecer os contornos de África, e ao norte, revolução no Egito porque um presidente se quis fazer rei e legislar em prol de um grupo, quando são muitos os grupos no Egito. Vemos pobreza em África, como se África fosse uma enorme teta seca de mãe faminta que não tem leite para dar a seus filhos. Outros lhe chuparam o leite. E quando todo o resto parece em paz, passamos por cima da Síria onde ainda há um rei absolutista que governa como rei tirano. Mais de cem mil mortos na Síria, e o mundo num impasse. Quem se importa com o povo sírio?
Subindo chegamos à Europa. Na Grécia há cerca de sessenta por cento da população desempregada. O Sul da Europa passa fome. Seus governantes agem como reis absolutistas, que legislam em causa própria e comprometem a economia, a saúde, os serviços públicos. Alguns se auto-exilaram e vivem em capitais gastando por conta de um povo que exploraram. E dizem todos que vivem numa social democracia, protegidos por União Européia que viaja agora a quatro, cinco, dez, vinte e sete velocidades, sendo que algumas não passam do zero. Estão paradas, seu povo emigrando para o desconhecido, com esperanças de sobreviver. Até na China e nos EUA, numa década apenas, cidades enormes, prósperas, ricas, se transformaram em cidades fantasmas, com industrias falidas, fechadas.

Lá do alto, vê-se o mundo inteiro e ficamos ansiosos para descer, buscar livros de história universal e pesquisar para sabermos onde erramos para vermos tanta desgraça. Talvez se os cidadãos pudessem dizer a seus governos, pelo voto, o que querem, pudessem ser ouvidos, como numa Democracia Participativa que Sócrates descobriu há milênios e agora é possível através de voto pelas redes sociais ou um site do governo para votação pública.

A paisagem vista do alto a olho nu e cérebro desligado, é soberba, divina, Mas, quando assestamos os binóculos e ligamos os neurônios do cérebro, vemos que é necessária uma grande obra para mudar o que nos incomoda.

© Rui Rodrigues,




AO MUNDO - POUR LE MONDE - AL MUNDO - TO THE WORLD

AO MUNDO - POUR LE MONDE - AL MUNDO - TO THE WORLD

El pueblo no tiene policía ni tampoco ejercito.. Si los tuviera, habría una guerra civil, porque gobierno y pueblo contrariamente al que se supone, son dos cosas COMPLETAMENTE diferentes...

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People doesn't have police and Army. Would it, and all of us would be in a middle of a civil war, cause citizens and government are two completely different things, and it shouldn't be.

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Se o povo tivesse policia e exército estaríamos no meio de uma guerra civil, porque contrariamente ao que deveria ser, governo e povo são duas coisas completamente diferentes.

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Si les gens avaient police et l'armée serait au milieu d'une guerre civile, parce que contrairement à ce qui devrait être, le gouvernement et le peuple sont deux choses complètement différentes.


quarta-feira, 31 de julho de 2013

Porque o Papa Francisco pede para rezar muito por ele.

Porque o Papa Francisco pede para rezar muito por ele.

Ateus, muçulmanos, judeus, católicos, e gentes de outras religiões sabem que o Papa Francisco I pediu por várias vezes para rezarem por ele. Fez isso na posse e na viagem ao Rio de Janeiro em julho de 2013. Pediu para rezarem muito. Porquê?
Para dar uma explicação completa, teríamos que regredir na história da Igreja Católica, saber como candidatos a Papa já assassinaram outros concorrentes para evitar que fossem eleitos, saber que o cargo de Papa já foi comprado por pesadas somas de dinheiro, que houve Papas excomungados, Papas assassinados, Papas que sofreram atentados, que já houve eleições tão demoradas que a Igreja ficou sem Papa por muitos períodos de cerca de três anos.

Tudo isto já aconteceu na Igreja Católica. Há muitos interesses em jogo no Vaticano, nas Igrejas católicas em geral, ao redor do mundo.
O Vaticano é um Estado soberano encravado na Republica Italiana. Uma ilha cercada de terras italianas por todos os lados. É um estado católico onde não se professam outras religiões, talvez uma falha conceitual da Igreja, num mundo cada vez mais ecumênico.


  1. Origem do Vaticano.
 Cidade-Estado do Vaticano
Após a morte de Jesus Cristo os discípulos se espalharam pelos continentes para evangelizar os povos, mas foi na cidade de Roma que mais sofreram sendo perseguidos, devorados em espetáculos de circo, queimados em fogueiras, no tempo do cristianismo chamado de primitivo, o cristianismo das catacumbas. O Império Romano havia expulsado todo o povo judeu, incluindo os cristãos – que também eram judeus – de suas terras na Palestina. Foi exatamente em Roma, na capital do mundo de então, que uma nova religião católica realmente se fundou como uma instituição reconhecida ao final do governo de Constantino, o Imperador. Exatamente no maior centro mundial de corrupção.
A Igreja católica exerceu enorme influência no mundo das nações durante a Idade Média, nomeando imperadores, aprovando ou desaprovando a formação de Estados Independentes, fundando Impérios, declarando guerras. Era praticamente a “imperatriz” do mundo ocidental. Cometeram-se muitas atrocidades em nome da fé, assim como se cometeram outras tantas em nome do comunismo, ou de ditaduras ou ainda de qualquer regime de governo. Em qualquer estado o que domina é o poder e o capital.

Por Constantino, o primeiro Papa com o título de Sumo Pontífice, não deveria estar sujeito a governos temporais e sua “jurisdição” se estendia à cidade de Roma e arredores. Esse estatuto durou até Napoleão conquistar a cidade de Roma e aprisionar o Papa Pio VII. Em 1815, com a derrota de Napoleão, o Papa retornou aos seus domínios: Roma, os territórios vizinhos conhecidos como o “Patrimônio de S. Pedro”, a România [1] e as Marcas [2], do outro lado dos Montes Apeninos. Numa Itália ainda dividida em pequenos principados sem uma unidade política – como Nação – a velha idéia da reunificação viu-se fortalecida na época em que Pio IX era Papa (1846). Pio IX não se opunha à reunificação, mas a Áustria ocupava territórios ao norte da Itália e a reunificação só seria possível com uma guerra, coisa que o Papa não desejava por ser a Áustria um país católico. Os nacionalistas viraram-se então contra ele. Os Piemonteses que lideravam o nacionalismo tomaram em 1860 os territórios papais da România e as Marcas. O Papa Pio IX ficou assim apenas com a cidade de Roma e o Patrimônio de S. Pedro. Foi-lhe oferecida uma compensação em dinheiro para que o Papa abdicasse do seu poder temporal sobre Roma, mas a sua consciência, e possivelmente essa perda de poder, não o permitiu. De qualquer forma, os Papas ficaram proibidos de sair da área dos prédios onde se situa ainda hoje o Vaticano.

Em 1876, uma administração italiana mais anticlerical, estabeleceu que seria crime qualquer crítica feita por padres ao governo. Logo em seguida, interditava quaisquer encontros privados de padres e freiras. A resposta do Papa foi a bula “Non Expedit” que proibia os cristãos de participar em quaisquer eleições. No começo do século XX, Pio X temendo a crescente força do socialismo permitiu que em certas ocasiões e sob estrito controle episcopal os cristãos pudessem votar para contrabalançar a massa socialista. Bento XV, sucessor de Pio X cancelou a Non Expedit em 1919 e conclamou todos os habitantes de Roma a reassumir sua cidadania Italiana a que tinham direito. Formou-se então o Partido Popolare, muito semelhante ao Democrata Cristão. Um ano depois, Benito[3] Mussolini chegou ao poder carregando o Fascismo [4]em sua bagagem política.
 Benito Mussolini - O fascista ditador morto pela multidão
Naquela época havia na Itália três correntes políticas: O partido Popolare, dominado pela Igreja, os comunistas e Mussolini. Pio XI que sucedeu a Bento XV, optou por apoiar Mussolini, como a melhor opção entre ele e os comunistas.  


  1. 2.      O Tratado de Latrão.
 Assinatura do Tratado de Latrão
Em 11 de fevereiro de 1929, O Papa Pio XI e Mussolini assinam três documentos que constituem o Tratado de Latrão, vigente até hoje, apesar de o fascismo já não existir na Itália.

Pelo primeiro documento, o Papa reconhecia que Roma pertencia ao Estado Italiano e em troca a Itália reconhecia a soberania papal sobre o Vaticano, S. Pedro e o Castelo Gandolfo; A Itália reconhecia a posse pela Igreja dos edifícios eclesiásticos de Roma, dava imunidade diplomática, livre acesso aos diplomatas estrangeiros, e liberdade em relação a qualquer interferência por parte do Estado; em troca a Itália reconhecia a religião católica como a única religião do Estado; o Papa prometia manter-se afastado de toda a disputa temporal entre as nações, bem como de qualquer congresso internacional, exceto se chamado para intermediar em disputas.   
  
Pelo segundo documento, a Itália pagou uma indenização de dois bilhões de liras.

Pelo terceiro documento, a Itália reconhecia a liberdade de comunicação do Vaticano com os bispos e católicos do mundo inteiro. Os bispos seriam indicados pelo Vaticano que teria que submeter os nomes para apreciação do governo da Itália, de forma a comprovar que não havia empecilho político contra os indicados. Por outro lado, os bispos teriam que prestar juramento de fidelidade ao rei de Itália. O estado italiano pagaria os salários de bispos e padres, a instrução religiosa seria dada nas escolas públicas por pessoas autorizadas pela igreja. O clero ficava proibido de pertencer a partidos políticos. Em setembro de 1931 fez-se um acordo adicional: Os bispos não indicariam para liderança na “Ação Católica” – a organização política da Igreja, pessoas que fossem desfavoráveis ao fascismo.

O Partido Popolare acabou. Benito Mussolini não cumpriu a palavra e até a “Non Abbiamo Bisogno” do Papa protestando contra ele, teve que ser contrabandeada para a França e lá publicada. Papas não podem interferir com política. Não devem interferir em democracias. Em regimes totalitários podem e devem como Dom Helder Câmara, quando a violência é excessiva. O hábito e a ordenação, não tiram dos religiosos a sua condição de cidadãos. Isto deveria ser válido para os religiosos de todas as religiões, mesmo a Igreja não sendo uma ONG.


  1. 3.      A Jornada da Juventude no Rio de Janeiro.

 três milhões e meio de jovens e o Papa Francisco I
Não sou católico, não sou comunista, nem socialista, nem comunista, nem capitalista e detesto ditaduras. Sou deísta e tenho a Democracia Participativa como a grande meta da humanidade a ser alcançada. Mas gostei de ver o Papa Francisco, sua simpatia, sua franqueza e sua “Divinum Albus Seditio” [5], convocando a juventude para construir o futuro, uma igreja moderna, reformada, atualizada. Afinal, “tudo o que ligar na terra, será ligado nos céus”. Estou contigo temporalmente Francisco I, e com meu Deus eternamente.
 O Papa Francisco I - Essa simpatia e transparência
Porque o Papa pediu para rezar por ele? Porque sua reforma e suas palavras de humanidade desagradarão a muita gente por esse mundo, tanto dentro quanto fora do Vaticano. Sua segurança corre perigo e todos sabemos disso.  

© Rui Rodrigues


[1] Atual Romênia.
[2] As Marcas (em italiano Marche, pronuncia-se leˈmarke) é uma região da Itália central com 1,5 milhão de habitantes e 9 692 km² cuja capital é Ancona. Tem limites ao norte com a Emília-Romagna e a República de San Marino, a noroeste com a Toscana, a oeste com a Úmbria, a sudoeste com o Lácio, ao sul com Abruzzo e a leste com o mar Adriático.
[3] Mussolini viveu os seus primeiros anos de vida numa pequena vila na província, numa família humilde. Seu pai, Alessandro Mussolini, era um ferreiro e um fervoroso socialista, e sua mãe, Rosa Maltoni, uma humilde professora primária, era a principal provedora da família. Foi-lhe dado o nome de Benito em honra do revolucionário mexicano Benito Juárez. Tal como o seu pai, Benito tornou-se um socialista. Depois mudou ao sabor dos ventos das oportunidades políticas.
[4] O termo fascismo é derivado da palavra em latim fasces. Um feixe de varas amarradas em volta de um machado,  foi um símbolo do poder conferido aos magistrados na República Romana de flagelar e decapitar cidadãos desobedientes. Eram carregados por lictores (funcionários públicos) e poderia ser usado para castigo corporal e pena capital a seu próprio comando. Mussolini adotou esse símbolo para o seu partido, cujos seguidores passaram a chamar-se fascistas. O simbolismo dos fasces sugeria "a força pela união": Uma única haste é facilmente quebrada, enquanto o feixe é difícil de quebrar. Símbolos semelhantes foram desenvolvidos por diferentes movimentos fascistas. Por exemplo, o símbolo da Falange Espanhola é composto de cinco flechas unidas por uma parelha.

[5] Divina revolução branca

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Weimar 1919 e Brasil 2013 - Um paralelo


Weimar 1919 e Brasil 2013 - Um paralelo

Traçar um paralelo não significa que os dois assuntos tenham a mesma origem, se desenvolvam do mesmo modo e terminem da mesma maneira, mas simplesmente que existe algo em comum, como poderemos ver a seguir. Mas, seja o que for, não parece se solução para os problemas que se enfrentam nos dias de hoje.
Buscando a isenção, decorrerei sobre Weimar deixando aos leitores e leitoras o comparar com a situação política dos dias atuais. Certamente encontrarão paralelos entre situações, políticos, até mesmo cidades, movimentos e partidos políticos. Basta ler pausadamente e com atenção.

  1. 1.      A cidade
Weimar é uma cidade alemã, atualmente patrimônio da humanidade, com uma característica muito particular: É uma cidade independente, isto é, tem o estatuto de Distrito (para leitores portugueses) e de um Estado (para leitores brasileiros). Nela viveram Goethe, Schiller e posteriormente Nietzsche (quando já em estado adiantado de demência). Em 1919 fundou-se a Universidade da Bauhaus. É uma cidade preferida de “seres pensantes”. A 6 km de distância fica o campo de concentração nazista de Buchenwald destoando da paisagem e da cidade.
Sua história de cidade independente inicia-se em 1918, logo após a Alemanha perder a primeira guerra mundial, com um sistema parlamentarista democrático. As forças armadas alemãs, conhecidas por sua liderança autocrática e conservadora, empurraram as negociações de paz (a derrota na guerra) para o SPD – O partido Social democrata, no governo de Weimar. A partir daí ficou no povo alemão a imagem de um partido socialista democrático que negociara (mal) a derrota, e o saudosismo de uma nação outrora poderosa no tempo dos imperadores. Sebastian Haffner chamou a Weimar “uma republica sem republicanos” e Kurt Tucholwsky “O negativo de uma monarquia” porque não era o imperador Wilhelm II que mandava e sim o Reichstag. O imperador abdicou.
 Weimar
  1. 2.      A relação entre os dirigentes da nação Alemã e os seus cidadãos.

Os EUA não eram uma potência bélica mundial até um par de anos antes do ataque nipônico a Pearl-Harbour. Eram, e são, uma democracia que visa em primeira instância o bem estar geral da nação. Foi a partir desse ataque que passaram a ser uma potência bélica, iniciando um processo de armamento por força de movimentos internos que aproximavam a nação americana contra as forças do eixo, a favor de sua aliada a Grã-Bretanha. A Alemanha, até antes do fim da primeira guerra mundial, tinha um conceito diferente da relação governo e povo, tendo por este um profundo desprezo. Diz Harold Kustz “Frederico, o Grande, chamava o povo de uma nação de escravos. Bismarck, o criador da Alemanha moderna, afirmava que não podia suportar o povo, a não ser que houvesse bebido depois uma garrafa de champanhe. A maioria dos impropérios do Kaiser Guilherme contra o povo não podia ser impressa. Mais tarde Hitler diria que os alemães não eram dignos de sua grandeza. Não sabemos o que passa pela cabeça de Ângela Merkel, mas até podemos adivinhar. O exército alemão adotava a filosofia segundo a qual todos os recrutas deveriam ser despojados de seu ”espírito de porco” e de sua condição humana, domesticados até um nível quase animal. A figura do sargento era um dos arquétipos alemães, que deveria manter a população em seu lugar : Escravos e porcos. Até hoje, a educação alemã reflete essa rigidez militar. Governos que não se importam com o povo, por mais populares que sejam, mais cedo ou mais tarde acabam por demonstrar os seus princípios, torpes sem dúvida.

  1. 3.      O tratado de Versalhes e as conseqüências previsíveis
 Tratado de Versailles
Entre perda de terras, impossibilidade de formar forças armadas e uma pesadíssima multa a ser paga como indenização de guerra, o futuro alemão era previsível: Desordem total porque as metas eram inalcançáveis. A inflação bater-lhes-ia à porta. Quem sabia disso perfeitamente era John Maynard Keynes, que participou das negociações de Versalhes como observador. A França chegou a invadir a Alemanha, no Rhur, apesar do tratado de paz, para conseguir pagamento de parcelas atrasadas. Não demorou muito para o povo alemão ir para as ruas pedindo empregos, menos inflação, redução da dívida ou mesmo dar o calote, melhores serviços públicos. A Alemanha ficou a um passo da guerra civil. Altas dívidas externas e internas, juros altos, economia em queda, corrupção têm, um efeito devastador no moral e na confiança das populações. Keynes sabia disso. Quanto ao governo alemão da república de Weimar, democrata e socialista, sabia que era necessário acalmar o povo. Mas como?

  1. 4.      Surge Adolf Hitler de um dualismo entre a social democracia e a extrema direita.
 Hitler odiava o povo alemão
Já em 1918 se sufocara pela força das armas uma tentativa de implantação do socialismo através de forças revolucionárias de esquerda lideradas por Rosa Luxemburgo e Karl Liebknecht[1]. Aproveitando a instabilidade e o descontentamento, Hitler viu a oportunidade de voltar aos tempos imperiais, antidemocráticos, como a base de sua plataforma política para alcançar o poder e implantar o nazismo. Velhas cenas filmadas de seus discursos mostram a “força” e a determinação dos tempos do Império alemão, uma expressão corporal clara da intenção de domar os “escravos e os porcos” de sua nação. A proposta de Hitler não era a de uma democracia, mas a de um governo forte que colocasse tudo nos eixos. No dia 09 de novembro de 1923, Ludendorff e Hitler promoveram o seu desfile golpista pelas ruas de Munique. Não deu certo, voltou mais tarde
Na verdade, a fraqueza da republica de Weimar instituída em 1919 contribuiu para a expansão dos movimentos radicais e o surgimento do nazismo. No entanto, é notável como Hitler - cuja única virtude foi a de ser esperto durante algum tempo – chegou ao estabelecimento do nazismo: Através de emendas à constituição, sutis, uma após a outra. Hitler iniciara sua carreira política como chefe do pequeno Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores alemães. Por essa época, Goebels já fazia parte da assessoria de Hitler.
No Brasil, e no inicio, o Partido dos Trabalhadores não era socialista, o que veio a acontecer quando elementos terroristas de um socialismo do passado se lhe associaram.
Alterações à constituição, ainda que com o “beneplácito régio” de um senado que pode e foi comprado por mensalidades, tem o mesmo feito das alterações provocadas na constituição alemã por partidários de Hitler.
Com o leitor fica a decisão de estabelecer – ou não – os paralelismos com a República de Weimar, ou melhor, no que ela se transformou, considerando as forças políticas envolvidas e os meios utilizados para transformação da Alemanha de uma democracia que buscava os seus caminhos, numa ditadura que encontrou outros e desastrosos caminhos.

© Rui Rodrigues


[1] Os dois foram assassinados. 

domingo, 28 de julho de 2013

A neve de verão

A neve de Verão.


Parei de respirar, depois parei de ouvir qualquer coisa, meus pensamentos pararam por completo. Não havia nada e havia tudo à minha volta. Uma luz imensa e forte, invisível, estava lá em algum lugar de meu cérebro enquanto meu corpo e minha alma pareciam prestes a explodir de emoção, de prazer, de glória infinita. Então, de repente, explodi em gozo ao som de uma fanfarra de gaitas de foles, sentindo o perfume de flores do campo que acabava numa cascata de águas límpidas e ouvi dela o arfar do relaxamento do prazer. A paisagem, os sons, a cascata, esvairam-se de repente sem deixar sinal. Era um dia de Verão. A vida era de prazeres sem um amanhã a definir. Despedi-me e levei-a até a porta. Ela estava com pressa.

Quando voltei ao interior da casa para tomar mais uns goles de vinho, e ao abrir a porta de vidro que dava passagem para a área de churrasqueira e para o jardim, vi uma osga colada no vidro. Estava imóvel, parada, a cabeça levantada, os enormes olhos atentos em mim, aguardando os meus movimentos. Suas pontas de dedos em forma de bola e sua figura esguia, elegante e fugidia, davam-lhe um ar de inteligência e esperteza que não se notam numa vaca, por exemplo, embora o tamanho dos cérebros seja um abismo de volume. Inquiri-me sobre minha própria inteligência e o que tenho feito com ela, e foi inevitável deixar de pensar coletivamente: O que fazemos com nossa inteligência, que parece estar tão intimamente ligada ao prazer, à felicidade que o prazer nos dá?



Podemos juntar tudo o que pudermos, desde algum tipo de comida, alguns eletrodomésticos, um iate, um apartamento e oferecer a uma vaca. Podemos garantir que não desejará nenhum. O que uma vaca deseja, e é feliz com isso, é pasto, água, um lugar à sombra para se proteger do sol, uma relação sexual para procriar quando estiver no cio, dias calmos sem muito sol, sem muita chuva, sem muito calor, sem muito frio. A osga é exatamente igual à vaca, que é exatamente igual a todos os animais “irracionais” que conhecemos. Entre eles há dois sintomas constantes de infelicidade: Quando o predador está com fome e não encontra presa, e quando a presa teme os predadores. Afora isso, a felicidade é completa porque não há extremos de necessidades: Fome ou medo.

E é neste ponto que nos tornamos exatamente iguais aos animais e esquecemos toda a nossa inteligência. Momentos antes de iniciar este meu devaneio provocado pela contemplação sobre a atitude esbelta de uma osga, eu tinha passado por um momento de felicidade, com a mente completamente vazia como a de uma vaca, ou de uma menor e mais simples osga. Não sentia medo nem fome, apenas a felicidade do prazer. Minha felicidade era imensa. Ao retornar à contemplação da vida deixei de ser um simples “animal” e passei a ser um animal mais complexo, que pensa, que por vezes age em função do medo ou da fome. E isto faz toda a diferença.

Por medo, por exemplo, de sermos discriminados, aceitamos os ensinamentos de uma religião, e mesmo sem crermos muito nos deuses tal como no-los apresentam, unimo-nos ao grupo de crentes dos arredores de nossas casas, para mostrarmos que somos como eles e que fazemos parte do grupo. Por medo, por exemplo, de perdermos um emprego, aceitamos que se pratique a corrupção em nosso trabalho, e fechamos os olhos rezando para que ninguém descubra, mesmo não tirando qualquer vantagem dessa corrupção, e quando em data de ir aos templos, lá vamos nós, juntar-nos aos demais para fazer nossas orações. Seria hipocrisia se não fosse por medo.

Por fome de comida, de poder, se pode roubar desde uma galinha ou uma fruta de árvores dos vizinhos, que no fundo não faz falta a ninguém, até um carro forte, um banco, uma joalheria, ou o que é bem pior, as verbas públicas, que são destinadas a melhorar os serviços públicos, a prover água, esgotos, saúde  transportes e ensino públicos.  

A ambição advém do medo de ter medo e do medo de ter fome. A ambição é um lazer, uma distração de quem quer ter sempre mais e coleciona moedas, jóias, bens móveis e imóveis, mas não tem medo de que lhe assaltem a casa, de que lhes tirem os empregos, coisa de gente que concorre a cargos públicos, faz parte de partidos políticos, deseja viver isento de perseguições da lei e de suas punições. Este mundo seria muito melhor se tais políticos não tivessem o poder que têm, e se pudessem perder os bens acumulados com o poder e com a corrupção que sua ambição os faz aceitar como coisa “normal”, protegida pela lei.

Em algum momento que não percebi, a osga se afastou de mim. De mim, que jamais tinha a intenção de magoá-la, de lhe prejudicar a vida. Osgas são espertas e não se arriscam por muito tempo à espera de movimentos da vida que não conhece no seu entorno. Fogem antes que possam ser atacadas. Políticos não. Continuam lá em seus postos, protegidos por leis que só eles fizeram e aprovaram e que lhes dá a força das forças armadas com que atacam os cidadãos. Políticos são osgas protegidas pelas leis e pelas forças das leis. Frente a tudo isto, não passo de uma vaca, melhor, um boi de olho macio e perdido, ruminando sua felicidade parada sem sequer ter vontade de escolher o que mais gostaria de ter, porque o pasto parece-me suficiente.

Principalmente num dia de verão, em que não neva, não faz frio, e o calor não é muito. Mas como seria bom que nevasse, que a lareira tivesse achas queimando, o vinho tinto e seco estivesse a 19 graus, e as osgas fossem humanas. Então eu não seria um boi ruminante.


© Rui Rodrigues










    

sábado, 27 de julho de 2013

Fácil entendimento da relatividade e da velocidade da luz para leigos como eu.

A relatividade, a velocidade e o tempo para leigos como eu.

De olhos abertos não conseguimos ver nada. Ou melhor, vemos, mas nos perdemos na confusão da profusão do que vemos e dispersamos nosso olhar por uma paisagem rica em detalhes. Por outro lado, nosso pensamento é rápido e nossos olhos lentos. Albert Einstein tinha os mesmos problemas. 

De olhos fechados, não vendo nada, temos a vantagem de não dispersarmos o nosso olhar e de nos podermos concentrar numa imagem, visualizá-la de forma fixa e isolada sem perturbações. Então vamos lá, para a teoria da relatividade, tentar entendê-la da forma mais simples e de olhos fechados.

Antes porém de fechar os olhos, pense em algo desagradável que aconteceu em sua vida. O tempo demorou a passar, não foi? E quanto a coisas alegres, uma festa, por exemplo, ou as suas ultimas férias? Passaram rapidamente sem dúvida, mas para a média da humanidade, porém, o tempo decorreu sempre à velocidade de sessenta segundos por minuto. Nem mais nem menos. Ou seja, o tempo não mudou, mas “parece” que se alonga quando estamos vivendo um momento difícil e se encurta quando vivemos um momento feliz. A velocidade da luz tem algumas semelhanças com esse fato verídico.

Feche os olhos e imagine o que segue.

Agora se prepare para viajar numa nave muito especial: Ela é transparente, e você se vê solto no espaço, no vácuo, embora dentro da nave. Essa nave está solta, pronta para obedecer aos seus comandos e ela pode viajar a qualquer velocidade. Do lado de fora da nave, uma potente lanterna, um holofote poderosíssimo que você pode ligar a qualquer instante.

Dê a partida.  Pouco tempo depois, ligue o holofote e desligue... A luz emitida pelo holofote durou apenas enquanto o manteve ligado e depois sumiu sem rastro, tal como acontece normalmente: Quando o ligou, a lanterna disparou raios de luz a uma velocidade de 300.000 km/s. É natural que não tenha visto para onde os raios de luz foram, embora saiba que foram “em frente”, afinal a luz é muito “rápida”.

Então você decide igualar a velocidade da sua nave à velocidade da luz. Acelera e quando já está muito próxima dessa velocidade, ou seja, perto dos 300.000 km/s, você volta a ligar a sua lanterna. O que espera ver? Provavelmente a luz se afastar muito devagar da nave - já que as velocidades são quase idênticas - e poderia até perceber os raios ainda visíveis, quase emparelhados com a nave, mesmo depois de desligar a lanterna, mas não é isso que vê. O que vê é nada. A luz passou chispada à mesma velocidade de 300.000 km/s como se sua nave estivesse parada. A luz ignorou a velocidade de sua nave. E se pensou em virar a lanterna ao contrario, girando-a em 180 graus para que visse a luz viajar ao dobro de sua velocidade normal, engano seu: A luz chisparia em sentido contrario ao seu à mesma velocidade de 300.000 km/s.

Então pensaríamos que a Luz tem sempre a mesma velocidade de 300.000 km/s... Mas seria um engano lamentável... E para explicar, temos que voltar à comparação do tempo quando passamos por momentos felizes (quando parece passar depressa) e por momentos infelizes (quando o tempo parece andar muito devagar). 

Para a luz, todas as situações são de momentos felizes... Viaja sempre a 300.000 km/s em qualquer situação, exceto quando se encontra num momento infeliz, isto é, cerca de um buraco negro, ou de corpos celestes de grande massa (como o nosso Sol), em rota tangencial ou de colisão. Nestes casos temos que levar em conta que a luz se comporta ora como uma onda, ora como um corpúsculo, uma partícula, que, por menor que seja, tem massa, até mesmo porque se trata de energia e energia é massa e vice-versa. Sendo massa, está sujeita à atração da gravidade. Aos buracos negros se chama também de “singularidade”, exatamente porque são corpos singulares, únicos. Neles, e em suas proximidades, as leis newtonianas da física se modificam e entramos na física da relatividade de Einstein. Einstein provou que o espaço está intimamente ligado ao tempo. São indissociáveis. Não se pode separar um do outro. É nele que os corpos celestes se movem ou simplesmente “estão”. Um corpo celeste de grande massa como estrelas e planetas, por efeito de sua força de gravidade – ou de seu campo de gravidade – distorcem o espaço (entenda-se o espaço e o tempo simultaneamente). O campo de um buraco negro é tão grande, tão forte, que “atrai” até mesmo os raios de luz que reduzem sua velocidade até pararem por completo quando atingem a sua superfície, quando são absorvidos. Neste momento, o tempo pára os raios de luz, reduz-se a zero. O tempo pára, não há tempo numa singularidade, o espaço está tão comprimido que praticamente quase não existe: A massa do sol poderia caber na cabeça de um alfinete se fosse reduzida a um buraco negro. As dimensões de uma cabeça de alfinete comparadas às dimensões infinitas do Universo são praticamente igual a zero.

Apenas como curiosidade, se a sua nave se dirigisse a um buraco negro, ao chegar suficientemente perto, estaria sujeita à sua força de gravidade. Esta agiria sobre toda a nave, mas seria muito maior na cabine do que na cauda de sua “Enterprise”, para lembrar a série de televisão. A diferença da força agindo na cabine e na cauda seria de tal ordem, que sua nave –e você também – espicharia, rasgando-se em pedaços até não serem mais do que partículas comprimidas sem qualquer espaço entre si.

Não há luz nem tempo no interior de buracos negros, e todo o espaço se foi, agora ocupado por partículas comprimidas.


© Rui Rodrigues    

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Traição à Pátria

TRAIÇÃO À PÁTRIA.


O que é Pátria? Pátria é tudo o que existe em um território demarcado de uma nação, sua natureza, os cidadãos e cidadãs, os seres humanos acolhidos neste território, todos os monumentos, a água, a geografia, o subsolo, a plataforma continental, as tradições, os costumes, a Constituição e as leis, a idiossincrasia, a história, os ancestrais, tudo o que está relacionado com a bandeira que representa tudo isto, a Nação, que comporta a necessidade das forças armadas e das forças de segurança pública. Tudo isto, e muito mais, é a nossa Pátria.

O que é Traição à Pátria? Traição, em maior ou menor grau, é agredir a Pátria ou algo que a representa, por palavras ou ações (Emitir opinião não é traição nem sair para as ruas em manifestação contra o que se julga errado, que isso é exercer a cidadania).  Traição é prejudicar gravemente a Nação no seu interior ou no exterior. Podemos dar alguns exemplos de traição à Pátria:

  1. Em meio a uma guerra em que a Nação se defende, fugir do inimigo ou cooperar com o inimigo, ou agir em favor do inimigo.

  1. Usar de ações violentas para derrubar o patrimônio da nação quer sejam edifícios, ou meios de transporte, serviços públicos, pessoas, ou qualquer outro bem que esteja dentro das fronteiras da nação, incluindo embaixadas no exterior. Um breve ou profundo olhar pela História da humanidade pode constatar que a violência nunca, em tempo algum, resolveu de forma definitiva algum problema neste planeta.

  1. Uso indevido de verbas públicas, porque pessoas eleitas para distribuí-las de acordo com as necessidades da Nação, quer tenham instrução ou não, não podem alegar desconhecimento dessa transgressão, por se trata de falta de moral e de ética para as quais não existe diploma específico de qualquer universidade do mundo. Eleitores podem conhecer perfeitamente o que é moral e ética, e podem até saber discernir o que é ético ou não, mas não podem adivinhar se os candidatos que lhe são apresentados pelos Partidos Políticos atuam dentro da moral e da ética.

  1.  A compra de votos é uma traição à Pátria. Não pode ser apenas multada tal atividade, porque de onde veio o dinheiro para a compra, pode vir mais para pagar a multa, normalmente de baixo valor. É uma atividade que destorce, modifica, altera, a representatividade dos cidadãos. Compra de votos no Senado ou nas Câmaras, onde se decidem os destinos da Nação, é traição em primeiro grau, a mais grave de todas, só comparável à compra de votos dos cidadãos necessitados, que vendem seus votos em troca de alimento ou qualquer outro benefício que o próprio estado não lhes proporcionou e deveria proporcionar. Ministros que já foram demitidos e outros que o mereciam, como exemplo, podem atestar que é relativamente fácil tirar proveito do cargo, ou desviar verbas. A moral e a ética têm que, através de leis justas, serem separadas da capacidade de “comprar”, coisa que o Tráfico de Drogas, os desviadores de verbas públicas, e os que aumentam seus próprios salários através de leis que aprovam em conjunto, tirando partido próprio, sabem muito bem como fazer, como fazem, e como fazer.

  1. Assumir cargos em pastas sem educação específica para o cargo é traição à Pátria. Não se pode entender como justo que não seja um Economista experiente, aprovado por concurso público e por votação, a ocupar a pasta de Ministro da Economia, nem alguém que não seja militar a ocupar a pasta de Ministro das Forças Armadas, nem ministro da Saúde a alguém que não tenha curso de administração e de Medicina com experiência comprovada. A “confiança” em alguém que não esteja devidamente preparado, não é confiança: É ignorância, e não se pode ser governado por ignorantes nem por analfabetos. Analfabetos assinam qualquer coisa. Apenas com esperança e fé, se poderia eleger Maomé, Jesus, Moisés, Buda, Vishnu, ou o Rei de Jade, que eles governariam o mundo através da “inspiração divina”. Seria um absurdo. Este tempo já passou. A realidade é a realidade. Tudo o que não é real é outra coisa fora deste nosso mundo em que temos de nos governar a nós mesmos.

  1. Traição à Pátria, é alterar a Constituição através de Atos Institucionais ou Medidas Provisórias – Não se pode acreditar em Medidas Provisórias porque elas não têm prazo definido para viger, que até nisso nos mentem e nos tentam enganar. Como aceitar Medidas Provisórias se não dizem em que prazo elas serão aplicadas?  

Uma das piores traições à Pátria é manter no senado alguém que foi previamente condenado pela justiça, ainda que dependa, sua condenação, de avaliação de recursos, porque a Lei é a lei e enquanto em julgamento, a confiança, aquela que lhe deu os votos, se perde até a confirmação da pena ou de sua absolvição. Se absolvido, pode voltar ao senado. Enquanto não se esgotar o julgamento, o lugar de condenados não é certamente no Senado, uma casa que deveria honrar a Lei.


Nossa República nos trai e nos traiu, a nós, cidadãos brasileiros, de todos os partidos políticos e sem partido, muito mais nestes últimos doze anos, do que em toda a história do Brasil desde o ano de 1.500. Porquê? Porque perdemos um dos melhores períodos da História em que os paises emergentes aproveitaram para se desenvolver, e ficamos atrasados, parados,s estagnados, consumidos por inflação, desperdícios, corrupção, desvios de verbas. Nossa Nação parou no tempo por causa de vontades expressas por políticos desqualificados e sem instrução que não percebem os intricados mecanismos que regem as ciências, o conhecimento, os atos de governar. É uma vontade desqualificada, vazia, inexeqüível, que a ignorância não permite perceber. O povo percebe nos bolsos, na saúde, nos transportes, na educação, na segurança. Nada disto funciona e muito menos evolui.



© Rui Rodrigues

quinta-feira, 25 de julho de 2013

O meu perfil

O meu perfil



Nasci numa ditadura com uma forte polícia de inteligência duvidavel, mas com acurada capacidade de descobrir e inventar inimigos do regime. Pior ainda quando aos meus 14 anos ela entrou em guerra com cerca de sete países sem apoio algum da comunidade internacional. A ajuda financeira eram os depósitos dos emigrantes saudosos de suas terras que pensavam um dia poder voltar lá e remetiam tudo o que podiam para fazer um pé de meia, construir uma casa. Durante os tempos em vivi sob esse regime, pensei que estava em pleno comunismo, porque não havia diferença alguma. Fugido do regime, sem nunca ter votado em minha vida, vivi em outro país à sombra de uma democracia cambaleante que não durou mais de dois anos e foi solapada por uma ditadura bem intencionada, que mobilizou as famílias, arrecadou ouro de anéis e brilhantes para fortalecer a economia. Nunca se soube para onde foi o ouro, mas ficamos com a sensação de que nos cobraram um alto dízimo para nos livrarem do comunismo. Era uma ditadura messiânica que se esfarelou pela incompetência em gerir aquele ouro arrecadado às toneladas pelas ruas das cidades amontanhado pela recolha de impostos. Ficamos frustrados.

Quando a ditadura caiu, passadas décadas, vi que a alegria do povo estava esmorecida. Sinal de que o povo crescera politicamente e a constatação da realidade já não permitia o sorriso que incomodava em meio a tanto descrédito. Falava-se mal dos governos na nova democracia porque aparentemente não mudava nada dos tempos da ditadura. Uma ministra ninfomaníaca que se casou com um comediante depois de amar perdidamente um ministro resolveu confiscar todos os depósitos em poupança. Sucessivos planos econômicos geravam escassez, remarcação de preços, inflação que chegou à casa dos milhares por cento ao ano. Mas por essa época já me tinha formado em engenharia, estava percorrendo o mundo, trabalhando para as maiores empresas nacionais e do mundo, lidando com países democratas, capitalistas, socialistas, comunistas, ditaduras. E continuei sem votar uma única vez em minha vida por não valer realmente a pena. Votar nuns ou noutros era sempre a mesma coisa: O dinheiro ambicioso e fácil era sempre a meta política aliada ou não da religião ou da economia.    

Percebi que a diferença estava no palavreado, que todos gostavam mesmo era de dinheiro, quanto mais forte a moeda melhor, que política era um arranjo de frases de efeito para levar fiéis ao altar dos partidos. Uma mistura com religião, ou se desejarem, uma política religiosa, que mesmo assim conseguia ser melhor do que uma religião política. Como novidade, uma economia política só conheci nos últimos doze anos quando Lula conseguiu finalmente assumir a presidência do Brasil. Evidentemente com grande dose de fé inocentemente política por parte do povo ignorante na nobre arte de ler e fazer contas: vendiam os seus votos, para comprarem mais inflação que lhes comia os salários, menos saúde, menos segurança, menos infra-estruturas, menos salubridade, mais doenças, mais injustiças. Também nunca votei nestes regimes pelos mesmos motivos.

Estamos às vésperas de mais uma mudança significativa, e temos uma farta opção de regimes e partidos políticos para votar que não mudarão absolutamente nada, a não ser que se vote uma nova constituição que não permita, pelo menos, os mesmos tipos de erros a que temos assistido em nossas vidas, um dos quais é dar poder a políticos para aprovar emendas constitucionais seja qual for o nome que lhes deem  como as malfadadas Emendas Provisórias, os Atos Constitucionais eufemismizados.  Essa nova constituição teria que ser votada item por item pela população através das redes sociais.

O Povo sabe o que o povo quer. Políticos não querem saber do que o povo quer. Política, drogas e dinheiro competem com a cidadania.

Por um Brasil melhor onde se possa votar a cada dia a felicidade do dia seguinte.


© Rui Rodrigues


  

domingo, 21 de julho de 2013

Cabum !.. Preparação para nova guerra mundial?


CABUM
 Poderíamos prescindir disto se não houvessem loucos no governo

  1. Não sou vidente

Não sou vidente. Li tudo o que podia na História Universal e livros de todas as matérias, e não tenho por costume enganar-me, mas erro por vezes nos prazos. Algumas coisas acontecem antes, outra depois do “quando” em que previ que iriam acontecer. Ultimamente tenho me limitado a referir-me a longo, médio e curto prazo. São os sinais. São os sinais que analisados em conjunto, nos apontam o caminho, embora não bem definido, para onde o mundo, a humanidade, vão. A história se repete assim como a natureza se repete em folhas, rios, flores, com as mesmas características básicas, embora o aspecto seja sutilmente diferente, como entre uma rosa e uma tulipa, ou uma folha de álamo e uma de parreira.

Parece haver uma ordem no mundo e na natureza, também na humanidade, que não conseguimos ainda definir nem no mais moderno e mais potente computador. Essa ordem, constituída por leis, define os rumos, o caminho do mundo que nos cerca. Vejamos por exemplo, o caso do mundo na época de Hitler, em 1939, quando sob seu comando a Alemanha aliada à Áustria invadiu de forma imprevisível a Polônia e deu inicio à segunda guerra mundial.

  1. A desordem na metade do século XX

Naquela época, até um ano antes do conflito, mais ou menos, o mundo parecia estar saindo de uma recessão violenta que levou para as ruas em extrema pobreza, filas e filas de desempregados buscando algum tipo de emprego para garantir o sustento. Jornalistas que percorrem o mundo e tem seus contatos, alertavam sobre os perigos de uma Alemanha que, contrariando o Tratado de Versalhes, se militarizava e treinava suas tropas em outros países, já que estava proibida de fazê-lo. Todas as forças armadas de todo o mundo europeu sabiam sobre os acontecimentos, os cidadãos de todas as nações sabiam da instabilidade, do armamento, da pobreza espalhada, e os que alertavam pareciam não ter crédito. A vida continuava, algumas instituições ajudavam os mais necessitados, dançava-se o “Fox Trot” herdado dos anos 20 por todas as casas de diversão, os cinemas estavam cheios, havia glamour por todos os cantos do planeta. O mundo, apesar das notícias, era um encolher de ombros, uma descrença de desgraça. Quem falasse no perigo, era “pessimista” que incomodava quem queria viver em paz, longe desses assuntos, curtir a vida. Já se vendiam rádios ou goniômetros, que aliviavam a vida em casa, disseminavam notícias. As ruas já estavam cheias de ônibus, automóveis, lojas com as ultimas novidades da moda. Parecia que nada de novo poderia ser inventado, e as “invenções” que apareciam em gibis, eram pura ficção cientifica, impossíveis de serem fabricadas. Alguns cientistas e estudantes de universidades acreditavam, nas ninguém acreditava neles. Ainda se morria de pneumonia, de sífilis, pelas ruas crianças portavam aparelhos para permitir a locomoção, impedida pela paralisia infantil. O mundo parecia que não iria mudar sensivelmente. Os sinais de perigo pareciam boatos infundados, e mesmo que fossem verdadeiros o pior jamais aconteceria. Não tinham a mínima noção do que poderia ser o “pior”.

A humanidade é feita de sobressaltos que provocam saltos repentinos, mas também é muito paciente e desfocada até que venham os sobressaltos. Passa por cima dos sinais, que despreza. É como se a humanidade não tivesse adrenalina e não sentisse os sinais de perigo. A alienação parece ser conveniente para não perder os prazeres e confortos da vida. E quando chegam os tempos de guerra, adota-se o lema de que “é preciso viver a vida” mesmo sabendo-se de soldados mortos no front. A vida corre normal longe dele, como se a guerra não existisse. E poucos se lembram daqueles tempos recentes, pouco tempo atrás, quando não deram ouvidos aos sinais. A recessão poderia ter sido evitada, a guerra evitada.

Durante a guerra a humanidade viveu aos saltos e sobressaltos, e inovações tecnológicas ultrapassaram a ficção dos gibis. Surgiram foguetes, aviões modernos movidos a jato, vacinas, penicilina, e a energia nuclear, bombas nucleares. Cometeram-se atrocidades como o holocausto, e nem a guerra havia ainda terminado e dois aliados, EUA e URSS começaram a envolver-se em espionagem industrial, numa guerra fria. Na verdade, e muito mais do que isso, numa guerra fria entre o comunismo russo e o capitalismo ocidental. Fora o capitalismo ocidental quem vencera a guerra. Já no passado os “bárbaros”, em sua maior parte germanos, haviam invadido Roma. Durante as cruzadas foram parte presente e constante em todas as batalhas. Em 1914 declararam guerra ao mundo e perderam. Agora, em 1945, amargavam mais uma derrota assim como o seu aliado Japão e a irrequieta Itália, herdada de Roma. A guerra chegou irremediavelmente ao fim com o uso de duas bombas atômicas lançadas pelos EUA contra o Japão.

  1. A reposição da ordem e a preparação para a desordem.

O período do pós-guerra foi muito difícil, mas regado com a esperança de reconstruir um mundo novo. O mundo novo foi reconstruído sem que a humanidade houvesse parado com as guerras entre si. Foi difícil em meio a uma guerra fria incluindo a queda de braço entre ocidente e a URSS devido aos mísseis de Cuba, guerra na Coréia, no Vietnam, revoltas, genocídios em África, até a queda do muro de Berlim, a Perestroika, o fim do comunismo. O comunismo só sobrevive enquanto houver dinheiro disponível nos mercados que o sustentem. Sem dinheiro não é possível financiar projetos, comprar equipamentos no mercado exterior. O mercado de “trocas”, do gosto comunista, sem o uso de dinheiro, sempre dá vantagem ao outro lado que o tem. 

Todos os anos os jornais se têm enchido de noticias de guerra em todos os continentes exceto nas Américas. Não fugimos à luta por aqui, mas detestamos guerras. Houve uma guerra sim, entre a Argentina e a Inglaterra, que demorou mais a terminar pela distância que a Inglaterra teve que percorrer até chegar à Argentina. Afora isso, somos um continente em paz. Deveríamos estar orgulhosos disso, termos um progresso social que se pudesse constatar ao viajar pelos países, e não pelos números de progresso que as propagandas de governo alardeiam e que contrastam com a realidade visível, até porque não temos despesas de guerra. No entanto quer os EUA, quer a Europa, os mercados que sustentam o restante do mundo por seu poder de compra e seu espírito consumidor, estão em recessão técnica, com grande retraimento e compram menos no mercado dos países emergentes e nos demais. A crise foi provocada por erros do sistema bancário, posteriormente cobertos com verbas públicas praticamente doadas por todos os governos para evitar uma crise inevitável: A política, porque mesmo com a crise econômica resolvida, era de esperar uma crise política por deterioração dos serviços públicos e da oferta de emprego. A crise política chegou, mesmo antes de resolvida a crise econômica mundial.

  1. O começo de nova desordem mundial.

Acontecimentos ao redor do mundo nos mostram os preparativos para a desordem, dos quais podemos listar alguns mais importantes, por seu impacto no ideário mundial de ansiedade por um mundo de paz, de tranqüilidade, próspero com bem estar e emprego para todos (sem preocupação com ordem cronológica):

  • Movimentos de rua no Brasil, na Inglaterra, na França, na Itália, na Irlanda, na Grécia, na Rússia, na Espanha, em Portugal, na Venezuela, no Chile, a primavera árabe em quase todos os países do norte de áfrica.
  • A crise de credibilidade política por problemas ligados com corrupção que afetaram quase todos os países do mundo, a maior parte deles com governos socialistas.
  • O esvaziamento do campo na Europa e a corrida de cidadãos para as cidades em busca de emprego. Alguns países chegam a ter 40% de desemprego [1] entre a juventude. Recomeça novo ciclo de emigração para países onde ainda – AINDA - há trabalho.   
  • O aparecimento de cidades fantasmas na China [2], e a bancarrota declarada da cidade de Detroit nos EUA [3]
  • A propaganda (falsa) de governos que para se sustentarem usam a propaganda para mostrar que a economia vai bem, que tudo vai bem, quando se nota pela realidade que tudo vai mal. Isto  provoca ainda mais indignação popular e os partidos e os políticos perdem a credibilidade.
  • A mobilização social que desvenda os erros e a corrupção e desmascara a propaganda dos governos.
  • A busca de novo modelo de Constituição e da forma de governar que resolvam o que os modelos até agora existentes não conseguiram solucionar. Quem pede é a sociedade mais esclarecida, e agora, devido á crise econômica, também os partidos de esquerda e socialistas que perdem poder aquisitivo com a crise.
Para quem estuda história e lê tudo que esteja ao seu alcance, não é difícil entender que estamos no limiar de uma nova e verdadeira crise ampla mundial que envolve não só a economia como a política. É certo que é necessário melhorar a educação – sempre – em todos os países, mas o conhecimento atual da população mundial, grandemente proporcionada pelas redes sociais, já é suficiente para que se entenda que o mundo como está, não está bem e precisa ser mudado.

Eu proponho a Democracia Participativa [4] começando pela aprovação de nova constituição votada item por item pelas redes sociais. O povo sabe o que quer. Os governos devem obedecer, porque foram eleitos para isso.

O mais urgente possível, antes que aconteça novo CABUM... E o mundo se envolva novamente em conflitos nacionais e internacionais, iniciando novamente longo estado de instabilidade e violência. Para uma geração que não conheceu a guerra, outra seria uma desagradável surpresa. As guerras começam quando há muitos desempregados, não há perspectivas de vida decente em curto prazo, e qualquer outra atitude, que se pensa ser para “mudar”, começa a ser bem vinda...

© Rui Rodrigues

sexta-feira, 19 de julho de 2013

O PAPA FRANCISCO QUE SE CUIDE...





O PAPA FRANCISCO QUE SE CUIDE...



O momento nacional é de instabilidade. Infelizmente nos elegeram um governo que se cercou de antigos terroristas interessados em mudar os rumos da política sul-americana para transformar o cone sul numa ditadura "bolivarianesca" a todo o custo.

Conhecemos os métodos terroristas, agora ainda mais perigosos porque se aliaram ao capital para comprar votos no congresso: Extremistas, ex-terroristas, com capital, é um coquetel molotov político dos mais perigosos, únicos até o momento, e que ao longo de 12 anos já fizeram estragos consideráveis em nossa constituição.

Um atentado ao papa Francisco ou uma situação de maior risco, poderiam ser usados para impor uma ditadura começando por instituir um estado de sítio..

Com tantas verbas públicas que não são aproveitadas pelo governo para o bem-estar público e que não sabemos onde foram parar, podem ter servido para comprar a moral e a fé de senadores, deputados, vereadores, ministros.... Políticos agarram-se aos cargos e não ouvem a população.

Nossa república e nossa democracia - que se apaga a cada medida provisória e a cada ato do senado - correm perigo...

Forças armadas atentas.

₢ Rui Rodrigues.