Olho por olho dente por dente [1]
Lei de Talião... É
mencionada nos livros sagrados de judeus, cristãos e muçulmanos. Entre os
índios de “La Guajira”, terras desérticas comuns à Venezuela e à Colômbia, é
assim mesmo... Dívidas de sangue se pagam com sangue, e as roupas que usam
lembram muito os tempos bíblicos da palestina, Israel, Oriente Médio. Não me
admiraria se a Arca de Noé tivesse aportado à Baía de Media Luna e deixado por
lá um casal de judeus fugitivos da Grande Diáspora do Dilúvio...
De certa forma é uma lei
“violenta” e que eterniza a violência enquanto houver descendentes que possam
vingar os “injustiçados”, e quem primeiro transgrediu fica sendo um fato
histórico indeterminado no tempo, meio fábula, meio lenda, meio mito, jamais
uma verdade histórica. O problema é a fé nos legados transmitidos geração a
geração e que fazem uma história separada da outra, a real.
E criou-se assim, através da
história paralela, que a polícia representa o lado bom, e que os traficantes e
bandidos representam o lado ruim, o lado mau. É verdade!... O problema que nos
deixa em dúvida por vezes, mas que é necessário esclarecer, vem de uma outra
realidade: Bandidos entram para a polícia, policiais passam para o lado dos
bandidos, tudo junto e misturado, assim como carne carneada de vaca, que nunca
se sabe se é de vaca ou de boi, mas que depois de receber um carimbo diferente,
da marca, tem uma credibilidade diferente. O povo, esse não se engana embora se
passe por enganado: Carne Friboi é igual às outras e a proveniência é a mesma,
todas com o carimbo CIF... O “diferencial”, se é que existe algum, está na
propaganda. Isso no caso da carne, claro. Bandidos têm uma “lei” muito parecida
com as ditaduras, principalmente as de esquerda, como as de Stálin e Mão Tse
Tung... Talvez essa identidade de os fins justificarem os meios e olho por olho
dente por dente, tudo junto e misturado, tenham aproximado o PT dos Ninjas, dos
Black Blocks, do MST, do STF, da Petrobrás, do IBGE, e de tantos órgãos,
entidades e ministérios que buscam com avidez ácida mas silenciosa, o divisor
comum de verbas públicas que lhes satisfaçam a sofreguidão da avareza
complacente, aplaudida por um congresso onde a maioria absoluta tem contas a
ajustar com a justiça vadia numa molemolência digna de contos de Jorge Amado
num contexto de filmes de terror draconiano disfarçado de sorrisos de madrastas
oferecendo bolos envenenados.
Vivemos num clima de começo
de século como se não houvesse outro amanhã. Estamos todos cansados de
sofismas, de novelas consecutivas, de propagandas do governo como se fossemos
idiotas, que quanto mais propaganda mais sinal de que o produto não vende por
si só, por mérito próprio. O povo confuso não espera a demorada demora dos
julgamentos na justiça, os atos de prisão das forças das leis, que parece haver
várias leis assim se julguem inocentes, bandidos ou amigos dos coniventes,
estes tratados a luxos modernos e leis cheias de direitos humanos que faltam
para os inocentes... E fazem estes a
justiça por suas próprias mãos porque é grande a pressa e a sede de justiça.
Estamos todos cansados.
Há quem esteja arrancando os
dentes todos e esburacando as órbitas oculares, para que possa impunemente
prevaricar, dissimular, mensalar, votar no senado e nas câmaras, maracutaiar,
corromper, locupletar-se, roubar, mentir, enganar, iludir, petezar e não sofrer
represálias: Como aplicar a máxima de “dente por dente, olho por olho”, se não
os tem, nem uns nem outros?
O tempo traz os ventos... Os
ventos empurram as forças... As forças fazem justiça. A humanidade é uma soma
de sociedades diferentes em continentes diferentes. A nossa é verde e amarela e
foi iniciada, fundada sob o mais puro dos ideais de liberdade. Nosso povo não
fica refém de partidos, nem de falsos profetas, nem de falsos líderes... A
justiça chegará e virá pesada para os prevaricadores, os que em nome do poder exploraram a viúva, os órfãos, os neo-escravos do século XXI com pesados juros e altos impostos.
Pagarão com olho por olho, dente por
dente, com juros e correção monetária... Nossos pais são do tempo em que se
dizia: “Vão pagar o que fizeram ao ceguinho”... Não se pode abusar impunemente
de povo ignorante, porém honesto e trabalhador, embora cego de conhecimentos. E embora não seja nem recomendável nem desejável, nem conveniente, o povo está tomando em suas mãos a lei e a justiça. A culpa é de quem deixou que tudo chegasse a este ponto pensando que isso lhe serviria os propósitos eleitoreiros, de poder... O péssimo exemplo vem de cima, de onde deveria emanar o justo poder... Mas o poder que temos apodreceu nas mãos de falsos comunistas, falsos socialistas, oportunistas de rolex....
® Rui Rodrigues
® Rui Rodrigues
[1] Lei de Talião, cuja
primeira referência conhecida data de cerca de 1.780 AC, inserida no Código de
Hamurábi dos Sumérios - Mesopotâmia.
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