Chovendo sem parar. A comitiva sonora de trovões e raios já
passou, anunciando a intensidade da chuva. Então fui lá fora, olhei o céu e vi
uma nesga - ou seria um nesgo - entre as nuvens. Parecia o neto do Adamastor. Perguntei-lhe:
Com tanta chuva neste Brasil por todos os lados, com
enchentes, e aqui, porque as represas estão sempre quase vazias, nunca enchem?
Será que deixaram as comportas abertas para criar a crise da água?
Não me respondeu, mas uma lambada de vento forte fez bater a
porta da rua. E entendi que Deus, a ser brasileiro, já teria dado a São Pedro
um belo par de óculos, a menos que São Pedro conseguisse enxergar direito com
lentes tortas...
O céu é sempre mágico!
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