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domingo, 14 de fevereiro de 2016

Fábula besteirólica das topadas milionárias do sapinho e da antinha no Reino de Rombônia.


Dedico esta bula a todas as criancinhas, a todos os adultos, criancinhas adultas e adultos criancinhas deste nosso amado Brasil 



1- Ambientação:

No Reino de Rombônia o tesouro vivia arrombado. No começo tinha sido muito bom porque os cofres do reino estavam cheios, mas com politicas  erradas, logo os cofres foram ficando vazios e já não havia quase nada que pudesse ser distribuído. Para piorar a situação, os ministros do reino agiam de parceria dizendo que distribuíam pelo lado social, mas na verdade distribuíam entre si  e os amigos. Então aumentaram os impostos sobre tudo e começaram a culpar os empreendedores pela alta inflação. O reino estava ruindo... O antigo rei, um sapo, estava nu, da rainha viam-se-lhe os pelos pubianos, e o  rei tinha amantes que enriqueceu, e da  rainha, se os tinha nada se sabia, que o mister dela era assinar e fazer cumprir ordens sob ameaças de "cortem-lhes a cabeça"...Em seu reinado a rainha cortou muitas cabeças porque seus ministros roubavam e foram descobertos. Havia um "Eminência parda", ao melhor estilo de Golbery do Couto e Silva e que tinha o apelido de Zedceu. Ele orquestrava, organizava, pretendia ser um Gramsci enquanto enriquecia a olhos vistos. Foi preso! O reino ficou acéfalo, os reis e ministros sem saberem como roubar repticiamente, o povo caiu-lhes em cima. As construtoras  resolveram então construir e ampliar duas estradas paralelas com pontes que as ligavam, para que o ex-rei sapo e a rainha anta de Rombônia pudessem se comunicar. Eles se comunicavam muito bem e de vez  em quando jantavam no palácio com luz de velas a sós e em particular, sem escutas, sem drones, embora as paredes sempre tenham tido ouvidos, muitas vezes olhos, e não raro falem como ainda no tempo em bois dormiam e João-sem-braço vagavam ao deus dará.
A Fábula conta dos últimos estertores do imbróglio em que a politica arrebanhante do reino se transformou.  

2-  A Fábula - O sapo na primeira  estrada



O sapinho muito alegre e falastrão ia pela estradinha, livre e despreocupado quando deu uma topada. Aquele tipo de estrada tinha sido muito bem paga para pavimentar e não deveria ter nem pedras nem buracos, mas tinha muitos buracos e pedras. O sapinho acabara de topar numa pedra. Como é meio míope dos meandros da pedreira, primeiro achou que era uma pedrinha, e se abaixou um pouco. Olhou... Era  uma pedra. Abaixou-se mais um pouco, e viu que se tratava de um pedregulho. Ansioso, abaixou-se todo, o cós das calças arrebentou, a bunda apareceu desprotegida com o fiofó vulnerável, e então sorriu exultante: Era um triplex onde haviam mandado instalar elevador num aglomerado de casas destinadas a pobres bancários, em praia de ricos veraneantes. O povo ficou indignado, mas a rainha que viajava na outra estrada em helicópteros de luxo, o comprou um a um dos raros militantes com parcos pedaços de mortadela escondidos envergonhados em misero pão, tal era a fome que reinava no reino, que nem manteiga, queijo ou presunto exigiam, mesmo sabendo das farras e desperdícios do rei sapo e da rainha anta. depois deu outra topada e encontrou uma maravilhosa propriedade dotada de maravilhas e piscina, ao melhor estilo adaptado da arquitetura do bem estar czarista da velha Russia em que nem faltava rica adega surrupiada do palácio em que o sapinho residira como convidado  desse mesmo povo. O sapinho coaxava, não falava como nas fábulas de Esopo, e por isso sempre  havia a oportunidade de se alegar mal-entendidos. Antes já o sapinho se havia topado com hipóteses de mortes  e com reais compras de votos dos pares e impares do reino que lhe votavam a favor, contrariando os ignotos da mortadela. Os cofres das grandes empresas de propriedade dos cidadãos do reino foram sendo exauridas pela antinha de estimação do sapo, infiltrando militantes acobertadores nos diversos cargos pelos quais ela passou, a mando do Rei. Logo o sapo, aposentado para poder organizar um Forró Continental de São Paulo a declarou como uma antinha preparada e a fez eleger-se rainha de Rombônia, a sua sucessora. Por isso ela caminhava a seu lado na estrada paralela do reino. Enquanto  isso, o sapo-rei ficou rico, e toda a sua família. Sempre coaxou e nunca precisou aprender a falar, matemáticas, geografia, ciências, inglês... Nada! Com o poder nada se necessita saber.

Sobre a estrada, um alegre bando de tucanos avoeja, pairando mudos no ar, observando sem cessar sem uma unica bicada de admoestação.

 3-  A Fábula - A anta na segunda estrada




Na segunda estrada, paralela à primeira, a anta ia caminhando em paralelo com o sapinho coaxante. Quando um arrotava, o outro em seguida peidava,e isso os tornava muito populares, confidentes. Quanto mais mostrassem ignorância, mais populares ficavam, porque o povo pensava: - Esta anta e o sapo coaxantes são dos nossos, e vão cuidar de nós, porque são como nós. Por isso, e para dar um ar de honestidade, a antinha não topava com  pedras que se transformavam em fazendas e apartamentos, mas com leis e Medidas Provisorias. propunha e aprovava todas, sem nem ler, porque obedece cooperativamente a instruções, mas também porque antas não entendem, mas em algum lugar guarda seu cofrinho. Antas não são muares, asininas de todo. Nem zebras listradas, embora ruminem. A cada Medida Provisoria assinada, um cofrinho escondido na floresta dos tesouros encantados. A floresta encantada com diamantes,moedas, joias, tesouros e notas, quem saberá, tanto pode ficar da Bulgária à Suíça ou Portugal, quanto das ilhas Caimã a Santiago de Cuba passando pela Guine-Bissau, Namíbia ou Angola. A antinha apenas diz assinar, despretensiosamente.

Sobre a estrada, um alegre bando de tucanos avoeja, pairando mudos no ar, observando sem cessar sem uma unica bicada de admoestação desde 13 anos atrás. Se houvesse cartório teriam culpas, mas do cartório "oficial" todos são sócios como se fosse um cartel. 
         
3-  Moral da Fábula  O povo de Rombônia ainda não tem uma moral para esta Fábula do sapinho coaxante e da anta assinante de Medidas. A moral vai depender do estado do arrombamento final, quando os empreendedores se virem na triste situação de desistir de seus negócios por falta de lucros e papel higiênico como aconteceu no reino vizinho onde impera o Petrolato, corroído pela fome...Para o povo, a razão que mais manda sobre as impressões que o coração tem é a da fome. Por esta razão teremos que esperar pela fome generalizada até que o povo se manifeste, mas esperar, enquanto os cofres se esvaziam, os políticos  e os empreendedores se vão enriquecendo e criando exércitos  com o dinheiro  das merendas escolares, do ensino, da saúde  e da segurança publicas, é um passo a cada dia para onde ninguém do povo quer ir. E povo são todos os que não pertencem ao  governo.



Pátria Educadora é a nossa mãe, não a prostituta drogada da zona deles, dos que enchem os bolsos e ministros corruptos demitidos, nem os que aplaudem pelas estradas esburacadas e superfaturadas quem lhes tira o pão dizendo que já o mandaram pelos correios. Não é preciso Pátria Educadora para entender a dor de barriga! A inflação e o desemprego por si só ensinam muito.

Rui Rodrigues     

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