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quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Peça de teatro - "Uma família em confrito"



Nota da Redação: 1 - Os nomes usados neste texto não correspondem a pessoas de verdade conhecidas e famosas, mas são puros personagens de historinhas de cordel. 2- O titulo certo é "Dramas familiares. uma família em conflito", mas a redação do Bar do Chopp Grátis houve por bem usar a palavra "confrito" em vez de conflito para melhor traduzir a situação  de fritura politica em que os protagonistas se encontram, por culpa deles mesmos, como se pode avaliar a seguir. Vale ressaltar que, apesar deste causo aqui descrito se tratar de pura ficção, até porque o verdadeiro Lula se diz o homem mais honesto do mundo, Marisa, a sua mulher, poderia ser indiciada e julgada por acobertar e acoitar criminoso caso o teor deste texto não fosse ficção...3- Finalmente, mas não por ultimo, Dilma perdeu o respeito dos cidadãos por ser aquele tipo de pessoa que se passa por honesta mas assina permissões, validações, distribuições atos e omissões, que beneficiam gangues imensas. Lula perdeu ainda mais o respeito por tudo o que fez e não fez, o que disse e deixou de dizer, suas mentiras e benefícios de terceiros pelos favores recebidos...
      


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(Abre-se o pano com uma musica de fundo :https://www.youtube.com/attribution_link?a=JpyJi0UMVJs&u=%2Fwatch%3Fv%3DMtyl-Jas4Qw%26feature%3Dshare)

Cenário: Sala de apartamento luxuoso, vê-se entrada para banheiro, largo sofá, porta de elevador privativo, escadas para um andar superior e outro inferior. Trata-se de um Triplex)

Já ia alta a noite de sexta-feira quando Lula deu um arroto, coçou o saco por cima das calças de pijama listrado, tomou a pinga que restava do copo que era mais que meio, e disse para a Marisa:

- Segura as ponta que vou dar uma cagada rapidinho e já vorto.


Ouviu-se o barulho da descarga, a porta do banheiro abriu-se, lula aparece com as calças do pijama arreadas, arrastando os pés.


- Marisa...caguei as carça do pijama... Num deu tempo.

- Outra vez? Limpa com papel higiênico. Ainda temos de montão daquela remessa do amigo fabricante para a Venezuela. 
- Já limpei com a tua toalhinha...
- Vou te arrumar uma duzia delas... Fazes muita merda, e com essas toalhinhas umedecidas podes limpar melhor do que com papel higiênico!
- Agora vou ficar pelado assim mesmo. Se sujar o sofá, a empregada limpa. Mudemos de assunto...Não sei onde vamos passar o fim de semana...Tô de saco  cheio de ficar neste apartamento de São Bernardo do Campo...Sinto-me como ovo em cu de galinha, apertado, os amigos nem me visitam mais. Nem quero. O papo deles num se aprica mais, carece de sentido. Só aparecem esses jornalistas chatos pra diabo, como moscas avoando sobre merda!
- Olha, Lula... Podíamos ir até o nosso sitiozinho de Atibaia...
- Ti contei não, né? Nunca diga pra ninguém que o sitio é nosso proque alguém deu com a língua nos dente e foram dizer que era nosso. Aquele prano deu tudo errado. Num podemo ir mais pra lá. Caguetaram que era nosso e jogaram a merda toda no ventilador. 
- Intão vamo pro triprex do Guarujá...
- Num dá  também... Eles fizero a mesma coisa, Marisa... 
- Podiamos ir pras fazenda de Santa Bárbara... 
- Num  fala besteira, Marisa... Essa nem vai ser nossa porque fedeu a transação e paramos de fazer esse tipo de  negócio. Nem com a Fazenda Fortaleza,  nem em Valparaíso ...
- Valparaíso num fica fora do Brasil Lula?
- Sei lá, não entendo nada de agricurtura, mas também tem em São Paulo, em Teresópolis... Nem toca nesse  assunto. Vou te mandar um professor pra te ensinar como falar com adivogado policial e juiz, senão tu vai  me encrencar quando tiveres  que sentar numa cadeirinha baixa e falar com eles tudo, os home da lei... se pintar o japoneiz num fala nada pra ele.
- Lula,Lula... nem sei falar japoneiz, Lula...Tu ainda vais se meter em encrenca e me arrastar contigo. Já podíamos ter um apartamento no Lebrão, unzinho só que valeria mais que o  apartamento do Guarujá e a fazenda de Atibaia juntos, e que seria um probrema só, mas és muito teimoso. Quando tu bebe, tu fica endiabrado.
- Num recrama... Num recrama... Nunca te fartô nada, nem lagosta!
- Cê num entende, Lula... Sinto saudades dos tempos em que não tínhamos nada, nem  adega... Tu se me prometeu que depois que fosse eleito tudo acalmaria, mas ocê não pára em casa, e anda sempre com mulé... Essa tar de Rouzeméri, por exempu... Tá entalada no meu gógó...Puta que a pariu, só dizendo assim...
- Já falemo sobre isso umas quantas veiz, porra. Num vorta ao assunto, porra!... Te dei tudo na vida com a condição de me deixá livre e num ficá agarrando no meu pé, senão fico amarrado e ainda estaríamos na merda. Vê onde  cheguei, caceta! Vamo mudá de assunto. 
- Tá bão... Mas tu viajou muito com essa sirigaita, ela ganhou uma grana arretada, e se não te exigisse que teus filhos também têm direito, tu não tinha arrumado nada pra eles.
- Tu tá por fora... Num digas asneira. Lembra do meu irmão,o Genivaldo e aquela  historia  dos correios que conseguimos apagar? Então? Desde essa artura que tô trabaiando pros menino...Estão tudo rico, encaminhado na vida. Nós  também, maiz num vô te dizê como nem donde, proque tu vai batê com a língua nos dente. Quanto menos tu souber, melhor pra tu, pra eu e pra todos nóiz...Vou jantar com a Diuma...
- Ah é ? Tu pensa que não desconfio de sacos de diamante?
- Que sacos de diamante? 
- Daquelas tuas viaje a Angola com a odebrecha e as outras...O que mais tem lá são diamante, e sei  como você é... Quer tudo o que vê, que nem os vinho que pedia  pra cada embaixador...vai dizê que não foi você que passou a mão no crucifixo que tava lá no gabinete da presidênça...
- Nunca tive nada que ver com o Dudu... O crucifixo quem pegou foi  a Diuma e jogou no lixo...
-Quem é esse Dudu que não conheço?
- Jose Eduardo dos Santos, presidente vitalicio  de Angola, um comunista da gema... Entrou pro governo e nunca mais  saiu, e a filha, a Isabel dos Santos, compra até Bancos na Europa com os diamantes que o pai lhe deu. 
- Num sei  de nada, Marisa... Mas tu anda esquisita. Tenho medo   cocê inda faça delação premiada comigo, quando te chamarem pra dar expricacão...
- Ta doido...Ócê acha que eu sou burra? Sou? Pensa que não sei dos teus causo tudo e alguma vez te toquei no assunto? Eu sei engolir caladinha da Silva.
- Então quarta-feira vamos  falar com os home... Te segura!
- E tu também. Me conta tudo que nós temos, sem essa de dizer  que num sabe. Posso delatar você e ainda ganhar premio de loteria da caixa.

Encerrado o pano, resta aguardar. A fila para a entrada do teatro dá a volta em todos os quarteirões do Guarujá e arredores. Esta peça não tem o patrocínio do Instituto Lula, nem do Foro de São Paulo, é dirigida por dois personagens e uma família em busca de um autor, a direção  artística não é do  PT, nem do PMDB, nem da base aliada, nem do assessor PSDB, mas não deixa de ser mais uma peça.

Rui Rodrigues.      





  

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