Alegrai-vos, regozijai-vos, exaltai, que hoje é sábado, que já anda tarde, pouco tempo sobra pra saracotear o esqueleto, bambolear as pernas, cadenciar os pés ao ritmo gostoso do samba.
Badérnia é uma festa, o carro não se desgovernará em cima de ninguém da família, a bala perdida não encontrará ninguém conhecido, o mosquito infetado não injetará febre amarela com quem nos relacionamos, nosso celular continuará conosco pelos próximos dois meses, o salário ainda será suficiente para comprar uma sunga, uma calcinha, um par de havaianas unissex, um short e uma camiseta... A cidade sempre foi assim, desde 518 anos atrás, quando chegaram os do Entrudo , por esta época, de jogar ovos farinha e água suja em quem passava distraído. Pobres papalvos tão inocentes, que jamais entenderiam a sofisticação das esbórnias atuais, regadas a pós de perlimpimpim da sininho e esvoaçantes fumarolas que fazem sentir como se estivessem voando pela Terra do Nunca.
É no estrondar do carro desgovernado, no silêncio perfurante do cair da bala perdida, nos gritos de desespero que varam as noites, que se percebe que algo tem que mudar, mas os que fazem opinião dizem que é bom tomar cerveja, que os blocos estão na rua, que o mundo respira carnaval, a alucinação a preço de tostão a Crefisa dá crédito só no pedir e nem fala em cobrança. Tudo muito linear e simples, se precisar de milagres Deus é fiel e anda fazendo muitos apenas por 10% do que se ganha, ruim é o governo que ainda cobra mais 37%.
Badérnia na alucinada esbórnia é um desbunde, um estado de espírito, quem não tem rouba. Da gente mais honesta uns vendem o corpo e outros vendem o voto. Uns poucos trabalham vendendo o próprio sangue e pagam o pato que deveria ser deles mas era da FIESP e murchou com descontos nos impostos... Pato caro , tão caro como o preço do bujão de gás, uma bujarda de bacamarte mais no ânimo que na bolsa do cidadão.
Uns poucos, muito poucos é que são traidores e engravatados. Falam pelos cotovelos e não têm graça nenhuma. Divertem-se em Brasília, trabalham na coordenação de propinodutos.
Tudinrriba... Vamuneça...
Ziriguidum, abre alas, abre as pernas abre a bolsa, abre tudo...
no carnaval ninguém leva a mal. O governo já sabe que o povo perdeu a virgindade e já sabe que manda quem pode e obedece quem tem juízo. Assim sem pensar nem reclamar. Ninguém escuta.
Rui Rodrigues
Badérnia é uma festa, o carro não se desgovernará em cima de ninguém da família, a bala perdida não encontrará ninguém conhecido, o mosquito infetado não injetará febre amarela com quem nos relacionamos, nosso celular continuará conosco pelos próximos dois meses, o salário ainda será suficiente para comprar uma sunga, uma calcinha, um par de havaianas unissex, um short e uma camiseta... A cidade sempre foi assim, desde 518 anos atrás, quando chegaram os do Entrudo , por esta época, de jogar ovos farinha e água suja em quem passava distraído. Pobres papalvos tão inocentes, que jamais entenderiam a sofisticação das esbórnias atuais, regadas a pós de perlimpimpim da sininho e esvoaçantes fumarolas que fazem sentir como se estivessem voando pela Terra do Nunca.
É no estrondar do carro desgovernado, no silêncio perfurante do cair da bala perdida, nos gritos de desespero que varam as noites, que se percebe que algo tem que mudar, mas os que fazem opinião dizem que é bom tomar cerveja, que os blocos estão na rua, que o mundo respira carnaval, a alucinação a preço de tostão a Crefisa dá crédito só no pedir e nem fala em cobrança. Tudo muito linear e simples, se precisar de milagres Deus é fiel e anda fazendo muitos apenas por 10% do que se ganha, ruim é o governo que ainda cobra mais 37%.
Badérnia na alucinada esbórnia é um desbunde, um estado de espírito, quem não tem rouba. Da gente mais honesta uns vendem o corpo e outros vendem o voto. Uns poucos trabalham vendendo o próprio sangue e pagam o pato que deveria ser deles mas era da FIESP e murchou com descontos nos impostos... Pato caro , tão caro como o preço do bujão de gás, uma bujarda de bacamarte mais no ânimo que na bolsa do cidadão.
Uns poucos, muito poucos é que são traidores e engravatados. Falam pelos cotovelos e não têm graça nenhuma. Divertem-se em Brasília, trabalham na coordenação de propinodutos.
Tudinrriba... Vamuneça...
Ziriguidum, abre alas, abre as pernas abre a bolsa, abre tudo...
no carnaval ninguém leva a mal. O governo já sabe que o povo perdeu a virgindade e já sabe que manda quem pode e obedece quem tem juízo. Assim sem pensar nem reclamar. Ninguém escuta.
Rui Rodrigues
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