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sexta-feira, 26 de janeiro de 2018
Da Síria ao carnaval
Oriente Médio atual- Uma forma diferente de contar a página Síria...
Era uma vez uma oposição a um rei absoluto, déspota, ditador. O Rei pediu ajuda a ima potência. a oposição pediu ajuda a outra potência...
Ficaram lá jogando bombas uns nos outros, ora chorando, ora rindo, pra ver quem tinha melhor pontaria...
Uns meliantes que iam passando, vendo que era terra de ninguém, mesmo sem tanques, nem navios nem aviões, foram tomando conta do pedaço, cortando gargantas, fuzilando...
Um dia elegeram um novo presidente numa das potências que disse: - Olha aí, cambada! Não me irritem. Parem com essa merda que já estou pelos tampos! Todos riram dele, disseram que ele não sabia brincar de política, que era grosso, e que apesar de ter casado com uma e emigrante, que ele era contra a emigração... E continuaram se divertindo... Então esse novo presidente deixou escapulir uma bombeta chamada a mãezona das bombas, fez um estardalhaço dos diabos e não disse mais nada...
Nem precisava! A baderna acabou, os meliantes sumiram, agora a coisa ficou apenas entre o déspota e a oposição...
Mas a Síria da Assíria, dos Medos e dos Persas, ficou assim, e ninguém pensa em reconstruir... pelo menos que se saiba ....
No Carnaval ninguém levava a mal.
Estou pensando exatamente na conotação sexual do carnaval, como uma liberação geral pra todo mundo poder transar e realizar as suas fantasias reprimidas durante o ano: a turma da senzala traçar a sinhá, O sinhô se deliciar na menina da senzala, mulheres experimentarem sexo diferente do do marido, maridos experimentando outros cheiros e deslizares em corpos com outros rostos e falares, mentes abertas, pernas abertas, o desvario, a nobreza se misturando com o povo, o povo comendo a nobreza, a nobreza abusando grátis do povo...
Não é que eu seja contra ou a favor, muito pelo contrário...
... É que penso nesta onda de repúdio ao assédio sexual, e como isso se aplica em dias de carnaval... Há quem pense que quem sai na chuva é pra se molhar, e com bebida na cabeça fica difícil de se segurar. Por isso sou dos que acham que quem não quer arriscar não deveria se misturar aos que já se nota, estão ali disponíveis pra isso mesmo. No carnaval a capuchinho vermelho e o lobo escolhem o mesmo caminho, ambos devem levar camisinha e repelentes: Um para o mosquito e outro pra quem abusa....
Afinal, com baladas toda a semana, já todo mundo deve estar bem treinado para o carnaval...
Divirtam-se, mas não sujem a cidade nem o mato. Carregue seu lixo pra sua casa, cambada de porcos... transar com gente porca é arriscado.
Rui Rodrigues
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