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terça-feira, 21 de maio de 2019

Liberais não deveriam se separar

Aqui no Bar do Shop Grátis, dos que nele trabalham ninguém é padre ou advogado mas temos compromissos com os segredos, e quando contamos algum o fazemos de modo a que não se cometa o menor deslize que possa levar à identificação dos envolvidos, gorar-lhes os objetivos, mas nem estes, ao se identificarem com os contos poderão alegar seja o que for.

Como o caso de hoje, um dia após a reinauguração deste bar, onde um casal liberal, de tantos milhões que os há ao redor do mundo, conversou sore "liberalismo" pensando que estavam falando de outras coisas...

O que escutei e passo a contar pode revoltar os miolos, o coração, os intestinos ou o que quer que seja, dependendo de quem leia, mas foi o que ouvi. Tentei escrever da forma mais "suave" possível.


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O Bar estava cheio. O tilintar de vidros e bater de pratos juntamente com a vozearia era música que servindo de fundo ao pianista, criava um ambiente de liberação da mente. Num ambiente destes, de bons e movimentados bares, não há lugar para tristezas. Quem tem "mau beber" tem que enfrentar o doce e suave convite de Marli, sempre melodiosa e sorridente de olhar duro, acompanhada de 3 sarados lutadores de Muay-Thai que não sorriem nem pra fotografia. São os seguranças da casa. 

O casal sentara-se numa mesa perto de um dos cantos do Bar. Assim não ficavam rodeados de ouvintes por todos os lados. 

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Um velho cliente sentado numa mesa ao lado nos convidara para sua mesa. A mim e a Malena, minha sócia argentina que é comunista da boca pra fora, capitalista de boca pra dentro, e me convida prá cama dela sempre que fica com as pernas úmidas, bem lá em cima, onde as duas se juntam, mas não completamente, porque tem uma grutinha natural que leva qualquer "Hétero Sapiens" ao paraíso do criador, onde se pode comer de tudo. 

- Fora desse paraíso, comem-se apenas os traseiros de gatos como se fossem lebres, e muitas vezes fedendo de tão enfezados... 

Era isto que dizia o cara na minha frente, como se me tivesse escutado os pensamentos, conhecido assessor no mercado de bares. Discutia-se a "tendência" do bar, se deveria ser dedicado ao convívio geral ou dar ênfase para hétero ou homossexuais. Carlos Goldder, o expert, não considerava o mercado para homossexuais como mercado emergente, mas como mercado alternativo. Carlos dizia isso tentando me agradar por saber de minha preferência sexual: Mulheres! Todas nuazinhas, cheirosas, loucas pra transar comigo, trocar carinhos. E preferência uma ova... Mulheres são a minha única e exclusiva escolha sexual. Quanto às tendências do bar, pouco me lixando. O que importa é o faturamento dentro da legalidade. Há menos drogas em bares para "héteros", penso eu. Carlos diz que não. Malena ficou na dúvida.

Na mesa ao lado o casal esbelto beirava os 35 anos e abordava quase o mesmo assunto. Ela perguntava ao homem que viemos a saber era seu marido:

- E o que você fez com o John (nome fictício)quando ficou em nossa casa enquanto eu fui naquela conferência em Amsterdam ?
- Ele estava muito carente, coitado... 
- E ???
- Acabamos indo pra cama e transamos.
- Não na nossa cama, claro...
- Não! Foi no chão do banheiro  mesmo!
- Ah! Bom... De qualquer modo, vamos ficar sem transar por uma semana até não ficar uma única partícula de ânus dele no teu  prepúcio. Acho isso um nojo!
- Por isso não!... Fui eu que dei minha bundinha pra ele.

Não pude deixar de olhar para a mulher do cara na outra mesa. Aquele era um daqueles momentos da vida de alto impacto, único... Ela estava passada, sua mão encobria-lhe a boca num tremendo e enorme "Ó"... Que o marido fosse o macho numa relação homo afetiva ela até admitia embora achasse nojento, mas ele ser a menininha do outro, isso era demais. Fez menção de se levantar para ir embora. O marido segurou-a pela mão.
- Vamos conversar sobre o assunto... Preciso...

Ficaram ali conversando sem criar barraco, numa boa... Escutei muitas coisas. Em Amsterdam ela transara com homens e mulheres em "menáge". Já fizera isso com o marido mas só com mulheres e ele, que agora considerava como "ela". Do que ela gostava mesmo era de homem masculino, macho sim senhor, dos cabeludos. Os outros serviam para o dia a dia do conforto na vida. Para encontrar em casa e ter com quem dormir. Nenhum amante lhe trazia o conforto do marido. 

Amantes traziam prazer e aventura, sempre ávidos por sexo, por não transarem todos os dias. 

Senti que ali estava acabando um relacionamento. Para mim, tudo o que os outros façam não é da minha conta desde que não afetem a minha casa e meus negócios, eu, minha família e minha nação. Não julgo ninguém. Mas o que me impressionou foi a última pergunta dela antes de se levantarem da mesa e irem embora:

- Só me diz uma coisa, que estou muito curiosa...
- Pergunta!
- Você lavou a sua bundinha antes dele te ...
- Não!!!
- Foi assim suja mesmo ???
- Não!... Ele foi muito gentil e me deu um clister morno. Fez uma lavagem.

Saíram e foram embora. Só me dei conta depois que o amigo que me convidara para a sua mesa e minha sócia também tinham parado de conversar e só escutavam como eu...

Realmente, neste mundo moderno se pratica tudo o que antes se reprovava... Mas antes do "antes", era moda nos impérios romano e grego... Não creio que os egípcios tivessem tido um antes desses dos romanos e gregos. 

Aqui pra nós, depois de tudo o que passaram, achamos os três, Carlos, Malena e eu, que por causa de uma "lavagem" foi muito pouco para se separarem. Eram um casal muito esbelto, perfumado, bem vestido e... Moderno. Sobretudo moderno!      

Rui Rodrigues

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