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sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

A Queda dos três prédios no Rio de Janeiro


A queda dos três prédios


Assistimos a algo inusitado no filme que nos passam todos os dias na cidade do Rio de Janeiro, um filme construído com as imagens dos acontecimentos que despertam interesse da população e são amplamente reportados em programas de TV, jornais, revistas, conforme nos dizem ter entendido os “fatos”.

Nada disso precisava ter acontecido, assim como outros desastres de construção do passado, como o do elevado Paulo de Frontin, na década de 70, por exemplo. Falta algo em nossos órgãos relacionados com a normalização e fiscalização da engenharia como um todo e de sua execução. O sistema é aberto e permissivo. Leis existem. Exigências e Normas, também. Exigem-se plantas, memoriais de cálculo, tudo aparentando um controle e uma segurança confiáveis, mas não se fiscaliza. Mas temos o CREA e o CONFEA.

O CREA, por exemplo, exige a filiação dos engenheiros para que possam exercer a profissão. Os engenheiros registram-se, pagam anuidade. Para que uma obra, mesmo de reforma, possa ser executada, é necessário que a empresa construtora contribua para o CREA.

Mas contribuir para quê?

O que proporciona em troca o CREA aos seus afiliados, às empresas de engenharia?  Consultoria técnica? Verificação dos projetos? Aprovação dos projetos ? Laudos técnicos? Fiscalização da execução? Apoio legal aos seus membros? Ou um prédio onde se pode tomar cafezinho e bater um papo na Avenida Rio Branco, como é o caso da 5ª Região?

Parece que nada disto é proporcionado pelo CREA nem pelo CONFEA, que continuam arrecadando contribuições sem sabermos para que sirvam essas arrecadações. Pior do que isto, é que não existe nenhuma outra entidade que verifique os projetos e sua execução, que cuide da engenharia nacional como os cidadãos merecem, principalmente aqueles que vivem em morros que podem desabar; que passam sobre bueiros que podem explodir; que passam debaixo de viadutos que caem sobre veículos e pessoas, de prédios que desabam porque foram construídos com areia do mar.

Não existe a engenharia preventiva no Brasil. As Prefeituras têm atribuições sobre a engenharia e a arquitetura que não lhes cabe.

A corrupção é muito grande e todos sabem disto. Jogar a culpa na lei é idiotice. Se a lei não cuida, votaremos novas leis, ou alteraremos as leis que não atendem a cidadania.

Quem pagará os prejuízos morais e materiais dos que perderam a vida, se feriram, ou perderam o seu patrimônio, o seu emprego, porque três prédios caíram do dia para a noite, por erros técnicos acumulados?

Quem aprovou os projetos? Quem fiscalizou?

Rui Rodrigues

Um comentário:

  1. Olha, Rui... Tô abestado.

    EW o CREA não é só isso não, Ruy. Deveria ser o guardião do acervo da engenharia nacional. Guardar em si e disponibilizar para trânsito no interior da engenharia... toda cópia de estudo. Toda cópia de pensamento havido no ato de engenhar.

    Ou sesja... da tecnoloigia viva... dispostsa em local público pra ser consultado por todo colega que precisasse informar-se sobre determinado assunto e... quisesse aporeder... a partrir do original - pensado. Partimônio da humanidade. Patrimônio tecnológico do País.

    O estímulo e premiação aos trabalhos seria a consegração no meio técnico das teses e teorias invadoras cuja técnoica e processo transitam (transitariam) em crescimento comum da própria Engenharia. E é por essa razão, por exemplo que a lei entende a necedssidade de existencia da tal plaquinha com nome endereço etc. do responsável por obra ou sesrviço: servediria como serve para duas coisas. a primeira, no sentido do trânsito da informação entre a própria engenharia. Qualquer profissional que visse diante de si a obra de um colega e lhe causasse curiosidade profissional que mais lhe pudesse acrescentar crescimento técnico... indagaria direto ao colega. A informação técnica transitaria. A ética profissional estaria cumprida quanto ao Artigo primeiro do Código... a segunda serviria tamb´pem da mesma forma parfa caso encontrar algo que justifique preocupaçlão... telefonar e dfalar direto com o colega. Avisar da preocupação. Alertar lealmente sobre o assunto como prática também ética entre profissionais em convedrsa direta entre si.

    Mas qual... acham que é só para propaganda. E o CREA...se lkikmita a multar por "falta de placa". Só isso.

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