Exatamente, esses, que liam
os livros sagrados, com tantos exemplos falsos e verdadeiros de verdadeiras e
falsas santidades, sabiam, mas não admitiam, que essa prática sexual era bem
diferente, mas tinham de ser coniventes por receio das conseqüências e apologia de um comportamento que definia os limites da lei.
Esta cegueira proposital
permitia que os homens tivessem haréns constituídos de acordo com o seu poder
aquisitivo, mas provavam também que uma mulher, aliás, montes, quase todas as
mulheres poderiam manter relações sexuais a critério de seu dono e senhor, a
qualquer hora, mesmo que o odiasse. Na verdade era uma troca, um negócio: O
senhor lhes dava boa vida, e elas retribuíam, gostando dele ou não, atingindo o
clímax ou não. Se as mulheres do harém, numa relação perfeitamente legal dentro
da lei dos homens e dos livros santos, podiam ter relações dentro destas
condições, porque razão uma mulher não poderia agir da mesma forma sendo casada
com um único homem? Havia várias formas de transgredir a lei de apenas o senhor
do harém poder transar com as concubinas: Os eunucos mãos arriscados, castrados
para guardá-las, e não podendo transar, ofereciam seus dotes a guardas
bissexuais que em troca recebiam os
favores das concubinas mais espevitadas. Quantas mulheres na idade média
ficaram por anos com seu cinto de castidade intacto, esperando os maridos, sem
fazer amizade com o chaveiro do reino em troca de facilidades pessoais ou de
bens? E podia o chaveiro ser velho, idoso, que isso não importava. Por outros
favores, outros mais jovens entravam em seu leito com a conivência do ancião.
E por milênios assim foi e
ainda é, porque os haréns ainda existem de forma legal ou sob a forma de
“pirataria” onde não se respeitam os “direitos”. Existem também em África
algumas tribos em que cada mulher tem vários homens, e um grupo de mulheres
divide o mesmo homem ou os mesmos homens. Em outras tribos, o irmão herda a
viúva. O amor é diferente por lá, ou não será amor o que vemos por cá, onde
ainda estamos cegos, convenientemente cegos. Era preciso manter as aparências para
as mulheres não serem apedrejadas ou desmoralizadas, os homens amantes não
perderem a vida, a vida continuar como sempre fora, dentro da maior “santidade”
e os costumes são a base de qualquer sociedade sobre os quais se constroem as
leis. Sendo falsos os costumes, podemos avaliar da justiça das leis que neles
se baseiam. Se nos fizermos a pergunta “Vivemos aparentemente num mundo que não
é real, um mundo de faz de conta?” Poderemos ter muitas respostas. Todas dependerão
de nosso grau de cegueira, conveniente ou não, de nosso apego aos costumes, à
tradição. O que prevalece sempre é a
nossa “visão” ou “cegueira” da ou para a, realidade.
Sobre o que é real ou não em nossa existência, já existe um texto adequado neste blog. Mas para os efeitos deste ensaio, realidade é o resultado de nossa percepção isenta de julgamento próprio. Quando julgamos ou nos julgamos vemos que a realidade é diferente, e, ou fechamos os olhos para ela, ou mudamos o nosso comportamento.
Por exemplo, o que sempre
definiu o que se entende por prostituição: Uma mulher ser remunerada por suas
transas sexuais de forma contumaz com diferentes parceiros, fazendo disso um
modo de vida. Ora, a ser assim, conhecem-se muitos homens que atuam da mesma
forma para sobreviverem na vida.
O fato de se ter alegria e
prazer no trabalho é uma questão que nem merece ser discutida para efeitos de
definição de comportamento ou de trabalho. E afinal, o que se entende por
“remuneração”, paga, pagamento, compensação? Dinheiro? Bens móveis e imóveis?
Carinho? “Amor”? Passar bem e confortavelmente bem na vida?
Parece que as definições que
temos disponíveis não nos livram muito da possibilidade de sermos todos – e
todas – “meretrizos” e meretrizes, excluindo quem se abstém de qualquer pratica
sexual. Seriam os santos, os interlocutores entre deus e a humanidade se não houvesse
tantos casos de pederastia. E mesmo quando o prazer é “solitário” troca-se o
ato pelo prazer e este é o “pagamento” do ato. Seria como um contrato pessoal particular
de “gaveta”, desconhecido para o resto do mundo.
Parece ser que vivemos num mundo de faz de conta, escondendo-nos em banheiros para escondermos os nossos cheiros, transando às escondidas para ocultar a nossa moral, roubando ás escondidas para não sermos apanhados nas malhas da justiça. Estaremos em Sodoma ou em Gomorra? Não... O mundo sempre foi assim, sempre fomos assim. Antes havia repressão. Agora a economia e a política não o permitem. Os estados já não dependem das teologias.
Todos temos o direito de
sermos felizes, levando a vida que queremos. As leis nos determinam os limites,
e para políticos e para a economia, os limites estão ainda muito longe.
Não nos admiremos deste
maravilhoso mundo novo. Ele é velho e só agora está sendo descoberto porque já
nada se pode esconder. A luz se fez, finalmente! Por isso, olhe, escute, diga,
sinta, e viva!E se alguém tiver a cara de pau de lhe atirar a primeira pedra,
revide!
Mas... Sempre há exceções, mas não muitas...
Para fazer um caldo de piranha sem espinhos, não se roguem.... Consultem... http://www.tudogostoso.com.br/receita/13757-caldo-de-piranha-sem-espinho-silvano.html
Para fazer um caldo de piranha sem espinhos, não se roguem.... Consultem... http://www.tudogostoso.com.br/receita/13757-caldo-de-piranha-sem-espinho-silvano.html
Rui Rodrigues
PS- A excelente e sensual foto no topo é de Paulo Carvalho, e sobre o assunto pode ser vista no site http://www.luizberto.com/vote-espia-so-paulo-carvalho/alto-meretricio-boemios-bares-e-bordeis-11 ( se houver reclamação desta postagem, mesmo fazendo propaganda do site, retirarei a foto)
PS- A excelente e sensual foto no topo é de Paulo Carvalho, e sobre o assunto pode ser vista no site http://www.luizberto.com/vote-espia-so-paulo-carvalho/alto-meretricio-boemios-bares-e-bordeis-11 ( se houver reclamação desta postagem, mesmo fazendo propaganda do site, retirarei a foto)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Grato por seus comentários.