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segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Fácil entendimento dos Universos Paralelos


Fácil entendimento dos Universos Paralelos


Imagine o cenário como num filme: Uma sala, uma janela, um homem – ou uma mulher – uma cadeira, uma porta.

Num dos universos paralelos (existe uma infinidade deles), o homem sai de perto da janela, olha para a cadeira, senta-se. Num dos universos paralelos, o homem sai de perto da janela, olha para a cadeira, passa por ela, chega até à porta, abre-a e sai batendo a porta atrás de si. Num outro ainda, o homem sai de perto da janela, olha para a cadeira, passa por ela, chega até a porta e cai fulminado por um ataque cardíaco.

No conceito comum, universos paralelos seriam exatamente como películas de filme passadas lado a lado, mas com os mesmos personagens: você, eu, qualquer um de nós, o mundo em que vivemos. No entanto, enquanto a física quântica nos pode dar algumas esperanças de que os universos paralelos existam, a mecânica newtoniana e a própria mecânica quântica já nos tiraram definitivamente essas esperanças: Deve existir uma infinidade de universos que vêm nascendo, inflando ou estagnando, colapsando, desde um tempo infinito no passado até um tempo infinito no futuro. O tempo, desde que nasceu, não pára! Universos nascem, inflam ou não, equilibram-se ou colapsam, mas são tudo menos paralelos. Isso a que chamamos de “universos paralelos” deveria ter um outro nome mais adequado, como por exemplo, “opções divergentes no espaço tempo” de forma a retirar do termo a opção de serem universos de fato. Como as possibilidades de opções do “formato” do homem, da posição da janela, da posição dimensões e forma da cadeira e da porta são infinitas, haveria um número infinito de universos paralelos, e isto, em termos de mecânica newtoniana ou quântica, seria um desastre completo: todos implodiriam inevitavelmente devido à atração gravitacional. Universos paralelos não seriam universos se não tivessem massa, energia.

A esperança da física quântica aplicada às partículas nos daria uma pequena esperança, pelo fenômeno do “entrelaçamento quântico” segundo o qual, depois de se aproximarem, uma partícula girará em sentido contrário da outra, e mesmo que a afastemos, ela continuará girando da mesma forma. Se pudéssemos, lá longe, bem longe, mesmo a parsecs de distância, inverter o sentido de rotação de uma, a que ficasse aqui inverteria imediatamente o sentido de seu “spin” ou rotação. A esperança é a de que os universos pudessem existir sob esta forma, de modo que a ação tomada pelo homem da sala com a cadeira, ao tomar uma atitude, anulasse a mesma possibilidade em outros universos paralelos, mas não de forma total. Isto é, em muitos universos se sentaria na cadeira, mas num deles cruzaria as pernas, em outro ficaria com as pernas dobradas, em outros assumiria posturas diferentes, e num deles a cadeira quebraria.

O conceito de “universos paralelos” vem do lapso de quem inventou o termo: esqueceu-se – ou não sabia - dos efeitos da gravidade dentro da Física Newtoniana ou Quântica, de ambas ou de qualquer das duas.

Vivemos imersos em dúvidas sobre de onde viemos, porque estamos aqui, conscientes neste mundo, o que se espera de todos nós, para onde vamos após a morte. Quem não pode raciocinar sobre estes assuntos, e não tem opinião própria, acredita piamente, sem questionar, o que nos dizem outros iguais a nós que já formaram suas opiniões – certas ou erradas ou equivocadas – e as seguem como atos para a salvação eterna. No entanto, se temos certeza de algo é a de que existimos, e mesmo assim, segundo Stephen Hawking, existe a possibilidade de sermos formas holográficas de um ser idêntico situado em algum lugar que desconhecemos (ler “O universo numa casca de noz”). Quem busca explicações e medita sobre o assunto tem o pensamento livre para uma infinidade de opções, possivelmente todas carentes de comprovação. Mas há algo que não necessitamos comprovar: Seres holográficos ou de espaços-tempo paralelos, temos a “sensação” de existir e temos a opção de fazer o que desejamos, assim esteja na possibilidade de nossas forças, o que nos torna reais para todos os efeitos. Se conseguimos pensar, decidir, fazer algo, mover objetos, somos reais.  E como seres reais, podemos pensar neste planeta como parte de um ser ainda maior a que chamamos de humanidade.

O que acontecerá conosco, como humanidade, se não podemos fugir deste planeta quando vivos e ainda menos como mortos? Isto nos remete para a construção de um mundo auto-sustentável de perfeita convivência entre as sociedades e nações, como fato real, sob pena de perecermos e vivermos uma vida deplorável de incertezas, guerras, destruição.

Os mundos imaginários são imaginários, e por mais que acreditemos neles, a preferência para determinar as nossas ações, é para o real, tudo o que sentimos conhecer naquele em que vivemos. Precisamos urgentemente aprender a lidar com as nossas diversidades, descobrir as nossas possibilidades, construir um mundo novo mais inteligente, mais dedicado à nossa causa: A humanidade como um todo. E nos sentiremos como se estivéssemos no céu, no paraíso... Porque não trabalharemos nem construiremos para os ambiciosos, mas para nós mesmos. Os ambiciosos são poucos e covardes e a força que têm nós lha estamos dando.

Como tirar-lhes essa força, veja em http://conscienciademocrata.no.comunidades.net/

Rui Rodrigues.


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