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sábado, 20 de abril de 2013

Como acabar com o terrorismo – Um processo difícil.




Como acabar com o terrorismo – Um processo difícil.
 No Terceiro Reich a caminho do Holocausto

Sobre o terrorismo.
Quando nossos pais nos diziam para comermos a sopa senão o “bicho papão” vinha nos pegar ou comer a nossa comida, faziam um certo tipo benigno de terrorismo psicológico conosco. Assustavam-nos para que fizéssemos algo que julgavam útil e bom para nós: Alimentarmo-nos!
O terrorismo que conhecemos através dos jornais, ou do qual fomos vítimas, tem a mesma base perceptiva: Alguém acha que o terrorismo é bom para alguma coisa, mas enquanto comer realmente nos faz bem – não temos a mínima dúvida disso – o terrorismo exercido por terceiros em nossas vidas se destina a impor alguma forma de pensamento, governo ou situação que, não necessariamente, "seria" boa para nós. Podemos afirmar que qualquer ato terrorista não visa o bem comum, coletivo, mas apenas e somente o “bem” de alguma pessoa, de algum grupo, de alguma nação. Se fosse bom para nós ou para a coletividade, o terrorista perguntava e obteria uma aprovação esmagadora. Como não é, não perguntam. Querem impor à força pelo medo, ou simplesmente se vingar sem propósito. Há mesmo uma certa confusão, ainda, sobre o alcance do que realmente é o terrorismo.

11 de setembro
De uma forma abrangente podemos definir o terrorismo como uma forma de intimidação psicológica ou física destinada a, em curto médio ou longo prazo tentar reverter ou impor pelo medo uma posição a uma pessoa, a um grupo ou a uma ou a demais nações, ou apenas para se vingar de algo intangível. É por esta definição que se pode e se deve julgar a tortura como um ato de terrorismo, e vice-versa.
O terrorismo, sob qualquer aspecto, é um método completamente injusto de manifestação. Podemos manifestar-nos, expor nossas razões, fazer passeatas, trabalhar duro para disseminar idéias e ideais, mas sempre de forma justa sem prejudicar pessoas alheias à causa, pelo menos considerando como justo qualquer coisa que não seja uma imposição ou manifestação pelo terror, pelo sofrimento físico ou moral. Acabar com o terrorismo significaria acabar com o mal no mundo. Nem as religiões conseguiram esse feito, no que pesassem as “boas” intenções. E muito menos à força, através de perseguições religiosas.
Terrorista arrependida ou mudou os métodos?
Façamos um exercício: Coloquemos o terrorismo num extremo de um eixo que determina o máximo e mínimo de intensidade de uma manifestação. O terrorismo ocupa a posição máxima do inaceitável, na parte negativa do eixo a partir do zero. No outro extremo, o positivo, a paz absoluta. Não há como colocar a paz e o terrorismo do mesmo lado em relação ao zero. São opostos. Podemos então nos perguntar se algum terrorista pode realmente crer que pelo terrorismo alcançará a paz. Claro que não. O terrorista pensa de forma diferente. É uma deformação de comportamento, perfeitamente explicável pelos conhecimentos da psicologia. Podem ser estabelecidos perfis psicológicos para prováveis terroristas. O Bullyng é uma forma de terrorismo. A pressão de um cônjuge sobre o outro para obrigar à imposição da vontade é também uma forma de terrorismo, assim como um Estado exerce pressões injustas sobre a população para a dominar, ou o dono de uma empresa sobre seus empregados: Física, moral financeiramente.

O terrorismo na História[1].
O império babilônico invadiu Israel por duas vezes e na segunda expulsou os judeus do reino de Judá para a babilônia e os separou do Reino de Israel ao norte, levando-os como escravos. Nunca se havia tomado na história um elemento tão persuasivo de domínio como esse na história até então. De certa forma foi um ato de terrorismo, dos primeiros de que temos notícia. Nem por isso Israel usou do mesmo argumento quando contava com seus exércitos. Logo em seguida na história, os romanos fizeram a mesma coisa, expulsando o povo judeu até 1948 quando a política de Ben Gurion logrou a volta do povo judeu a suas terras de origem.
A Ordem dos Templários foi fundada no século XII em Jerusalém. Cresceu tanto que provocou ciúmes e medo no seio da Igreja Católica e nos reinos sob sua influência. Numa sexta feira 13, do mês de setembro do ano de 1307, Felipe - o Belo, rei da França envia cartas a comandantes da ordem para que fossem “a palácio” e sem que ninguém esperasse resolveu ser o “braço direito” das vontades da Igreja: A partir desse e nesse dia os mandou para a fogueira como hereges depois de perseguidos, torturados, excomungados. Em 1312 o Papa determinou o fim da ordem e acusou seus membros de hereges, traidores a Jesus e homossexuais.
Templários na fogueira
A perseuguição religiosa católica mandou para a fogueira como hereges pessoas de bem, trabalhadoras, empreendedoras, apenas porque não professavam a mesma fé. Dividiu os bens extorquidos entre seus correligionários. 
Nos Estados Unidos perseguiram-se os negros através de uma organização chamada Ku-Klux-Klan. Agiam de forma característica, à socapa, queimando casas, queimando, enforcando gente negra. Esta organização foi e é reconhecida como de ação terrorista.
A primeira guerra mundial teve inicio após Gravilo Princip, o mão negra, ter assassinado o Arquiduque Carlos da Áustria em Sarajevo.  
Antes do inicio da Segunda Guerra Mundial, a juventude hitlerista começou a tomar ações reconhecidamente terroristas de perseguição a judeus e outros povos não arianos, incluindo o povo cigano, depredando residências e lojas como na “noite dos cristais”, e culminando no holocausto, mandando indiscriminadamente para as câmaras de gás gente mal alimentada, explorada com trabalhos forçados. A maioria de judeus.
As notícias atuais nos mostram que muçulmanos são atualmente os mais comuns militantes na imposição de filosofias e métodos que usam o terrorismo como arma. Talvez isso esteja ligado a pelo menos dois fatores do Corão: O célebre e vingativo mecanismo de compensação baseado no “olho por olho e dente por dente” , e na forma como Maomé iniciou o seu processo religioso que daria origem ao Islã: A Hégira – fuga para Medina – e as batalhas conseqüentes. Pela época de sua morte já tinha dominado os seus adversários e unificado vasto território. O islamismo teve seu auge financeiro e tecnológico em plena idade média e depois veio a decadência das nações que o adotam com exceção de países onde o islamismo coabita com outras religiões, como na Rússia, na Índia e na Turquia. Fundamentalistas jogam a culpa de seu atraso nos países mais desenvolvidos, como os da União Européia, os EUA e Israel.
Estragos de homem bomba no Paquistão
A Igreja Católica tem sua parte de culpa neste tipo de revanchismo, por ter criado e incentivado as “cruzadas” para libertar a “terra santa” do islamismo que via crescer no mundo. Apesar de haver tantas divergências no mundo, sobre tantas coisas, o terrorismo apenas tem sido usado, no mundo moderno,  por organizações ligadas a independência de nações, como o ETA e independentistas da Chechênia, a movimentos políticos como as FARC da Colômbia, a organizações mistas de independência e religiosas como a Al-Qaeda e o Hamas, a desajustados sociais que invadem escolas e assassinam crianças e professores, ou atiram em pessoas inocentes em praça pública como costuma acontecer nos EUA e vem acontecendo no Brasil. Em parte as diferenças sociais e a dificuldade de competir e subir na vida deve ter contribuído para este tipo de “doença” ou desajuste mental. Acabar com todos os tipos de terrorismo é praticamente impossível, e infelizmente teremos de conviver com esta praga, embora se possam minimizar os efeitos. As causas não, porque certos atos de terrorismo não têm causas imediatas nem são identificáveis.

Como combater o terrorismo

É impossível prever quem se tornará um terrorista, por exemplo, dos que invadem escolas e atiram sobre crianças e professores, ou vão para uma praça ou rua e disparam indiscriminadamente sobre a população. Muitos são filhos de excelentes famílias, bons alunos ou trabalhadores normais em suas empresas. Estes tipos de distúrbio somente seriam passíveis de identificação se cada ser humano passasse por um tipo confiável de exames psicológicos durante períodos de sua vida e usasse um chip embutido no cérebro, coisa que a tecnologia do futuro poderá proporcionar e hoje nos parece impensável. Quanto ás demais formas, é possível prever em apreciável grau de certeza qual a probabilidade de um ataque terrorista mediante algumas atitudes a serem tomadas pelos governos:
  • Infiltração de elementos da inteligência entre facções reconhecidamente como apologistas do terrorismo;
  • Acompanhamento psicológico de soldados nas forças armadas. Se bem que certas “qualidades” de um soldado sejam apreciáveis num combate com forças inimigas, ao sair dos quartéis e assumir a vida civil alguns podem eventualmente apresentar indícios de desajuste social.  
  • Acompanhamento de prédicas de sacerdotes que incitem à violência e seguidores que os admirem.
  • Diminuição dos índices de corrupção no governo e melhor distribuição social dos benefícios do Estado, promovendo a educação com fortes bases de moral, ética e cooperação social.
  • Incentivar a democracia nos Estados islâmicos teocráticos ou de tradição monárquica em que famílias se perpetuam no poder sem consulta popular, bem como a libertação da mulher.
  • Impor aos templos o pagamento de impostos da mesma forma como qualquer cidadão ou empresa os paga. Os templos não usam as esmolas e dízimos nem a imensa maior parte delas para fazer caridade.
  • Cooperação internacional dos departamentos de inteligência policiais . 
As populações têm confiança em governos que delas cuidam. Governo que não cuida não serve para nada.
Rui Rodrigues
  
  Tabela[2] com alguns atentados terroristas – a partir de 1979
1979 - 80 iranianos invadiram a embaixada americana do Teerã e fizeram 52 reféns, durante 444 dias;
1980 - 6 terroristas islâmicos tomaram a embaixada do Irã em Londres e mataram 2 pessoas;
1981 - Membros da Al Jihad assassinaram o presidente do Egito;
1983 - Integrantes do Hesbollah com o apoio da Líbia e Irã explodiram com bombas suicidas a embaixada americana de Beirute, matando 63 pessoas;
1983 - Novamente o Hesbollah jogou um caminhão com explosivos na embaixada americana, agora do Kwait. Ataques adicionais foram feitos a embaixada francesa, a apartamentos de empregados da Raytheon, com 5 mortos e 80 feridos;
1984 - Ataque com bombas na embaixada americana no Líbano, matando 24 pessoas;
1985 - Terroristas trabalhando para o governo da Líbia bombardearam o aeroporto de Viena e Roma, matando 20 pessoas;
1988 - Uma bomba explodiu no vôo da Pan Am matando 270 pessoas na Escócia;
1992 - O Hesbollah bombardeia a embaixada israelense em Buenos Aires;
1993 - Um carro-bomba explodiu no World Trade Center, matando 7 e ferindo centenas. Bin Laden estava por trás;
1993 - 18 membros das tropas americanas em missão humanitária foram mortos na Somália, com envolvimento de Bin Laden;
1994 - Hesbollah atacou um centro cultural israelense em Buenos Aires;
1995 - Caminhão-bomba explodiu na Arábia Saudita matando 7 americanos da Guarda Nacional em treinamento;
1996 - Novo atentado na Arábia Saudita mata 19 militares americanos;
1996 - O Talibã concluiu a conquista do Afeganistão, tomando sua capital Cabul, e criou centros de treinamento terrorista enquanto o mundo ocidental nada fez;
1997 - Bin Laden declarou, em entrevista a CNN, a jihad, guerra islâmica, contra os Estados Unidos;1998 - Bin Laden publica declaração com objetivo claro de que é dever de cada muçulmano matar americanos civis ou militares, assim como seus aliados;
1998 - Um carro-bomba explodiu na embaixada americana da Quênia, e poucas horas depois outra explosão na embaixada da Tanzânia. O total de mortos foi de 224 civis, e mais de cinco mil feridos;
1998 - A ONU (finalmente) reconheceu o massacre no Afeganistão cometido pelo Talibã, por razões étnicas, totalizando cerca de seis mil mortos;
1998 - Bin Laden diz em entrevista que guerra contra América será muito maior que guerra contra URSS, e que o futuro dos Estados Unidos é negro;
1999 - Separatistas islâmicos da Chechênia bombardearam prédios em Moscou, matando 212 pessoas;
2000 - Ataque suicida no navio americano USS Cole, no Yemen, matando 17 tripulantes e deixando 37 feridos;
2001 - Explosão em uma discoteca de Tel Aviv matando 21 adolescentes e deixando 70 feridos. A autoria foi do Jihad Islâmico, o mesmo grupo terrorista que iria pouco tempo depois matar mais 16 israelenses num restaurante de Jerusalém;
2001 - Ataque ao World Trade Center e Pentágano, com estimativa de um total superior a três mil mortos;
2001 – O Hamas realizou três ataques em Jerusalém e Haifa, deixando 30 mortos e 150 feridos;
2002 - Atentado terrorista em Bali, com mais de 180 mortos e 300 feridos;
2002 – O Fatah e o Hamas praticam vários atentados terroristas em Israel, deixando centenas de mortos no total;
2003 – Mais de cem pessoas morrem em Israel vítimas de atentados terroristas assumidos pelo Fatah, Hamas e Jihad Islâmica;
2004 - Explosão em trem mata mais de 200 e fere mais de dois mil em Madri;
2004 – Atentado terrorista numa escola em Beslan, na Ossétia do Norte, matando 339 pessoas, na maioria crianças. A autoria foi dos chechenos islâmicos;
2005 – Londres foi vítima de uma série de explosões de bombas que atingiram o sistema de transporte público, deixando mais de 50 mortos e 700 feridos;
2005 – Novo atentado terrorista gera pânico em Bali, na Indonésia, levando à morte pelo menos 32 pessoas e ferindo outras 100;
2006 – Atentado terrorista matou mais de 180 pessoas e deixou outras 400 feridas em Mumbai, na Índia;
2007 – Dois atentados a bomba em Argel, capital da Argélia, deixaram 67 mortos, sendo 11 delas inspetores da ONU, e quase 180 feridos;
2007 – Foram detidos na Alemanha três terroristas islâmicos acusados de planejar atentados contra instituições americanas no país. Com eles foram apreendidos explosivos equivalentes a 550 quilos de TNT. Eles eram integrantes da Jihad Islâmica;
2008 – Alguns ataques terroristas matam quase 30 pessoas no Paquistão e deixam outras 100 feridas;
2008 – Quase 80 pessoas foram mortas em Mumbai numa série de ataques conduzidos por terroristas islâmicos principalmente contra os grandes hotéis da cidade;



[1] Ver tabela no final deste artigo.

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