FUTURO POLÍTICO NO BRASIL nos próximos dez anos.
Com a diminuição da influência da filosofia comunista em todas as nações do planeta [1] a sua mais forte e única filosofa de oposição, o capitalismo, se impôs no mundo de Oriente a Ocidente. O capital é hoje o “bem” mais procurado em todo o mundo, por todos os seus habitantes. Na verdade sempre foi, e, como todo o tipo de mercado, quanto maior a procura maior o seu valor intrínseco. Isto explica os altos juros, a existência do FMI, a corrupção. As formas de governo conhecidas, mesmo as ditaduras e a Democracia Representativa são muito fracas para enfrentar a força do capital e da influência das empresas que o detêm. Isto explica também e em parte o sucesso da Alemanha mesmo depois da crise política de 2008.
O capital é uma “arma”
poderosa, muito mais do que o petróleo já o foi no mundo e ainda é. A falta de
capital mata pessoas, indústrias, instituições, arrasa a moral e a ética na
luta pelas necessidades vitais. O Brasil não é uma nação diferente das outras,
e o que distingue nações não é a inteligência de seu povo, ou o conhecimento em
si, embora sejam de extrema importância. O que os distingue é a cobrança que as
populações fazem em torno da forma como se aplicam as verbas coletadas dos
impostos. Povos permissivos, conformados, demasiadamente “educados”, submissos,
entregam-se ao “bel prazer” dos que elegem e que decidem como aplicar as
verbas. Política, hoje, é uma luta partidária por verbas e poder, não por
filosofias políticas. Povo que exige tem mais e melhores centros de educação
disponíveis, melhores serviços públicos, e isso não depende da forma de governo
nem da filosofia política. É o povo que diz o quer, o que aceita, e é o povo
que se revolta. O ponto de “ebulição” para uma revolta depende da paciência de
cada povo.
Neste contexto, e sem terem
desenvolvido indústrias com tecnologia própria, alguns países do cone sul da
América do Sul [2]deixaram
de ser competitivos nos ramos da indústria que mais lucro dão. Exportam
petróleo, minérios, produtos hortifrutigranjeiros e grãos. Sem dinheiro, sem
uma balança comercial que gere divisas, o socialismo “comunitário” torna-se uma
dor de cabeça, inviável. Sem dinheiro, sem capital, o governo não pode “dar” ou
distribuir pela população. A disponibilidade de bens diminui, surge a inflação
mesmo quando o mundo inteiro é recessivo, as promessas de governo tornam-se
impraticáveis e atingem cada vez menos beneficiados, surge a “política de
favores”, o governo torna-se ditatorial para poder subsistir, os impostos
aumentam. O capital estrangeiro perde os incentivos e saem pelas fronteiras e o
capital “nacional” torna-se estrangeiro num piscar de olhos.
O que se tem hoje no Brasil
é um arremedo de democracia – onde a Constituição tem sido sistematicamente
alterada por “interpretações” e Atos Inconstitucionais sob a forma “eufemista”
de Medidas provisórias [3]com
o apoio de um Senado comprometido com a manutenção de postos e de poder, em
lutas por verbas públicas [4]. Para
convencer o povo, prometem o que não podem garantir, vestem capas de um
“socialismo” rebuscado nos velhos anseios da humanidade: Liberdade, Igualdade,
fraternidade [5].
A conclusão óbvia é que nas
eleições de 2014 não importa qual o partido político que obterá a maioria dos
votos: São todos de “esquerda capitalista-socialista-comunista” na propaganda,
mas na realidade, capitalistas confusos e ignorantes que confundem capital pessoal com
filosofia política.
Mais uns anos de desastres econômicos esperam o nosso Brasil até todos aprendermos que o socialismo só é possível se houver bens de capital que gerem mais capital para serem distribuídos, e que o “socialismo de fachada” é um engodo para eleger oportunistas, cobras criadas. Mas isso é capitalismo, e quer comunistas quer socialistas não sabem lidar muito bem com o capitalismo: Faltam-lhes conhecimentos de matemática financeira e uma vontade nata de amor pelo capital [6]. Só a democracia Participativa nos dias atuais poderá mudar esta tendência de os eleitos se representarem a si mesmos suportados por forças de polícia e forças armadas e por um Senado consertado com os interesses em comum que não são os da população. O Supremo Tribunal Federal aprova tudo o que o partido no governo determinar e dá a legalidade idem, idem, por serem seus juízes nomeados pelos próprios interessados.
Nenhum político nos dias
atuais representa realmente a população, comunidade, setor ou parte dela e não
há esperanças de melhoras da doente democracia representativa.
® Rui Rodrigues
[1] Após a Revolução
Proletária de 1917 na Rússia czarista, a filosofia comunista se espalhou pelo
mundo chegando a ser implantada parcial ou completamente em mais de 100 Países.
Hoje restam apenas dois onde existem ditaduras cujos governos buscam
desesperadamente capital disponível gratuito para investimentos em setores produtivos
que foram simplesmente destruídos no processo de comunização.
[2] Cuba (da América Central),
Brasil, Venezuela, Argentina, Bolívia, principalmente.
[3] Nenhuma Medida provisória
deixou de ser provisória: Todas continuam definitivas até que mude o partido no
governo: O PT...
[4] Este fato torna todos os
Partidos políticos filosoficamente iguais. Não há “oposição”, porque para
governar se fazem necessários os “acordos” entre partidos. Ações de corrupção
são denunciadas por iniciativa de partidos políticos menos beneficiados ou
preteridos por quem tem mais força, geralmente o Partido do Presidente.
[5] O mundo vem lutando por
isto desde a Revolução Francesa. Sob este aspecto, o comunismo prometia a mesma
coisa.
[6] Eleger pessoas sem cursos,
apenas porque têm perfil político “adequado”, seja lá o que quer que adequado
possa significar, não resolve os
problemas de nenhuma nação: falta-lhes conhecimento e apenas a “vontade” não
tem o poder da mágica de tirar capital de pedra para distribuir segundo as
“vontades”.
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