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quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Selos, economia e beleza comparada.



1.   Para que servem os selos que “selam”?

Ainda não aprendemos a falar com a natureza... Não aprendemos nem a língua dos passarinhos, não sabemos o que dizem as vacas quando mugem, os carneiros quando balem, as baleias quando emitem aqueles sinais sonoros que são composições musicais, obras de arte...

Nem sabemos porque temos pés, membros, cabeça, olhos, nem como "ficamos assim" como somos, se foi uma obra da natureza, ou se "evoluímos assim". Há quem nem pense nisso de tão complicado que parece ser. Assusta!... Para simplificar, uns dizem que "fomos feitos assim"... Para complicar, porque nesta vida nada é assim tão simples que possa ser tão simplificado como E=mc2, Darwin disse que "evoluímos"... Mais tarde Freud veio complicar ainda mais o entendimento da "evolução"... O "Efeito Freud-Darwin"' é devastador nas mentes mais simplistas em terráqueos....Todos amam o simples, por um motivo muito simples: Não é nada complicado!

E estamos aqui nos perguntando sobre os lacres, suas necessidades. É obvio que um lacre não rompido significa que é íntegro, secreto, não foi violado... Entendemos isso desde cartas trocadas entre governantes, até pacotes de produtos de supermercados... É importante, não é? Todos – homens e mulheres - gostam de “coisas” só para nós...

Mas... E o hímen, o tal selo da natureza?

Várias espécies de mamíferos têm hímen, como as éguas e as fêmeas de hienas, toupeiras e porquinhos-da-índia, baleias, golfinhos e dugongos (um parente do peixe-boi).
Porque a natureza colocaria hímen nestes mamíferos? São eles capazes de entender o significado do hímen e classificar as suas fêmeas? Ter hímen significa que a espécie é inteligente e pode perceber, quando se acasala, os aspectos morais da "virgindade" ? Ou não há aspectos morais, isso nem interessa?

Conheceram-se na roça, namoraram durante anos, casaram,e ficou uma mancha no lençol... Na Itália era costume colocar esse lençol manchado de sangue na janela após a noite de núpcias... Depois a virgindade perdeu a importância e ninguém põe lençóis ensanguentados nas janelas...

Mas não estamos falando de "casamentos" nem de moral... Isso ficou tão banalizado, que qualquer dia se poderá casar com uma anta, uma lula, um veado, um ratinho da índia, uma arara... Não. Não estamos falando de casamentos... Estamos falando de Himens, incluindo os complacentes.
Para que serve um selo e um hímen, que também é selo, como se fosse um atestado? Esta pergunta só tem um começo. Não tem um fim...
  
2.   Crônica a jato de Cabo Frio - 10 setembro de 2015

Não sei se me transformei num índio aculturado ou num caubói indianizado, mas hoje fui á cidade e fiz extravagâncias. Comprei um Lucky Strike, um Cabernet Sauvignon, um camembert, que o pão já tinha. Isso foi depois que o motorista de táxi me assustou: Disse-me do alto de sua atualidade política:  
- A Dilma vai acabar com o décimo terceiro salário. 
Ele sabia tanto quanto eu, o que não esperava é que já fosse de domínio público. Quando a moça quer jogar o povo contra o governo ela joga. É o caso dela levar o povo a pensar que é o “governo” que não a deixa ser socialista nem comunista, e que será preciso fazer uma revolução para acabar com o “governo” que não a deixa governar, mantendo-a no governo... 
Como estratégia é muito similar ás dos Rapanui da Ilha de Páscoa, que se comeram uns aos outros, se bem que a Páscoa ainda esteja longe, mas por aqui, tudo acontece sem tempo nem hora, sem previsão das condições atmosféricas. Na minha ignorância lhe perguntei, ao motorista - que ela nunca nos diz nada nem coisa com coisa - se sabia de mais alguma coisa:
- Ela vai proibir ser investigada, e os políticos vão votar e aceitar...
Bem... Já não se dormia como antigamente, de modo que um pouco menos de sono já nem faz diferença...Mês que vem comprarei menos batatas, menos tudo e menos de cada coisa, mas hoje tinha que dormir de porre.
Mas alegre, porque quem pariu o Mateus que o embale, e vai ter que passar muitos anos dizendo entre dentes: - Nana neném... Nana neném que a Bruxa vai chegar... Vai te comer bem na hora de jantar...
O fato de o comércio por aqui estar ás moscas é atribuível ao fato de ser inverno. Prometem as autoridades que no verão que se aproxima, haverá nuvens de moscas... Já ninguém acredita! Eu acredito... Tudo ás moscas...
Mas o que o motorista não sabia é que Freud já decifrou Dilma Rousseff quando ela fala em "golpe": É uma "projeção". Coloca seus defeitos nos outros. Quem quer um golpe real contra um golpe imaginário, é ela. Ficaria para sempre no poder. 


3.   A beleza exposta e propagandeada.


Little Freud é uma cidadezinha muito pequena que fica na cabeça de cada um de nós... Freud nunca esteve lá, porque estava na dele...
Estive lá quando, trazendo compras, um amigo se ofereceu para ajudar a carregar e eu dispensei alegando que precisava fazer exercício. Consegui carregar o bujão de água numa mão só. e depois o de gás da mesma forma...
Freud só apareceu quando o amigo me convidou para ir numa balada. Disse-lhe que estava meio velho pra isso e que estava trabalhando num conto... Aí Freud incorporou no cara que me disse:
- “Simbora cara, que o mulherio tá dando solto.. Antigamente homens e mulheres iam pra baile, se arrumavam o melhor que podiam, rebolavam pra caramba, e acabavam chamando a atenção de Kojac... Aí vinha o Ricardão e Créu!!!! Vinha a Ricardona e Créu... Babaca levava a mulher pro baile pra ser apreciada pelos malandro... As muié diziam que se arrumavam pra agradar aos marido.. Poha nenhuma!... Era para os pretendente”...
Fui fazer meditação transcendental, liguei para minha analista e disse:
- Dá pra dar... (ia dizer "uma passadinha aqui", mas ela interrompeu)
- Dou... Espera-me que estou chegando...
Minha analista é casada, tem dois filhos e ama o marido.
Contei-lhe o que se passara...Disse-me assim num “tête à tête”: - Quem gosta de pureza, casa com virgem... Quem gosta de experiência, casa com puta. Mas cuidado... Tem muita puta pura de alma, e muita virgem com uma vontade danada de ser prostituta. Ambas podem casar.
E continuamos transando, eu e minha analista, até o amor daquele dia acabar. Amanhã seria outro dia. Veríamos se ainda nos amaríamos.

(João Pintassilgo, comerciante da Rua Augusta - Mil novecentos e carcalhada)


® Rui Rodrigues 

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