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sexta-feira, 20 de outubro de 2017
O Fêicebuque e eu
É assim Fêicebuque visto do meu posto de observação, a bordo de meu computador onde navego.
O Facebook não é aquela via de comunicação de "gente antiga" (eu tenho 72 anos) que se encontram na rua ou numa ligação telefônica e ficam fazendo perguntas de "como vai você fulana e fulano, e onde vai comprar as bugigangas para o aniversário que... Parabéns e toma lá um bolinho de mentirinha, beijinhos nas crianças... etc... E coisa e tal...
Facebook é moderno. Você posta, as pessoas leem, a maioria das vezes nem curte, mas sabemos que vai tudo bem. Comenta-se apenas quando é realmente importante.
Não se perde tempo em 'coisinhas".
Pode ficar um ano sem se comunicar. Mas quando volta começa tudo do ponto em que tinha parado, como se o "lapso" de tempo fosse de apenas alguns segundos, e se postar foto nova, atual, ninguém dirá que "envelheceu" e que está um caco...
E o mais interessante de tudo, fica conhecendo os usuários pelo que NÃO dizem ou NEM comentam, e não pelo que mostram ou dizem. Se quer "calor" mais humano, visite, telefone, marque para dar uma saída... Combine uma patuscada numa tasca.
Ah, sim... A maioria dos amigos são "virtuais" e então não existem decepções, como por exemplo quando se pede uma graninha boba emprestada. Tanto os amigos reais quanto os virtuais dizem que de momento não podem, mas os virtuais não decepcionam... Depois, quando a gente morre, continua o papo no céu, no purgatório ou no inferno, que são três "centrais" absolutamente virtuais de se estar depois que... Lá tudo é grátis...
Rui Rodrigues
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